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Indaial – 2019
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2019
Elaboração:
Prof.ª Taren Beatriz Ferreira Leite de Oliveira
OL48t
ISBN 978-85-515-0390-4
CDD 613.2
Impresso por:
Apresentação
Olá acadêmico, seja bem-vindo à disciplina de Técnica e Dietética!
Este Livro Didático tem como propósito auxiliar você no processo de
aprendizagem da ciência da Nutrição, que envolve diferentes conceitos e
dinamismo e servirá como guia para você, futuro nutricionista, saber como
proceder em uma Unidade de Alimentação e Nutrição, em um atendimento
em consultório, clínica e/ou hospital, adquirindo os conhecimentos
necessários para a prescrição adequada de cardápios coletivos ou planos
alimentares individuais. O caderno de estudo está dividido em três unidades,
cada qual com objetivos, conteúdos, atividades de estudo, dicas, sugestões e
recomendações.
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA.............................................................. 1
VII
2.4 DENSIDADE DOS ALIMENTOS................................................................................................... 44
2.4.1 Densidade dos alimentos sólidos.......................................................................................... 45
2.4.2 Densidade dos alimentos aerados......................................................................................... 46
2.5 DENSIDADE NUTRICIONAL....................................................................................................... 47
2.6 DENSIDADE ENERGÉTICA.......................................................................................................... 47
3 FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO.............................................................................................. 47
3.1 MODELO FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO....................................................................... 48
3.2 DICAS IMPORTANTES PARA A ELABORAÇÃO DA FICHA TÉCNICA............................. 49
3.3 EXEMPLO DE FICHA TÉCNICA PRONTA................................................................................ 51
4 INFORMAÇÃO NUTRICIONAL DA PREPARAÇÃO.................................................................. 55
4.1 O QUE É HIPERTENSÃO?.............................................................................................................. 56
4.2 OBJETIVO DA PRESCRIÇÃO/JUSTIFICATIVA.......................................................................... 57
4.3 QUANTIDADE E QUALIDADE NUTRICIONAL...................................................................... 57
4.4 BIODISPONIBILIDADE DA PREPARAÇÃO.............................................................................. 58
5 LISTA DE COMPRAS........................................................................................................................... 58
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 61
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 63
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 64
TÓPICO 3 – HORTIFRÚTIS.................................................................................................................. 93
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 93
2 FRUTAS .................................................................................................................................................. 94
VIII
2.1 RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DAS FRUTAS........................................................... 95
2.2 PRÉ-PREPARO E PREPARO DAS FRUTAS................................................................................. 96
3 LEGUMES E VERDURAS ................................................................................................................... 98
3.1 RECEBIMENTO E ARMAZENAMENTO DAS VERDURAS E LEGUMES ......................... 100
3.2 PRÉ-PREPARO E PREPARO DAS VERDURAS E LEGUMES................................................. 100
RESUMO DO TÓPICO 3...................................................................................................................... 102
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 103
IX
TÓPICO 2 – DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS................................................. 153
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 153
2 CONDUTA NUTRICIONAL............................................................................................................. 154
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 159
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 160
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 199
X
UNIDADE 1
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada tópico, você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONCEITO E APLICAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
A forma como cozinhamos em casa no dia a dia é baseada nas nossas
experiências, cozinhamos como foi ensinado, conforme nossa cultura, crenças e
religião. No entanto, nutricionistas, em uma cozinha dietética, além de realizarem
as preparações pensando na cultura, crenças, religião do consumidor final,
cozinham também pensando na forma mais adequada fisicamente, quimicamente
e microbiologicamente, segundo as necessidades dos indivíduos ou coletividades
(ORNELAS, 2007; PHILIPPI, 2014).
2 CONCEITO
A técnica dietética é a sistematização do pré-preparo e preparo dos
alimentos que aumentam ou retardam a absorção dos nutrientes. A disciplina de
Técnica Dietética é baseada nas ciências exatas, e estuda os diferentes modos de
preparo aplicados aos alimentos e como estes se comportam durante o processo
em que são submetidos (ORNELAS, 2007).
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
E
IMPORTANT
Está relacionado às condições e aos agentes que podem causar as Doenças Transmitidas
por Alimentos (DTAs), ou seja, alimento seguro é aquele que não oferece perigo à saúde e
integridade do consumidor (ASSIS, 2014).
Tendo em vista que os alimentos são ricos em nutrientes, estes estão sujeitos
à deterioração e contaminação por micro-organismos. Assim, é fundamental a
aplicação das boas práticas de manipulação dos alimentos em todas as etapas da
produção, da escolha do fornecedor ao momento da entrega da preparação.
4
TÓPICO 1 | CONCEITO E APLICAÇÃO
uma ciência, é uma arte. O ato de comer nos remete a várias lembranças. Quando
vamos comer um bolo de chocolate, logo imaginamos, buscamos lá nas nossas
lembranças as características desse bolo, a sua consistência, aroma, sabor, textura,
e se comemos o bolo e ele não for igual ou melhor do que esperávamos, vamos
nos frustrar, certo? Pois bem, é isso que, como nutricionista e com essa ferramenta
chamada técnica dietética, devemos garantir. Ou seja, devemos garantir cor,
sabor, aroma e textura dos alimentos para que o nosso consumidor final fique
satisfeito.
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
TUROS
ESTUDOS FU
6
TÓPICO 1 | CONCEITO E APLICAÇÃO
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
FONTE: <http://www.asdeliciasdodudu.com.br/2012/02/acertando-na-escolha-da-panela.html>.
Acesso em: 27 jun. 2019.
8
TÓPICO 1 | CONCEITO E APLICAÇÃO
FONTE: <http://www.asdeliciasdodudu.com.br/2012/02/acertando-na-escolha-da-panela.html>.
Acesso em: 27 jun. 2019.
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
FONTE: <http://www.asdeliciasdodudu.com.br/2012/02/acertando-na-escolha-da-panela.html>.
Acesso em: 27 jun. 2019.
10
TÓPICO 1 | CONCEITO E APLICAÇÃO
E
IMPORTANT
• O objetivo sensorial, que busca apresentar uma preparação com cor, sabor,
aroma e textura.
13
( ) Utensílios com metais, como papel-alumínio, não devem ser colocados no
micro-ondas.
( ) O material ideal para ser colocado no micro-ondas é o vidro, pois no
material não há migração de substâncias tóxicas para os alimentos.
( ) Utensílios de madeira e palha podem ser utilizados para aquecimento
rápido, de no máximo um minuto.
