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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região
Partes:
RECLAMANTE: ALAN LINDOLFO NEVES
ADVOGADO: NATALIA MIRANDA DE MACEDO
ADVOGADO: HENRIQUE LOPES DE SOUZA
ADVOGADO: MARCELO LUIS PACHECO COUTINHO
ADVOGADO: CAIO GAUDIO ABREU
ADVOGADO: CHRISTIANE DAMASCO DE CASTRO
ADVOGADO: NATALIA XIMENES DO NASCIMENTO
ADVOGADO: MANUELA MARTINS DE SOUSA
ADVOGADO: CLAUDIA DE CARVALHO MONASSA
ADVOGADO: RITA DE CASSIA SANTANNA CORTEZ
ADVOGADO: Marcio Lopes Cordero
ADVOGADO: RAPHAEL INACIO MEDEIROS
ADVOGADO: Marcus Varão Monteiro
ADVOGADO: ROMULO DA CONCEICAO NOGUEIRA
ADVOGADO: ANA PAULA MOREIRA FRANCO
ADVOGADO: monica alexandre santos
ADVOGADO: JOSE CARLOS DA COSTA FERREIRA
ADVOGADO: vivian teixeira monasterio
RECLAMADO: BANCO BRADESCO S.A.
ADVOGADO: FELIPE D AGUIAR ROCHA FERREIRA
ADVOGADO: HENRIQUE CLAÚDIO MAUÉS
ADVOGADO: SILVIA RODRIGUES DA ROCHA VIEIRA
ADVOGADO: CARLOS EDUARDO CAVALCANTE RAMOS
PERITO: PAULO EDUARDO CAMPANA RIBEIRO FILHO
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 57ª
VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO - RJ.
Processo nº 0100755-37.2022.5.01.0057
CONTESTAÇÃO
Ab initio, nos termos do art. 106, I do CPC, requerem os reclamados que todos
os atos de comunicação processual tenham observância EXCLUSIVAMENTE ao
nome do Dr. Carlos Eduardo Cavalcante Ramos, inscrito na OAB/RJ sob o nº
111.030, sócio do escritório CAVALCANTE RAMOS ADVOGADOS, com
endereço profissional localizado na Avenida Rio Branco, nº 39, 10ª andar, Centro,
Rio de Janeiro, CEP: 20.090-901, independentemente de quaisquer outros advogado
habilitado nos autos, constantes do substabelecimento, instrumento de mandato e atos
constitutivos, anexados, devendo ser procedida as anotações devidas no sistema
PJE/SAPWEB, sob pena de caracterizar nulidade conforme dispõe o §2º do art. 272 do
CPC.
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DO JUÍZO 100% DIGITAL – NÃO ADESÃO
O reclamado informar que, NÃO irá aderir e/ou optar pelo juízo 100% digital.
DO CONTRATO DE TRABALHO
1) Tutela de urgência;
2) Nulidade da dispensa com base em dois fundamentos:
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Ademais, requer que sejam observados os cargos, locais e períodos acima
mencionados para a apuração de provas, ficando impugnadas as informações diversas.
PRELIMINARES
Pelo novo art. 840, §§1º e 3º da CLT, os pedidos formulados deverão ser certos,
determinados e líquidos.
Como é por demais cediço, pedido certo é pedido inequívoco, ou seja, qualifica
o an debeatur. Pedido determinado é pedido individuado, delimitado. Pedido líquido
é pedido qualificador do quantum debeatur.
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óbvio que a demandante, ao deduzir pedido líquido, necessariamente deve apresentar
os cálculos aritméticos usados para chegar aos valores pleiteados. Deve
necessariamente apresentar a base de cálculo usada para chegar ao valor pretendido.
A petição inicial é inepta, é genérica, eis que, da maneira como foi feita, além
de impedir a ampla defesa, o contraditório (art.5o LV CRFB/88) e a impugnação
específica por parte da ré (art.302, CPC), impede a entrega da prestação jurisdicional,
eis que uma manifestação do Juízo quanto ao meritum causae acabaria por ferir um
dos mais basilares e importantes princípios do Direito Processual do Brasil que é o da
imparcialidade do órgão jurisdicional.
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Assim, são documentos juntados na exordial são imprestáveis como meio de
prova, restando impugnados quanto a forma e conteúdo, já que produzidos de forma
unilateral pelo Reclamante.
