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Respostas do Questionário:
No caso em tela, houve a infração ao princípio do não enriquecimento sem causa, assunto
este que é tratado no Art. 884 do Código Civil, do qual diz que quem, sem justo motivo,
enriquecer gerando danos ou perdas à outra pessoa, será obrigado a restituir o que foi
indevidamente obtido. E no presente caso, houve tal dedução de valores pagos a mesmo
título para que não houvesse a continuação da afronta ao princípio supracitado, de forma
a não permitir que uma das partes leve vantagem indevida. O princípio do não
enriquecimento sem causa compõe um dos princípios norteadores dos contratos e acordos
realizados entre as partes, sendo que seu desrespeito acarreta em nulidades absolutas, e
danos concretos à parte lesionada por tal fato.
c) Foi realizada a explicação anterior de forma técnica, mas, nem todos possuem a
obrigação de compreender como são as linguagens e jargões específicos de uma parcela
da população. De tal modo, faz-se necessária a explicação do item anterior de modo a ser
compreendido por demais parcelas populacionais.
O caso da jurisprudência anexada anteriormente, trata da afronta ao princípio do não
enriquecimento sem causa, que pode ser entendido como a vantagem que um dos
contratantes convém a si, de maneira em que o outro contratante acabe sendo danificado,
ou tenha certos direitos negados. Não é certo que ocorra este fato no meio de um contrato,
e portanto, esta ocorrência faz com que o contrato não possa ser levado a diante, fazendo
com que o mesmo se encerre. E no caso colocado em tela, a dedução de valores pagos a
mesmo título foi dada para que nenhuma parte fosse lesada, de modo em que a quitação
dos valores exercesse o contrato até o final. Caso não fosse oportunizada a dedução,
haveria a finalização do contrato, pois o princípio (que é um ordenamento básico e que
norteia as outras leis deste assunto) foi rompido.
Assim como é essencial citar os modernos: função social do contrato, boa-fé objetiva e,
equilíbrio econômico.
• A autonomia da vontade prevê que todo e qualquer indivíduo, sendo pessoa física
ou jurídica, liberdade de contratar escolhendo com quem, o conteúdo e o porque
gostaria de celebrar o contrato, de forma que há total liberdade para o fazê-lo,
fazendo-o conforme sua escolha e sem interferência do Estado. Ainda, válido
ressaltar os contratos atípicos, que
• Relatividade dos efeitos do contrato, tem como premissa que o contrato somente
produzirá efeitos em relação aos contratantes, ou seja, àqueles que manifestaram
sua vontade vinculando-se ao conteúdo do contrato, não afetando terceiros nem
seu patrimônio. As obrigações vinculam-se também aos sucessores das partes,
caso haja necessidade para tal.
R: A cláusula resolutiva tácita é estipulada pela própria lei e é aplicável à situação em que
as partes não tenham acordado claramente sobre a pertinência de determinadas
obrigações, ficando para posterior análise do contrato, sendo assim dependendo de
interpelação do juiz. Artigo 474, in fine, do Código Civil). Por isso, a sentença judicial
tem natureza constitutiva negativa, pelo fato de ser desfeito a relação de obrigação e o
respectivo contrato.
5. Órgão julgador: Tribunal Pleno
Relator(a): Min. THEMISTOCLES CAVALCANTI
Redator(a) do acórdão: Min. THOMPSON FLORES
Julgamento: 16/04/1969
Publicação: 10/04/1970
Ementa
CONTRATO DE PROMESSA DE VENDA. IMÓVEL NÃO LOTEADO.
CLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA. MORA DO DEVEDOR: QUANDO
DISPENSA SUA NOTIFICAÇÃO. EXEGESE DOS ARTS. 960 DO CÓDIGO
CIVIL E 14 E 22 DO DECRETO-LEI N. 58/1937. PRECEDENTES. RECURSO
CONHECIDO, MAS NÃO PROVIDO. VOTO VENCIDO.
Indexação
COMPRA E VENDA, IMÓVEL NÃO LOTEADO CLÁUSULA RESOLUTIVA
EXPRESSA, CONSTITUIÇÃO EM MORA. DIREITO CIVIL COMPRA E
VENDA PROMESSA DE CLÁUSULA RESOLUTIVA EXPRESSA.
https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur127955/false
Por fim, é preciso enfatizar que essa teoria é diferente da imprevisibilidade porque está
se baseia na imprevisibilidade, enquanto a primeira se baseia na desproporção.
R: Não extinguiram, tanto os princípios clássicos quanto aos contemporâneos são os mais
importantes e utilizados para o direito brasileiro atual que vivenciamos, os princípios
clássicos se constituem por: autonomia da vontade, obrigatoriedade dos contratos,
relatividade dos efeitos do contrato e, consensualismo; E os princípios modernos são
constituídos por: função social do contrato, boa-fé objetiva e, equilíbrio econômico. Entre
ambos são utilizados pelo direito brasileiro sem nenhuma exclusão.
9. A partir dos enunciados, para o direito, à função social, serve como forma para
resguardar os interesses de pessoa humana.
10. De acordo com o art. 187 do Código Civil, o ato cometido pela pessoa de direito,
não poderá ultrapassar os limites impostos pelo seu fim econômico/social da boa-
fé ou pelos bons costumes.
11. Acerca da função social do contrato o Ministro Edson Fachin dispôs do seguinte
trecho:
Boa-fé objetiva: prevista no Código Civil de 2002, vem no sentido de maior relevância
do princípio da boa-fé, pois esta direciona a conduta das partes, principalmente nas
relações negociais e contratuais.
Boa-fé subjetiva: prevista no Código Civil de 1916, relaciona-se com a intenção do sujeito
de direito.
O autor ingressou com uma ação de danos morais em virtude de rescisão unilateral
ao ser barrado de adentrar as localidades do estacionamento.
Por fim, entendemos corretamente aplicada a decisão tendo em vista a ofensa aos
princípios ofendidos e com base em que os princípios da força obrigatória dos contratos
e da autonomia da vontade encontram-se mitigados nos dias atuais para atender a função
social.
A decisão foi desacolhida com base em que a financiada antes firmar o contrato
tinha conhecimento, inclusivo o valor exato de todas as parcelas que lhe incumbia pagar,
sem correções, não podendo destarte, após pagar algumas parcelas ajustadas, queixar-se
de ofensa à dignidade da pessoa humana, quando o contrato está restrito a sua execução.
A decisão ao ponto de vista foi correta, tendo em vista que o CC/2022 prevê que
a liberdade de pactuação e a obrigatoriedade de cumprimento do disposto em contrato
não podem infringir o direito e muito menos os interesses coletivos. Assim, diante da
ausência de vontade de lesar o preceito da socialidade e operatividade, onde há a
combinação do individual com o social de forma que se complementem, atribuindo
validade e eficácia ao contrato.
Ainda, o Código Civil prevê de que a aceitação não poderá sofrer alterações pois,
realizada passará a configurar uma nova proposta.