14
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
A partir de agora, veremos como colocar em prática o que foi descrito até
aqui. Iniciaremos com as técnicas de pré-preparo e preparo. Vamos lá?
Diante do que foi exposto, antes de se iniciar uma receita, é necessário ler
com atenção todos os itens, com a finalidade de assegurar as condições de pré-
preparo e preparo e evitar a interrupção do trabalho, certificando-se que não irá
faltar nenhum ingrediente para o preparo da receita. O procedimento é conhecido
como mise en place. Assim, aplicar o procedimento é uma forma de organizar o
processo de confecção da receita (ORNELAS, 2007; PHILIPPI, 2014).
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
ATENCAO
FIQUE ATENTO!
E
IMPORTANT
16
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
17
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
18
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
Colher de café
Colher de chá
Colher de sobremesa
Escumadeira pequena
Colher de sopa
Escumadeira média
Colher de servir
Escumadeira grande
Concha pequena
Concha média
FONTE: <https://box3dietetica.wordpress.com/2014/04/02/1a-aula-pratica-pesos-e-medidas-
parte-1/>; <http://www.aquinacozinha.com/tabela-de-pesos-e-medidas/>. Acesso: 21 jun. 2019.
19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
20
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
21
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
E
IMPORTANT
22
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
E
IMPORTANT
24
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
25
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
26
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
30
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
ATENCAO
Ao realizar o lanche da tarde, Matheus precisaria ingerir uma unidade de banana nesta
refeição. Porém, ele possui em sua casa morangos que estão a estragar. Desta forma, ele
pode verificar em sua lista de equivalentes, quantos morangos são necessários para substituir
uma banana. Após verificar a lista, ele concluiu que para equivaler a banana ele deve ingerir
12 unidades pequenas de morango. Simples, não é?
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
E
IMPORTANT
4 MÉTODOS DE COCÇÃO
Após as preparações preliminares de pré-preparo, alguns alimentos já
estão prontos para serem consumidos. Porém, temos alimentos que necessitam ser
submetidos por diferentes processos para serem consumidos. Frequentemente,
utiliza-se a cocção para possibilitar o consumo dos alimentos.
32
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
E
IMPORTANT
Da mesma forma que existem os métodos secos que usam a gordura como
fonte de calor, há aqueles que não a utilizam. Estes consistem na aplicação apenas
de ar seco, podendo ser realizado por meio direto ou indireto. Como exemplo de
métodos de cocção por calor seco sem gordura, temos: assar no forno, assar no
espeto e grelhar.
Exemplo de
Cocção calor seco Operação
aplicabilidade
Alimentos submetidos a pouca
Saltear. gordura, bem quente, mantendo a Batata sauté.
frigideira em constante movimento.
Colocar os alimentos em pouca
Frigir. gordura quente sem movimentar a Ovo frito.
frigideira.
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
Os meios que podem ser utilizados, como os citados, são por líquido
quente que pode ser feito sob fervura em fogo lento, fervura em ebulição e banho-
maria; ou por cocção a vapor realizado sem pressão, sob pressão ou por cocção
em panelas elétricas.
34
TÓPICO 2 | TÉCNICAS DE PRÉ-PREPARO E PREPARO
E
IMPORTANT
Sempre você deve observar seu objetivo com a preparação que está sendo
elaborada. Foi citado, como exemplo, que para manter os nutrientes na cocção por calor
úmido, devemos colocar uma quantidade menor de água como técnica de preparação para
preservação dos nutrientes, ou, ainda, colocar os alimentos como legumes e verduras na
água já quente para diminuir o tempo do alimento na água e assim preservar nutrientes,
como as vitaminas hidrossolúveis.
Nestes dois exemplos iremos consumir o caldo certo? É nele que queremos que as vitaminas
hidrossolúveis estejam. Então, para esta finalidade utilizaremos a técnica de preparo de
cocção por calor úmido para manter os nutrientes aonde eles são necessários, ou seja, posso
colocar os legumes e verduras em água fria para cocção ou ainda acrescentar mais água e
tempo à cocção (ORNELAS, 2007; PHILIPPI, 2014).
E
IMPORTANT
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
Operação Exemplo de
Cocção calor misto
aplicabilidade
Alimento dourado em pequena
quantidade de gordura, acrescenta-
Brasear. Carne de panela.
se líquido, mantendo ponto de
fervura, até ficar macio.
Alimento frito em pouco gordura e
Refogar. termina de cozinhar no vapor, que Legumes.
se desprende na cocção.
Alimento refogado em gordura
quente, acrescenta-se líquido para
Ensopar. Ragu de carne.
cozinhar, até ficar macio e o molho
encorpado.
E
IMPORTANT
36
RESUMO DO TÓPICO 2
• Ao iniciar uma preparação deve-se realizar o mise en place, e para isso devemos
ler toda a receita, sem pular nenhuma etapa; checar todos os ingredientes,
equipamentos e utensílios necessários para a execução; observar os detalhes na
receita, como o tempo de pré-aquecimento do forno, o tempo de resfriamento;
separar os ingredientes já na quantidade certa em bowls individuais; organizar
os ingredientes na bancada conforme a ordem que serão utilizados e descasque,
pique, rale, esprema o que for necessário.
• Há métodos para divisão e união dos alimentos, estes sempre estarão descritos
nas receitas das preparações e os termos referentes aos métodos devem ser
seguidos para o sucesso da preparação.
37
AUTOATIVIDADE
1. Misturar.
2. Moer.
3. Pelar.
4. Centrifugar.
5. Bater.
6. Marinar.
38
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmicos, chegamos ao último tópico da Unidade 1. Até agora, nós
estudamos a definição e a aplicação da técnica e dietética, a importância das boas
práticas de higiene e manipulação dos alimentos, assim como das técnicas de
preparo. Aprendemos, também, sobre as características sensoriais dos alimentos,
tanto no momento do pré-preparo como no momento da distribuição.
2 INDICADORES CULINÁRIOS
Após serem estudados os métodos de pré-preparo e de preparo, iremos
abordar sobre os indicadores culinários e reconhecer sua importância para a
técnica dietética. Os indicadores a serem estudados são o peso bruto, o peso
líquido inicial, o peso líquido final e os fatores de rendimento que incluem o fator
de correção, o índice de conversão e o índice de reidratação. Além disso, ainda
será esclarecido sobre a densidade dos alimentos e a densidade energética.