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DAS PROVAS / POSSIBILIDADE DE ACORDO
AUDIÊNCIA TELEPRESENCIAL
Inicialmente o reclamado informa que não há, por ora, proposta de acordo a ser
apresentada no processo em referência.
Não obstante, caso este não seja o entendimento de V. Exa., sendo determinada
a inclusão do feito em pauta telepresencial, o reclamado informa, desde já, os e-mails
de seus patronos para todos os fins: felipe.ferreira@cra.adv.br,
eduardo.ferreira@cra.adv.br e cratrabalhista@cra.adv.br.
Não há dúvida, neste aspecto, que os novos contratos, firmados sob a égide da
nova lei, a ela se submetem, mas as novas regras também se aplicam aos contratos em
curso e, até mesmo, aos contratos já extintos, respeitados os direitos adquiridos, atos
jurídicos perfeitos e a coisa julgada, conforme regra basilar de Estado de Direito
insculpida no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal e também o disposto no art. 6º
do decreto-lei 4657/42, também conhecida como Lei de Introdução ao Código Civil.
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postulados porque não eram reconhecidos), ato jurídico perfeito (assim entendido o ato
- e não fato – consumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou) nem coisa
julgada.
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Logo, imprescindível é a aplicação dos novos dispositivos de forma integral e
imediata, conforme disciplina o art. 2º da MP 808/2017.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
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Conforme exposto pela referida decisão, não existem elementos suficientes para,
em sede de cognição sumária, reconhecer a existência de doença ocupacional.
A tutela antecipada diz respeito aos efeitos do mérito, cujo objetivo é conceder,
de forma antecipada, o próprio provimento jurisdicional pleiteado ou seus efeitos. Em
razão disso, a lei exige que o reclamante apresente prova inequívoca de suas alegações,
o que não ocorreu.
Portanto, evidente que o reclamante não faz jus a tutela pretendida, não cabendo
a reintegração aos quadros dos funcionários do reclamado.
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podendo ser afastado destas condicionantes o abuso de direito de defesa em manifesto
propósito protelatório.
No caso em questão, verifica-se que não há, neste momento, fundado receio
de dano irreparável ou de difícil reparação a autorizar a tutela de urgência
pleiteada.
O autor não faz jus a tutela deferida, devendo, no mérito, ser declarada
improcedente.
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Improcede o pedido de pagamento de multa diária por descumprimento da
obrigação de fazer pleiteada.
Por todo o exposto, requer seja mantida a decisão que NÃO concedeu a tutela
antecipada.
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Destaca-se que o reclamante foi dispensado MUITO APÓS o período acima
citado, tendo a sua dispensa ocorrida em 08/2022, OU SEJA, mais de 2 ANOS
APÓS O FIM DO MOVIMENTO.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo
único do art. 87 da Constituição, e tendo em vista o disposto no Decreto nº 7.616, de 17 de novembro de 2011,
resolve:
Art. 1º Fica declarado o encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em
decorrência da Infecção Humana pelo novo Coronavírus (2019-nCov), de que tratava a Portaria GM/MS nº 188,
de 3 de fevereiro de 2020.
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Art. 2º O Ministério da Saúde orientará os Estados, o Distrito Federal e os Municípios sobre a continuidade das
ações que compõem o Plano de Contingência Nacional para Infecção Humana pelo novo Coronavírus, com
base na constante avaliação técnica dos possíveis riscos à saúde pública brasileira e das necessárias ações para
seu enfrentamento.
Parágrafo único. As orientações serão dadas precipuamente pelas Secretarias finalísticas da Pasta, em especial
a Secretaria de Vigilância em Saúde, a Secretaria de Atenção Primária à Saúde e a Secretaria de Atenção
Especializada à Saúde.
Art. 3º Fica revogada a Portaria GM/MS nº 188, de 3 de fevereiro de 2020, publicada no Diário Oficial da União
nº 24-A, de 4 de fevereiro de 2020, Seção 1, página 1.
Art. 4º Esta Portaria entrará em vigor 30 (trinta) dias após a data de sua publicação.
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Desta forma, as decisões proferidas na justiça do trabalho deferindo a
reintegração do funcionário com base no compromisso “não-demita” alegando
existência de estabilidade ao emprego até o fim da pandemia perdeu seu efeito, já que
ocorreu o encerramento da emergência pública e a revogação de todas as medidas de
emergência sanitária.
