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Resumos
Contratos de Distribuição
i) Agência
ii) Concessão
iii) Franquia
iv) Livre organização de cadeias
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Agência
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Elementos fundamentais:
i) Dever de promover por conta de outrem a celebração de contratos
(prestação de serviço);
ii) O fazer de modo autónomo e estável (autonomia);
iii) Mediante retribuição (onerosidade).
É assim uma modalidade de mandato, uma prestação de serviço. É importante o elemento da
autonomia para se distinguir do contrato de trabalho, embora o agente deva acatar as instruções
do principal, sendo estas concretizadoras e não inovatórias.
À partida o contrato não está sujeito a forma, mas as partes podem exigir um documento
assinado com o conteúdo do contrato – art.1ºnr1.
Pode ser celebrado com ou sem representação – art.2ºnr1 – e, havendo representação, o agente
está autorizado a cobrar os créditos do principal – art.3ºnr2 – o que, não havendo
representação, só o poderia fazer com autorização escrita – art.3ºnr1. Cobranças não
autorizadas remetem para o art.770º CC.
O agente pode ainda recorrer a auxiliares e substitutos (subagência) – art.5º.
Agência sem representação:
i) Ou o agente contrata em nome próprio e retransmite para o principal a
posição adquirida;
ii) Ou o contrato é celebrado, pelo cuidado do agente, diretamente entre o
principal e o terceiro.
Enquanto prestador autónomo, se o contrato nada disser nem haja instruções concretas do
principal, o agente pode optar por qualquer uma dessas duas opções.
Direito de exclusivo art.4º:
i) A agência pode ser celebrada com vista à celebração de contratos num
círculo determinado, podendo existir uma cláusula de exclusivo;
ii) Pode ser uma circunscrição geográfica (por exemplo agente para o
distrito de Lisboa);
iii) Pode ser uma delimitação pessoal (por exemplo agente para os
juristas);
iv) Ou uma combinação de ambos.
Proteção de terceiros:
i) O agente deve informar os interessados dos poderes que possui (dever
de informação), mediante o previsto no art.21º. O incumprimento desta
obrigação torna-o responsável por todos os danos que venha a
ocasionar;
ii) Quando não tenha poderes de representação, o agente contrata em
próprio nome (mandato sem representação) ou proporciona uma
contratação direta entre o principal e o terceiro. Se contratar em nome
de outrem, existe representação sem poderes – art.22ºnr1. O nr2 indica
que, caso o principal não manifeste a sua posição dentro de 5 dias após
o conhecimento da celebração do negócio, o negócio considera-se
ratificado;
iii) Existe ainda representação aparente nos casos do art.23º.
Cessação do contrato:
i) Regulação prevista nos arts.24º a 36º;
ii) A caducidade implica o termo do prazo, a condição e a morte ou
extinção do agente – art.26º e 27º;
iii) A denúncia é o ato unilateral, discricionário e recipiendo que faz cessar
um contrato de duração indeterminada, devendo ser comunicada nos
prazos do art.28º. Mesmo sem aviso prévio é eficaz, mas obriga o
denunciante a indemnizar a outra parte - art.29ºnr1;
iv) A resolução implica um ato recipiendo assente em determinada
justificação e que faça cessar imediatamente o contrato, tenha ele ou
não prazo. Pode operar pela resolução subjetiva (a) ou objetiva (b), pelo
art.30º. Em ambos os casos, a lei menciona o elemento da
inexigibilidade, que deverá ser apurado tendo em conta a confiança e a
materialidade subjacente. Deve ainda ser comunicada por escrito
segundo os moldes do art.31º, e, ultrapassado o prazo, restará ao
interessado recorrer à denúncia.
i. A parte lesada pode ser indemnizada pelos danos
resultantes do incumprimento da outra parte – art.32ºnr1;
ii. Se for por razões objetivas, a parte lesada terá direito a uma
indemnização assente na equidade – art.32ºnr2.
No termo do contrato, cada contraente deve restituir à outra parte os elementos que lhe
pertençam – art.36º - embora o agente goze de direito de retenção pelos créditos resultantes da
sua atividade – art.35º.
Relativamente à cessação da agência, a lei diversa da portuguesa só pode ser aplicada se for
mais vantajosa para o agente – art.38º.
Indemnização da clientela:
O contrato de agência pode acarretar clientes para o principal, que se mantêm mesmo após o seu
termo. Assim, cessando a agência, deve o agente ser compensado pelo enriquecimento
proporcionado à outra parte (pelo principal) – art.33º. Esta indemnização é cumulável com
outras a que haja direito.
Deve ser calculada de forma equitativamente – art.34º - não podendo exceder uma retribuição
anual, calculada nos termos médios aí definidos. No entanto, se se provar um juízo superior a
essa cifra, havendo um dano superior a essa retribuição anual, pode-se discutir a
inconstitucionalidade por violação da propriedade privada – art.62ºnr1CRP.
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Concessão
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Reporta a esquemas destinados a distribuir produtos de elevado valor, que o produtor não possa
ou não queira ele próprio efetuar. Assim, um produtor fixa um distribuidor (concessionário).
Assim:
i) O concessionário insere-se na rede de distribuição de um produtor;
ii) Adquire o dado produto junto do produtor e obriga-se a vendê-lo, em seu próprio
nome, na área do contrato.
A concessão pode ser enriquecida com diversas cláusulas, nomeadamente as que preveem
determinadas metas ou utilização de insígnias que identifiquem o produto em causa.
Podemos considerá-la como uma promessa genérica de aquisição e venda de produtos, com
diversas prestações de facere em anexo.
Não tem base legal direta, sendo uma figura assente na autonomia privada. À partida, não está
sujeito a nenhuma forma solene, podendo ser meramente verbal ou resultar de condutas
concludentes.
Duração:
i) Não havendo prazo, só pode ser denunciada com pré-aviso, sob pena de não haver
dever de indemnizar;
ii) Havendo culpa do concedente na cessação, este pode ser condenado a retomar os
stocks antes vendidos ao concessionário;
iii) A denúncia ilegal é eficaz, mas obriga a indemnizar;
iv) A indemnização é feita pelo interesse contratual positivo.
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Franquia (franchising)
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