Você está na página 1de 117

ESCOLA: EEPEI - MATHILDE TEIXEIRA DE MORAES

PROFESSOR: ANDRESSA MANZINI


MATÉRIA:FÍSICA
DATA: _/_/2024
Material: slides
HABILIDADE: (EM13CNT105)
TEMA: Ondas - Parte 3,4,5,6 e Retomada
1o bimestre
Ensino Médio
Ondas - Parte 3

1o bimestre – Aula 03
Ensino Médio
● Ondas. ● Compreender os conceitos
de superposição de pulsos
em cordas, de superposição
de ondas periódicas e de
ressonância.
Vire e Converse
Ponte de Tacoma
A ponte sobre o rio Tacoma (Washington, EUA) foi
inaugurada em 1940 e ganhou fama por seus
movimentos oscilantes característicos. Projetada para
resistir aos ventos da região, a ponte acabou
sucumbindo a uma série de falhas estruturais e
colapsou dramaticamente em novembro do mesmo
ano, apenas quatro meses após sua abertura.
Faça uma pesquisa e discuta com seus colegas como a
análise do colapso da ponte pode ser utilizada para
estudar o conceito de oscilação, destacando a Ponte de Tacoma
importância desse fenômeno na engenharia de
estruturas?
Superposição de ondas
Um dos fenômenos mais importantes da Ondulatória é a interferência
de ondas.
Observe a imagem abaixo, que consiste na formação de duas ondas
propagando-se em sentidos contrários e com amplitudes A1 e A2.

A imagem mostra a situação na qual irá ocorrer a interferência.


Superposição de ondas
O encontro dessas ondas resultará numa interferência, ou seja, numa
superposição que formará uma única onda resultante, com amplitude A.
Nesse caso, dizemos que a
interferência é construtiva, sendo a
amplitude A resultante da soma das
Interferência construtiva amplitudes A1 e A2.
𝐴 = 𝐴1+𝐴2
Depois da superposição, cada pulso
segue na sua direção inicial, com suas
Situação após a interferência características iniciais conservadas.
Superposição de ondas
Agora, observem a imagem com dois pulsos invertidos, ou seja, uma
crista e um vale.

Pulsos invertidos em
uma corda.

O que acontecerá quando esses pulsos se


encontrarem?
Superposição de ondas
O encontro desses pulsos resultará numa interferência destrutiva, ou
seja, um pulso anula parcial ou totalmente o outro.
A amplitude resultante é dada pela diferença entre as amplitudes A1 e A2
Se 𝐴1 = 𝐴2, temos que 𝐴 = 0.

Interferência destrutiva total.


Se 𝐴1 ≠ 𝐴2, temos que 𝐴=|𝐴1−𝐴2|

Interferência destrutiva parcial.

Após a superposição dos pulsos, ambos continuam se propagando com


suas características iniciais.
Superposição de ondas periódicas
A superposição de duas ondas periódicas ocorre de maneira análoga à
superposição de pulsos, causando uma onda resultante, com pontos de
elongação equivalentes à soma algébrica dos pontos das ondas
sobrepostas.

A figura mostra a sobreposição de


duas ondas com períodos iguais e
Oscilador amplitudes diferentes (A1 e A2), que,
ao serem sobrepostas, resultam em
uma onda com amplitude equivalente
às suas ondas (A3). Este é um
exemplo de interferência construtiva.
Superposição de ondas periódicas
Neste caso, a imagem abaixo mostra uma interferência destrutiva de
duas ondas com mesma frequência e mesma amplitude, mas em
oposição de fase (A1 e A2), que, ao serem sobrepostas, resultam em
uma onda com amplitude nula (A3).

Oscilador

A figura mostra o encontro de duas ondas em oposição de fase, resultando em uma interferência
destrutiva.
Interferência em uma dimensão – onda estacionária
Observe a imagem abaixo, em que os pulsos refletidos se superpõem
aos vindos da fonte osciladora. Se a fonte não parar de produzir a
perturbação na corda, teremos um caso particular de ondas
estacionárias. Nessas condições, cada porção da corda realiza um
movimento harmônico simples (MHS), cuja amplitude varia de ponto
para ponto, e todos na mesma frequência.

Onda
Oscilador
estacionária
Interferência em uma dimensão – onda estacionária
Nesse tipo de onda, temos pontos em que a amplitude é nula – ondas
em oposição de fase. Esses pontos são chamados de nós (N). Os pontos
da corda em que a amplitude é máxima são chamados de ventres (V).

A distância entre dois nós


consecutivos ou dois
𝝀
ventres consecutivos é .
𝟐
A distância entre um nó e
𝝀
Onda estacionária um ventre consecutivos é .
𝟒
Ressonância
Um corpo possui frequências naturais que dependem de suas
características e são as frequências em que ele normalmente pode
vibrar.
Um corpo, ou um sistema, entra em ressonância quando recebe energia
cuja frequência é igual à sua frequência natural. Isso faz que ele passe a
oscilar ainda mais, aumentando a amplitude do movimento.
Quando a frequência de vibração das ondas sonoras
produzidas por um canto lírico, por exemplo, é igual à
frequência de vibração natural da taça, as moléculas da
taça recebem energia e movimentam-se
gradativamente até que a taça se quebre.
Ressonância – Exemplos
● Nas ondas sonoras, a ressonância provoca a sensação de
fortalecimento do som, pela sobreposição das ondas.
● O violão possui uma caixa de ressonância de madeira cuja principal
função é amplificar o som acrescentando vários harmônicos, dando
ao instrumento um timbre característico.
● Quando sintonizamos uma emissora de rádio ou um televisor, o
receptor do aparelho entra em ressonância com a frequência de
transmissão da emissora, captando a energia da onda por ela emitida
com amplitude máxima, reproduzindo, então, seu sinal. As outras
emissoras com frequências naturais diferentes da do receptor
naquela posição não podem ser captadas.
Exercício de aplicação
(PUC-PR) Uma corda de 1,0 m de comprimento está fixa em suas
extremidades e vibra na configuração estacionária conforme a figura
abaixo:

Conhecida a frequência de vibração igual a 1000 Hz, podemos afirmar


que a velocidade da onda na corda é:
a) 500 m/s d) 100 m/s b) 1000 m/s e) 200 m/s c) 250
m/s
Todo mundo escreve