Impugna ainda a alegação de Recomendação 205 da OIT, uma vez que em nada
agrega a presente demanda.
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a não ser mais obrigatório na cidade do Rio de Janeiro, desde 8 de março de 2022.
Veja-se:
(https://www.google.com/search?q=Uso+de+m%C3%A1scaras+deixa+de+ser+obrig
at%C3%B3rio+no+Rio+de+Janeiro&rlz=1C1GCEU_pt-
BRBR992BR992&source=lnms&tbm=nws&sa=X&ved=2ahUKEwiwpbHeqtD2Ah
W-qZUCHV-KCFAQ_AUoAXoECAEQAw&biw=1920&bih=969&dpr=1
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(https://prefeitura.rio/saude/comite-de-enfrentamento-a-covid-19-decide-sobre-
liberacao-do-uso-de-mascaras-no-
rio/#:~:text=O%20Comit%C3%AA%20Especial%20de%20Enfrentamento,do%20Di
%C3%A1rio%20Oficial%20do%20Munic%C3%ADpio.)
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(https://www.saude.rj.gov.br/noticias/2022/03/governo-do-estado-publica-decreto-
sobre-uso-de-mascara)
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Como já dito, o que ocorreu foi a adesão espontânea do Reclamado ao
“Movimento #NãoDemita”, lançado em 03/04/2020, a exemplo de mais de 4.000
(quatro mil) outras empresas, com a finalidade de não demitir empregados durante
60 (sessenta) dias, mais precisamente nos meses de abril e maio de 2020.
Incontestável que foi um período marcado pela rápida disseminação do vírus, cuja
propagação e desenvolvimento da doença eram ainda desconhecidos pela comunidade
médica e científica, o que acarretou a adoção pelas autoridades públicas de medidas
objetivando o isolamento social e a suspensão das atividades econômicas de forma
presencial, inclusive o fechamento de escolas e unidades esportivas.
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Não se verifica qualquer compromisso formal no sentido de não realizar a
dispensa de empregados durante todo o período em que perdurasse a pandemia
da Covid- 19.
Ademais, frise-se que não há nenhum caráter oficial na referida notícia, bem
como nenhum instrumento legal ou normativo regulando-a! Deve ser destacado, ainda,
que meses após o término da referida adesão o cenário tinha mudado completamente1.
1
Disponível em https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/10/02/com-previsao-de-chegar-aos-42oc-rio-deve-
ter-o-dia-mais-quente-do-ano.ghtml Acesso realizado no dia 29/10/2020.
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Ademais, cabe salientar que a adesão do Reclamado ao movimento
#NãoDemita, em momento algum afastou o direito protestativo quanto à
rescisão de contratos de trabalho com seus empregados, não se equiparando a
nenhuma norma coletiva ou dispositivo legal no que tange ao caráter
cogente, assim como não havia qualquer penalidade ou sanção em caso de
dispensa de empregados.
Cabe ressaltar que o site mencionado é público e de livre acesso. Nesta toada,
verifica-se que a informação acerca do período de duração do referido movimento
(abril e maio) também se trata de informação de conhecimento público e notório,
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pelo que não há necessidade de prova neste sentido, consoante exposto no art. 374,
I do CPC.
Ademais, vale frisar que não houve, nem há, qualquer acordo ou convenção
coletiva firmado entre a Reclamada e o Sindicato da categoria, que garanta o direito
dos colaboradores de não serem demitidos até quando perdurar a pandemia.
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que-fazemos-parte-deum-grande-ecossistema-diz-empresario-por-tras-do-
nao-demita.ghtml, conteúdo acessado em 22.06.2021).
Dou provimento.
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(PROCESSO: 0100893-39.2020.5.01.0068 – DATA DO JULGAMENTO
01/09/2021 – Relator: RILDO ALBUQUERQUE MOUSINHO DE BRITO –
3ª TURMA)” (G.N.)
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Releva notar que não foi apontado nenhum fato concreto de discriminação
no ambiente de trabalho, inferindo-se que houve tão somente a avaliação
da empresa quanto à necessidade de corte de empregados, o que é razoável
e inerente a lógica de mercado.
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observando-se que o autor foi dispensado sem justa causa após
ultrapassado tal período, no dia 20/10 /2020 (TRCT - ID. b9e0f06 ).
