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AULA 01
01/02
CONTRATOS
Contrato é um negócio jurídico bilateral por meio do qual as partes convergem as
suas vontades para atingir determinadas finalidades.
Nasce da manifestação de vontade de ambas as partes.
Todo contrato passa por um consenso, mas alguns contratos exigem mais do que
um contrato para se formalizar. Alguns contratos só estarão formados com a
transferência do bem.
Exemplo de negócio unilateral: testamento – o herdeiro aceita ou renuncia a
herança.
PRINCIPOLOGIA CONTRATUAL
Princípio da autonomia da vontade privada
- Gera a liberdade contratual.
- Pode contratar o que quiser, quando quiser, onde quiser.
- Permite a contratação livre entre as partes.
EX: Joao celebra contrato por escrito de locação com Maria, com prazo determinado
de 30 meses.
Passou um mês dessa locação, aparece o Bruno que oferece um milhão pelo
apartamento alugado. Nesse caso, João pode vender o apartamento para Bruno?
Sim. Porém primeiro deverá perguntar para Maria, pois ela tem direito de
preferência, conforme art. 27 da Lei 8.245/91.
Se Maria nao quiser, ele pode vender. Deve pedir p maria desocupar o imóvel em
até 90 dias. Após pedir, maria deve sair em 90 dias.
Como Bruno nao foi parte no contrato de locação, pois ele não é parte.
Maria pode se precaver desde que exista cláusula de vigência no contrato
(fazendo respeitar o prazo da locação), ganhando uma eficácia erga omnes,
excepcionando o princípio da relatividade.
Princípio da explicabilidade
No âmbito do direito digital está sendo levantado esse princípio.
A boa-fé é um limite ao exercício do direito.
CONTRATO DE ADESÃO: contrato em que uma das partes não podem discutir as
cláusulas contratuais, ou adere ou não adere ou contrato.
Toda vez que tiver uma dúvida ou contradição, se da a interpretação mais favorável
ao aderente, aquele que nao pode discutir as cláusulas contratuais.
Considera-se cláusula abusiva aquela que impliquem em renúncia antecipada a um
direito que é inerente à natureza da obrigação.
Art. 423. Regra de interpretação.
É válida a cláusula de renúncia de pagamentos de benfeitorias em contrato de
locação. Se o contrato fosse feito em modalidade de adesão, aplicas-se o art 424
do cc.
CASO CONCRETO
TEMA 02
Ipatinga Produtos de Petróleo S.A. propõe demanda de despejo por falta de
pagamento em face de Posto Veloz. A demandante aduz, em síntese, que firmou
com a ré um contrato de sublocação de posto de serviço, por meio do qual locou
imóvel com equipamentos nele instalados para a operação de posto de gasolina.
Todavia, informa a autora que a sublocatária deixou de arcar com o pagamento de
aluguéis e acessórios contratuais nos últimos 12 meses do contrato. Logo, não resta
à autora outra conduta senão pedir a extinção do contrato e o despejo do
demandado do imóvel para que possa dar continuidade às suas atividades ofertando
negócios perante terceiros interessados. O magistrado, ao receber o pedido, de
ofício, extingue o processo sem resolução do mérito por entender que a autora é
carecedora de demanda. O Magistrado sustenta que é inadequada a ação de
despejo para rescindir o contrato de sublocação firmado entre as partes, pois a Lei
nº 8245/91 só teria aplicabilidade ao caso se o preço pago decorresse unicamente
do uso e gozo da coisa, todavia o que se observa da narrativa inicial é que existe
uma gama de deveres impostos a ambas as partes, em que a locação é indissociável
da compra e venda de produtos da demandante em razão da cláusula de
exclusividade, tornando inviável a extinção do pacto através de mera denúncia vazia.
Diante do exposto, agiu corretamente o magistrado? Decida fundamentadamente a
questão abordando a classificação do contrato firmado entre as partes.
RESPOSTA: Não, o magistrado não agiu corretamente. Se é um contrato coligado e
não foi pago os aluguéis, pode pedir o despejo.
Nesse caso, é reconhecido o interesse de agir para o despejo.
RESP. 1475477 MG
Não poderia se fosse um contrato misto, pois não é um aluguel. Mas nesse caso é
um aluguel com outros contratos coligados. Então nesse caso trabalha-se cada
contrato em sua essência.
CONTRATOS CONSENSUAIS
É a regra. Que os contratos se aperfeiçoam, estão formados tão somente pela
convergência de vontade das partes, basta as partes convergirem sua vontade.
CONTRATO REAL
É aquele que é necessário a entrega da coisa para que eles se aperfeiçoem.
Ex: contrato de comodato.
CONTRATO COMUTATIVO