Ondas sísmicas
Retorne à atividade inicial, em que você pesquisou sobre a ponte de
Tacoma. Agora, com os conhecimentos sobre superposição de ondas e
ressonância, aperfeiçoe sua pesquisa.
Ponte de Tacoma
A ressonância é um fenômeno físico, que ocorre quando um sistema
físico recebe energia por meio de excitações de frequência igual a uma
de suas frequências naturais de vibração. Assim, o sistema físico passa a
vibrar com amplitudes cada vez maiores. Todos estes sistemas possuem
sua frequência natural, que lhes é característica. Quando ocorrem
excitações periódicas sobre o sistema, como o vento soprando com
frequência constante sobre uma ponte durante uma tempestade,
acontece o fenômeno de superposição de ondas, que altera a energia do
sistema, e modifica sua amplitude.
Continua...
Assim, se a frequência natural de oscilação do sistema e as excitações
constantes sobre ele estiverem sob a mesma frequência, a energia do
sistema será aumentada, fazendo com que vibre com amplitudes cada
vez maiores.
E foi isso que aconteceu com a Ponte de Tacoma. Com ventos por volta
de 65km/h vibrando numa frequência igual à frequência natural da
ponte, a amplitude das vibrações da ponte aumentou de tal modo que
sua estrutura não aguentou (o fenômeno durou quase 10 horas).
● Aprendemos que a superposição de
ondas refere-se ao fenômeno que ocorre
quando duas ou mais ondas se encontram
no mesmo ponto do espaço e se
combinam;
● Compreendemos que a ressonância é um
fenômeno em que um sistema vibra com
uma amplitude maior em resposta a uma
frequência específica de uma onda
externa.
Lemov, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda
Beck; consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo : Da Prosa:
Fund. Lemann, 2011.
BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Claudio Xavier da. Física aula por aula. Mecânica: 2º ano. 2ª edição,
2016.
A PONTE de Tacoma Narrows – ressonância e autovetores. Derivando a matemática, [s.d.].
Disponível em: https://www.ime.unicamp.br/~apmat/ponte-de-tacoma/. Acesso em: 19 dez. 2023.

Lista de imagens e vídeos


Slide 3 – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tacoma-narrows-bridge-collapse.jpg
Física

Ondas - Parte 4

1o bimestre - Aula 04
Ensino Médio
● Ondas. ● Compreender o significado
de velocidade de propagação
do som;
● Compreender e analisar o
Efeito Doppler para o som.
Boom Sônico
Observe a imagem ao lado e
discuta com seus colegas:
● O que você acha que está
acontecendo com o avião?
● O que ocorre quando uma
aeronave ultrapassa a
velocidade do som?

Avião militar F-18 durante um voo.

Vire e Converse
Velocidade do Som no Ar
Se considerarmos uma porção homogênea de ar à temperatura constante, a
velocidade do som será constante, portanto, a frequência e o comprimento
de onda são grandezas proporcionais. Isso significa que a onda de maior
frequência possui menor comprimento de onda.
A velocidade pode ser calculada pela expressão matemática:

𝑣 = 𝜆∙𝑓
Em que 𝒗 é a velocidade do som (m/s), 𝝀 é o comprimento de onda (m) e 𝒇 é
a frequência (Hz).
Velocidade do Som no Ar
A velocidade de propagação do som não depende da pressão do ar. Isso
significa que um aumento ou diminuição de pressão não altera a velocidade
de propagação das ondas.
No ar, a velocidade de propagação da onda depende da temperatura
absoluta, ou seja, um aumento de temperatura gera um aumento na
velocidade do som.

Pessoas conversando. No ar, a


15ºC, a velocidade do som é de
aproximadamente 340m/s.
Velocidade do Som no Ar
A tabela abaixo fornece valores da velocidade do som em alguns meios:
Velocidade do som Velocidade do som
Meio Meio
(m/s) (m/s)
Ar (a 0°C) 331 Água (a 20°C) 1482
Ar (a 15ºC) 340 Chumbo 1210
Oxigênio (a 0°C) 316 Alumínio 5000
Hidrogênio (a 0°C) 1284 Aço 5960
Mercúrio (a 20°C) 1450 Berílio 12870

Fonte: Villas Bôas, Newton Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José
Biscuola. — 19. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.
Reverberação
O som, por ser uma onda, ao atingir um obstáculo, sofre reflexão. Na
reflexão, ocorre mudança na direção ou apenas no sentido da
propagação, porém a velocidade, a frequência e o comprimento de onda
não se alteram.
A audição humana consegue distinguir sons em intervalo de tempo maior
ou igual a 0,1s.
Uma pessoa ao emitir um som que se reflete num obstáculo e retorna
num intervalo de tempo menor que 0,1s, terá a impressão de o som ter
sido “reforçado”, este fenômeno é a reverberação.
Eco
Se o som retornar à orelha num intervalo de tempo maior ou igual a 0,1s,
será possível diferenciar o som de ida e de volta, esse fenômeno é
chamado eco. Vamos considerar o seguinte cálculo:
∆𝑠
𝑣=
∆𝑡
∆𝑠
340 = ⇒ ∆𝑠 = 34𝑚
0,1

∆𝑠: distância do observador ao obstáculo, medida em metros.


𝑣: velocidade do som no ar, vale 340 m/s.
∆𝑡: tempo de ida e volta do som, medido em segundos.
Eco
Em 0,1s o som pode percorrer, com velocidade de 340m/s, uma distância
de 34m (ida e volta). Portanto, o eco só ocorre quando o obstáculo
estiver a uma distância aproximadamente maior ou igual a 17m da fonte
da onda.

Exemplo de eco: onda sonora é refletida.


Eco Sonoro em diferentes contextos
Faça uma pesquisa sobre a Importância do Eco Sonoro em diferentes
contextos, analisando sua importância em diversas situações, como na
natureza, na arquitetura, em ambientes urbanos, entre outros.