Nego provimento.
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Ademais, tal adesão não criou qualquer garantia de emprego aos
empregados do banco. Tratou-se, em verdade, de uma intenção de várias
empresas sem, contudo, possuir conteúdo normativo. O compromisso de
não-demissão teve caráter meramente social.
(...) Assim, tenho por válida a dispensa da reclamante, tendo em vista que
ela não se encontrava amparada por qualquer garantia no emprego quando
dispensada sem justo motivo pelo reclamado.
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“Poder empregatício é o conjunto de prerrogativas asseguradas pela
ordem jurídica e tendencialmente concentradas na figura do empregador,
para exercício no contexto da relação de emprego. Pode ser conceituado,
ainda, como o conjunto de prerrogativas com respeito à direção,
regulamentação, fiscalização e disciplinamento da economia interna à
empresa e correspondentes prestação de serviços.”2
Destaca-se, ainda, que o art. 477-A da CLT dispõe que não há necessidade de
qualquer autorização para promover a rescisão do contrato de trabalho sem justa causa,
desde que o empregador cumpra as obrigações contidas no art. 477 da CLT.
2
DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho, 11 Ed. São Paulo: LTr, 2012, p.658.
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deveras já ultrapassado, e muito, os meses de abril e maio de 2020 (movimento
#NãoDemita), cabendo, tão somente, a conversão desse pretenso pleito em indenização
equivalente a dois meses de salário – o que não se espera.
Por todo o exposto, o Reclamado requer que seja indeferida a liminar requerida
pela reclamante, tendo em vista que ele não possui nenhuma estabilidade prevista em
lei, com a consequente improcedência total da ação.
(d) que este d. Juízo indique qual seria a fonte a ser observada para
o fim de declarar o término do estado de calamidade.
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DA DECISÃO PROFERIDA PELO I. MINISTRO CORREGEDOR ALOYSIO
SILVA CORRÊA DA VEIGA DO C. TST
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por consubstanciar a hipótese prevista no parágrafo único do art.
13 do RICGJT, de modo a justificar a intervenção excepcional
desta Corregedoria-Geral, em face da existência de situação
extrema ou excepcional e o perigo de lesão de difícil reparação.
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Destaca-se que o reclamante não trouxe aos autos prova de suas alegações,
não há atestado médico ou histórico de afastamento durante o contrato de
trabalho, não há comprovante de deferimento de benefício durante o contrato de
trabalho, isso porque o reclamante NUNCA se afastou por mais de 15 dias de suas
atividades.
Assim, o reclamante não realizou prova nos autos de suas alegações, cabendo ao
mesmo o ônus da prova, bem como não logrou êxito em demonstrar a existência de
elementos suficientes que permitiriam a concessão da antecipação dos efeitos da tutela.
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Resta clara a ausência de nexo de causalidade no presente caso, pois não existem
fatos seguros a fim de que seja estabelecida qualquer relação de causalidade entre a
doença que a autora alega estar acometida - e que ainda deve ser comprovada por
exames atuais realizados por médico especialista - e as atividades desempenhadas junto
ao Reclamado.
Assim, o Reclamado impugna o novo documento juntado pela autora, uma vez
que não se prestam como meio de prova da suposta ilegalidade da dispensa, tampouco
eventual estabilidade da Reclamante.
Assim, o reclamante não realizou prova nos autos de suas alegações, cabendo
ao mesmo o ônus da prova.
Ademais, não existe parecer de médico algum que tenha ido ao local de
trabalho do Reclamante para constatar as alegações do mesmo, de que estava
acometido de suposta doença oriunda do labor junto ao Banco, pois inexistente.
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da saúde e medicina do trabalho, sempre respeitando as condições de saúde do
reclamante.
Restam impugnados os exames e laudos constantes nos autos, uma vez que
os mesmos não demonstram qualquer doença relacionada a seu labor junto ao
reclamado, bem como foram expedidos unilateralmente, sem qualquer prova de que
tenham sido originadas da atividade ocupacional.
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Improcede, ainda, o pedido do reclamante de complementação do benefício
previdenciário. Conforme já exposto, o reclamante, durante o contrato de trabalho
nunca lhe foi concedido benefício previdenciário, razão pela qual o pedido também
deve ser julgado improcedente.