39
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
40
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
• PB = 1050
• PLin= 576
Desta forma:
• FC = 1050
576
• FC = 1,8229
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
E
IMPORTANT
Exemplo: supondo que temos 500g de feijão, e após este ser submetido ao
remolho, obtemos o peso de 940g
• IR= 940
500
• IR= 1,880
42
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
E
IMPORTANT
O IC resultante pode ser >1 ou <1. Sendo que quando o IC é >1 significa que
o alimento ganhou peso (ex. massas, arroz, polenta), já quando o IC é <1 significa que o
alimento perdeu peso pela ação do calor (ex. carne assada).
o IC = 200
150
o IC = 1,333
o IC = 90
100
o IC = 0,9
Aqui podemos ter valores >1 ou <1, pois o alimento pode ganhar peso
(ex. massas, polentas) ou perder peso pela ação do calor (ex. carnes assadas).
Estes valores não serão utilizados para lista de compras como do FC, a
importância deste indicador é para a informação nutricional, ou seja, deve-se
observar atentamente que algumas tabelas apresentam valores para o alimento
cru e outras para o alimento já cozido. Sempre que o alimento for cozido, e tiver
na tabela, utiliza-se este.
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
44
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
E
IMPORTANT
Exemplo: em uma UAN que fornece 1000 refeições por dia, para se obter o
número de cubas necessárias para a distribuição de arroz à grega (densidade 0,64
kg/m3), com porção de 120g o que é necessário fazer?
o v = 120
0,64
o v = 187,51
45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
Ornelas (2007) ainda demonstra em seu livro que a densidade dos sólidos
é importante nos processos de separação e que as condições do processamento,
principalmente na ocorrência de desidratação e aglomeração, podem afetar a
formação de poros e, consequentemente, a densidade do produto.
Pode-se reparar que os sorvetes são vendidos mais por volume que por
peso.
46
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
Total
Modo de Preparo:
Legenda: PB – peso bruto; PLI – peso líquido inicial; PLF – Peso líquido final; FC – Fator
de cocção; IC – Índice de Correção; IR – Indicador de Reidratação; CB – Custo Bruto;
CP – Custo da preparação.
FONTE: A autora
Total
ANÁLISE NUTRICIONAL PER CAPTA DA PREPARAÇÃO
Nutrientes e Quantidade (g) Calorias (kcal)
%
Fibras Per capita Per capita
48
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Peso inicial da preparação:
Peso final da preparação:
Indicador de cocção da preparação:
Nível de dificuldade da preparação:
Aspectos sensoriais da preparação
Cor:
Sabor:
Consistência:
Odor:
Aceitação da preparação:
FONTE: A autora
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
50
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
Descrição da Preparação:
1 cebola
177 158 158 1,12 - - 2,650/Kg 0,469
média ralada
1 colher sopa
de manteiga 9 9 9 - - - 10,550/500g 0,189
derretida
3 colheres
sopa de 60 60 60 - - - 12,500/250g 3,000
biomassa
1 xícara chá
de castanha- 137 198 198 - - 1,445 9,990/100g 13,686
de-caju crua
2 xícaras
chá de água 480 480 480 - - - 2,650/1,5L 0,848
mineral
2 folhas de
1 1 1 - - - 2,970/4g 0,742
louro
Noz-
moscada a 1 1 1 5,490/8g 0,686
gosto
Sal a gosto 1 1 1 - - - 6,300/100g 0,613
Total 866 908 908 - - - - 20,233
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
Modo de Preparo:
1. Deixe as castanhas de molho por pelo menos 3 horas. Descarte a água e lave os grãos.
2. Bata os grãos com água mineral no liquidificador e reserve.
3. Aqueça a manteiga, doure a cebola e o louro.
4. “Derreta” a biomassa e despeje o leite de castanha aos poucos, incorporando a
biomassa. Cozinhe até ferver e encorpar.
5. Adicione mais água caso queira um molho mais fino.
6. Desligue o fogo e rale a noz-moscada.
Legenda: PB – peso bruto; PLin – peso líquido inicial; PLFin – Peso líquido final; FC
– Fator de cocção; IC – Índice de Correção; IR – Indicador de Reidratação; CB – Custo
Bruto; CP – Custo da Preparação.
FONTE: A autora
52
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Peso inicial da preparação: 908g
Peso final da preparação: 875g
Indicador de cocção da preparação: 0,963
Nível de dificuldade da preparação: Fácil? Médio? Difícil?
Aspectos sensoriais da preparação (Preencher com os termos muito bom, bom,
regular, ruim ou muito ruim).
Cor: regular.
Sabor: muito bom.
Consistência: ruim.
Odor: bom.
Aceitação da preparação: A preparação foi bem aceita por quase todos os comensais.
FONTE: A autora
• Fator de Correção:
FC = 1,120
• Indicador de Reidratação:
IR = 1,445
• Rendimento da porção:
53
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
• Custo da porção:
CHO = 5,149g
PTN: 24,532g (total PTN da preparação)
14 (número de porções)
PTN = 1,752g
LIP: 71,517g (total LIP da preparação)
14 (número de porções)
LIP = 5,108g
Fibra = 0,894g
Sódio (Na): 428,640mg (total Na da preparação)
14 (número de porções)
Na = 30,617mg
o Valor calórico total = 20,596 (Kcal CHO) + 7,008 (Kcal PTN) + 45,972 (Kcal
LIP) = 73,576 Kcal
54
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
IC = 0,963
E
IMPORTANT
55
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
Existem muitos fatores que podem causar hipertensão, tais como estilo
de vida os hábitos alimentares, sedentarismo, o estresse, a obesidade visceral, a
idade entre outros (MAHAN; RAYMOND, 2018).
56
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
57
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
Observação: esta análise deve ser realizada com cada nutriente relacionado
ao caso trabalhado.
DICAS
5 LISTA DE COMPRAS
Agora que já aprendemos como elaborar uma ficha técnica, iremos
aprender como aplicá-la para realizar um pedido de compras. Afinal, é para
isto que devemos mantê-la atualizada e padronizada, para facilitar o processo
de compras, entre outras vantagens que já vimos anteriormente. Mas por onde
começar?
58
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
• 177g de cebola.
• 9g de manteiga.
• 60g de biomassa.
• 137g de castanha-de-caju crua.
• 480mL de água mineral.
• 1g de folhas de louro.
• 1g de noz-moscada.
• 1g de sal.
Sendo assim:
Então...