Todo mundo
escreve
Eco Sonoro em diferentes contextos
Diversas manifestações de eco podem ser observadas quando emitimos
um grito em frente a uma montanha ou no interior de uma caverna.
Nesses casos, percebemos inicialmente o som direto, seguido pelo som
refletido pela própria estrutura montanhosa. Certos animais, como
morcegos, baleias e golfinhos, empregam ondas ultrassônicas como
ecolocalizadores. Essas ondas servem para identificar a posição de
obstáculos sem depender da visão, utilizando, em vez disso, a
sensibilidade auditiva desses animais.
Na arquitetura, em catedrais e grandes salões, a arquitetura pode criar
condições propícias para o eco, contribuindo para a reverberação de
música, cantos ou até mesmo o som de passos.
Eco Sonoro em diferentes contextos
Salas de Concerto, projetadas especificamente para otimizar a
qualidade acústica, muitas vezes, apresentam superfícies que promovem
um eco controlado, melhorando a experiência musical.
Sonar: os sonares funcionam a partir da
emissão de pulsos sonoros, que se
chocam com os obstáculos e retornam
à fonte. Conhecendo-se o valor da
velocidade de propagação dos pulsos
sonoros na água e o tempo entre a
emissão e recepção deles, pode-se
determinar a distância de um obstáculo
ou submarino. Sonar
Efeito Doppler Vire e Converse

Acesse o simulador disponível em:


https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_doppler&l=pt .
Acesso em: 12 dez. 2023
• Clique no botão verde no lado inferior direito;
• Aguarde a execução do simulador;
• Agora, clique na seta azul também no lado
inferior direito;
• Repita as etapas anteriores até o simulador
voltar na posição inicial.
Discuta com seus colegas sobre suas
observações a cerca desse fenômeno sonoro.
O que você conclui sobre suas observações?
Efeito Doppler
Situação I: a fonte (carro de som) e o observador I
se deslocam juntos, não há mudança na frequência
do som, em relação à fonte e ao observador.

Situação II: temos a fonte sonora em repouso e o


observador que se aproxima e se afasta da fonte, II

assim, temos uma mudança de frequência


sonora.
Situação III: o observador está em repouso, e a
fonte sonora se aproxima, temos um som mais III
agudo e quando se afasta do observador, o som
se torna mais grave.
Efeito Doppler
Em 1842, o físico austríaco Christian Johann Doppler (1803-1853) escreveu um
artigo afirmando que a frequência sonora percebida por um observador depende
do movimento relativo entre fonte e observador.
Efeito Doppler é a alteração da frequência percebida pelo observador em
virtude do movimento relativo de aproximação ou de afastamento entre fonte e
observador.
O Efeito Doppler sonoro é comumente percebido, por exemplo, quando um
automóvel se aproxima de nós buzinando, percebemos o som da buzina mais
agudo (maior frequência) do que perceberíamos se o veículo estivesse em
repouso. Contudo, quando o automóvel se afasta buzinando, percebemos um
som mais grave (menor frequência) do que perceberíamos se o veículo estivesse
em repouso.
Efeito Doppler
Podemos escrever que a frequência percebida por um observador, quando
houver movimento relativo entre esse observador e a fonte:
𝒗𝒔 ± 𝒗𝒐
𝒇𝒐 = 𝒇 ∙
𝒗𝒔 ± 𝒗𝒇
Em que:
𝒗𝒐 a velocidade do observador;
𝒗𝒇 a velocidade da fonte;
𝒗𝒔 a velocidade do som no ar;
𝒇 a frequência real do som (emitido pela fonte);
𝒇𝒐 a frequência do som percebida pela pessoa.
Efeito Doppler
Para descobrir os sinais das velocidades, basta construir um eixo orientado
do observador para a fonte:

Observador Fonte
𝑣𝑜 > 0 𝑣𝑓 > 0
𝑣𝑜 < 0 𝑣𝑓 < 0

Por convenção, se a velocidade estiver a favor da orientação, será


positiva, se estiver contra à orientação, será negativa.
Exercício de aplicação

Considere que a frequência do som emitido pela buzina de um carro é


400 Hz, que esse automóvel se movimenta com velocidade 20 m/s e que
a velocidade do som no ar é de 340 m/s. Determine a frequência
percebida por um menino nas seguintes situações: quando o veículo se
aproxima e quando se afasta dele.
Exercício de aplicação
Na primeira situação, o veículo se aproxima do menino:
● 𝑓 = 400 𝐻𝑧
● 𝑣 = 340 𝑚/𝑠
● 𝑣𝑜 = 0 𝑚/𝑠
● 𝑣𝑓 = −20 𝑚/𝑠 (contrário ao sentido do observador-fonte)
𝟑𝟒𝟎 + 𝟎
𝒇𝟎 = 𝟒𝟎𝟎 ∙ = 𝟒𝟐𝟓𝑯𝒛
𝟑𝟒𝟎 − 𝟐𝟎

Na segunda situação, o veículo se afasta do menino:


𝑣𝑓 = +20 𝑚/𝑠 (coincide com o sentido do observador-fonte)
𝟑𝟒𝟎 − 𝟎
𝒇𝟎 = 𝟒𝟎𝟎 ∙ ≅ 𝟑𝟕𝟖𝑯𝒛
𝟑𝟒𝟎 + 𝟐𝟎
Boom Sônico
Agora, com os conhecimentos sobre velocidade do som, retome a
atividade inicial e reescreva suas respostas aos questionamentos.

Todo mundo
escreve
Boom Sônico
Os aviões supersônicos são aeronaves projetadas para voar a
velocidades superiores à velocidade do som, que é aproximadamente
1.225 quilômetros por hora (761 milhas por hora) ao nível do mar e em
condições atmosféricas padrão. O avião supersônico mais conhecido é o
Concorde, que estava em operação até 2003, mas atualmente existem
novos projetos sendo desenvolvidos.
Quando a aeronave atinge ou excede a velocidade do som, ela entra no
regime supersônico, ou seja, as ondas de pressão do ar são deixadas para
trás, gerando um cone de som. Esta grande quantidade de energia sonora
é captada pelo ouvido humano semelhante a uma forte explosão ou
trovão. As ondas são geradas pela resistência das camadas de ar ao
avanço do avião, que será maior à medida que sua velocidade aumenta.
● Compreendemos que a velocidade do
som no ar depende da temperatura e do
material no qual está se propagando;
● Compreendemos e analisamos o Efeito
Doppler no som.
Lemov, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck;
consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo : Da Prosa: Fund.
Lemann, 2011.
Villas Bôas, Newton Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter
José Biscuola. — 19. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.
Slide 3: https://pixabay.com/pt/photos/quebrando-a-barreira-do-som-jato-99684/
Slide 5: Elaborado para o material
Slide 9: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/persistencia-audicao.htm
Slide 12: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sonar_example.svg
Slide 13: https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_doppler&l=pt
Slide 14: https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_doppler&l=pt
Slide 19: Elaborado para o material
Física