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de trabalho dos funcionários e colaboradores, assegurando os resultados e a
sustentabilidade dos negócios da Organização Bradesco, bem com o cumprimento de
exigências legais sobre Saúde e Segurança Ocupacional, conforme Normativo 4.420.
Alega o reclamante em sua inicial que foi acometida por “...LER/DORT ...” e
elenca várias outras mazelas, o que restam todas impugnados pelo reclamado.
Apenas para fins de argumento, vale lembrar que quando do surgimento dos
primeiros casos de LER/DORT esta foi considerada uma doença incurável; em
decorrência era declarada a incapacidade laborativa.
Assim, não se tem como falar em perda total, parcial ou permanente da sua
capacidade laborativa ou que a sua disfunção seja definitiva e do seu nexo causal com
o trabalho e nem que não poderá se recuperar.
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Observe-se, ainda, que toda e qualquer patologia deve-se a vários fatores, como
predisponentes individuais, psicológicos, biotipológicos, traumáticos, metabólicos,
reumáticos, má formação congênita, também hobbies e estilo de vida são fatores
determinantes.
Portanto, não pode o reclamado ser penalizado por um fato que pode ter
ocorrido por outros motivos, já que cumpriu todas as determinações legais relativas à
ergonomia e condições ambientais necessárias ao bem-estar de seus funcionários,
conforme já exposto.
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O Reclamante requer a declaração de nulidade da dispensa ocorrida em
02.08.2022, bem como o restabelecimento de seu contrato de trabalho, com a
consequente reintegração ao emprego, restabelecimento do plano de saúde, pagamento
dos salários do período de afastamento, auxílio refeição, auxílio cesta alimentação e
PLR até a efetiva reintegração, incluindo FGTS, férias e 13º salários; o cancelamento
da baixa na CTPS.
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Assim, não há que se falar em pagamento de todas as verbas inerentes ao contrato
de trabalho, enquanto não há prestação de serviços.
Por fim, reitera-se que os pedidos do tópico em questão da exordial devem ser
julgados improcedentes, bem como, seus reflexos, uma vez que, contrários à legislação
e as normas convencionadas, denotando se tratar de uma aventura jurídica do
reclamante.
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O Reclamado vem esclarecer que as verbas pagas a título de auxílio refeição,
auxílio alimentação, auxílio cesta alimentação, não caracterizam aumento salarial, pois
são parcelas devidas por força de instrumento normativo, sem natureza salarial,
conforme cláusulas 14ª (Décima Quarta), § 6º e 15ª (Décima Quinta) das Convenções
Coletivas dos bancários, abaixo transcritas, inclusive trazidas aos autos pelo próprio
reclamante, vejamos:
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Ad cautelam, caso assim não seja entendido, o que não acredita o reclamado, em
respeito ao princípio da eventualidade, requer-se que eventual valor devido seja
calculado mês a mês, de acordo com as cláusulas dispostas nas CCT dos bancários e,
ainda, o auxílio refeição seja deferido unicamente nos primeiros 15 (quinze) dias do
afastamento e auxílio cesta alimentação, nos primeiros 180 (cento e oitenta) dias do
afastamento, conforme os precisos termos da 14ª e 15ª cláusulas, parágrafos segundo e
terceiro, da CCT .
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Data venia, não cabe à parte exigir uma prestação jurisdicional quando não
aponta os parâmetros para tal.
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Além disso alega que o banco teria optado por demitir empregado doente e na
pandemia do COVID.
O Reclamado, de plano, impugna todas essas alegações, por não condizem com
a verdade dos fatos.
Inclusive, não tem o Reclamante como comprovar a sua alegação e uma vez
que a dispensa é totalmente válida, não há que se falar em dever de indenizar, conforme
comprovado na presente peça de bloqueio.
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Ademais, não existe parecer de médico algum que tenha ido ao local de
trabalho do Reclamante para corroborar suas alegações, de que sua suposta
doença seria oriunda do labor junto ao Banco, não há que se falar em doença
ocupacional nem tampouco redução da capacidade laborativa, ônus que cabe à
reclamante.
Não há prova nos autos de qualquer dano moral da parte autora em decorrência
da suposta “doença ocupacional” – art. 884 CC c/c art. 8º parágrafo único da CLT.
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sofrido, como dizem o artigo 818 da Consolidação das Leis do Trabalho e o artigo
373, I do CPC.