Nota-se que para elaborar o molho branco funcional e servi-lo para 500
pessoas é necessário adquirir 4,892 kg de castanha.
59
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
E
IMPORTANT
Caso seja uma receita nova, deveremos utilizar o fator de correção e cocção
para realizar a compra. Exemplo: temos uma receita que rende 10 porções, e para
realizar esta receita é necessário 870g de cebola, quanto deveremos comprar de
cebola para servir a preparação para 120 pessoas?
A partir deste resultado, observa-se que para realizar a receita para 120
pessoas, será necessário 11,046 kg de cebola.
E
IMPORTANT
Per capta
Refere-se à quantidade de alimento cru e limpo que será utilizada para a preparação e que
será consumida por pessoa, considerando as perdas com limpeza e retirada das partes não
comestíveis.
≠
Porção
Quantidade de alimento por pessoa pronta para o consumo (fatia, colheres, unidades, copos,
folhas etc.), considerando as mudanças que o alimento sofre no processo de cocção e
manipulação.
60
TÓPICO 3 | FICHA TÉCNICA DE PREPARAÇÃO E SEUS COMPONENTES
LEITURA COMPLEMENTAR
RESUMO
61
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À TÉCNICA DIETÉTICA
62
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A ficha técnica (FT) é uma das etapas da elaboração da lista de compras de gêneros,
por isto que devemos manter a FT atualizada e padronizada, para facilitar o
processo de compras, entre outras vantagens que já vimos anteriormente.
63
AUTOATIVIDADE
a) ( ) 1,950 kg.
b) ( ) 5 kg.
c) ( ) 19,500 kg.
d) ( ) 13 kg.
e) ( ) 10 kg.
64
UNIDADE 2
GRUPOS ALIMENTARES
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade,
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
TÓPICO 3 – HORTIFRUTIS
65
66
UNIDADE 2
TÓPICO 1
GUIAS ALIMENTARES
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Esta unidade foi desenvolvida tendo como base os grupos
alimentares apresentados no Guia alimentar para a população brasileira de 2006
(BRASIL, 2006). O guia foi construído pelo Ministério da Saúde com o objetivo de
prevenir as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) e utilizou a Pirâmide
Alimentar, adaptada para a população brasileira de 2005 com valores para uma
dieta de 2.000 kcal, para a definição das porções alimentares recomendadas
(PHILIPPI, 2014).
67
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
FONTE: <https://outraspalavras.net/ojoioeotrigo/wp-content/uploads/2018/07/Piramide-de-
alimentos-20131.png>. Acesso em: 4 out. 2019.
Como você pode observar, a pirâmide foi criada para facilitar a orientação
alimentar para a nossa população com a representatividade gráfica, facilitando
o seu entendimento. Na base da pirâmide estão alimentos como arroz, batata,
aipim, macarrão e pão, representando que devem ser a base da alimentação, já que
são fonte de carboidratos, nos fornecendo energia. No segundo nível, você pode
observar que temos os grupos de hortifrútis, ou seja, frutas, verduras e legumes,
que são alimentos ricos em micronutrientes (vitaminas e minerais), essenciais
para o bom desenvolvimento humano. No terceiro nível, temos o grupo das
proteínas, representadas pelas leguminosas e os alimentos de fonte animal como
peixes, carne bovina, leite e derivados. No quarto nível, temos os óleos e gorduras
e os açúcares e doces, estando localizados no último nível, representando que seu
consumo deve ser realizado com moderação.
68
TÓPICO 1 | GUIAS ALIMENTARES
E
IMPORTANT
Alimentos in natura ou
minimamente processados óleos, gorduras, açúcar e sal
Grau de
processamento
dos alimentos
FONTE: A autora
70
TÓPICO 1 | GUIAS ALIMENTARES
Alimento
in Natura
Alimento
Processado
Abacaxi Alimento
Abacaxi Ultraprocess
fresco
em calda ado
Suco em pó
de abacaxi
E
IMPORTANT
71
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• No segundo nível está o grupo dos hortifrútis com alimentos como frutas,
verduras e legumes, com a recomendação de três porções de frutas e três
porções de legumes e verduras.
• Óleos, gorduras, açúcar e sal são alimentos in natura e usados para temperar e
criar preparações culinárias, como exemplo: sal, açúcar e gorduras.
72
AUTOATIVIDADE
73
74
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O grupo dos cereais, tubérculos, raízes e massas está na base da pirâmide
alimentar com orientação de consumo pelo Guia alimentar de 2008 de seis porções
ao dia para uma dieta baseada em Valor Energético Total (VET) de 2.000 kcal ao
dia. Já no Guia de 2014 a recomendação para o grupo está definida na orientação de
fazer da base da alimentação alimentos in natura ou minimamente processados.
Você pode observar na pirâmide alimentar a representação do grupo.
75
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
2 CEREAIS
Os cereais são grãos que vêm das gramíneas, nas quais as sementes dão
em espigas. O grupo abrange o arroz, milho (incluindo grãos e farinha) e trigo
(incluindo grãos, farinha, macarrão e pães), além de outros cereais, como a aveia,
centeio e quinoa. São de fácil produção e baixo custo. Sua estrutura é formada
por uma camada envoltória e películas que, em alguns alimentos, como o trigo,
milho, centeio, podem se separar com facilidade do grão, quando submetido, por
exemplo, ao debulhamento (ORNELAS, 2007).
FONTE: <https://www.nestle-cereals.com/pt/pt/ingredientes/ingredientes-dos-nossos-cereais/
cereais-integrais>. Acesso em: 25 jul. 2019.
76
TÓPICO 2 | CEREAIS TUBÉRCULOS E RAÍZES
2.1.1 Arroz
O arroz é um dos cereais mais consumidos no Brasil, e pode ser encontrado
em diversas variedades, como arroz vermelho, preto e arbóreo, no entanto,
o arroz mais consumido aqui pela população brasileira é o arroz parboilizado
e o popularmente conhecido como branco. O quadro a seguir demonstra as
variedades de arroz que encontramos, sua descrição e aplicabilidade.
77
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
2.1.2 Milho
O milho é menos consumido pelos brasileiros que o arroz, no entanto, é
muito versátil e pode ser preparado e consumido de diferentes formas como na
espiga, em cremes, na forma de farinha de milho para fazer cuscuz, angu, farofa.
As preparações à base de milho são consumidas no almoço e no jantar e, em
algumas regiões do país, no café da manhã (BRASIL, 2014).