Ondas – Parte 5

1o bimestre – Aula 05
Ensino Médio
● Ondas. ● Definir o conceito de difração
de uma onda;
● Analisar e investigar o
Experimento de Young.
Atividade prática
Materiais:
• Fonte sonora (alto-falante, smartphone ou qualquer dispositivo que
reproduza som).
• Barreira sólida (uma porta entreaberta, uma folha de papelão ou um
livro grande).
• Área espaçosa: pode ser o pátio da escola, preferencialmente com
pouco ruído ambiente.
• Fita adesiva (opcional).
Continua...
Posicione a fonte sonora em uma extremidade da área espaçosa.
Certifique-se de que não há obstruções significativas entre a fonte e o
restante do espaço.
Sem barreira:
Faça a reprodução de um som constante, como um tom contínuo, sem
nenhuma barreira entre a fonte e a área aberta.
Observe como o som se propaga.

Continua...
Vire e converse

Introdução da barreira:
Posicione a barreira sólida (porta entreaberta, papelão ou livro)
perpendicularmente à direção da fonte sonora. Certifique-se de que a
barreira seja mais larga que a fonte sonora. Se estiver usando uma
porta entreaberta, experimente variar a largura da abertura e observe
como isso afeta a difração do som. Você pode usar fita adesiva para
ajustar a abertura. Mantenha a reprodução do som constante.

Agora, discuta com seus colegas:


• Qual é a diferença na propagação do som com e sem a barreira?
• Por que a largura de uma abertura ou barreira afeta a propagação das
ondas sonoras?
Difração de ondas
Uma observadora posicionada em uma rua, como na imagem abaixo,
não consegue ver um veículo que está posicionado em outra rua.
Embora ela não veja o veículo, consegue ouvir muito bem o ruído
produzido por ele. Por que isso acontece? Você já percebeu uma
situação semelhante?

Representação de um veículo em
movimento e uma pessoa em outra rua.

Vire e converse
Correção
Uma observadora posicionada em uma rua perpendicular a outra rua
onde se encontra um carro em movimento, embora não o veja, consegue
ouvir muito bem o ruído produzido por ele devido ao fenômeno da
difração.

Representação de um veículo em
movimento e uma pessoa em outra rua.
Difração de ondas
A difração é uma propriedade que uma onda possui de contornar um
obstáculo ou uma fenda, chegando a uma região que não poderia ser
atingida se a propagação dessa onda fosse retilínea.
O efeito da difração de ondas está ligado ao comprimento de onda
incidente e ao tamanho do obstáculo a ser transposto: ambos precisam
ter a mesma ordem de grandeza.
Princípio de Huygens
O Princípio de Huygens explica a difração de ondas sonoras, pois,
quando a frente de onda atinge os pontos de um obstáculo ou de uma
fenda, cada ponto se comporta como uma fonte de onda secundária
que se propaga em todas as direções; isso faz com que a onda contorne
o obstáculo, conseguindo assim transpor o mesmo.
Princípio de Huygens
A distribuição de energia na difração não se dá de forma uniforme em
todas as direções; ela depende da comparação do comprimento de onda da
onda incidente com o tamanho do obstáculo ou da fenda de um obstáculo.

Representação de ondas sonoras em uma Onda difratada no mar.


fenda.
Difração de ondas
Pode-se observar com maior facilidade o fenômeno de difração
quando o comprimento de onda for maior ou igual às dimensões da
fenda ou obstáculo.
O som audível possui comprimento de onda entre 1,7 cm e 17 m,
portanto, poderá contornar facilmente obstáculos e fendas.
A luz, por sua vez, apresenta comprimento de onda entre 4.10-7m e
7.10-7m, portanto, pode-se considerar que a propagação da luz, num
meio transparente e homogêneo, é retilínea, pois a difração é
insignificante.
Para fendas de pequenas dimensões, a luz também pode sofrer o
fenômeno da difração.
Experimento de Young
Em 1801, Thomas Young (1773-1829) construiu um experimento que
consistia em incidir um feixe de luz por um pequeno orifício e registrar do
outro lado da abertura, sobre um anteparo, a intensidade luminosa desse
feixe. Nesse experimento, ele observou o aparecimento de várias faixas
luminosas de intensidades diferentes. Tal fenômeno mostrava que a luz
sofrera difração, assim como as ondas sonoras ou as ondas de um lago.

Simulação obtida no Phet colorado.


Experimento de Young
Young realizou ainda um segundo
experimento, que ficou conhecido
como “Experimento da Fenda Dupla”.
Nesse experimento, ele direcionou luz
monocromática (uma única cor) para
duas fendas estreitas e paralelas. A luz
que passava por essas fendas sofria
Simulação obtida no Phet
difração e se propagava como ondas colorado – luz monocromática
chegando até uma tela de projeção incidindo em duas fendas.
(anteparo).
Experimento de Young
Quando a luz atingia a tela, ocorria o
fenômeno da interferência. As ondas
provenientes das duas fendas interferiam
entre si, resultando em padrões de
interferência alternados de regiões claras e
Nas franjas claras, ocorre
escuras na tela. Esse padrão só poderia ser interferência construtiva. Nas
explicado pela natureza ondulatória da luz, franjas escuras, as ondas se
anulam e ocorre interferência
onde as cristas e os vales das ondas destrutiva. Nas áreas adjacentes
interferiam de maneira construtiva às franjas claras e às franjas
(aumentando a amplitude) em algumas escuras, a intensidade da luz
varia gradualmente entre as
regiões e destrutiva (anulando-se) em outras. franjas.
Atividade prática
Agora, com as aprendizagens desta aula, retome os questionamentos da
atividade inicial.
● Qual é a diferença na propagação do som com e sem a barreira?
● Por que a largura de uma abertura ou barreira afeta a propagação das
ondas sonoras?