Ressalta-se que o dano moral reclama prova inconteste, firme, segura, à altura
da gravidade jurídica que consiste na sua invocação como fato ilícito cometido por
outrem.
Nada obstante, para que haja condenação por dano moral necessário estarem
presentes os seguintes requisitos:
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a) Existência de ato praticado pelo empregador (ou seu
agente);
b) a comprovação de materialidade do ato;
c) reflexos lesivos na esfera trabalhista e profissional com
prejuízo manifesto por parte do empregado;
d) nexo de causalidade entre o ato e o prejuízo sofrido pelo
obreiro.
Data venia, no caso sub judice estão ausentes as três condições para
caracterização do dano moral, primeiro, porque em momento algum houve a ação
lesiva da reclamada, segundo, porque da própria narrativa da peça inicial não se
relaciona com a realidade dos fatos, terceiro, porque a ré ou seus prepostos em nenhum
momento praticaram quaisquer atos que importem na lesão à honra ou imagem do
reclamante.
Ora, a Constituição Federal estabelece, em seu art. 7º, inciso XXVIII, que
constitui direito dos trabalhadores o “seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do
empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em
dolo ou culpa”.
A responsabilidade civil inscrita nos arts. 186 e 927 do Código Civil pressupõe
a existência de quatro requisitos, sendo que a ausência de qualquer um deles afasta o
dever de indenizar. Com efeito, para que haja obrigação de indenizar, o lesado deve
comprovar a ação ou omissão do agente, culpa ou dolo deste, o dano sofrido e o nexo
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causal entre o primeiro e o terceiro elemento. Esta, pois, a teoria da responsabilidade
subjetiva, regra geral de aplicação no ordenamento jurídico pátrio.
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Na responsabilidade subjetiva só caberá a indenização
se estiverem presentes o dano (acidente ou doença), o
nexo de causalidade do evento com o trabalho e a culpa
do empregador. Esses pressupostos estão indicados no
art. 186 do Código Civil e a indenização
correspondente no art. 927 do mesmo diploma legal,
com apoio maior no art. 7º, XXVIII, da Constituição da
República. Se não restar comprovada a presença
simultânea dos pressupostos mencionados, não vinga a
pretensão indenizatória.
Pois bem.
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Não há na divergência na doutrina e jurisprudência quanto a assertiva de que
inexiste responsabilidade sem dano. Além do dano, pressuposto lógico do dever de
indenizar, outro elemento indispensável da responsabilidade civil é o nexo de
causalidade entre o evento danoso e o ato do agente causador do dano, eis que a
responsabilidade civil não subsiste sem a demonstração da relação de causalidade entre
o dano e a ação que o provocou.
Como é sabido, todo aquele que, por culpa ou dolo, violar direito à honra e à
imagem de outrem fica obrigado a reparar-lhe o prejuízo, porquanto a honra, a imagem
e intimidade de qualquer pessoa são invioláveis.
Sem prejuízo de todo o exposto, mas caso este MM. Juízo entenda
caracterizado o dano moral (admitido por exercício amplo de defesa e contraditório),
tece a Reclamada algumas considerações quanto o valor a ser fixado.
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Incabível o pedido inicial em apreço, primeiramente por não existir razão
jurídica para lhe ser deferido e segundo por que estaria condenando o reclamado ao
pagamento de valor cujo pedido é desmerecido, sob pena de enriquecimento sem causa
- art. 884 do CC c/c art. 8º, parágrafo único, da CLT, bem como, de infringência ao
disposto no art. 5º, II, da CF.
No caso dos autos, não houve, por parte do reclamado, ofensa à capacidade
laborativa do reclamante, alegações que se impugnam veementemente. Não pode ser
imputado ao reclamado ônus de um fato para o qual não deu causa!
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SÍLVIO RODRIGUES em Direito Civil, Editora Saraiva, 12a. Edição, 1989,
vol. IV, pág. 14, aponta dentre outros, os pressupostos da responsabilidade civil abaixo
elencados:
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Sem prejuízo de todo o exposto, mas caso este MM. Juízo entenda
caracterizado o dano moral (admitido por exercício amplo de defesa e contraditório),
tece a Reclamada algumas considerações quanto o valor a ser fixado.
