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DIREITO DOS CONTRATOS II

2.º Semestre do Ano Lectivo 2022/2023

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Antonieta, com a provecta idade de 98 anos, é proprietária de seis prédios


urbanos na zona de Lisboa.
De modo a fruir dos benefícios trazidos pela inflação imobiliária, decide colocar
dois deles à venda, para, com o capital auferido, remodelar o Palacete que habita na
Avenida da República.
Encarrega o sobrinho, Bernardo, a quem promete uma comissão de 5% do valor
da venda, de se ocupar das referidas alienações, instruindo-o, contudo, para que apenas
aliene na condição de receber pronto e integral pagamento, sem recurso a crédito.
Mune-o, para o efeito, de procuração, lavrada por instrumento público notarial, onde lhe
atribui poderes específicos para alienação, pelo preço mínimo de €500,000.00, dos
imóveis X e Y.
Passados dois meses, sem resposta de Bernardo às suas mensagens via
Whatsapp, Antonieta, ansiosa por poder iniciar as obras no Palacete, solicita o mesmo
“favor” a Elvira, dando a esta o prazo de dois meses para concretizar a incumbência e
entregando-lhe procuração bastante sujeita, porém, ao prazo geral de validade.
Aflita, Elvira pede ajuda ao marido, Guilherme, a quem explica com detalhe
todas as instruções recebidas. Através dos seus múltiplos contactos no Facebook,
Guilherme consegue vender o imóvel X a Teresa, por escritura pública que outorga
munido de um substabelecimento passado por Elvira, obrigando-se, a compradora, ao
pagamento de €500,000.00, que pagará com recurso a um crédito para habitação,
beneficiando o Banco da reserva da propriedade sobre o imóvel até satisfação do
empréstimo.
Elvira consegue, entretanto, celebrar contrato-promessa de compra e venda do
imóvel Y pelo valor de €515,000.00, com Júlia, que, vivendo no estrangeiro, enviou
procuração à irmã Olívia, para celebrar contrato de mútuo com o Banco Vivaldi e
outorgar em seu nome a escritura pública de compra e venda, condicionada à aprovação
do empréstimo.
Concomitantemente, Bernardo negoceia a venda do imóvel X com Liu Liu,
empresário chinês que lhe oferece o pagamento imediato de € 1,000,000.00; no dia da
escritura, que obrigou à deslocação do procurador de Liu Liu de Xangai para Lisboa,
paga por Bernardo “por conta de Antonieta”, vêm a descobrir que o imóvel está já
registado a favor de Teresa.

Quid iuris?
Sub-hipóteses:

1. Quid iuris se a alienação a Teresa tiver sido outorgada por Elvira após decurso
do prazo de dois meses dado por Antonieta?
Porque é que diz que este contrato é um contrato de caducidade – interpretaçao das
declarações negociais.
Quando eu digo – pratique este ato juridico num prazo de 2 meses – é para saber quando
entra em mora. 278 diretamente ao mandato (como é regra geral, aplica-se diretamente,
não por analogia).
Prazos de caducidade ou se é um problema de

O último dia dos dois meses é um termo. Determina a extinção de um contrato de


caducidade. São atos que não estao cobertos pelo contrato – não são atos do mandatário.
O que teríamos aqui seria uma gestão de negócios.
Figura subsidiaria – gestão de negócios.

Gestão de negócios – 265

2. Quid iuris se Bernardo perdeu a oportunidade de vender a Liu Liu um outro


imóvel, que lhe garantiria, até, uma maior comissão, para dar preferência ao
negócio de Antonieta que se gorou?
Basta
1167 - » 768 e ss – são obrigações em sentido próprio.
1167- a ) -» fonte de uma obrigação de indemnizar – art.º 562 e ss
563 - » causalidade entre o prejuízo e o facto que obriga a declaração – facto descrito no
1167/b. esta situação de responsabilidade é objetiva ou subjetiva? O facto é o mandato –
norma típica de responsabilidade objetiva – facto constitutivo da responsabilidade –
mandato.
Responsabilidade pelo risco – que está na sua esfera juridica. Prescindem de um
conduta humana. A responsabilidade pelo risco baseia-se numa situação que assenta no
risco que provoca dano à obrigação de indemnizar.
1167 /d – tipo de responsabilidade. Ainda que o mandante tenha procedido sem culpa.
-» é imputado ao mandatário – casos em que é imputado a terceiros – em abstrato – os
casos em que o facto são exclusivamente atribuídos ao mandatário

