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CASOS PRÁTICOS I

Para cada uma destas situações1 indique qual deve ser:

a. O pedido
b. O tipo de acção (art. 10.º)
c. O valor da causa (art. 296.º ss)
d. A forma de processo (art. 546.º e DL 269/98)
e. A causa de pedir (é útil o art. 581.º/4)

1. A descobre que o seu cônjuge B teve relações sexuais com C. A instaura contra B uma ação
de divórcio, alegando a violação do dever conjugal de fidelidade 2.

2. A celebra um contrato de compra e venda de uma casa de férias com B, no valor de


€150.000, procedendo ao seu registo. Nesse Verão, ao chegar à casa, percebe que esta está
ocupada por C, que se recusa a sair. Assim, A instaura contra C uma ação de reivindicação do
imóvel.

3. A celebrou um contrato pelo qual se obrigava a pintar um quadro e B pagaria o valor de


€9.000. Entregue o quadro, B recusa-se agora a pagar. A instaura uma ação de cumprimento.

4. A celebrou com B um contrato-promessa de compra e venda de um imóvel no valor de


50.000 euros, o qual foi incumprido por este último. A, promitente-comprador, requer a
execução específica do referido negócio jurídico.

5. B chocou com o carro de A, por estar a guiar distraído ao telefone, partindo o braço de A e
danificando o seu carro. A intenta contra B uma ação judicial na qual pede uma indemnização
pelos danos sofridos, no valor que se vier a apurar.

6. A, construtor civil, celebrou com B um contrato de empreitada. Tendo A incumprido os


prazos acordados, B não pôde começar a viver na sua casa, pelo que teve de viver num hotel
durante um mês. B instaurou uma ação judicial pedindo uma indemnização pelos prejuízos
sofridos no valor de 3.740.98 euros, correspondentes ao valor que pagou ao hotel.

7. A instaura uma ação de investigação de paternidade contra B.

8. A celebra com B um contrato de compra e venda de uma casa, pois este mostrou-lhe
documentos e brochuras que demonstravam que o local onde o imóvel se situava era
despoluído e seguro. Vindo a perceber, uma semana depois, que tinha sido enganado, A
propõe uma ação contra B, pedindo ao tribunal a anulação do contrato com base em dolo.

9. A resposta à questão anterior mudaria se o vício invocado fosse a nulidade do contrato?


1
Os casos 1 a 6 são adaptados de SILVA, Paula Costa e; Paula Meira Lourenço; e Sofia Henriques, Direito Processual
Civil I – Elementos de Trabalho, Vol. I, AAFDL, Lisboa, 2006, pp. 17 e 18.
2
Este caso está, evidentemente, desatualizado, mas por motivos pedagógicos faz sentido continuar a ser resolvido.

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