78
TÓPICO 2 | CEREAIS TUBÉRCULOS E RAÍZES
O trigo sarraceno ou trigo negro não serve para fazer pães e pode ser
consumido cozido ou em preparações quentes.
E
IMPORTANT
79
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
2.1.4 Aveia
O grão da aveia é mantido inteiro, preservando, assim, seus nutrientes.
Rica em vitaminas do complexo B, vitamina E, cálcio, fósforo e cálcio. Pode ser
consumida na forma de mingau ou adicionada a preparações. Além do grão
inteiro ou grãos finos e médios, pode ser encontrada na forma de farinha, usada
em diversas receitas (PHILIPPI, 2014; ORNELAS, 2007).
2.1.5 Centeio
Preparações que utilizam o alimento ficam com coloração escura, pois
o processo de trituração é feito com o grão ainda com casca, preservando seus
nutrientes. Para preparações como pães, é necessário acrescentar farinha de trigo
para o pão não ficar endurecido, pois há baixa quantidade de glúten. Cereal rico
em vitaminas do complexo B, ferro, manganês, zinco, potássio e cobre (PHILIPPI,
2014; ORNELAS, 2007).
2.1.6 Cevada
Principal ingrediente na produção de cerveja. É o cereal mais antigo, quando
o homem não havia aprendido a utilizar o trigo, o pão era feito com cevada. Rico
em cálcio, fósforo e potássio. Pode ser substituto do café, pois sua infusão torrada
e moída lembra café. Então, você, futuro nutricionista, trabalhando na Educação
Infantil (creche), por exemplo, pode inserir no cardápio, como substituição do
café, já que a cafeína não é recomendada para crianças.
2.2.1 Macarrão
O macarrão é um alimento com facilidade de preparo e pode ser consumido
de diversas formas, como acréscimo de óleo, sal e alho (macarrão ao alho e óleo),
ou ainda, adicionados molho de tomate (macarrão ao molho sugo), carnes e pesto
(uma mistura de manjericão, azeite, alho e nozes). Já o macarrão “instantâneo”
é um alimento ultraprocessado, que podemos observar e comprovar através da
longa lista de ingredientes e com ingredientes usados apenas pela indústria.
Dessa forma, este tipo de macarrão deve ser evitado (BRASIL, 2014).
80
TÓPICO 2 | CEREAIS TUBÉRCULOS E RAÍZES
2.2.2 Pães
Normalmente feito com ingredientes básicos como farinha, levedo e água.
No decorrer dos tempos foram sendo adicionados mais ingredientes como sal,
gordura, açúcar, leite e ovos. De acordo com Philippi (2014), cada um desses
ingredientes tem uma função específica na produção do pão:
81
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
• Ovo: com função ligante, coagulante, traz maciez à massa pela ação de aeração
e pode alterar a cor pela ação da gema.
• Leite: aumenta a maciez, pode ser utilizado como conservante, aumentando a
durabilidade do pão, além de aumentar seu valor nutritivo.
Variedade Característica
E
IMPORTANT
Você sabia que o pão foi a primeira preparação elaborada pelo homem? O
primeiro pão foi assado por volta de 10.000 anos antes de Cristo. Ou seja, é um alimento de
muita tradição que foi preservado até os dias atuais.
82
TÓPICO 2 | CEREAIS TUBÉRCULOS E RAÍZES
2.2.3 Bolos
Os bolos são preparações obtidas pela mistura de farinhas, ovos, gorduras,
açúcar, fermento e líquidos, como leite, água, suco de frutas, iogurtes etc. Pode ser
elaborado doce ou salgado. A consistência da massa (leve, pesada ou fermentada)
irá depender dos ingredientes adicionados. A massa considerada leve será
mais aerada com grande quantidade de ar, podendo ser obtida pela utilização
de fermentos ou pela ação de claras em neve. A massa pesada será obtida pela
utilização de uma maior quantidade de gordura, com apresentação final de uma
massa úmida. Já a massa fermentada é obtida pela utilização de fermentos.
E
IMPORTANT
83
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
FONTE: <https://www.novasdicas.com.br/assadeiras-tabuleiros-utensilios-de-cozinha-
profissional-e-basico>. Acesso em: 25 jul. 2019.
84
TÓPICO 2 | CEREAIS TUBÉRCULOS E RAÍZES
ATENCAO
3 RAÍZES E TUBÉRCULOS
O grupo é composto por alimentos como a mandioca — também conhecida
como aipim ou macaxeira. As batatas, entre elas, batata-doce, batata-salsa —
também conhecida como mandioquinha ou batata-baroa —, a batata-inglesa, o
cará e o inhame (BRASIL, 2014).
85
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
Este grupo possui alto valor nutritivo, sendo alimentos com fonte de
carboidratos, fibras e algumas variedades também apresentam em sua composição
vitaminas e minerais como potássio e vitaminas A e C (BRASIL, 2014).
E
IMPORTANT
Este grupo faz parte do dia a dia da população e é consumido nas principais
refeições, como café da manhã, almoço e jantar. No café da manhã, normalmente,
é consumido como substituto de pães ou, ainda, como pães à base dessas raízes e
tubérculos. Pode ainda ser utilizado para realizar preparações doces, como bolos
e pudins.
86
TÓPICO 2 | CEREAIS TUBÉRCULOS E RAÍZES
87
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
TUROS
ESTUDOS FU
88
TÓPICO 2 | CEREAIS TUBÉRCULOS E RAÍZES
LEITURA COMPLEMENTAR
1 INTRODUÇÃO
89
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
90
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cereais são grãos que vêm das gramíneas, nas quais as sementes dão em
espigas.
• Para a elaboração dos pães, cada ingrediente tem uma função específica no
sucesso da receita final. A farinha de trigo tem função de dar elasticidade à
massa devido à presença do glúten, o que deixa o pão macio; o fermento é
responsável pelo crescimento da massa; o sal responsável pela retenção de
água, controle da fermentação e conservação do alimento; o açúcar aumenta a
maciez, altera a cor e sabor e controla a umidade; a água favorece a formação
da rede de glúten, controla e distribui a temperatura da massa; a gordura
favorece a retenção de gás, o que traz maciez à massa; o ovo tem função ligante,
coagulante, traz maciez à massa pela ação de aeração e pode alterar a cor pela
ação da gema; o leite aumenta a maciez.
• A batata, quando não escorrida totalmente da água em que foi cozida, pode
continuar cozinhando e ficar amolecida.