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Nessa esteira, conforme preceitua os artigos 818 da CLT e 373, I do CPC, deve
o reclamante provar os fatos que imputa à reclamada, de modo cabal e veemente, por
tratar-se de fato constitutivo de seu direito, sob pena de não ver deferida sua pretensão.
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indenização por danos morais/danos extrapatrimoniais, conforme pode ser verificado
no artigo 223-G da CLT, “in verbis”:
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II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual
do ofendido; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual
do ofendido; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário
contratual do ofendido. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)”
Sendo assim, por todos os ângulos que se analise a questão, a melhor decisão,
será a IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO, eis que não configurado qualquer Dano
Moral.
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E, se a correção somente pode ser aplicada após a fixação do valor pelo Juiz,
da mesma forma, por consequência lógica, os juros também deverão seguir o mesmo
procedimento, sobretudo porque não há mora – inteligência da Súmula 439 do TST.
Ou seja, o reajuste em indenizações por dano moral deve ser da data em que o
valor foi definido na sentença e não na data em que a ação foi proposta.
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requer a limitação da condenação até do ajuizamento da ação 31/08/2022 não
havendo, portanto, que se falar em condenação em caráter vincendo.
DA COMPENSAÇÃO
Caso este MM. Juízo entenda ser incabível o instituto da compensação por não
vislumbrar, in casu, ser o reclamado credor de alguma verba em relação o reclamante,
na forma do artigo 368 do Código Civil, requer o Reclamado seja autorizada a dedução
dos haveres pagos a idênticos títulos, sob pena de restar caracterizado o locupletamento
sem causa do reclamante.
DA MULTA NORMATIVA
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Não se vislumbra razão para a aplicação desta penalidade uma vez que não foi
descumprida qualquer cláusula coletiva, como foi sobejamente demonstrado na
presente peça de bloqueio.
Por fim, acaso ocorra condenação neste sentido, o que é suscitado apenas para
fins de argumento, deverá ser observado o limite imposto pelo art. 920, do Código Civil
Brasileiro, e 412, do Novo Código Civil, não cabendo reflexos dessa verba nas demais,
vez que ela possui caráter indenizatório.
DA JUNTADA DE DOCUMENTOS
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Não obstante, vale lembrar: o simples requerimento, em petição inicial, de
juntada de documentos sob as penas do artigo 400 do Código de Processo Civil não
obriga a parte reclamada: o mencionado dispositivo está inserido na Seção IV,
denominada ‘Da exibição de documento ou coisa’, cuja primeira norma expressamente
determina que deverá ser o magistrado (e não a parte) quem ordene a exibição do
documento.
DO CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA –
INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 43 DA LEI Nº 8.212/91
Além disso, a previsão instituída pela Lei n. 11.941/09, viola o devido processo
legal (CF, art. 5º, LIV) em seu sentido substancial (substantial due process), que impõe
ao Estado, no processo de elaboração das leis, a observância do necessário coeficiente
de razoabilidade.
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provisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redação tenha sido
alterada por meio de Emenda promulgada entre 1º de janeiro de 1995, até 11 de
setembro de 2001. Ora, o art. 195, I, alínea a da CF foi alterado pela EC n. 20, de 15
de dezembro de 1998.
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A RESPEITO DA TAXA SELIC, EM SUBSTITUIÇÃO À INCIDÊNCIA
AUTÔNOMA DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS.
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(independentemente de estarem com ou sem sentença, inclusive na fase recursal) devem ter
aplicação, de forma retroativa, da taxa Selic (juros e correção monetária), sob pena de
alegação futura de inexigibilidade de título judicial fundado em interpretação contrária ao
posicionamento do STF – que justifica a vinda do reclamado aos autos para requerer seja
aplicada a taxa SELIC desde a sua citação, sem incidência autônoma de um índice de
correção monetária e de juros mensais desde o ajuizamento da ação, com incidência do IPCA-
E na fase pré-judicial. O marco temporal da aplicação da SELIC está muito claro na parte
dispositiva do voto vencedor do Min. Gilmar Mendes:
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aos efeitos pretéritos, determinarmos a aplicação da taxa
Selic, em substituição à TR e aos juros legais, para calibrar,
de forma adequada, razoável e proporcional, a consequência deste
julgamento.” (cfr. trecho do voto vencedor, inteiro teor ora
exibido – negrito e sublinhado originais, mas com realce amarelo
inserido)
Como se trata de tese obrigatória fixada pelo Pleno do E. STF em julgamento de ação
de controle concentrado de constitucionalidade, o efeito vinculante da decisão “deve ser
observado desde a sessão em que proferida”, sem necessidade de aguardar-se a publicação
do acórdão nem o seu trânsito em julgado – na linha da jurisprudência fixada pelo E. STF:
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Assim, para que não haja prejuízo para defesa desta Reclamada, requer desde
logo prazo para apresentação de documentação complementar, por ser medida de
direito.
