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SÉRIE

2024_EM_B1_V1
ESCOLA: EEPEI - MATHILDE TEIXEIRA DE MORAES
PROFESSOR: ANDRESSA MANZINI
MATÉRIA:FÍSICA
DATA: _/_/2024
Material: slides
HABILIDADE: (EM13CNT105)
TEMA: Ondas - Parte 3,4,5,6 e Retomada
1o bimestre
Ensino Médio
3a
SÉRIE

2024_EM_B1_V1
Ondas - Parte 3

1o bimestre – Aula 03
Ensino Médio
Conteúdo Objetivo

2024_EM_B1_V1
● Ondas. ● Compreender os conceitos de
superposição de pulsos em
cordas, de superposição de
ondas periódicas e de
ressonância.
Para começar

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Vire e Converse
Ponte de Tacoma
A ponte sobre o rio Tacoma (Washington, EUA) foi
inaugurada em 1940 e ganhou fama por seus movimentos
oscilantes característicos. Projetada para resistir aos ventos
da região, a ponte acabou sucumbindo a uma série de
falhas estruturais e colapsou dramaticamente em
novembro do mesmo ano, apenas quatro meses após sua
abertura.
Faça uma pesquisa e discuta com seus colegas como a
análise do colapso da ponte pode ser utilizada para estudar
o conceito de oscilação, destacando a importância desse Ponte de Tacoma
fenômeno na engenharia de estruturas?
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Superposição de ondas
Um dos fenômenos mais importantes da Ondulatória é a interferência de
ondas.
Observe a imagem abaixo, que consiste na formação de duas ondas
propagando-se em sentidos contrários e com amplitudes A1 e A2.

A imagem mostra a situação na qual irá ocorrer a interferência.


Foco no conteúdo

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Superposição de ondas
O encontro dessas ondas resultará numa interferência, ou seja, numa
superposição que formará uma única onda resultante, com amplitude A.
Nesse caso, dizemos que a interferência
é construtiva, sendo a amplitude A
resultante da soma das amplitudes A1 e
Interferência construtiva A2.
𝐴 = 𝐴1+𝐴2
Depois da superposição, cada pulso segue
na sua direção inicial, com suas
Situação após a interferência características iniciais conservadas.
Foco no conteúdo

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Superposição de ondas
Agora, observem a imagem com dois pulsos invertidos, ou seja, uma crista e
um vale.

Pulsos invertidos em
uma corda.

O que acontecerá quando esses pulsos se encontrarem?


Foco no conteúdo

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Superposição de ondas
O encontro desses pulsos resultará numa interferência destrutiva, ou seja, um
pulso anula parcial ou totalmente o outro.
A amplitude resultante é dada pela diferença entre as amplitudes A1 e A2
Se 𝐴1 = 𝐴2, temos que 𝐴 = 0.

Interferência destrutiva total.

Se 𝐴1 ≠ 𝐴2, temos que 𝐴=|𝐴1−𝐴2|

Interferência destrutiva parcial.

Após a superposição dos pulsos, ambos continuam se propagando com suas


características iniciais.
Foco no conteúdo

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Superposição de ondas periódicas
A superposição de duas ondas periódicas ocorre de maneira análoga à
superposição de pulsos, causando uma onda resultante, com pontos de
elongação equivalentes à soma algébrica dos pontos das ondas sobrepostas.

A figura mostra a sobreposição de


duas ondas com períodos iguais e
Oscilador amplitudes diferentes (A1 e A2), que,
ao serem sobrepostas, resultam em
uma onda com amplitude equivalente
às suas ondas (A3). Este é um exemplo
de interferência construtiva.
Foco no conteúdo

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Superposição de ondas periódicas
Neste caso, a imagem abaixo mostra uma interferência destrutiva de duas
ondas com mesma frequência e mesma amplitude, mas em oposição de fase
(A1 e A2), que, ao serem sobrepostas, resultam em uma onda com amplitude
nula (A3).

Oscilador

A figura mostra o encontro de duas ondas em oposição de fase, resultando em uma interferência
destrutiva.
Foco no conteúdo

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Interferência em uma dimensão – onda estacionária
Observe a imagem abaixo, em que os pulsos refletidos se superpõem aos
vindos da fonte osciladora. Se a fonte não parar de produzir a perturbação na
corda, teremos um caso particular de ondas estacionárias. Nessas condições,
cada porção da corda realiza um movimento harmônico simples (MHS), cuja
amplitude varia de ponto para ponto, e todos na mesma frequência.

Onda
Oscilador
estacionária
Foco no conteúdo

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Interferência em uma dimensão – onda estacionária
Nesse tipo de onda, temos pontos em que a amplitude é nula – ondas em
oposição de fase. Esses pontos são chamados de nós (N). Os pontos da corda
em que a amplitude é máxima são chamados de ventres (V).

A distância entre dois nós


consecutivos ou dois ventres
consecutivos é .
A distância entre um nó e um
ventre consecutivos é .
Onda estacionária
Foco no conteúdo

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Ressonância
Um corpo possui frequências naturais que dependem de suas características e
são as frequências em que ele normalmente pode vibrar.
Um corpo, ou um sistema, entra em ressonância quando recebe energia cuja
frequência é igual à sua frequência natural. Isso faz que ele passe a oscilar
ainda mais, aumentando a amplitude do movimento.

Quando a frequência de vibração das ondas sonoras


produzidas por um canto lírico, por exemplo, é igual à
frequência de vibração natural da taça, as moléculas da
taça recebem energia e movimentam-se gradativamente
até que a taça se quebre.
Foco no conteúdo

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Ressonância – Exemplos
● Nas ondas sonoras, a ressonância provoca a sensação de fortalecimento do
som, pela sobreposição das ondas.
● O violão possui uma caixa de ressonância de madeira cuja principal
função é amplificar o som acrescentando vários harmônicos, dando ao
instrumento um timbre característico.
● Quando sintonizamos uma emissora de rádio ou um televisor, o receptor
do aparelho entra em ressonância com a frequência de transmissão da
emissora, captando a energia da onda por ela emitida com amplitude
máxima, reproduzindo, então, seu sinal. As outras emissoras com
frequências naturais diferentes da do receptor naquela posição não podem
ser captadas.
Na prática

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Exercício de aplicação
(PUC-PR) Uma corda de 1,0 m de comprimento está fixa em suas
extremidades e vibra na configuração estacionária conforme a figura abaixo:

Conhecida a frequência de vibração igual a 1000 Hz, podemos afirmar que a


velocidade da onda na corda é:
a) 500 m/s d) 100 m/s b) 1000 m/s e) 200 m/s c) 250 m/s
Aplicando

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Todo mundo escreve

Ondas sísmicas
Retorne à atividade inicial, em que você pesquisou sobre a ponte de Tacoma.
Agora, com os conhecimentos sobre superposição de ondas e ressonância,
aperfeiçoe sua pesquisa.
Aplicando

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Ponte de Tacoma
A ressonância é um fenômeno físico, que ocorre quando um sistema físico
recebe energia por meio de excitações de frequência igual a uma de suas
frequências naturais de vibração. Assim, o sistema físico passa a vibrar com
amplitudes cada vez maiores. Todos estes sistemas possuem sua frequência
natural, que lhes é característica. Quando ocorrem excitações periódicas sobre
o sistema, como o vento soprando com frequência constante sobre uma ponte
durante uma tempestade, acontece o fenômeno de superposição de ondas, que
altera a energia do sistema, e modifica sua amplitude.
Continua...
Aplicando

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Assim, se a frequência natural de oscilação do sistema e as excitações
constantes sobre ele estiverem sob a mesma frequência, a energia do sistema
será aumentada, fazendo com que vibre com amplitudes cada vez maiores.
E foi isso que aconteceu com a Ponte de Tacoma. Com ventos por volta de
65km/h vibrando numa frequência igual à frequência natural da ponte, a
amplitude das vibrações da ponte aumentou de tal modo que sua estrutura não
aguentou (o fenômeno durou quase 10 horas).
O que aprendemos hoje?

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● Aprendemos que a superposição de ondas
refere-se ao fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram no mesmo
ponto do espaço e se combinam;
● Compreendemos que a ressonância é um
fenômeno em que um sistema vibra com uma
amplitude maior em resposta a uma
frequência específica de uma onda externa.
Referências

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Lemov, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck;
consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo : Da Prosa: Fund. Lemann,
2011.
BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Claudio Xavier da. Física aula por aula. Mecânica: 2º ano. 2ª edição,
2016.
A PONTE de Tacoma Narrows – ressonância e autovetores. Derivando a matemática, [s.d.]. Disponível em:
https://www.ime.unicamp.br/~apmat/ponte-de-tacoma/. Acesso em: 19 dez. 2023.

Lista de imagens e vídeos


Slide 3 – https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Tacoma-narrows-bridge-collapse.jpg
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Física

Ondas - Parte 4

1o bimestre - Aula 04
Ensino Médio
Conteúdo Objetivos

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● Ondas. ● Compreender o significado de
velocidade de propagação do
som;
● Compreender e analisar o Efeito
Doppler para o som.
Para começar

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Boom Sônico
Observe a imagem ao lado e
discuta com seus colegas:
● O que você acha que está
acontecendo com o avião?
● O que ocorre quando uma
aeronave ultrapassa a
velocidade do som?

Avião militar F-18 durante um voo.

Vire e Converse
Foco no conteúdo

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Velocidade do Som no Ar
Se considerarmos uma porção homogênea de ar à temperatura constante, a
velocidade do som será constante, portanto, a frequência e o comprimento de onda
são grandezas proporcionais. Isso significa que a onda de maior frequência possui
menor comprimento de onda.
A velocidade pode ser calculada pela expressão matemática:

𝑣 =𝜆 ∙ 𝑓
Em que é a velocidade do som (m/s), é o comprimento de onda (m) e é a
frequência (Hz).
Foco no conteúdo

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Velocidade do Som no Ar
A velocidade de propagação do som não depende da pressão do ar. Isso significa
que um aumento ou diminuição de pressão não altera a velocidade de propagação
das ondas.
No ar, a velocidade de propagação da onda depende da temperatura absoluta, ou
seja, um aumento de temperatura gera um aumento na velocidade do som.

Pessoas conversando. No ar, a


15ºC, a velocidade do som é de
aproximadamente 340m/s.
Foco no conteúdo

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Velocidade do Som no Ar
A tabela abaixo fornece valores da velocidade do som em alguns meios:
Velocidade do som Velocidade do som
Meio Meio
(m/s) (m/s)
Ar (a 0°C) 331 Água (a 20°C) 1482
Ar (a 15ºC) 340 Chumbo 1210
Oxigênio (a 0°C) 316 Alumínio 5000
Hidrogênio (a 0°C) 1284 Aço 5960
Mercúrio (a 20°C) 1450 Berílio 12870

Fonte: Villas Bôas, Newton Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José Biscuola. —
19. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.
Foco no conteúdo

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Reverberação
O som, por ser uma onda, ao atingir um obstáculo, sofre reflexão. Na reflexão,
ocorre mudança na direção ou apenas no sentido da propagação, porém a
velocidade, a frequência e o comprimento de onda não se alteram.
A audição humana consegue distinguir sons em intervalo de tempo maior ou
igual a 0,1s.
Uma pessoa ao emitir um som que se reflete num obstáculo e retorna num
intervalo de tempo menor que 0,1s, terá a impressão de o som ter sido
“reforçado”, este fenômeno é a reverberação.
Foco no conteúdo

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Eco
Se o som retornar à orelha num intervalo de tempo maior ou igual a 0,1s, será
possível diferenciar o som de ida e de volta, esse fenômeno é chamado eco.
Vamos considerar o seguinte cálculo:

distância do observador ao obstáculo, medida em metros.


: velocidade do som no ar, vale 340 m/s.
: tempo de ida e volta do som, medido em segundos.
Foco no conteúdo

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Eco
Em 0,1s o som pode percorrer, com velocidade de 340m/s, uma distância de
34m (ida e volta). Portanto, o eco só ocorre quando o obstáculo estiver a uma
distância aproximadamente maior ou igual a 17m da fonte da onda.

Exemplo de eco: onda sonora é refletida.


Na prática

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Eco Sonoro em diferentes contextos
Faça uma pesquisa sobre a Importância do Eco Sonoro em diferentes
contextos, analisando sua importância em diversas situações, como na
natureza, na arquitetura, em ambientes urbanos, entre outros.