• Quando cozida com casca, a batata deve ser furada para que a casca não
arrebente com o vapor da água ou o calor. Quando preparar uma receita com
batata recheada, é preferível utilizar batatas mais frescas, pois estas contêm
maior teor de proteínas, e essas proteínas, quando cozidas, coagulam, dando
mais estabilidade à estrutura da batata.
91
AUTOATIVIDADE
92
UNIDADE 2 TÓPICO 3
HORTIFRÚTIS
1 INTRODUÇÃO
Os hortifrútis pertencem aos alimentos que podem ser encontrados
em hortas: legumes, verduras e frutas. “As partes folhosas são chamadas
comumente de verduras e as demais partes que podem se desenvolver sob a
terra recebem o nome de legumes” (BENETTI et al., 2013 apud SILVA; JESUS;
SOARES, 2016, p. 26-27). Já as frutas são definidas como a parte polposa
que envolve a semente das plantas, com aromas próprios, geralmente doces
(PHILIPPI, 2014; ORNELAS, 2013).
Açúcares e Doces
Óleos e Gorduras 1 porção
1 porção
Carnes e Ovos
Leite, Queijo, Iogurte 1 porção
3 porções Feijões e
Oleaginosas
1 porção
Legumes e Verduras
3 porções Frutas
3 porções
93
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
2 FRUTAS
As frutas possuem alto valor nutritivo sendo fonte de vitaminas e
minerais. As frutas maduras têm maior quantidade de vitamina C. São fonte de
carboidratos simples, como exemplo, a glicose, a frutose e a sacarose; carboidratos
complexos como o amido, a celulose e a pectina. Possuem baixa quantidades de
proteínas e lipídeos, exceto quando a fruta é fonte de alguns desses nutrientes,
como é o caso do abacate, que é rico em lipídeos (PHILIPPI, 2014). Ornelas (2007)
classifica as frutas em cinco grupos demostrados a seguir:
Classificação Exemplos
1. Frutas com caroço Abacate, ameixa, acerola e pêssego.
2. Frutas duras Maçã e pera.
3. Frutas moles Amora, framboesa, morango, uva e mirtilo.
4. Frutas cítricas Laranja, limão e mexerica.
Abacaxi, banana, carambola, goiaba, lichias, manga,
5. Frutas tropicais
maracujá, melão, mamão, melancia.
E
IMPORTANT
Quanto menor for o preço da fruta, mais saborosa será e terá muito mais
nutrientes, sabe o porquê? Porque provavelmente foi adquirida em sua sazonalidade, ou
seja, no período de sua safra. Com o avanço da tecnologia no campo, os alimentos são
produzidos o ano inteiro, desta forma, encontramos todos os dias uma diversidade enorme
nos locais de compra como supermercados. No entanto, existe tempo ideal de produção dos
alimentos. Como você pode observar no quadro a seguir:
94
TÓPICO 3 | HORTIFRÚTIS
95
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
E
IMPORTANT
Congelamento
Descongelamento
Congelamento Rápido
Congelamento Lento
96
TÓPICO 3 | HORTIFRÚTIS
• Fruta assada: pode ser usada em frutas como maçã, pera e banana, adicionar
açúcar ou não, levar ao forno.
• Compota de fruta: frutas descascadas e cortadas, acrescentar 30% de açúcar
com água, deixando tempo necessário para abrandar, sem deixar desintegrar.
• Geleia de fruta: indicadas frutas ricas em pectinas como uva, morango, figo,
frutas vermelhas, laranja etc. Caso a fruta escolhida não possua acidez, é
indicado acrescentar gotas de limão.
97
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
E
IMPORTANT
3 LEGUMES E VERDURAS
As hortaliças são plantas ou partes de plantas conhecidas como verduras,
quando as partes comestíveis são folhas, flores, botões ou hastes. Em relação
aos legumes, quando as partes comestíveis são os frutos, as sementes ou partes
que se desenvolvem subterraneamente (tubérculos e raízes) (ORNELAS, 2007;
PHILIPPI, 2014).
98
TÓPICO 3 | HORTIFRÚTIS
99
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
100
TÓPICO 3 | HORTIFRÚTIS
você observará os diferentes tipos de cortes que podem ser empregados para os
hortifrútis, como frutas, verduras e legumes, raízes e tubérculos, para a formulação
de uma variedade de apresentação.
Chiffonade
FONTE: <https://br.pinterest.com/pin/362187995002100677/?lp=true>. Acesso em: 29 de jul. 2019.
A cocção pode ser realizada em calor úmido, como em fogo brando, sendo
indicada para hortaliças como chuchu e cenoura; cocção por ebulição, indicada
para folhas mais velhas e batatas; cocção por pressão, indicada para hortaliças
endurecidas como a beterraba; cocção no vapor, indicada para cozinhar volumes
maiores em tempo curto, como folhas e abóbora. Já o calor a seco, como assar e
fritar, pode ser utilizado para preparações que levarão as hortaliças inteiras como
batatas e abóboras, ou ainda na elaboração de receitas como suflês.
101
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• São classificadas como: frutas com caroço, frutas duras, frutas moles, frutas
cítricas e frutas tropicais.
• Quanto menor for o preço da fruta/verdura, mais saborosa será e terá muito
mais nutrientes, devido à sazonalidade.
102
AUTOATIVIDADE
Lanche da
Manga e Abacaxi e Coco e Melancia e Morango e
manhã
Maçã Pera Melancia Melão mexerica
9:30
103
104
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmicos! Neste tópico iremos aprender sobre o terceiro nível da
pirâmide alimentar. Nele encontramos o grupo das carnes e ovos, dos feijões e
leguminosas, e ainda, o do leite, queijos e iogurtes, ou seja, os alimentos fontes
de proteínas. Em cada grupo que será abordado, veremos qual a sua definição, a
biodisponibilidade dos seus alimentos, as características para recebimento, a forma
de armazenamento e de utilização, assim como os números de porções diárias
recomendados pelo Guia alimentar para População Brasileira (2008) para cada grupo.
O grupo das carnes e ovos; dos feijões; e do leite, queijos e derivados está
no terceiro nível da pirâmide alimentar com orientação de consumo diário pelo
Guia alimentar de 2008 de uma porção para o grupo das carnes e ovos, uma porção
para o grupo das leguminosas e três porções para o grupo do leite, queijo e iogurte
para uma dieta baseada em Valor Energético Total (VET) de 2.000 kcal ao dia. Já
no Guia alimentar de 2014 a recomendação está definida na orientação de fazer
da base da alimentação alimentos in natura ou minimamente processados. Na
Figura 10 você pode observar na pirâmide alimentar a representação do grupo.