Todo mundo escreve


Correção
● Qual é a diferença na propagação do som com e sem a barreira?
A diferença na propagação do som com e sem uma barreira está relacionada
ao fenômeno de difração.
Quando o som se propaga sem encontrar uma barreira significativa, ele se
move em linha reta, de acordo com o princípio da propagação retilínea das
ondas. Não há desvio ou alteração significativa na direção original da onda
sonora.
Quando uma onda sonora encontra uma barreira ou uma abertura, ocorre
difração. A difração permite que o som contorne a barreira, resultando em
uma alteração na direção de propagação. Algumas partes da onda passam pela
abertura ou ao redor da barreira, permitindo que o som alcance áreas que, de
outra forma, ficariam protegidas pela barreira.
Correção – Boom sônico
● Por que a largura de uma abertura ou barreira afeta a propagação das
ondas sonoras?
A largura da abertura ou barreira é um fator crítico na difração das ondas
sonoras. Se a largura da abertura for comparável ao comprimento de onda do
som, a difração será mais pronunciada. Se a abertura for significativamente
maior que o comprimento de onda, a difração será menos evidente.

A difração pode ser entendida por meio do Princípio de Huygens, que postula
que cada ponto em uma frente de onda age como uma fonte secundária de
ondas. Ao encontrar uma abertura ou barreira, essas fontes secundárias
emitem ondas que interferem umas com as outras, resultando em padrões de
difração.
Exercício de aplicação
A respeito dos fenômenos de interferência e difração, é correto afirmar:
I. Ocorrem apenas com ondas eletromagnéticas.
II. Não podem ocorrer separadamente.
lll. Revelam o caráter ondulatório da luz.
IV. Não ocorrem com ondas na superfície da água.
V. Ocorrem com ondas sonoras e luminosas.
Correção
I. Incorreto: Interferência e difração são fenômenos observados em
várias formas de ondas, incluindo ondas eletromagnéticas (como a
luz), ondas sonoras e até mesmo ondas na superfície da água.
II. Incorreto: Interferência e difração são fenômenos distintos.
Embora possam ocorrer simultaneamente, cada um pode ser
observado independentemente.
III. Correto: Interferência e difração são fenômenos que demonstram
o caráter ondulatório da luz, confirmando sua natureza dual
(ondulatória e corpuscular).
Continua...
Correção
IV. Incorreto: Interferência e difração também podem ocorrer com
ondas na superfície da água. Esses fenômenos não estão restritos
a um tipo específico de onda.
V. Correto: Interferência e difração são observadas em uma
variedade de ondas, incluindo ondas sonoras (mecânicas) e ondas
luminosas (eletromagnéticas).
● Exploramos o fenômeno de difração, que
ocorre quando a luz encontra uma abertura
ou obstáculo;
● Entendemos o Experimento de Young, no
qual uma fonte de luz é dividida em duas
fendas, resultando em padrões de
interferência quando as ondas se
encontram novamente.
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda
Beck; consultoria e revisão técnica: Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa: Fund.
Lemann, 2011.
VILLAS BÔAS, Newton. Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca,
Gualter José Biscuola. — 19. ed. — São Paulo: Saraiva, 2012.
BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Claudio Xavier da. Física aula por aula. Mecânica: 2 o ano. 2.ed.
2016.
Lista de imagens
Slide 6 – Elaborado para o Material Digital.
Slide 7 – Elaborado para o Material Digital.
Slide 10 – https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-difracao.htm
Slide 12 – https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-interference/latest/wave-
interference_all.html?locale=pt_BR
Slide 13 – https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-interference/latest/wave-
interference_all.html?locale=pt_BR
Slide 14 – https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-interference/latest/wave-
interference_all.html?locale=pt_BR
Física

Ondas – Parte 6

1o bimestre – Aula 06
Ensino Médio
● Ondas. ● Compreender algumas
propriedades das ondas
eletromagnéticas.
Vire e converse

Atividade de pesquisa
Faça uma pesquisa sobre o funcionamento
do controle remoto e procure responder ao
questionamento a seguir. Compare sua
resposta com as respostas de seus colegas.
● Como ocorre a transmissão de sinais do
controle remoto para o dispositivo
receptor, como uma TV ou um sistema
de entretenimento? Que tipo de onda é Controle remoto de TV
usado nesse sistema?
Ondas eletromagnéticas
A primeira previsão da existência de ondas
eletromagnéticas foi feita em 1864, pelo físico
escocês James Clerk Maxwell. Ele conseguiu provar
James Clerk Maxwell
teoricamente que uma perturbação eletromagnética
devia se propagar no vácuo com uma velocidade
igual à da luz. E a primeira verificação experimental
foi feita por Henrich Hertz, em 1887. Hertz,
produziu ondas eletromagnéticas por meio de
circuitos oscilantes. Seu trabalho foi homenageado
posteriormente atribuindo o nome “Hertz” à
Henrich Hertz
unidade de frequência.
Ondas eletromagnéticas
As ondas eletromagnéticas são formadas por dois campos variáveis, um
elétrico e outro magnético, que se propagam. Essa propagação pode
ocorrer no vácuo e em determinados meios materiais.