Todo mundo escreve


Na prática

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Eco Sonoro em diferentes contextos
Diversas manifestações de eco podem ser observadas quando emitimos um
grito em frente a uma montanha ou no interior de uma caverna. Nesses casos,
percebemos inicialmente o som direto, seguido pelo som refletido pela própria
estrutura montanhosa. Certos animais, como morcegos, baleias e golfinhos,
empregam ondas ultrassônicas como ecolocalizadores. Essas ondas servem
para identificar a posição de obstáculos sem depender da visão, utilizando, em
vez disso, a sensibilidade auditiva desses animais.
Na arquitetura, em catedrais e grandes salões, a arquitetura pode criar
condições propícias para o eco, contribuindo para a reverberação de música,
cantos ou até mesmo o som de passos.
Na prática

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Eco Sonoro em diferentes contextos
Salas de Concerto, projetadas especificamente para otimizar a qualidade
acústica, muitas vezes, apresentam superfícies que promovem um eco
controlado, melhorando a experiência musical.
Sonar: os sonares funcionam a partir da
emissão de pulsos sonoros, que se chocam
com os obstáculos e retornam à fonte.
Conhecendo-se o valor da velocidade de
propagação dos pulsos sonoros na água e
o tempo entre a emissão e recepção deles,
pode-se determinar a distância de um
obstáculo ou submarino.
Sonar
Na prática

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Efeito Doppler Vire e Converse

Acesse o simulador disponível em:


https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_doppler&l=pt .
Acesso em: 12 dez. 2023
• Clique no botão verde no lado inferior direito;
• Aguarde a execução do simulador;
• Agora, clique na seta azul também no lado
inferior direito;
• Repita as etapas anteriores até o simulador voltar
na posição inicial.
Discuta com seus colegas sobre suas observações a
cerca desse fenômeno sonoro.
O que você conclui sobre suas observações?
Na prática

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Efeito Doppler
Situação I: a fonte (carro de som) e o observador I
se deslocam juntos, não há mudança na frequência do
som, em relação à fonte e ao observador.

Situação II: temos a fonte sonora em repouso e o


observador que se aproxima e se afasta da fonte, II
assim, temos uma mudança de frequência sonora.

Situação III: o observador está em repouso, e a fonte


sonora se aproxima, temos um som mais agudo e III
quando se afasta do observador, o som se torna mais
grave.
Foco no conteúdo

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Efeito Doppler
Em 1842, o físico austríaco Christian Johann Doppler (1803-1853) escreveu um artigo
afirmando que a frequência sonora percebida por um observador depende do
movimento relativo entre fonte e observador.
Efeito Doppler é a alteração da frequência percebida pelo observador em virtude do
movimento relativo de aproximação ou de afastamento entre fonte e observador.
O Efeito Doppler sonoro é comumente percebido, por exemplo, quando um automóvel
se aproxima de nós buzinando, percebemos o som da buzina mais agudo (maior
frequência) do que perceberíamos se o veículo estivesse em repouso. Contudo, quando
o automóvel se afasta buzinando, percebemos um som mais grave (menor frequência)
do que perceberíamos se o veículo estivesse em repouso.
Foco no conteúdo

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Efeito Doppler
Podemos escrever que a frequência percebida por um observador, quando houver
movimento relativo entre esse observador e a fonte:

Em que:
a velocidade do observador;
a velocidade da fonte;
a velocidade do som no ar;
a frequência real do som (emitido pela fonte);
a frequência do som percebida pela pessoa.
Foco no conteúdo

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Efeito Doppler
Para descobrir os sinais das velocidades, basta construir um eixo orientado do
observador para a fonte:
Observador Fonte
𝑣𝑜> 0 𝑣 𝑓 >0
𝑣𝑜< 0 𝑣 𝑓 <0

Por convenção, se a velocidade estiver a favor da orientação, será positiva, se


estiver contra à orientação, será negativa.
Na prática

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Exercício de aplicação

Considere que a frequência do som emitido pela buzina de um carro é 400 Hz,
que esse automóvel se movimenta com velocidade 20 m/s e que a velocidade do
som no ar é de 340 m/s. Determine a frequência percebida por um menino nas
seguintes situações: quando o veículo se aproxima e quando se afasta dele.
Na prática

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Exercício de aplicação
Na primeira situação, o veículo se aproxima do menino:

● (contrário ao sentido do observador-fonte)

Na segunda situação, o veículo se afasta do menino:


(coincide com o sentido do observador-fonte)
Aplicando

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Boom Sônico
Agora, com os conhecimentos sobre velocidade do som, retome a atividade
inicial e reescreva suas respostas aos questionamentos.

Todo mundo escreve


Aplicando

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Boom Sônico
Os aviões supersônicos são aeronaves projetadas para voar a velocidades
superiores à velocidade do som, que é aproximadamente 1.225 quilômetros por
hora (761 milhas por hora) ao nível do mar e em condições atmosféricas
padrão. O avião supersônico mais conhecido é o Concorde, que estava em
operação até 2003, mas atualmente existem novos projetos sendo
desenvolvidos.
Quando a aeronave atinge ou excede a velocidade do som, ela entra no regime
supersônico, ou seja, as ondas de pressão do ar são deixadas para trás, gerando
um cone de som. Esta grande quantidade de energia sonora é captada pelo
ouvido humano semelhante a uma forte explosão ou trovão. As ondas são
geradas pela resistência das camadas de ar ao avanço do avião, que será maior à
medida que sua velocidade aumenta.
O que aprendemos hoje?

2024_EM_B1_V1
● Compreendemos que a velocidade do som no
ar depende da temperatura e do material no
qual está se propagando;
● Compreendemos e analisamos o Efeito
Doppler no som.
Referências

2024_EM_B1_V1
Lemov, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck;
consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo : Da Prosa: Fund. Lemann,
2011.
Villas Bôas, Newton Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José
Biscuola. — 19. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.
Slide 3: https://pixabay.com/pt/photos/quebrando-a-barreira-do-som-jato-99684/
Slide 5: Elaborado para o material
Slide 9: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/persistencia-audicao.htm
Slide 12: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Sonar_example.svg
Slide 13: https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_doppler&l=pt
Slide 14: https://www.vascak.cz/data/android/physicsatschool/template.php?s=kv_doppler&l=pt
Slide 19: Elaborado para o material
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Física

Ondas – Parte 5

1o bimestre – Aula 05
Ensino Médio
Conteúdo Objetivos

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● Ondas. ● Definir o conceito de difração de
uma onda;
● Analisar e investigar o
Experimento de Young.
Para começar

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Atividade prática
Materiais:
• Fonte sonora (alto-falante, smartphone ou qualquer dispositivo que
reproduza som).
• Barreira sólida (uma porta entreaberta, uma folha de papelão ou um livro
grande).
• Área espaçosa: pode ser o pátio da escola, preferencialmente com pouco
ruído ambiente.
• Fita adesiva (opcional).
Continua...
Para começar

2024_EM_B1_V1
Posicione a fonte sonora em uma extremidade da área espaçosa. Certifique-se
de que não há obstruções significativas entre a fonte e o restante do espaço.
Sem barreira:
Faça a reprodução de um som constante, como um tom contínuo, sem
nenhuma barreira entre a fonte e a área aberta.
Observe como o som se propaga.