Açúcares e Doces
Óleos e Gorduras 1 porção
1 porção
Carnes e Ovos
Leite, Queijo, Iogurte 1 porção
3 porções Feijões e
Oleaginosas
1 porção
Legumes e Verduras
3 porções Frutas
3 porções
As aves que podem ser utilizadas na alimentação são: frango, peru, pato,
marreco, ganso, faisão, galinha-d’angola, codorna, perdiz, pombo e chester
(PHILIPPI, 2014).
106
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
Na cocção, a carne pode perder até 30% de potássio e sódio e até 20% de
cálcio e ferro. Nunca perde mais que 10% de proteína (ORNELAS, 2007).
107
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
108
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
E
IMPORTANT
Além disso, as carnes vermelhas diferem das aves pela gordura concentrada
na pele. Nesse contexto, recomenda-se que as carnes de aves sejam consumidas
sem a pele, sendo que os cortes de aves com mais gordura, como coxa, sobrecoxa
e asas, devem ser assados ou grelhados e aqueles com menos gordura podem ser
cozidos ou ensopados (BRASIL, 2014).
Grelhar
Fritar
Churrasco
Ensopado
Assado na panela
Assar
1 Cupim 13 Patinho
2 Acém 14 Maminha
3 Contrafilé de Costela 15 Fraldinha
4 Contrafilé de Lombo 16 Costela
5 Filé Mignon 17 Costela ponta de agulha
6 Picanha
18 Miolo de Paleta
7 Miolo de Alcatra
19 Raquete
8 Coxão Duro
20 Peixinho
9 Coxão Mole
21 Pescoço
10 Lagarto/Tatu
22 Peito
11 Rabo
23 Músculo dianteiro
12 Músculo traseiro
109
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
Filé mignon,
Grelhado, frito ou
contrafilé, alcatra, Carnes nobres, macias e saborosas.
estrogonofe.
bisteca/chuleta.
110
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
1 Bisteca 4 Filé Mignon 7 Suã 10 Lombo 13 Maminha 16 Paleta 19 Papada 22 T-Bone 25 Lombo Inglês
2 Copa-lombo 5 Pancetta 8 Pernil 11 Ossobuco 14 Alcatra 17 Máscara 20 Joelho 23 Prime Rib 26 Barriga
3 Coxão duro 6 Pé Dianteiro 9 Fraldinha 12 Costela 15 Picanha 18 Rabo 21 Orelha 24 Ribeye 27 Carré
FONTE: <http://www.alegrafoods.com.br/wp-content/uploads/2018/06/captura-de-tela-2019-
06-17-as-17.10.12-e1560802328231-1024x649.png>. Acesso em: 27 de jul. 2019.
111
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
NOTA
Deve-se cozinhar bastante a carne de porco até que seja atingida a temperatura
interna de 75 °C, e jamais devemos consumi-la com sangue.
Delice
Postas
Iscas
FONTE: <https://pt.slideshare.net/colegiogeniosdofuturo/newsletter-licinia-de-campos-45-
peixes l>. Acesso em: 27 ago. 2019.
112
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
Preparações Função
Cremes, mingaus, sopas e molhos. Espessar.
Pães, suflês e mousses. Crescer, aerar.
Bife à milanesa, frango à milanesa. Cobrir, envolver.
Bolos, pudins, flã. Unir.
Superfície de pães e tortas. Conferir cor, brilho e sabor.
Maioneses, molhos, sorvetes. Emulsificar.
Recheios. Conferir liga, sabor.
Pastéis, tortas. Vedar.
Ovo inteiro, picado, ralado. Decorar.
FONTE: Philippi (2014, p. 162)
NOTA
Por diversas razões, algumas pessoas optam por não consumirem alimentos
de origem animal, sendo assim, denominadas vegetarianas. A restrição pode ser apenas com
relação às carnes, ou pode envolver também ovos e leite ou mesmo todos os alimentos de
origem animal (BRASIL, 2014).
114
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
3 LEGUMINOSAS
As leguminosas são grãos contidos em vagens de tecido fibroso e
são classificadas em dois grupos, as oleaginosas e os grãos. Os feijões são os
principais representantes do grupo das leguminosas, porém, também fazem
parte desse grupo a soja, a ervilha, a lentilha, o grão-de-bico, a fava, os tremoços e
o amendoim. Os grãos apresentam uma envoltura de celulose (2 a 5%), e em seu
interior há cerca de 50% de amido e 23% de proteína, exceto a soja, que possui
cerca de 40% de proteína (ORNELAS, 2007; PHILIPPI, 2014).
ATENCAO
115
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
3.1 RECEBIMENTO
As leguminosas são consideradas grãos avariados, grãos inteiros ou
pedaços de grãos que se apresentam de diversas formas.
116
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
Além de todos esses cuidados, você sabia que outros fatores podem
influenciar a cocção de leguminosas? Fatores como o período de armazenamento,
temperatura e grau de umidade do armazenamento, a variedade da leguminosa e
a presença de minerais na água de cozimento podem dificultar a cocção do grão,
levando mais tempo para cozinhar (PHILIPPI, 2014).
NOTA
Para reduzir a quantidade de óleo e sal adicionada ao feijão, este pode ser
preparado com cebola, alho, louro, salsinha, cebolinha, pimenta, coentro e outros temperos
naturais. Além disso, cozinhar o feijão com outros alimentos, como cenoura, vagem ou
abóbora, igualmente acrescenta sabor e aroma à preparação (BRASIL, 2014).
117
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
118
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
TUROS
ESTUDOS FU
119
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
120
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
121
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
122
TÓPICO 4 | CARNES E OVOS; FEIJÕES E LEGUMINOSAS; LEITE, QUEIJOS E IOGURTES
123
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
• Na cocção, a carne pode perder até 30 % de potássio e sódio e até 20% de cálcio
e ferro. Nunca perde mais que 10% de proteína.
• O ovo é um corpo unicelular formado no ovário dos animais, sendo que o mais
consumido no brasil é o ovo de galinha (de granja ou caipira), porém, ainda
existem outras variedades de ovos.
• O fatiamento das peças de carne para a retirada de bifes deve ser feito no
sentido transversal à fibra, pois cortar a carne no sentido da fibra a deixa dura
após a cocção.
