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ESTADO DO PARANÁ.
I- Tempestividade
Alega a Comissão de Licitação que o impetrante não cumpriu com os requisitos do item 1.13²
do Projeto Básico que determinada:
“1.13. Elevadores com 1.60x1.80m. Capacidade: 525 – 600 – 675 – 825 – 975 Kg / 7, 8, 9, 11
e 13 passageiros. Percurso: máx 75m e 25 paradas. Velocidade: 0,75m/s – 1,00m/s – 1,6m/s.
Iluminação em LED. Economia de até 70% de energia. Máquinas sem engrenagem e sem cabos
de aço. Sistema de Resgate automático. Marca UP & Down.”
Mas no entanto, o edital de licitação não pode prever a marca do Elevador e sim as
especificações técnicas que o mesmo deve ter. Pois se outra marcar possuir as mesmas especificações
técnicas, esta pode substitui-la, na mesma proporção e qualidade.
O impetrante possui, elevador com os mesmos requisitos, com a mesma capacidade técnica e
desempenho superior, com preço menor do que a proposta aceita. Tal fato demonstra o ato coator em
desclassificar a proposta apresentada.
De acordo com o art. 74, parágrafo primeiro, da Lei 14.133/21, que prevê:
Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos
de:
§ 1º Para fins do disposto no inciso I do caput deste artigo, a Administração deverá
demonstrar a inviabilidade de competição mediante atestado de exclusividade,
contrato de exclusividade, declaração do fabricante ou outro documento idôneo capaz
de comprovar que o objeto é fornecido ou prestado por produtor, empresa ou
representante comercial exclusivos, vedada a preferência por marca específica.
PREVISÃO LEGAL
Não pode a parte ser desclassificada, uma vez que apresentou produto nas mesmas
especificações técnicas e desempenho superior, com preço menor do certame licitatório.
Sendo assim, constitui-se direito líquido, certo e exigível do impetrante, de ter sua proposta
no certame licitatório analisada e processada, motivando a utilização do presente mandamus.
II. DO PEDIDO LIMINAR
Segundo o art. 300, do CPC/15, e art. 7, III, da Lei 12.016/09, a tutela de urgência será
concedida sempre que houver elementos capazes de evidenciar a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Ademais, está prevista no parágrafo segundo do mesmo códex processualista a possibilidade
de sua concessão por meio liminar, antes mesmo da citação da parte adversa, de modo a garantir
a sua efetividade.
A probabilidade do direito (fumus boni iuris) é demonstrada pelos documentos acostados, que
garantem o próprio direito perseguido, pois explicita que o produto apresentado pelo impetrante é de
mesma qualificação técnica e desempenho superior ao exigido no Anexo I do Edital, sendo vedada o
direcionamento a marca especifica.
O perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo (periculum in mora) é iminente aos
processos deste gênero, pois deve garantir a igualdade de competição a todos os participantes no
processo licitatório, não sendo permitido a desclassificação de produto com características idênticas as
exigidas em edital.
Por medidas de justiça social, a arbitrariedade de realizar ato diverso do imposto pela Justiça
e do previsto em lei, não pode ser imputada a jurisdicionada, que não enseja o acionamento do
judiciário por mera liberalidade. A provocação desta via dá-se por razões de indiferença da Presidente
da Comissão de Licitação Ré com os direitos do impetrante, que viu seu direito de participar do certame
licitatório ser ignorado, devendo possuir a seu favor uma tutela célere e eficiente.
Por conseguinte, requer a este insigne juízo a concessão da tutela de urgência em caráter
liminar, inaudita altera parte, com vistas a guarnecer os direitos da parte impetrante.
a) a concessão da LIMINAR inaudita altera parte pars, para suspender o Processo Seletivo em
questão.
b) a notificação das autoridades coatoras e seus respectivos órgãos de representação judicial, nos
termos do art. 7º da Lei 12.016/2009;
c) Seja revertida a desclassificação da parte autora e que lhe seja assegurado o direito de participar
do devido processo licitatório.
f) que ao final seja concedida a segurança em caráter definitivo para assegurar a fiel observância
aos princípios do interesse público, segurança, transparência e eficiência no Processo Seletivo
em questão, garantido assim o tratamento constitucional.
Dá-se à causa o valor de R$ 8.900.000,00 (oito milhões e novecentos mil reais) para efeitos
fiscais.