Continua...
Para começar

2024_EM_B1_V1
Vire e converse

Introdução da barreira:
Posicione a barreira sólida (porta entreaberta, papelão ou livro)
perpendicularmente à direção da fonte sonora. Certifique-se de que a barreira
seja mais larga que a fonte sonora. Se estiver usando uma porta entreaberta,
experimente variar a largura da abertura e observe como isso afeta a difração
do som. Você pode usar fita adesiva para ajustar a abertura. Mantenha a
reprodução do som constante.
Agora, discuta com seus colegas:
• Qual é a diferença na propagação do som com e sem a barreira?
• Por que a largura de uma abertura ou barreira afeta a propagação das ondas
sonoras?
Foco no conteúdo

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Difração de ondas
Uma observadora posicionada em uma rua, como na imagem abaixo, não
consegue ver um veículo que está posicionado em outra rua. Embora ela não
veja o veículo, consegue ouvir muito bem o ruído produzido por ele. Por que
isso acontece? Você já percebeu uma situação semelhante?

Representação de um veículo em
movimento e uma pessoa em outra rua.

Vire e converse
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Correção
Uma observadora posicionada em uma rua perpendicular a outra rua onde se
encontra um carro em movimento, embora não o veja, consegue ouvir muito
bem o ruído produzido por ele devido ao fenômeno da difração.

Representação de um veículo em
movimento e uma pessoa em outra rua.
Foco no conteúdo

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Difração de ondas
A difração é uma propriedade que uma onda possui de contornar um
obstáculo ou uma fenda, chegando a uma região que não poderia ser atingida
se a propagação dessa onda fosse retilínea.
O efeito da difração de ondas está ligado ao comprimento de onda incidente
e ao tamanho do obstáculo a ser transposto: ambos precisam ter a mesma
ordem de grandeza.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Princípio de Huygens
O Princípio de Huygens explica a difração de ondas sonoras, pois, quando a
frente de onda atinge os pontos de um obstáculo ou de uma fenda, cada ponto
se comporta como uma fonte de onda secundária que se propaga em todas as
direções; isso faz com que a onda contorne o obstáculo, conseguindo assim
transpor o mesmo.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Princípio de Huygens
A distribuição de energia na difração não se dá de forma uniforme em todas as
direções; ela depende da comparação do comprimento de onda da onda incidente
com o tamanho do obstáculo ou da fenda de um obstáculo.

Representação de ondas sonoras em uma fenda. Onda difratada no mar.


Foco no conteúdo

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Difração de ondas
Pode-se observar com maior facilidade o fenômeno de difração quando o
comprimento de onda for maior ou igual às dimensões da fenda ou
obstáculo.
O som audível possui comprimento de onda entre 1,7 cm e 17 m, portanto,
poderá contornar facilmente obstáculos e fendas.
A luz, por sua vez, apresenta comprimento de onda entre 4.10 -7m e 7.10-7m,
portanto, pode-se considerar que a propagação da luz, num meio
transparente e homogêneo, é retilínea, pois a difração é insignificante.
Para fendas de pequenas dimensões, a luz também pode sofrer o fenômeno
da difração.
Foco no conteúdo

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Experimento de Young
Em 1801, Thomas Young (1773-1829) construiu um experimento que consistia em
incidir um feixe de luz por um pequeno orifício e registrar do outro lado da
abertura, sobre um anteparo, a intensidade luminosa desse feixe. Nesse
experimento, ele observou o aparecimento de várias faixas luminosas de
intensidades diferentes. Tal fenômeno mostrava que a luz sofrera difração, assim
como as ondas sonoras ou as ondas de um lago.

Simulação obtida no Phet colorado.


Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Experimento de Young
Young realizou ainda um segundo
experimento, que ficou conhecido como
“Experimento da Fenda Dupla”. Nesse
experimento, ele direcionou luz
monocromática (uma única cor) para duas
fendas estreitas e paralelas. A luz que
passava por essas fendas sofria difração e
Simulação obtida no Phet colorado
se propagava como ondas chegando até – luz monocromática incidindo em
uma tela de projeção (anteparo). duas fendas.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Experimento de Young
Quando a luz atingia a tela, ocorria o fenômeno
da interferência. As ondas provenientes das duas
fendas interferiam entre si, resultando em
padrões de interferência alternados de regiões
claras e escuras na tela. Esse padrão só poderia
Nas franjas claras, ocorre
ser explicado pela natureza ondulatória da luz, interferência construtiva. Nas
onde as cristas e os vales das ondas interferiam franjas escuras, as ondas se
anulam e ocorre interferência
de maneira construtiva (aumentando a amplitude) destrutiva. Nas áreas adjacentes
em algumas regiões e destrutiva (anulando-se) às franjas claras e às franjas
escuras, a intensidade da luz
em outras. varia gradualmente entre as
franjas.
Aplicando

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Atividade prática
Agora, com as aprendizagens desta aula, retome os questionamentos da
atividade inicial.
●Qual é a diferença na propagação do som com e sem a barreira?
●Por que a largura de uma abertura ou barreira afeta a propagação das ondas
sonoras?

Todo mundo escreve


Aplicando

2024_EM_B1_V1
Correção
●Qual é a diferença na propagação do som com e sem a barreira?
A diferença na propagação do som com e sem uma barreira está relacionada ao
fenômeno de difração.
Quando o som se propaga sem encontrar uma barreira significativa, ele se move
em linha reta, de acordo com o princípio da propagação retilínea das ondas. Não
há desvio ou alteração significativa na direção original da onda sonora.
Quando uma onda sonora encontra uma barreira ou uma abertura, ocorre
difração. A difração permite que o som contorne a barreira, resultando em uma
alteração na direção de propagação. Algumas partes da onda passam pela
abertura ou ao redor da barreira, permitindo que o som alcance áreas que, de
outra forma, ficariam protegidas pela barreira.
Aplicando

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Correção – Boom sônico
●Por que a largura de uma abertura ou barreira afeta a propagação das ondas
sonoras?
A largura da abertura ou barreira é um fator crítico na difração das ondas
sonoras. Se a largura da abertura for comparável ao comprimento de onda do
som, a difração será mais pronunciada. Se a abertura for significativamente
maior que o comprimento de onda, a difração será menos evidente.