Representação de
onda
eletromagnética
Ondas eletromagnéticas
Como exemplos de ondas
eletromagnéticas podemos citar as
ondas de rádio, dentre elas as ondas
de AM (amplitude modulada) e as de
FM (frequência modulada), as ondas
de TV, as ondas luminosas (luz), as
micro-ondas, os raios X e 𝛾, entre
outras. Essas denominações são dadas
Espectro eletromagnético
de acordo com a principal fonte
geradora das ondas e se diferenciam
em especial pelas faixas de frequência.
Tipos de ondas eletromagnéticas: raios X
Na prática médica, os raios X são extensivamente empregados para a
produção de radiografias. Na indústria, também chamado de radiografia
industrial ou gamagrafia, entre várias aplicações, são empregados para
identificar defeitos em componentes metálicos que serão integrados em
máquinas. O raios X são produzidos sempre que um feixe de elétrons
dotados de energia incide sobre um obstáculo material. A energia
cinética do feixe incidente é parcialmente transformada em energia
eletromagnética, dando origem aos raios X. Eles são capazes de
impressionar uma chapa fotográfica e são muito utilizados em
radiografias, já que conseguem atravessar a pele e os músculos da
pessoa, mas são retidos pelos ossos.
Tipos de ondas eletromagnéticas:
raios 𝜶, 𝜷, 𝜸, X e catódicos
Os raios 𝛼 são partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons,
núcleos de um dos isótopos do hélio. Os raios 𝛽 e os raios catódicos
são compostos de elétrons. Assim, os raios 𝛼, 𝛽 e catódicos não são
ondas, mas sim partículas dotadas de carga elétrica, que podem ser
desviadas por campos magnéticos. Dentre os raios 𝛼, 𝛽, 𝛾, X e
catódicos, apenas os raios 𝛾 e X são ondas eletromagnéticas.

Radiação
eletromagnética
Tipos de ondas eletromagnéticas: Raio 𝜸
Os raios 𝛾 são obtidos por processos nucleares, que são um tipo de radiação
eletromagnética de alta frequência (superior a 1018 Hz), obtido pelo decaimento
radioativo de núcleos atômicos instáveis. Os raios 𝛾 são fatais para
microrganismos, têm aplicação em esterilização de instrumentos cirúrgicos.
Cereais que precisam ficar muito tempo armazenados também costumam ser
expostos a raios 𝛾, para que fiquem livres de fungos e bactérias que produzem a
deterioração dos grãos. Esses raios ainda são empregados para destruir tumores
cancerígenos.

Decaimento
radioativo do
Urânio 238.
Tipos de ondas eletromagnéticas: ondas de Rádio
São uma forma de radiação eletromagnética cujas
frequências se situam entre as ondas infravermelhas
e as micro-ondas. O processo de geração de ondas
de rádio começa com um transmissor que converte
sinais elétricos em ondas eletromagnéticas. Essas
ondas, então, viajam pelo espaço a uma velocidade Terra
próxima à da luz. O fenômeno da propagação das
ondas de rádio é particularmente interessante, pois Ondas de rádio

elas podem se curvar ao redor de obstáculos e se


refletir na atmosfera, permitindo a comunicação em
longas distâncias.
Tipos de ondas eletromagnéticas: micro-ondas
São uma forma de radiação eletromagnética
que se situa na faixa mais alta de frequência.
As micro-ondas podem ser utilizadas para
funcionamento de um radar, por exemplo. Uma
fonte emite uma radiação que atinge um
objeto e volta para o ponto onde a onda foi
emitida. De acordo com a direção em que a
radiação volta, pode ser descoberta a
localização do objeto que refletiu a onda.
Redes locais sem fio, tais como Bluetooth,
Radar de velocidade
WIFI, WiMAX e outros usam micro-ondas na
faixa de 2,4 a 5,8 GHz.
Tipos de ondas eletromagnéticas: laser
A palavra laser é formada pelas letras iniciais das palavras que formam a
expressão inglesa light amplification by stimulated emission of radiation
(amplificação da luz por emissão estimulada de radiação).
A principal característica de um laser é que, pela estimulação de átomos
de uma substância particular, se obtém um estreito feixe de luz
monocromática, colimada e coerente, isto é, luz de uma mesma cor, em
feixe concentrado e em fase. Nesse feixe, todas as partículas de luz
(fótons) possuem as mesmas propriedades. A cada fóton emitido está
associado o mesmo comprimento de onda. Dessa forma, pode-se obter
uma grande concentração de energia em uma pequena superfície.
Características das radiações: laser
Para gerar o feixe de luz, um
meio (sólido, líquido ou gasoso)
é estimulado por uma corrente
elétrica, por uma descarga
elétrica ou mesmo por outra
fonte de luz. Assim, o laser
transforma energia dispersa em
energia concentrada em forma
de luz. Funcionamento do Laser
Tipos de ondas eletromagnéticas: luz visível
A luz, que é uma onda eletromagnética, só pode sensibilizar nosso
sistema visual se tiver sua frequência compreendida entre 〖4∙10〗14 Hz e
〖8∙10〗14 Hz, aproximadamente. Nessa faixa, na ordem crescente de
frequências, encontramos as cores vermelha, alaranjada, amarela, verde,
azul, anil e violeta, que formam as sete cores principais que observamos
no arco-íris.

Espectro eletromagnético com


destaque para a luz visível
Velocidade das ondas eletromagnéticas
As ondas eletromagnéticas apresentam como características:
comprimento de onda, velocidade de propagação, amplitude e
frequência, e são passíveis de sofrer qualquer tipo de fenômeno
ondulatório conhecido, tais como reflexão, refração, polarização,
difração, espalhamento, absorção e interferência.

Onda eletromagnética com


representação do comprimento de
onda
Velocidade das ondas eletromagnéticas
A propagação de todas as ondas eletromagnéticas se faz no vácuo a uma
velocidade próxima de 300.000 km/s. Em meios materiais, essa
propagação atinge velocidades menores, e os valores dependem do meio
no qual a onda se propaga.
A velocidade pode ser calculada pela expressão matemática:

𝑣 = 𝜆∙𝑓

Em que 𝒗 é a velocidade da onda eletromagnética, 𝝀 é o comprimento de


onda e 𝒇 é a sua frequência.
Atividade de pesquisa
● Como ocorre a transmissão de sinais do controle remoto para o
dispositivo receptor, como uma TV ou um sistema de
entretenimento? Que tipo de onda é usado nesse sistema?
Correção
Atividade de pesquisa
A transmissão de sinais do controle remoto para o dispositivo receptor,
como uma TV ou um sistema de entretenimento, geralmente ocorre
através do uso de ondas infravermelhas (IR). O infravermelho é o tipo
de onda eletromagnética utilizado nesses sistemas de comunicação
remota.
Quando você pressiona uma tecla no controle remoto, um circuito
interno é ativado, gerando um sinal elétrico que é convertido em um
sinal infravermelho.
Correção
Atividade de pesquisa
O sinal infravermelho é emitido por um pequeno diodo emissor de luz
(LED) infravermelho na parte frontal do controle remoto. Este LED
emite luz infravermelha, que é invisível ao olho humano.
O dispositivo receptor, como a TV ou o sistema de entretenimento,
possui um sensor infravermelho (geralmente um fotodiodo) que capta o
sinal infravermelho enviado pelo controle remoto.
O dispositivo receptor decodifica o sinal infravermelho recebido,
interpretando qual tecla foi pressionada.
Exercício de aplicação
(UFRS) A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no ar é
de aproximadamente 3∙108 m/s . Uma emissora de rádio que transmite
sinais (ondas eletromagnéticas) de 9,7∙106 Hz pode ser sintonizada em
ondas curtas na faixa (comprimento de onda) de aproximadamente
A. 19 m
B. 25 m
C. 31 m
D. 49 m
E. 60 m
Correção
Exercício de aplicação
Pelo enunciado do problema temos que:
𝑣 = 3 ∙ 108 𝑚/𝑠
𝑓 = 9,7 ∙ 106 𝐻𝑧
Como 𝑣 = 𝜆. 𝑓, temos:
3 ∙ 108 = 𝜆 ∙ 9,7 ∙ 106
3 ∙ 108 2
𝜆= ≅ 0,309 ∙ 10
9,7 ∙ 106
Sendo assim, a resposta é a letra (C) 31 m.
● Aprendemos sobre os diferentes tipos de
ondas eletromagnéticas e suas
características.
Lemov, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda
Beck; consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo : Da Prosa:
Fund. Lemann, 2011.
Villas Bôas, Newton Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter
José Biscuola. — 19. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.
Ondas Eletromagnéticas - Introdução. ([s.d.]). Fisica.net. Recuperado 27 de dezembro de 2023, de
https://www.fisica.net/ondulatoria/ondaseletromagneticas.pdf
Lista de imagens e vídeos

Slide 3 – Disponível em: https://actu.fr/pays-de-la-loire/challans_85047/comment-regarder-le-match-


de-coupe-de-france-du-challans-fc_60525301.html
Slide 4 – Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Heinrich_Rudolf_Hertz_2_(cropped).png
Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:James_Clerk_Maxwell_big.jpg
Slide 5 – Disponível em: https://www.preparaenem.com/fisica/as-ondas-eletromagneticas.htm
Slide 6 – Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Electromagnetic_spectrum,_NASA_illustration.jpg
Lista de imagens e vídeos

Slide 8 – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alpha-beta-gamma_decay.png


Slide 9 – Disponível em: https://pixabay.com/pt/vectors/radioatividade-radioativo-s%C3%ADmbolo-
35721/
Slide 10 – Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Propagaci%C3%B3n_por_onda_ionosf%C3%A9rica.svg
Slide 11 – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Radarvelocidade20022007-1.jpg
Slide 13 – Disponível em: https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Funcionamento-de-um-
laser_fig3_290273358
Slide 14 – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wavelength_Overview.svg
Slide 15 – Disponível em: https://pt.khanacademy.org/science/physics/light-waves/introduction-to-
light-waves/a/light-and-the-electromagnetic-spectrum
Física

Ondas – Retomada

1o bimestre – Aula 07
Ensino Médio
● Ondas. ● Recordar alguns conceitos e
características das ondas.
5 MINUTOS
Situação-problema
Durante uma visita monitorada à Usina Nuclear de Angra 2, um grupo
de estudantes do ensino médio tem a oportunidade de conhecer mais
de perto um reator nuclear. Ao entrarem na área onde se localiza esse
reator, eles se surpreendem com a tonalidade azulada da água.

Reator submerso:
tonalidade azul da
água devido à radiação
de Cherenkov.
5 MINUTOS
Situação-problema
Então, um dos alunos decide fazer uma pergunta ao professor/cientista
responsável.
“Professor, por que a água tem essa coloração azul?”
O professor, buscando despertar a curiosidade do aluno, responde de
forma concisa: “Isso está relacionado à radiação de Cherenkov. É um
fenômeno no qual a luz azulada é emitida quando partículas se movem
mais rápido que a velocidade da luz”.
O aluno, intrigado, relembra o que aprendeu sobre a velocidade da luz
em suas aulas de Física: “Mas não é possível que algo se mova mais
rápido que a luz!”.
5 MINUTOS
Situação-problema
O professor responde: “Sim, isso está parcialmente correto. Porém,
tanto na sua afirmação quanto na minha explicação sobre a radiação
de Cherenkov, há um detalhe importante faltando”.
Imagine que você faça parte desse grupo de estudantes. Procure
explicar o que não foi mencionado tanto na explicação do professor
quanto na afirmação do aluno.

Virem e conversem
Ondas
Observe a imagem abaixo. Ao produzir uma perturbação em um meio
(por exemplo, uma corda), um pulso se movimenta ao longo desse meio.
Dessa forma, uma onda é uma perturbação que se propaga pelo espaço,
desde o ponto no qual é produzida, transportando energia e momento
linear (quantidade de movimento), mas não transportando matéria.

Representação de um pulso em uma corda.


Natureza das ondas
Onda mecânica
Uma onda mecânica não pode se propagar na ausência de um meio
material, ou seja, uma onda mecânica não se propaga no vácuo, pois
não há meio material. A propagação de uma onda mecânica através de
um meio material elástico envolve o transporte de energia. Uma onda
sonora se propagando no ar é um exemplo de onda mecânica.

Ondas em uma corda e ondas na água.


Natureza das ondas
As ondas eletromagnéticas são formadas pela variação de dois
campos, um elétrico e outro magnético. Essa onda pode se propagar no
vácuo e atravessar certos meios materiais. A luz, por exemplo, além de
se propagar no vácuo, pode se propagar através de meios
transparentes, como o vidro.

Todas as ondas eletromagnéticas têm


em comum sua velocidade de
propagação no vácuo: 299.792.458 m/s.

Representação de uma onda eletromagnética.