Sinalagma – nexo entre duas prestações. Quando estamos a analisar contratos, estamos a
fazer cortes na realidade.
Temos simultaneamente um devedor e um credor de cada parte.
Vamos percebr que a relaçao entre as pessoas é o sinalagma – pode ser genético – é a
relaçao que se estbelce entre as duas pretsaçoes que determina que as vissicitdes ddde
uma prestação atinjam a outra prestação. Génese das prestações e nas patologias – 790
VS 795/1 -»

Sinalagma funcional – art.º 428 CC – quando não há prazos ara o cumprimento das
obrigaloes – revela-se no contrto. Quando as partes não dispensam a atiaçao simultânea
das pestaçoes – exige que sejam cumpridas m

O mandante ´- 1158
Quando o contrato é oneroso- 1168
Exceção de não cumprimento – quando está em mora – quando está em incumprimento
da obrigação da al b.
O mandato so tem sinalagma gentico – não tem sinalagma funcional. Entre vas
obrigações do 1161 e as obrigações do 1167 exceto as obrigações do 1157 – porque a
brigaçao do 1167/ a é um pressuposto da utilização – não é possivel cumprir a obrigaao.
1168 – causa de exceção de não cumprimento.
1161 e 1167 – têm deveres de pretsar secundários.

1167/b tem duas partes – ambas se recindicionam – al – tem a doutrina entendido que é
um dever de prestar principal. É a doutrina maioritária.
Seguanda questão – entre a al b e a obrigação de executar o mandato – 1168 não refira a
al a) não seja sinalagmático perfeito. Havia uma relaçao – tem sido resolvida n sentido
negativo. Entendeu- se que o legislador tentou a fastar o 421 do mandato.
428 – art.º empreitada – há um art.º que diz que se paga no fim. Servir a boa execução –
a todos estes deveres acresce – 762/2 – aplica-se ao credor tanto ao devedor.

Al d e c – 1161 – distinção disto é IMPORTANTE !!!! 762/2


Al b tem um dever de informação passivo ou ativo? Passivo porque
Al c – ativo
Temos deveres de prestar secundários. Deveres de informar – são acessórios. Qual é a
grande diferença – é a ação de cumprimento. Os deveres de prestar acessórios são – é a
indeminização. Por isso é que a classificação é importante. Obrigação de indemnizar.
*** lembrar 1168
3. Na véspera da celebração da escritura, Olívia visita o imóvel Y. Apercebe-se, então,
de que há sério risco de a irmã não poder habitar a casa aquando do seu regresso do
estrangeiro por aquela necessitar de obras estruturais devido a severos problemas de
humidade que, pelas fotografias enviadas, eram imperceptíveis.
3.1. Quid iuris se tenta, sem sucesso, contactar a irmã?
1163
762

Está mais próximo d eexecutar o mandato ou não estar – 1162 ( ius variandi)

Tempo útil – tempo que


Se conhecesse certas circunstâncias – perante as circunstâncias. Que não foi pssivel
comunicar – a tempo de evitar – uqlauqer situação desfavorável.