A difração pode ser entendida por meio do Princípio de Huygens, que postula que
cada ponto em uma frente de onda age como uma fonte secundária de ondas. Ao
encontrar uma abertura ou barreira, essas fontes secundárias emitem ondas que
interferem umas com as outras, resultando em padrões de difração.
Na prática

2024_EM_B1_V1
Exercício de aplicação
A respeito dos fenômenos de interferência e difração, é correto afirmar:
I. Ocorrem apenas com ondas eletromagnéticas.
II. Não podem ocorrer separadamente.
lll. Revelam o caráter ondulatório da luz.
IV. Não ocorrem com ondas na superfície da água.
V. Ocorrem com ondas sonoras e luminosas.
Na prática

2024_EM_B1_V1
Correção
I. Incorreto: Interferência e difração são fenômenos observados em
várias formas de ondas, incluindo ondas eletromagnéticas (como a
luz), ondas sonoras e até mesmo ondas na superfície da água.
II. Incorreto: Interferência e difração são fenômenos distintos. Embora
possam ocorrer simultaneamente, cada um pode ser observado
independentemente.
III. Correto: Interferência e difração são fenômenos que demonstram o
caráter ondulatório da luz, confirmando sua natureza dual
(ondulatória e corpuscular).
Continua...
Na prática

2024_EM_B1_V1
Correção
IV. Incorreto: Interferência e difração também podem ocorrer com
ondas na superfície da água. Esses fenômenos não estão restritos a
um tipo específico de onda.
V. Correto: Interferência e difração são observadas em uma variedade
de ondas, incluindo ondas sonoras (mecânicas) e ondas luminosas
(eletromagnéticas).
O que aprendemos hoje?

2024_EM_B1_V1
● Exploramos o fenômeno de difração, que
ocorre quando a luz encontra uma abertura ou
obstáculo;
● Entendemos o Experimento de Young, no qual
uma fonte de luz é dividida em duas fendas,
resultando em padrões de interferência quando
as ondas se encontram novamente.
Referências

2024_EM_B1_V1
LEMOV, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck;
consultoria e revisão técnica: Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da Prosa: Fund. Lemann,
2011.
VILLAS BÔAS, Newton. Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter
José Biscuola. — 19. ed. — São Paulo: Saraiva, 2012.
BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Claudio Xavier da. Física aula por aula. Mecânica: 2 o ano. 2.ed. 2016.
Referências

2024_EM_B1_V1
Lista de imagens
Slide 6 – Elaborado para o Material Digital.
Slide 7 – Elaborado para o Material Digital.
Slide 10 – https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/fisica/o-que-e-difracao.htm
Slide 12 –
https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-interference/latest/wave-interference_all.html?locale=pt_BR
Slide 13 –
https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-interference/latest/wave-interference_all.html?locale=pt_BR
Slide 14 –
https://phet.colorado.edu/sims/html/wave-interference/latest/wave-interference_all.html?locale=pt_BR
2024_EM_B1_V1
3a
SÉRIE

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Física

Ondas – Parte 6

1o bimestre – Aula 06
Ensino Médio
Conteúdo Objetivo

2024_EM_B1_V1
● Ondas. ● Compreender algumas
propriedades das ondas
eletromagnéticas.
Para começar

2024_EM_B1_V1
Vire e converse

Atividade de pesquisa
Faça uma pesquisa sobre o funcionamento do
controle remoto e procure responder ao
questionamento a seguir. Compare sua resposta
com as respostas de seus colegas.
● Como ocorre a transmissão de sinais do
controle remoto para o dispositivo receptor,
como uma TV ou um sistema de
entretenimento? Que tipo de onda é usado Controle remoto de TV

nesse sistema?
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Ondas eletromagnéticas
A primeira previsão da existência de ondas
eletromagnéticas foi feita em 1864, pelo físico escocês
James Clerk Maxwell. Ele conseguiu provar
James Clerk Maxwell
teoricamente que uma perturbação eletromagnética devia
se propagar no vácuo com uma velocidade igual à da
luz. E a primeira verificação experimental foi feita por
Henrich Hertz, em 1887. Hertz, produziu ondas
eletromagnéticas por meio de circuitos oscilantes. Seu
trabalho foi homenageado posteriormente atribuindo o
nome “Hertz” à unidade de frequência.
Henrich Hertz
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Ondas eletromagnéticas
As ondas eletromagnéticas são formadas por dois campos variáveis, um
elétrico e outro magnético, que se propagam. Essa propagação pode ocorrer
no vácuo e em determinados meios materiais.

Representação de
onda eletromagnética
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Ondas eletromagnéticas
Como exemplos de ondas
eletromagnéticas podemos citar as ondas
de rádio, dentre elas as ondas de AM
(amplitude modulada) e as de FM
(frequência modulada), as ondas de TV, as
ondas luminosas (luz), as micro-ondas, os
raios X e 𝛾, entre outras. Essas
denominações são dadas de acordo com a
Espectro eletromagnético
principal fonte geradora das ondas e se
diferenciam em especial pelas faixas de
frequência.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Tipos de ondas eletromagnéticas: raios X
Na prática médica, os raios X são extensivamente empregados para a
produção de radiografias. Na indústria, também chamado de radiografia
industrial ou gamagrafia, entre várias aplicações, são empregados para
identificar defeitos em componentes metálicos que serão integrados em
máquinas. O raios X são produzidos sempre que um feixe de elétrons dotados
de energia incide sobre um obstáculo material. A energia cinética do feixe
incidente é parcialmente transformada em energia eletromagnética, dando
origem aos raios X. Eles são capazes de impressionar uma chapa fotográfica e
são muito utilizados em radiografias, já que conseguem atravessar a pele e os
músculos da pessoa, mas são retidos pelos ossos.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Tipos de ondas eletromagnéticas:
raios 𝜶, 𝜷, 𝜸, X e catódicos
Os raios 𝛼 são partículas formadas por dois prótons e dois nêutrons, núcleos
de um dos isótopos do hélio. Os raios 𝛽 e os raios catódicos são compostos
de elétrons. Assim, os raios 𝛼, 𝛽 e catódicos não são ondas, mas sim
partículas dotadas de carga elétrica, que podem ser desviadas por campos
magnéticos. Dentre os raios 𝛼, 𝛽, 𝛾, X e catódicos, apenas os raios 𝛾 e X são
ondas eletromagnéticas.

