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AO ILUSTRÍSSIMO SENHOR PREGOEIRO E EQUIPE DE APOIO DE

LICITAÇÃO DA PREFEITUA MUNICIPAL DE CAUCAIA/CE

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 2023.12.28.05 - SEINFRA

AGRADA CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA, pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº: 12.290.912/0001-24, com
sede profissional localizada a Rua do Rosário, n° 77, Sala 203 - Centro -
Fortaleza/CE. CEP: 60.055-090., representada neste ato pelo Sr. GERALDO
HENRIQUE ARAÚJO, RG n° 631614 SSP/DF e do CPF nº 227.241.411-72, vem,
respeitosamente, perante V. Senhoria, nos termos do art. 109, I, “a” da Lei
8.666/93, apresentar o presente RECURSO ADMINISTRATIVO, pelos fatos e
fundamentos jurídicos adiante expostos.
I. DA TEMPESTIVIDADE

O presente recurso é tempestivo, porquanto interposto dentro do


prazo estabelecido na lei, com prazo final recursa em 26/01/2024, ou seja, dento
do prazo de 5 (cinco) dias previsto no art.109, inciso I, alínea “a” da Lei 8.666/93,
in verbis:
“Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da
aplicação desta Lei cabem:
I – recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da
intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
A) habilitação ou inabilitação do licitante;” (grifos nosso)

Onde a sua contagem far-se-á conforme o art. 219 do CPC, que


diz:

“Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por


lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis”
(grifos nosso)

Além da previsão contida art. 109, da Lei 8.666/93, é assegurado


a todos os litigantes e em todos os processos administrativos o direito ao recurso,
consoante dispõe o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal de 1988, veja:

“Art. 5º da CF/88: (...)


LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e
ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;”

Com efeito, o licitante ou contratado que se sentir lesado por


decisão administrativa pode se valer de recurso administrativo lato sensu,
utilizando-se de meios de reexame interno em face de ato ou decisão
administrativa que lhe tenha sido desfavorável, o qual será julgado pela autoridade
hierarquicamente superior àquela prolatora de ato/decisão recorrido pertencente ao
mesmo órgão ou entidade.
A Administração Pública pode rever seus próprios atos, quando
ilegais, inconvenientes ou inoportunos, o Supremo Tribunal Federal editou a súmula
nº 473, estabelecendo que:

“Súmula 473: a administração pode anular seus próprios


atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação
judicial” (grifos nosso)
E nesse turno, vale lembrar também que a autoridade poderá
atribuir efeito suspensivo ao recurso, uma vez que a decisão trará grave
consequências à Recorrente.

Por isso, se faz necessário que seja concedido o EFEITO


SUSPENSIVO ao presente recurso, nos precisos termos do art. 109, § 2º e §4º, da
Lei 8.666/93, que ilustra:

“§ 2o O recurso previsto nas alíneas "a" e "b" do inciso I


deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade
competente, motivadamente e presentes razões de interesse
público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva aos
demais recursos.
[...]

§ 4o O recurso será dirigido à autoridade superior, por


intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá
reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou,
nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado,
devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo
de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso,
sob pena de responsabilidade.”
Tempestivas, portanto, as razões deste recurso, protocolizadas em
data anterior ao término do prazo recursal, com efeito suspensivo e capaz de
ensejar na reformulação da decisão do Pregoeiro da Prefeitura Municipal de
Caucaia/CE e sua Equipe de Apoio.

II. DA SÍNTESE FÁTICA

Foi lançado o Edital de Pregão Eletrônico n° 2023.12.28.05-


SEINFRA, do tipo MENOR PREÇO, pela Secretaria de Infraestrutura do Município de
Caucaia/CE, por meio de seu Ordenador de Despesas, no qual o objeto do dito
certame era o registro de preços visando futuras e eventuais contratações de
empresa especializada no fornecimento e instalação de academias ao ar livre e
parquinhos no Município de Caucaia/CE, e recebimento de documentos e proposta
para a sessão pública seria por meio de comunicação via internet, marcada para o
dia 15 de janeiro de 2024, às 08h30min, através do endereço eletrônico
www.comprasnet.gov.br, presidida pelo Pregoeiro e Equipe de Apoio da Prefeitura
de Caucaia/CE.
A recorrente, na data marcada, apresentou a referida
documentação solicitada, entretanto, foi inabilitada, com a justificativa de que não
atendeu as exigências técnicas conforme o item 6.5 do Edital de
Licitação. Vejamos:

“Inabilitação de proposta. Fornecedor: AGRADA


CONSTRUCOES E SERVICOS LTDA, CNPJ/CPF:
12.290.912/0001-24, pelo melhor lance de R$ 936.999,9900.
Motivo: A empresa encontra-se INABILITADA por descumprir
o item 6.5 do edital. Deixou de apresentar pelo menos 01
(um) atestado de capacidades técnica, comprovando que
executou fornecimento dos produtos compatíveis em
características, prazos e quantidades com o (s) item (s) ao
qual está concorrendo.”
Contudo, em que pese o notório saber jurídico apresentado pelo
Douto Pregoeiro e Equipe de Apoio, a decisão precisa ser reformada, dado que
todos os documentos foram apresentados ou encontravam dispostos no sistemas
virtual, consoante previsão editalícia.

III. DAS RAZÕES PARA REFORMA


III.1 DA APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS EXIGIDOS NO EDITAL

O presente edital, no tópico 6.5 da “QUALIFICAÇÃO TÉCNICA”


exige que para a participação e habilitação no certame, a empresa licitante
comprove a sua aptidão para o desempenho de atividade pertinente e compatível
em características, prazos e quantidades com o objeto semelhante ao objeto do
Pregão Eletrônico Nº 2023.12.28.05.

Tal comprovação deveria ser feita mediante a apresentação de no


mínimo 01 atestado, certidão ou declaração, fornecido por pessoa jurídica de direito
público ou privado, por execução de obra ou serviço já concluído, de características
semelhantes às do objeto do Edital, senão vejamos:

“6.5. RELATIVA À QUALIFICAÇÃO TÉCNICA:


6.5.1. A Licitante deverá apresentar pelo menos 01 (um)
atestado de capacidade técnica, fornecido por pessoa jurídica
de direito público ou privado, em nome da Licitante,
comprovando que executou fornecimento dos produtos
compatíveis em características, prazos e quantidades com o
(s) itens (s) ao qual está concorrendo.
6.5.2. Os atestados, certidões ou declarações, contendo a
identificação do signatário, deverão ser apresentados em
papel timbrado da pessoa jurídica e devem indicar as
características, quantidades e prazos das atividades
executadas ou em execução pela licitante.”
Desde modo, o Pregoeiro e sua Equipe de Apoio, realizaram a
abertura da fase de habilitação do certame, julgando inabilitada a recorrente,
justificando-se na alegativa de que a empresa “...deixou de apresentar pelo menos
01 (um) atestado de capacidades técnica, comprovando que executou fornecimento
dos produtos compatíveis em características, prazos e quantidades com o (s) item
(s) ao qual está concorrendo...”
Ressalta-se que, além da previsão em Edital, a qualificação técnica
da empresa, também chamada de capacidade técnico operacional, encontra
previsão legal na primeira parte do inciso II do art. 30 da Lei de Licitações. Assim,
o edital pode prever a necessidade de apresentação de atestados para a
“...comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível
em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das
instalações e do aparelhamento...”, conforme dispõe a norma (BRASIL, 1993).
O TCU constantemente reafirma que a comprovação da capacidade
técnica deve ser norteada pelo art. 37, XXI da CF, que somente admite exigências
de qualificação técnica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Em um de seus acórdãos, o tribunal proferiu a seguinte decisão (BRASIL, TCU,
2006):
“Sobre a comprovação de capacidade técnica referente a itens
irrelevantes ou de valor insignificante frente à estimativa
global da obra, acompanho, em grande parte, as conclusões
da unidade instrutiva, que se pronunciou pela ilegalidade das
exigências. Entretanto, destaco que a jurisprudência deste
Tribunal – Decisão 1.618/2002 e Acórdão 515/2003, ambos
de Plenário - já se manifestou no sentido de que o art. 30, §
1º, inciso I, da Lei 8.666/1993 somente se aplica à
qualificação técnico-profissional, estando a limitação da
capacidade técnico-operacional insculpida no art. 37, inciso
XXI, da Constituição Federal de 1988, o qual somente
permite exigências de qualificação técnica e econômica
que sejam indispensáveis à garantia do cumprimento
das obrigações. (Grifo nosso)”
Saliente-se que a experiência técnico profissional ou técnico
operacional não precisa ser idêntica à do objeto que se pretende licitar,
conforme leciona Marçal Justen Filho (2010, p.441):
“Em primeiro lugar, não há cabimento em impor a exigência
de que o sujeito tenha executado no passado obra ou serviço
exatamente idêntico ao objeto da licitação. Parece evidente
que o sujeito que executou obra ou serviço exatamente
idêntico preenche os requisitos para disputar o certame e
deve ser habilitado. Mas também se deve reconhecer que a
idoneidade para executar o objeto licitado pode ser
evidenciada por meio da execução de obras ou serviços
similares, ainda que não idênticos. Em outras palavras, a
Administração não pode exigir que o sujeito comprove
experiência anterior na execução de um objeto exatamente
idêntico àquele licitado.”
Por outro lado, o atestado deve conter todas as informações
necessárias e suficientes para que se possa, mediante comparação entre a obra ou
serviço objeto do atestado e a obra ou serviço objeto da licitação, inferir a aptidão
da proponente para a execução do contrato nos termos em que se propõe. Esse
cotejo entre o conteúdo do atestado e o conteúdo do contrato não poderá admitir
por critério de comparação exclusivamente a igualdade ou equivalência
entre ambos, mas deverá admitir também a similaridade ou analogia dos
objetos.

