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UESB
VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
NOVEMBRO DE 2009
VIVEIROS FLORESTAIS E PRODUÇÃO DE MUDAS VIA SEXUADA
1. Introdução:
4.2.1 Viveiros em Raiz Nua: Corresponde a produção das mudas sem qualquer
detritos de substrato aderidos às raízes. Portanto, são plantadas no campo sem
o substrato o qual permanece no viveiro.
4.2.2 Viveiros em Recipientes: Corresponde as mudas produzidas em
recipientes. Portanto, são plantadas no campo com o sistema radicial protegido
pelo substrato.
7.1 Quebra-vento
Corresponde a cortinas que tem por finalidade a proteção das mudas contra a
ação prejudicial dos ventos.
63 cm 43
,5
cm
16,5 cm
9.5 Semeadura
A semeadura pode ser efetuada direto nos recipientes ou em sementeiras
para posterior repicagem. Na primeira situação e sob o aspecto técnico, o sistema
radicial apresenta um melhor desenvolvimento quando comparado a segunda
situação. Ressalta-se que alguns aspectos devem levados em consideração neste
item, tais como: a) qualidade das sementes; b) quebra de dormência de sementes;
c) época de semeadura; d) quantidade de sementes; e) profundidade de semeadura;
f) cobertura do leito de semeadura; e g) sombreamento.
Diâmetro de colo
Muitas pesquisas até agora desenvolvidas por vários pesquisadores, têm
comprovado existir forte correlação entre o diâmetro de colo e a percentagem de
sobrevivência das mudas no campo após o plantio
Relação H/D
Conhecida como relação H/D, corresponde o equilíbrio de desenvolvimento
das mudas no viveiro, uma vez que conjuga dois parâmetros em apenas um só
índice, resultando num valor absoluto sem exprimir qualquer tipo de unidade.
Peso das mudas
Ao se reportar sobre o peso das mudas, como parâmetro de qualidade,
deve-se considerar: a) determinação do peso da parte aérea; b) determinação do
peso das raízes; c) determinação do peso total e d) determinação da percentagem
de raízes. A forma de determinar o peso de matéria seca é feita em estufa a 105ºC,
cujo material (parte aérea e/ou radicial), embalado em sacos de papel, permanece
neste ambiente até alcançar um peso constante, o qual normalmente ocorre antes
de um período de 24 horas, exceto para as raízes as quais, por apresentarem menor
volume, atinge peso seco mais rapidamente.
Sacos plásticos
Ainda são bastantes utilizados para a produção de mudas de várias espécies
florestais. Estes devem ser providos de alguns furos na sua parte inferior visando o
escoamento do excesso de umidade. O material que o constitui caracteriza-se pela
difícil decomposição, motivo pelo qual necessita-se de ser retirados antes de se
efetuar o plantio.
Apesar do largo uso, algumas desvantagens são apontadas por vários
pesquisadores: a) economicamente, constitui da impossibilidade de mecanização
das atividades de produção das mudas; b) plantio manual, havendo a necessidade
de retirada, pelo menos parcialmente, dos respectivos recipientes antes do plantio;
c) tecnicamente, pode favorecer a ocorrência de deformações radiciais, prejudicando
o desempenho das plantas no campo; d) quando o plantio das mudas for efetuado
antes das mesmas completarem o período de rotação da espécie no viveiro e
ainda, em condições de pouca pluviosidade, haverá comprometimento da
sobrevivência e desenvolvimento inicial no campo.
Tubetes
Os tubos de plásticos rígidos, também denominados de tubetes, vem a
alguns anos substituindo, gradativamente os sacos plásticos. Trata-se de um
modelo cônico, contendo quatro ou mais frisos internos longitudinais e
eqüidistantes, os quais orienta o desenvolvimento das raízes laterais para a parte
inferior, mais precisamente em direção ao orifício localizado no fundo do recipiente,
cuja função é o escoamento do excesso de umidade e também, possibilitar a saída
das raízes as quais, vem a ser podadas pelo ar. Ainda existem os tubetes de seção
quadrada, cujas arestas internas oriundas do encontro das paredes, também
direcionam as raízes para baixo e evita o seu crescimento em forma espiral.
Alguns pesquisadores citam algumas vantagens do método: a) Diminui a
necessidade de mão de obra em 50%, tanto no viveiro como no plantio, devido a
mecanização e a facilidade operacional do processo; b) Diminui a necessidade de
equipamentos; c) Melhores condições de trabalho, dada a sua ergonomia.
Outros pesquisadores apontam algumas desvantagens desse método, como
exemplo, os efeitos prejudiciais das chuvas para as mudas, pois o impacto das
gotas sobre o substrato, quando este é vermiculita, causa em conseqüência, o
desenraizamento da parte superior das mudas, por outro lado a ação das chuvas ou
intensa irrigação, provoca a lixiviação dos nutrientes, diminuindo a eficiência da
fertilização. Os pequenos volumes de substrato nestes recipientes, necessitam de
constantes adubações em cobertura, visando compensar o processo de lixiviação
dos elementos nutritivos e o desperdício da adubação líquida que se perdem por
entre os espaços vazios existentes entre os tubetes, além de freqüentes regas para
compensar a água que se perde no processo de percolação, principalmente quando
se trabalha com espécies do gênero Pinus.
Sistema VAPO
Trata-se de um novo sistema de produção de mudas, muito usado nos países
escandinavos, principalmente na Finlândia onde foi desenvolvido. Baseia-se no uso
de blocos prensados de turfa seca, apresentando 2 cm de espessura, altamente
higroscópicos, expandindo para 7 cm, quando submetidos às regas normais,
podendo no entanto, ser modificada na indústria, conforme às necessidades de
outras espécies. Cada bloco contém 96 orifícios de poucos milímetros de
profundidade, nos quais são colocadas as sementes, possibilitando assim a
produção de 96 mudas, espaçadas de 5 cm. No ato da fabricação são devidamente
fertilizados. Os blocos prensados são postos em caixas de material plástico rígido
com dimensões de 60 x 40 cm (ou conforme as exigências da espécie), com alturas
iguais à espessura do material após sua expansão e providos lateralmente de
frestas, sendo os fundos telados, visando promover a poda natural das raízes
pivotantes. Estes blocos prensados, tão logo as mudas alcancem o desenvolvimento
ideal para o plantio, são serrados em sentidos transversal e longitudinal, por meio
de uma máquina específica, composta por duas partes em forma de L, providas de
serras circulares paralelas, que passam pelas frestas das caixas nas duas
direções, podando-se assim, as raízes laterais e individualizando as mudas em
torrões. Cada torrão comporta uma muda e desprende-se do bloco, puxando a
própria muda no sentido vertical. A produtividade de poda desta máquina, segundo
estes autores, é de 1.500 a 2.000 caixas por turno de oito horas, usando três
operadores, apresentando cerca de 1% de danos nas mudas resultantes desta
operação, quando bem conduzidas.