Radiação
eletromagnética
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Tipos de ondas eletromagnéticas: Raio 𝜸
Os raios 𝛾 são obtidos por processos nucleares, que são um tipo de radiação
eletromagnética de alta frequência (superior a 10 18 Hz), obtido pelo decaimento
radioativo de núcleos atômicos instáveis. Os raios 𝛾 são fatais para microrganismos,
têm aplicação em esterilização de instrumentos cirúrgicos. Cereais que precisam ficar
muito tempo armazenados também costumam ser expostos a raios 𝛾, para que fiquem
livres de fungos e bactérias que produzem a deterioração dos grãos. Esses raios ainda
são empregados para destruir tumores cancerígenos.

Decaimento
radioativo do
Urânio 238.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Tipos de ondas eletromagnéticas: ondas de Rádio
São uma forma de radiação eletromagnética cujas
frequências se situam entre as ondas infravermelhas e as
micro-ondas. O processo de geração de ondas de rádio
começa com um transmissor que converte sinais elétricos
em ondas eletromagnéticas. Essas ondas, então, viajam
pelo espaço a uma velocidade próxima à da luz. O Terra
fenômeno da propagação das ondas de rádio é
Ondas de rádio
particularmente interessante, pois elas podem se curvar
ao redor de obstáculos e se refletir na atmosfera,
permitindo a comunicação em longas distâncias.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Tipos de ondas eletromagnéticas: micro-ondas
São uma forma de radiação eletromagnética que se
situa na faixa mais alta de frequência. As micro-
ondas podem ser utilizadas para funcionamento de
um radar, por exemplo. Uma fonte emite uma
radiação que atinge um objeto e volta para o ponto
onde a onda foi emitida. De acordo com a direção
em que a radiação volta, pode ser descoberta a
localização do objeto que refletiu a onda. Redes
locais sem fio, tais como Bluetooth, WIFI,
WiMAX e outros usam micro-ondas na faixa de
Radar de velocidade
2,4 a 5,8 GHz.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Tipos de ondas eletromagnéticas: laser
A palavra laser é formada pelas letras iniciais das palavras que formam a
expressão inglesa light amplification by stimulated emission of radiation
(amplificação da luz por emissão estimulada de radiação).
A principal característica de um laser é que, pela estimulação de átomos de
uma substância particular, se obtém um estreito feixe de luz monocromática,
colimada e coerente, isto é, luz de uma mesma cor, em feixe concentrado e em
fase. Nesse feixe, todas as partículas de luz (fótons) possuem as mesmas
propriedades. A cada fóton emitido está associado o mesmo comprimento de
onda. Dessa forma, pode-se obter uma grande concentração de energia em uma
pequena superfície.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Características das radiações: laser
Para gerar o feixe de luz, um meio
(sólido, líquido ou gasoso) é
estimulado por uma corrente
elétrica, por uma descarga elétrica
ou mesmo por outra fonte de luz.
Assim, o laser transforma energia
dispersa em energia concentrada
em forma de luz.
Funcionamento do Laser
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Tipos de ondas eletromagnéticas: luz visível
A luz, que é uma onda eletromagnética, só pode sensibilizar nosso sistema
visual se tiver sua frequência compreendida entre 〖 410 〗 14 Hz e
〖 810 〗 14 Hz, aproximadamente. Nessa faixa, na ordem crescente de
frequências, encontramos as cores vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul,
anil e violeta, que formam as sete cores principais que observamos no arco-
íris.

Espectro eletromagnético com


destaque para a luz visível
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Velocidade das ondas eletromagnéticas
As ondas eletromagnéticas apresentam como características: comprimento
de onda, velocidade de propagação, amplitude e frequência, e são
passíveis de sofrer qualquer tipo de fenômeno ondulatório conhecido, tais
como reflexão, refração, polarização, difração, espalhamento, absorção
e interferência.

Onda eletromagnética com


representação do comprimento de onda
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Velocidade das ondas eletromagnéticas
A propagação de todas as ondas eletromagnéticas se faz no vácuo a uma
velocidade próxima de 300.000 km/s. Em meios materiais, essa propagação
atinge velocidades menores, e os valores dependem do meio no qual a onda se
propaga.
A velocidade pode ser calculada pela expressão matemática:

𝑣 =𝜆 ∙ 𝑓
Em que 𝒗 é a velocidade da onda eletromagnética, 𝝀 é o comprimento de onda
e 𝒇 é a sua frequência.
Aplicando

2024_EM_B1_V1
Atividade de pesquisa
● Como ocorre a transmissão de sinais do controle remoto para o dispositivo
receptor, como uma TV ou um sistema de entretenimento? Que tipo de
onda é usado nesse sistema?
Aplicando

2024_EM_B1_V1
Correção
Atividade de pesquisa
A transmissão de sinais do controle remoto para o dispositivo receptor, como
uma TV ou um sistema de entretenimento, geralmente ocorre através do uso
de ondas infravermelhas (IR). O infravermelho é o tipo de onda
eletromagnética utilizado nesses sistemas de comunicação remota.
Quando você pressiona uma tecla no controle remoto, um circuito interno é
ativado, gerando um sinal elétrico que é convertido em um sinal
infravermelho.
Aplicando

2024_EM_B1_V1
Correção
Atividade de pesquisa
O sinal infravermelho é emitido por um pequeno diodo emissor de luz (LED)
infravermelho na parte frontal do controle remoto. Este LED emite luz
infravermelha, que é invisível ao olho humano.
O dispositivo receptor, como a TV ou o sistema de entretenimento, possui um
sensor infravermelho (geralmente um fotodiodo) que capta o sinal
infravermelho enviado pelo controle remoto.
O dispositivo receptor decodifica o sinal infravermelho recebido,
interpretando qual tecla foi pressionada.
Na prática

2024_EM_B1_V1
Exercício de aplicação
(UFRS) A velocidade de propagação das ondas eletromagnéticas no ar é de
aproximadamente 3108 m/s . Uma emissora de rádio que transmite sinais
(ondas eletromagnéticas) de 9,7106 Hz pode ser sintonizada em ondas curtas
na faixa (comprimento de onda) de aproximadamente
A. 19 m
B. 25 m
C. 31 m
D. 49 m
E. 60 m
Na prática

2024_EM_B1_V1
Correção
Exercício de aplicação
Pelo enunciado do problema temos que:

Como , temos:

Sendo assim, a resposta é a letra (C) 31 m.