Elementos de uma onda
Crista e vale: considerando a figura no plano vertical, chamamos os pontos
mais altos da onda – A1, A2 e A3 – de cristas, e os pontos mais baixos –
B1 e B2 – de vales ou depressões. É comum dizermos, também, que os
pontos que oscilam “juntos” estão em fase. Assim, os pontos A1, A2 e A3
estão em fase entre si, e os pontos B1 e B2 também estão em fase entre si.
Ou seja, quando um deles está “para cima”, os outros também estarão, e
vice-versa.
A3
Pontos que não mantêm a mesma A1 A2
configuração oscilam fora de fase; aqueles
que mostram a configuração inversa, por B1 B2

sua vez, estão em oposição de fase, como


Representação de cristas e vales.
os pontos A1 e B1.
Elementos de uma onda
Comprimento de onda 𝝀
Representa a distância entre dois pontos sucessivos da onda que
estão na mesma fase de oscilação. Pode ser pensado, também, como
a distância que uma perturbação percorre durante um período T.
O período (T) é o intervalo de tempo necessário para que um
comprimento de onda (𝝀), ou uma onda completa, passe por
determinado ponto do meio. Cada pulso emitido corresponde a uma
oscilação completa da fonte.
𝝀

Representação do comprimento de onda.


1 pulso
Elementos de uma onda
Frequência da onda
Corresponde ao número de oscilações efetuadas na unidade de tempo.
Convém notar que a frequência de uma onda é sempre igual à
frequência da fonte que a originou e se mantém constante durante toda
a existência dessa onda.
A unidade de frequência no SI (sistema
internacional de unidades) é o hertz 1 1
(Hz), e o período é o segundo (s). 𝑓= ou 𝑇=
Vale a relação em que T é o período
𝑇 𝑓
da onda e 𝑓 é a frequência.
Velocidade da onda
Quando uma onda se propaga através de um meio, ela percorre uma
distância 𝒅 igual ao seu comprimento de onda (𝑑= 𝜆), em um intervalo de
tempo igual a um período (∆𝑡 = 𝑇). Em um meio homogêneo, a velocidade
de propagação (v) de uma onda é constante, seja ela mecânica ou
eletromagnética, valendo a relação:

𝑑 𝜆 1
𝑣= ⇒𝑣= Como 𝑓 = , temos:
∆𝑡 𝑇 𝑇

𝑣 = 𝜆∙𝑓
Essa é a relação fundamental e se aplica à propagação de todas as ondas.
Exercício Enem
(Enem 2011) O eletrocardiograma
é um exame cardíaco que mede a
intensidade dos sinais elétricos
advindos do coração.
De acordo com o eletrocardiograma apresentado, qual foi o número de
batimentos cardíacos por minuto desse paciente durante o exame?
a. 30.
b. 60.
c. 100.
d. 120.
e. 180.
Correção – Exercício Enem

Analisando o gráfico, notamos que cada quadradinho


corresponde a um intervalo de tempo de 0,2 s. Como existem 5
quadradinhos em uma oscilação completa, temos que:
T = 5 · 0,2 = 1 s.
Além disso, sabemos que f = 1/T, sendo f = 1 Hz. Para a conversão
para rpm, iremos multiplicar o valor por 60. Assim, temos: f = 60
rpm (ou batimentos por minuto).
Exercício Enem
(Enem 2018) O sonorizador é um dispositivo físico implantado sobre a
superfície de uma rodovia de modo que provoque uma trepidação e
ruído quando da passagem de um veículo sobre ele, alertando para
uma situação atípica à frente, como obras, pedágios ou travessia de
pedestres. Ao passar sobre os sonorizadores, a suspensão do veículo
sofre vibrações que produzem ondas sonoras, resultando em um
barulho peculiar. Considere um veículo que passe com velocidade
constante igual a 108 km/h sobre um sonorizador cujas faixas são
separadas por uma distância de 8 cm.

Disponível em: www.denatran.gov.br Acesso em: 2 set. 2015 (adaptado).


Exercício Enem
A frequência da vibração do automóvel percebida pelo condutor
durante a passagem nesse sonorizador é mais próxima de:
a. 8,6 hertz.
b. 13,5 hertz.
c. 375 hertz.
d. 1.350 hertz.
e. 4.860 hertz.
Correção – Exercício Enem
Para resolver essa questão, é importante entender que a distância
entre duas faixas consecutivas representa o comprimento de
onda, 𝝀 = 8 cm. Em seguida, para avançar na resolução,
precisamos converter a velocidade de km/h para m/s. Assim,
temos: v = 108 km/h = 30 m/s.
Por último, para calcular a frequência da vibração do automóvel
percebida pelo condutor, utilizaremos a equação fundamental da
ondulatória. Assim, obteremos:
𝒗 𝟑𝟎 𝟑.𝟎𝟎𝟎
𝒗 = 𝝀 . f ⇒ 𝒇 = 𝝀 ⇒ 𝒇 = 𝟖 · 𝟏𝟎−𝟐 = = 375 Hz.
𝟖
Portanto, a alternativa correta para essa questão é a letra c.
Retomando conhecimentos
Retorne à situação-problema proposta no início desta aula e, com base
em seus conhecimentos, responda novamente à seguinte questão:
O que não foi mencionado tanto na explicação do professor quanto na
afirmação do aluno em relação à velocidade da luz?
Retomando conhecimentos
O que não foi mencionado tanto na explicação do professor quanto na
afirmação do aluno é o fato de que nada pode se mover mais rápido do
que a velocidade da luz no vácuo, de acordo com a teoria da
relatividade de Einstein. No entanto, foi omitido o detalhe muito
importante de que a radiação de Cherenkov permite que partículas com
carga elétrica se movam mais rápido do que a luz em um meio material
específico, não no vácuo. Para saber mais sobre radiação de
Cherenkov, indicamos o vídeo a seguir:

https://youtu.be/Z-0bNIXzSIc?si=PelxLjwxvmYjgSUW
● Recordamos alguns conceitos
e características das ondas.
LEMOV, D. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck;
consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa/Fund.
Lemann, 2011.

VILLAS BÔAS, N.; HELOU, R.; DOCA, R.; FOGO, R. Tópicos de Física 2: Conecte Live. 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 2018.

https://www.google.com.br/search?q=ondas%20eletromagneticas&tbm=isch&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0CBwQtI8BKABqFwoTCJCovey934MDFQAAAAAdAAAAABAH&biw=1903&bih=953#i
mgrc=PfzYV99GoQSa6M

Você também pode gostar