1163 -» 1161/c – silencio do mandante


Quando damos valor ao soliencio – estmoa a atribuir valor negcioal ao silencio. Quando
uma declaração -218 -» 1163 – as devlraçoes negocioais baseadas no silencio são
declarações fictas. É uma declaração ficcionada (ficção juridica)
Na regra, a epigrafe diz “declaralao tacita” – vai ficcionar uma declaração tacita – o
legislador errou – o eu está aqui é uma atuação fucta e não uma atuação tacita. -»
1162
2- seginda coisa – isto serva para nada – isto não chega. 228 - /b - se o assunto for um
assunto urgente – para dixer se cumpro ou não a casa. 228 al b). olhar para a natureza do
problema. Estes elementos são – tempo de resposta.
Depois qual é o efeito da aprovação.
Ratificação -atribui
Aprovação – há quem diz que é um ato juridco simpesl – art.º 1163. Para ser um negicio
jurudico teria que haver maior liberdade estipulação.
Este é o efeito da aprovação. É regular – está a prescindir de todas as açoes de
cumprimento e incumprimento – não há responsabilidade – diz-nos que é um regime
supletivo, pode ser afastado.

1163 – também pode ser conjugado com o 268 – há quem diga que restringe o –
Dizer que é cumprimento. Admito que para muita gente não seja.
3.2. Quid iuris se, contactando a irmã e explanando o problema, esta mantém a
vontade de adquirir o imóvel?
- se a mandante que a casa com humidade
O mandato faz-se no interesse do mandante.
1161/al a)

4. Quid iuris se Júlia – para reunir liquidez para satisfazer uma dívida perante Paulo,
marido de Olívia – solicitar a Olívia que, em nome próprio:
4.1. Aliene um apartamento de que é titular;
a) Pode Júlia demandar Olívia numa acção de condenação ao pagamento
da dívida do preço emergente da venda, se o comprador faltar ao
cumprimento?
- alienação – em que esfera juridica é que se imputam – mandante
1183 – a não ser que haja convençao del credere - não é – 1183
Portanto, como ´q eu vai exercer o seu direito. Desde que
Como é que mandante vai exercer –
-» 589 e ss – é uma forma de – não transmite o credito. Tinha de exercer
o crédito – do mandatário – independentemente do

Entrega da coisa – mandatário.


1182 – ou assume a divida – ou entrega a casa – 1167/a
- venda de bens alheios -»
* tese da dupla transferência e da –
-» como não ter uma –– titularidade
A compra e venda nula pode ser convalidada pela aquisição

Tese da dupla transferência – o mandante tem de transmitir.


Dupla transferência – regime do mandato.

Se o mandato é para alienar –

Para a tese da dupla transferência – é necessario – mandato por si não


chega.
O mandato sozinho – é lei que diz que pode subrogar
- o pressuposto é que não há registo
2 presuuposto: aperceb-se que o mandatário fez a aquisisçao – a lei
permite a segregaça patrimonial e quando o mandato – para evitar fraude.
Depois da penhora – os bens não são meus.

4.2. Adquira um imóvel a terceiro;


a) Poderá Rui, credor pessoal de Olívia, nomear à penhora o automóvel
adquirido?
b) Se Olívia recusar a transmissão do imóvel a Júlia, de que meios de
defesa dispõe esta última?

4.3. Entretanto, Júlia vem a descobrir que Olívia a havia enganado nas contas
relativas à partilha da herança por óbito dos pais de ambas. Pretende, em face
disso, que sejam de nenhum efeito quaisquer relações jurídicas entre si. Quid
iuris?
- em principio é livre a nao se r que tutele posição do mandatário ou de terceiro.
Nestes casos a revogação

A revogação é para futuro e é livre. Não dispensou o legislador do 1172


O sacrifficio que é admitido não pode ser admitudi sem indeminização.
Al b – proibição de vinculações perpetuas + tutela da confinaça. As partes não se
podem obrigar a estarem para sempre vinculadas. Mas essa situação (em
extinguir a resolução) – situação de confinça – investe confinaça em funçao
dessa revogação – está a surpreender a contraparte
Al c) – quando alguem revoga, está a ealterar as regras do jogo. Há uma
expectativa
Al d ) – antecedência conveniente – não fazer cuidado dos interesses e não dar a
antecedência necessária – responsabilidade civil por factos lícitos e sacrficios.
Suponham que eu entreguei documentos à ME e ela perde esses documentos.
Caderneta predial

O mandatário depositário de tudo o que lhe seja entregue – na falta de outras


regras responderia de

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