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Art. 14. A norma processual não retroagirá e será
aplicável imediatamente aos processos em curso,
respeitados os atos processuais praticados e as situações
jurídicas consolidadas sob a vigência da norma
revogada.
(Grifou-se)
Por outro lado, caso Vossa Excelência não coadune de tal entendimento, é de
ser relevado o art. 5º, inciso LXXIV, da CF ao dispor que "o Estado prestará assistência
jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos".
“Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição nos
termos desta lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais” (grifos
nossos).
Ora, incabível a concessão desse benefício a quem deixa de fazer essa prova.
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à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho. Parágrafo
único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo
aquele cuja situação econômica não lhe permita pagar as
custas do processo e os honorários de advogado, sem
prejuízo do sustento próprio ou da família”.
Ora, o Judiciário não pode ser omisso ao tema, inclusive sob pena de prejudicar
quem realmente necessita do benefício.
Assim, não é crível que o reclamante não tenha condições de demandar sem
prejuízo do seu sustento e de sua família.
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referidos tributos em ações trabalhistas, respeitadas ainda a quota parte
empregado/empregador, restando impugnada a pretensão do Reclamante de que o
Reclamado responda integralmente pela cota previdenciária.
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• Não incluir FGTS em eventuais férias indenizadas – orientação
Jurisprudencial nº 195, da SDI-1, do C. TST;
• Aplicação de juros e correção monetária – artigo 39 da Lei 8.177/91 e
Súmula nº 381 do C. TST;
• Exclusão dos dias não trabalhados, tais como férias, faltas, licenças
médicas e demais ausências;
• Seja declarada no título exequendo a efetivação dos descontos relativos às
contribuições ao INSS – artigos 43 e 44 da Lei 8.212/91, com redação dada pela
Lei 8.620/92 e Súmula 368 do C. TST;
• Observação do art. 46 da Lei 8.541/92;
• Dedução das Contribuições Previdenciárias e retenção de Imposto de
Renda;
• Exclusão das parcelas porventura prescritas art. 7º, inciso XXIX da CRFB
e aplicação do art. 240 do CPC que autoriza o reconhecimento da prescrição de
ofício pelo juiz;
• Observância da legislação vigente a cada época no que diz respeito a juros
e correção monetária, impedindo a retroatividade da lei para alcançar direito
constituído sobre a égide de legislação anterior;
• Observância da Súmula nº 368 do C. TST;
• Em caso de procedência em parte, apenas argumentando, requer sejam as
custas pagas de forma proporcional (Reclamante e Reclamado), tendo em vista o
disposto no art. 86 do CPC;
• Observância para que a execução corra nos moldes do art. 880 da CLT,
vez que o devedor privado deve ser citado para, se quiser, antes de qualquer
procedimento de constrição, garantir o juízo ou garantir a execução, para discuti-la
posteriormente, sendo inaplicável, portanto, o disposto no art. 523, § 1º do CPC,
vez que impede que a regra explicitada no art. 880 da CLT seja cumprida, sob pena
de restar violado o disposto no art. 5º, inciso II da CRFB;
• Em caso de absurda condenação, que seja fixado, desde já, os parâmetros
da execução, com a observância do disposto na Orientação Jurisprudencial nº 400
da SDI-I do C. TST.
O Reclamado protesta, desde logo, pela produção de todas as provas em direito
admitidas, notadamente a documental, pericial, testemunhal e o depoimento pessoal do
reclamante, sob pena de confissão, a teor da súmula nº 74 do C. TST.
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Fls.: 72
GCPJ 2200737760
ROL DE DOCUMENTOS
Nestes termos,
Pede deferimento.
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https://pje.trt1.jus.br/pjekz/validacao/23051817092054600000175703051?instancia=1
Número do processo: 0100755-37.2022.5.01.0057
Número do documento: 23051817092054600000175703051