O que aprendemos hoje?

2024_EM_B1_V1
● Aprendemos sobre os diferentes tipos de
ondas eletromagnéticas e suas características.
Referências

2024_EM_B1_V1
Lemov, Doug. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda Beck;
consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo : Da Prosa: Fund. Lemann,
2011.
Villas Bôas, Newton Tópicos de física : volume 2 / Newton Villas Bôas, Ricardo Helou Doca, Gualter José
Biscuola. — 19. ed. — São Paulo : Saraiva, 2012.
Ondas Eletromagnéticas - Introdução. ([s.d.]). Fisica.net. Recuperado 27 de dezembro de 2023, de
https://www.fisica.net/ondulatoria/ondaseletromagneticas.pdf
Referências

2024_EM_B1_V1
Lista de imagens e vídeos

Slide 3 – Disponível em:


https://actu.fr/pays-de-la-loire/challans_85047/comment-regarder-le-match-de-coupe-de-france-du-challans-fc
_60525301.html

Slide 4 – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Heinrich_Rudolf_Hertz_2_(cropped).png


Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:James_Clerk_Maxwell_big.jpg
Slide 5 – Disponível em: https://www.preparaenem.com/fisica/as-ondas-eletromagneticas.htm
Slide 6 – Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Electromagnetic_spectrum,_NASA_illustration.jpg
Referências

2024_EM_B1_V1
Lista de imagens e vídeos

Slide 8 – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Alpha-beta-gamma_decay.png


Slide 9 – Disponível em: https://pixabay.com/pt/vectors/radioatividade-radioativo-s%C3%ADmbolo-35721/
Slide 10 – Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Propagaci%C3%B3n_por_onda_ionosf%C3%A9rica.svg
Slide 11 – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Radarvelocidade20022007-1.jpg
Slide 13 – Disponível em:
https://www.researchgate.net/figure/Figura-4-Funcionamento-de-um-laser_fig3_290273358
Slide 14 – Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Wavelength_Overview.svg
Slide 15 – Disponível em:
https://pt.khanacademy.org/science/physics/light-waves/introduction-to-light-waves/a/light-and-the-electromag
netic-spectrum
2024_EM_B1_V1
3a
SÉRIE

2024_EM_B1_V1
Física

Ondas – Retomada

1o bimestre – Aula 07
Ensino Médio
Conteúdo Objetivo

2024_EM_B1_V1
● Ondas. ● Recordar alguns conceitos e
características das ondas.
Para começar

2024_EM_B1_V1
5 MINUTOS
Situação-problema
Durante uma visita monitorada à Usina Nuclear de Angra 2, um grupo
de estudantes do ensino médio tem a oportunidade de conhecer mais
de perto um reator nuclear. Ao entrarem na área onde se localiza esse
reator, eles se surpreendem com a tonalidade azulada da água.

Reator submerso:
tonalidade azul da
água devido à radiação
de Cherenkov.
Para começar

2024_EM_B1_V1
5 MINUTOS
Situação-problema
Então, um dos alunos decide fazer uma pergunta ao professor/cientista
responsável.
“Professor, por que a água tem essa coloração azul?”
O professor, buscando despertar a curiosidade do aluno, responde de
forma concisa: “Isso está relacionado à radiação de Cherenkov. É um
fenômeno no qual a luz azulada é emitida quando partículas se movem
mais rápido que a velocidade da luz”.
O aluno, intrigado, relembra o que aprendeu sobre a velocidade da luz
em suas aulas de Física: “Mas não é possível que algo se mova mais
rápido que a luz!”.
Para começar

2024_EM_B1_V1
5 MINUTOS
Situação-problema
O professor responde: “Sim, isso está parcialmente correto. Porém,
tanto na sua afirmação quanto na minha explicação sobre a radiação
de Cherenkov, há um detalhe importante faltando”.
Imagine que você faça parte desse grupo de estudantes. Procure
explicar o que não foi mencionado tanto na explicação do professor
quanto na afirmação do aluno.

Virem e conversem
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Ondas
Observe a imagem abaixo. Ao produzir uma perturbação em um meio
(por exemplo, uma corda), um pulso se movimenta ao longo desse meio.
Dessa forma, uma onda é uma perturbação que se propaga pelo espaço,
desde o ponto no qual é produzida, transportando energia e momento
linear (quantidade de movimento), mas não transportando matéria.

Representação de um pulso em uma corda.


Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Natureza das ondas
Onda mecânica
Uma onda mecânica não pode se propagar na ausência de um meio
material, ou seja, uma onda mecânica não se propaga no vácuo, pois
não há meio material. A propagação de uma onda mecânica através de
um meio material elástico envolve o transporte de energia. Uma onda
sonora se propagando no ar é um exemplo de onda mecânica.

Ondas em uma corda e ondas na água.


Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Natureza das ondas
As ondas eletromagnéticas são formadas pela variação de dois
campos, um elétrico e outro magnético. Essa onda pode se propagar
no vácuo e atravessar certos meios materiais. A luz, por exemplo, além
de se propagar no vácuo, pode se propagar através de meios
transparentes, como o vidro.

Todas as ondas eletromagnéticas têm


em comum sua velocidade de
propagação no vácuo: 299.792.458
m/s.
Representação de uma onda eletromagnética.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Elementos de uma onda
Crista e vale: considerando a figura no plano vertical, chamamos os pontos
mais altos da onda – A1, A2 e A3 – de cristas, e os pontos mais baixos –
B1 e B2 – de vales ou depressões. É comum dizermos, também, que os
pontos que oscilam “juntos” estão em fase. Assim, os pontos A1, A2 e A3
estão em fase entre si, e os pontos B1 e B2 também estão em fase entre si.
Ou seja, quando um deles está “para cima”, os outros também estarão, e
vice-versa.
A3
Pontos que não mantêm a mesma A1 A2

configuração oscilam fora de fase; aqueles


B1 B2
que mostram a configuração inversa, por
sua vez, estão em oposição de fase, como Representação de cristas e vales.
os pontos A1 e B1.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Elementos de uma onda
Comprimento de onda 𝝀
Representa a distância entre dois pontos sucessivos da onda que
estão na mesma fase de oscilação. Pode ser pensado, também, como
a distância que uma perturbação percorre durante um período T.
O período (T) é o intervalo de tempo necessário para que um
comprimento de onda (𝝀), ou uma onda completa, passe por
determinado ponto do meio. Cada pulso emitido corresponde a uma
oscilação completa da fonte.
𝝀

Representação do comprimento de onda.