Tanto no original da Lei nº 8.666/93, quanto no texto modificado


pela Lei nº 8.883/94, o § 3° do art. 30 proíbe a recusa da aptidão por similaridade,
estipulando que "Será sempre admitida a comprovação de aptidão através de
certidões ou atestados de obras ou serviços similares de complexidade tecnológica
e operacional equivalente ou superior."

Embora não venha reger os ditames da presente licitação, ressalta-


se, que a mesma possibilidade de demonstração de capacidade técnica mediante
apresentação de certidões ou atestados de serviços similares, predominou-se na
redação da Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei n°
14.133/2021), em seu artigo 67, § 5°.
O legislador tornou imperativa essa admissão de similares para
evitar discriminações consistentes na exigência de haver o proponente realizado
obras ou serviços iguais, o que afastaria competidores que, mesmo não tendo ainda
executado obra ou serviço igual ao objeto da licitação, podem executá-lo, por já
haver executado similares.
Assegurando aos detentores de certidões ou atestados fundados na
similitude, tratou de defender a isonomia do acesso e a competitividade do
certame, princípios basilares da licitação, cuja inobservância a torna
irremediavelmente viciosa. Mas, exatamente para não pôr em risco a isonomia e a
competitividade, teve a prudência de – no inc. II do caput do mesmo art. 30 –
exigir que a aptidão, à vista de contratos anteriores, seja comprovada pelo
desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e
prazos com o objeto da licitação.

Como o caput domina o parágrafo, desde que este não seja


excepcionante daquele, e como o § 3° não excepciona, mas complementa o inc. II
do caput do art. 30, conforme evidencia a própria redação de ambos, nos quais
aparece a mesma expressão – "comprovação de aptidão" – que os correlaciona,
resulta daí que a exigência de "comprovação de aptidão para desempenho de
atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos
com o objeto da licitação" se aplica a todo e qualquer atestado ou certidão de
desempenho, seja baseado na igualdade ou equivalência, seja baseado na
similitude ou analogia das obras ou serviços.