1 pulso
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Elementos de uma onda
Frequência da onda
Corresponde ao número de oscilações efetuadas na unidade de
tempo.
Convém notar que a frequência de uma onda é sempre igual à
frequência da fonte que a originou e se mantém constante durante toda
a existência dessa onda.
A unidade de frequência no SI (sistema
internacional de unidades) é o hertz 1 1
(Hz), e o período é o segundo (s). 𝑓= ou 𝑇=
𝑇 𝑓
Vale a relação em que T é o período
da onda e 𝑓 é a frequência.
Foco no conteúdo

2024_EM_B1_V1
Velocidade da onda
Quando uma onda se propaga através de um meio, ela percorre uma
distância 𝒅 igual ao seu comprimento de onda (𝑑= 𝜆), em um intervalo de
tempo igual a um período (∆𝑡 = 𝑇). Em um meio homogêneo, a velocidade
de propagação (v) de uma onda é constante, seja ela mecânica ou
eletromagnética, valendo a relação:

𝑑 𝜆 Como , temos:
𝑣= ⇒ 𝑣=
∆𝑡 𝑇

𝑣 =𝜆 ∙ 𝑓
Essa é a relação fundamental e se aplica à propagação de todas as ondas.
Na prática

2024_EM_B1_V1
Exercício Enem
(Enem 2011) O eletrocardiograma
é um exame cardíaco que mede a
intensidade dos sinais elétricos
advindos do coração.
De acordo com o eletrocardiograma apresentado, qual foi o número de
batimentos cardíacos por minuto desse paciente durante o exame?
a. 30.
b. 60.
c. 100.
d. 120.
e. 180.
Na prática

2024_EM_B1_V1
Correção – Exercício Enem

Analisando o gráfico, notamos que cada quadradinho


corresponde a um intervalo de tempo de 0,2 s. Como existem 5
quadradinhos em uma oscilação completa, temos que:
T = 5 · 0,2 = 1 s.
Além disso, sabemos que f = 1/T, sendo f = 1 Hz. Para a conversão
para rpm, iremos multiplicar o valor por 60. Assim, temos: f = 60
rpm (ou batimentos por minuto).
Na prática

2024_EM_B1_V1
Exercício Enem
(Enem 2018) O sonorizador é um dispositivo físico implantado sobre a
superfície de uma rodovia de modo que provoque uma trepidação e
ruído quando da passagem de um veículo sobre ele, alertando para
uma situação atípica à frente, como obras, pedágios ou travessia de
pedestres. Ao passar sobre os sonorizadores, a suspensão do veículo
sofre vibrações que produzem ondas sonoras, resultando em um
barulho peculiar. Considere um veículo que passe com velocidade
constante igual a 108 km/h sobre um sonorizador cujas faixas são
separadas por uma distância de 8 cm.

Disponível em: www.denatran.gov.br Acesso em: 2 set. 2015 (adaptado).


Na prática

2024_EM_B1_V1
Exercício Enem
A frequência da vibração do automóvel percebida pelo condutor
durante a passagem nesse sonorizador é mais próxima de:
a. 8,6 hertz.
b. 13,5 hertz.
c. 375 hertz.
d. 1.350 hertz.
e. 4.860 hertz.
Na prática

2024_EM_B1_V1
Correção – Exercício Enem
Para resolver essa questão, é importante entender que a distância
entre duas faixas consecutivas representa o comprimento de
onda,= 8 cm. Em seguida, para avançar na resolução, precisamos
converter a velocidade de km/h para m/s. Assim, temos: v = 108
km/h = 30 m/s.
Por último, para calcular a frequência da vibração do automóvel
percebida pelo condutor, utilizaremos a equação fundamental da
ondulatória. Assim, obteremos:
= . f = = = 375 Hz.
Portanto, a alternativa correta para essa questão é a letra c.
Aplicando

2024_EM_B1_V1
Retomando conhecimentos
Retorne à situação-problema proposta no início desta aula e, com base
em seus conhecimentos, responda novamente à seguinte questão:
O que não foi mencionado tanto na explicação do professor quanto na
afirmação do aluno em relação à velocidade da luz?
Aplicando

2024_EM_B1_V1
Retomando conhecimentos
O que não foi mencionado tanto na explicação do professor quanto na
afirmação do aluno é o fato de que nada pode se mover mais rápido do
que a velocidade da luz no vácuo, de acordo com a teoria da
relatividade de Einstein. No entanto, foi omitido o detalhe muito
importante de que a radiação de Cherenkov permite que partículas
com carga elétrica se movam mais rápido do que a luz em um meio
material específico, não no vácuo. Para saber mais sobre radiação de
Cherenkov, indicamos o vídeo a seguir:

https://youtu.be/Z-0bNIXzSIc?si=PelxLjwxvmYjgSUW
https://youtu.be/Z-0bNIXzSIc?si=PelxLjwxvmYjgSUW
O que aprendemos hoje?

2024_EM_B1_V1
● Recordamos alguns conceitos
e características das ondas.
Referências

2024_EM_B1_V1
LEMOV, D. Aula nota 10: 49 técnicas para ser um professor campeão de audiência. Trad. Leda
Beck; consultoria e revisão técnica de Guiomar N. de Mello e Paula Louzano. São Paulo: Da
Prosa/Fund. Lemann, 2011.

VILLAS BÔAS, N.; HELOU, R.; DOCA, R.; FOGO, R. Tópicos de Física 2: Conecte Live. 3. ed. São
Paulo: Saraiva, 2018.

https://www.google.com.br/search?q=ondas%20eletromagneticas&tbm=isch&hl=pt-BR&sa=X&ved=0
CBwQtI8BKABqFwoTCJCovey934MDFQAAAAAdAAAAABAH&biw=1903&bih=953#imgrc=PfzYV99G
oQSa6M
2024_EM_B1_V1

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