A administração pública deve se chamar atenção que o


instrumento convocatório bem como seus anexos, devem conter informações
transparentes, sólidas e coerentes a fim da preservação dos princípios do art. 37 da
CF/88, são eles:
“Princípio da Legalidade - vincula os licitantes e a
Administração Pública aos princípios e regras legais (leis,
decretos, portarias, edital, etc.)
Princípio da Isonomia – ofertar um tratamento igual a todos
os interessados. Privilegia a competição e, por consequência,
a economicidade. Apresenta total afinidade com o Princípio da
Impessoalidade, por meio do qual não há espaço para
preferências subjetivas, devendo todas as decisões serem
pautadas em critérios objetivos.
Princípio da vinculação ao instrumento convocatório – a
Administração Pública e os interessados devem se atentar ao
instrumento convocatório e segui-lo em sua integralidade,
uma vez que encontram-se vinculados ao que ali está
disposto.“
Ora, se este é o entendimento vigente, não seria irregular por
parte desta Comissão seguir com a decisão apresentada na Ata de Habilitação,
desconsiderando assim os atestados de capacidade técnica e contratos
apresentados pela Recorrente, uma vez que os documentos foram todos instruídos
conforme se comprova na planilha abaixo transcrita, sendo este um dos fatores
para justificar a inabilitação da licitante?
CONTRATO OBJETO PRAZO
Contrato nº 34/2023-SEGER Prestação dos serviços de manutenção nos 12 meses
Processo nº P071191/2023 brinquedos e ou playground’s instalados nas
praças e parques e logradouros públicos,
incluindo a aquisição de peças e instalação,
para atender as necessidades da Secretaria
Municipal da Gestão Regional – SEGER e
das 12 Secretarias Regionais.
Contrato nº 32/2023-SEGER Fornecimento e instalação de 113 (cento e 12 meses
Processo nº P087662/2023 treze) conjuntos de academias ao ar livre,
no Município de Fortaleza/CE.
Contrato nº 12/2018-URBFOR Manutenção corretiva das academias ao ar 12 meses
Pregão Eletrônico n° livre do Município de Fortaleza/CE.
108/2018

Desta forma, entende-se como irregular a inabilitação da empresa


Recorrente, uma vez que, ex positis, a licitante atende prontamente aos
requisitos de Capacidade Técnica descrita no Edital do presente certame,
não havendo de prosperar a decisão subjugada.

Sendo assim é clarividente que o solicitado no edital foi


devidamente apresentado pela empresa ora Recorrente, não podendo e nem
devendo ser considerada inabilitada.

IV. DA AFRONTA AOS PRINCÍPIOS LICITATÓRIOS

Em seu Art. 5º, a Lei 14.133 de 2021 determina os princípios que


norteiam as contratações públicas, conforme segue:

Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios


da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da
publicidade, da eficiência, do interesse público, da probidade
administrativa, da igualdade, do planejamento, da
transparência, da eficácia, da segregação de funções, da
motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo,
da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade,
da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do
desenvolvimento nacional sustentável, assim como as
disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de
1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).

Por toda argumentação apresentada até aqui, concluímos que é


indevida a inabilitação da AGRADA CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA., uma vez
que a mesma atende prontamente os requisitos de Capacidade Técnica de forma
integral e pelo fato de a decisão tomada por este Pregoeiro e sua Equipe de Apoio
irem de encontro aos princípios da legislação vigente.
Diante disso, requer que o Pregoeiro e sua Equipe de Apoio do
Município de Caucaia/CE, recebam o presente recurso e habilite a empresa, ora
Recorrente, na participação do certame.

V. DOS PEDIDOS

Pelos fatos expostos, a empresa licitante AGRADA


CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA. vem requerer:

a) O acolhimento do presente recurso administrativo, tal como o


efeito suspensivo para o certame, até decisão do Pregoeiro e da Equipe de Apoio de
Processos Licitatórios;
b) A habilitação neste certame, resguardando seu direito líquido e
certo, desta maneira, revertendo a sua errônea inabilitação em face de ter
apresentado o documento de habilitação e a qualificação técnica constante no item
6.5. RELATIVA À QUALIFICAÇÃO TÉCNICA, do Pregão Eletrônico n° 2023.12.28.05-
SEINFRA;
c) A manifestação/resposta devidamente fundamentada sobre o
presente recurso apresentado;
d) Ultrapassado o pedido acima, se não for acolhido, seja a
licitação anulada/fracassada por ferir o princípio da legalidade e moralidade (ex vi
dos ar. 3º caput, da Lei nº 8.666/93, art. 37, caput da CF/88, e ainda, o art. 30,
IV, da Lei nº 8.666/93).
e) Na hipótese, que entendemos remotíssima, de vir a ser
mantida a decisão impugnada, seja o presente remetido a autoridade superior, para
decisão, no prazo legal, sob pena de responsabilidade (ex vi do § 4º do art. 109 Lei
nº 8.666/93).
f) Seja todos os pedidos do presente recurso administrativo
acolhidos;

Termos em que,
Espera deferimento.

Fortaleza/CE, 24 de janeiro de 2024.

GERALDO HENRIQUE ARAÚJO


AGRADA CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA.
CNPJ nº: 12.290.912/0001-24

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