• O modo de preparo mais indicado para cortes de carnes com maior quantidade
de gordura é assar, grelhar ou refogar, enquanto cortes com menos gordura
podem ser utilizados no preparo de ensopados.
124
• A quantidade de água necessária para intumescer o grão varia entre 3 a 4
xícaras de água para 1 xícara de grão, dependendo do tipo de leguminosa que
está sendo utilizada.
125
AUTOATIVIDADE
( ) A carne de porco deve ser cozida até que atinja 60 ºC, pois quanto mais
malpassada, mais saborosa ela é.
( ) O ovo fresco flutua, pois tem mais ar dentro dele, indicando que pode ser
consumido.
( ) No pré-preparo das carnes, podem ser utilizados procedimentos como
o amaciamento por ação mecânica, enzimática ou química, amaciando a
carne.
( ) O corte de músculo é o mais indicado para fazer preparações assadas,
grelhadas e fritas.
( ) Os ovos podem ser utilizados para conferir cor, brilho e sabor para a
superfície de pães e tortas, além de poder ser utilizado para espessar
cremes, mingaus, sopas e molhos.
126
IV- Os leites e iogurtes são ricos em proteínas, em vitaminas (em especial a
vitamina A) e em cálcio, porém pobres em gorduras. Já os queijos também
são ricos em proteínas, vitamina A, cálcio e em gorduras, sendo produtos
com alta densidade energética e, ainda, com alta concentração de sódio.
V- Os queijos dividem-se em quatro grupos em relação à umidade, sendo
classificados como moles, semi-moles, duros e muito duros.
127
128
UNIDADE 2 TÓPICO 5
Açúcares e Doces
Óleos e Gorduras 1 porção
1 porção
129
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
2 ÓLEOS E GORDURAS
Os óleos e as gorduras são substâncias insolúveis em água podendo ser
de origem vegetal extraídos de grão, de sementes ou de frutos (óleo de soja, de
milho, girassol, canola, coco, algodão, amendoim, azeitona ou dendê), ou ainda,
de origem animal (banha, toucinho, manteiga e bacon). Eles ressaltam o sabor
dos alimentos, conferem leveza e maciez à preparação, formam barreiras contra
umidade, e ainda servem como veículo para vitaminas lipossolúveis, ácidos
graxos essenciais e colesterol, além de possuírem alto valor energético, pois 1
g de lipídeos fornece 9 calorias. As gorduras e óleos podem ser saturados, bem
como insaturados (ORNELAS, 2007; PHILIPPI, 2014).
130
TÓPICO 5 | AÇÚCAR E AÇÚCARADOS; ÓLEOS E GORDURAS; BEBIDAS E CONDIMENTOS
UNI
131
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
3 AÇÚCAR E AÇUCARADOS
O açúcar é o termo utilizado para designar os carboidratos mais simples,
incluindo os monossacarídeos (glicose, frutose e galactose), os dissacarídeos
(sacarose, maltose e lactose) e os polissacarídeos (amido, dextrina, glicogênio e
celulose). É fonte de energia devido ao seu elevado teor de carboidratos (1 g = 4
Kcal), sendo esta sua principal função.
Açúcar Características
132
TÓPICO 5 | AÇÚCAR E AÇÚCARADOS; ÓLEOS E GORDURAS; BEBIDAS E CONDIMENTOS
E
IMPORTANT
3.2 EDULCORANTES
São substâncias extraídas de plantas ou elaborados de forma artificial,
com capacidade superior à sacarose para adoçar preparações e bebidas. Em geral,
não são absorvidos pelo organismo.
133
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
Extraído da planta
Stevia - 5,5 mg/kg
Stevia, não calórico.
Frutose Extraído de frutas e mel. Hipertrigliceridemia -
Álcoois de açúcares
Xilitol, sorbitol, obtidos por redução
- 15 mg/kg
manitol de frutose e por
hidrogenação de xilose.
Derivado do açúcar de
Sucralose - 15 mg/kg
cana, não calórico.
FONTE: A autora
4 BEBIDAS
As bebidas são soluções aquosas de sucos, extratos ou essências de plantas,
ou de suas partes, leite ou soro do leite com substância aromática, gaseificadas, ou
não, com anidrido carbônico consumidas com ou sem a presença de alimentos. O
valor nutritivo das bebidas é muito variável por possuírem composição diferente.
134
TÓPICO 5 | AÇÚCAR E AÇÚCARADOS; ÓLEOS E GORDURAS; BEBIDAS E CONDIMENTOS
135
UNIDADE 2 | GRUPOS ALIMENTARES
5 CONDIMENTOS
Os condimentos ou temperos são essências, especiarias e ervas aromáticas
utilizadas para realçar ou alterar as características sensoriais do alimento,
conferindo um novo sabor e acréscimo de nutrientes para os alimentos (ORNELAS,
2007; PHILIPPI, 2014).
136
TÓPICO 5 | AÇÚCAR E AÇÚCARADOS; ÓLEOS E GORDURAS; BEBIDAS E CONDIMENTOS
Essências e aromatizantes
137
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você aprendeu que:
• No Guia de 2014 a recomendação para o grupo dos óleos, gorduras, sal e açúcar
é que podem ser utilizados com moderação, pois contribuem para acentuar
sabor aos alimentos.
138
AUTOATIVIDADE
139
140
UNIDADE 3
PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES
E DIFERENTES OBJETIVOS E
CONSISTÊNCIAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer da unidade
você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo
apresentado.
141
142
UNIDADE 3
TÓPICO 1
DISTÚRBIOS DIGESTIVOS
1 INTRODUÇÃO
Olá, acadêmico! Chegamos à última unidade deste livro, com o tema de
planejamento de refeições para diferentes objetivos e consistência. Neste tópico,
vamos compreender as técnicas dietéticas para os distúrbios digestivos. Vamos
iniciar, então?!
2 FIBRAS ALIMENTARES
As fibras alimentares são as partes dos alimentos vegetais ingeridos que
não são digeridas e absorvidas pelo organismo, pois não podem ser digeridas
pelas enzimas do nosso sistema gastrointestinal. As fibras são classificadas
de acordo com sua solubilidade em água: solúveis e insolúveis. Os principais
tipos de fibras são os polissacarídeos: celulose, hemicelulose, pectinas, gomas,
mucilagens, fruto-oligossacarídeos (FOS), inulina, amido resistente e lignina
(FAO; WHO, 2008).
143
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
FONTE: <https://i0.wp.com/www.diabetesevoce.com.br/blog/wp-content/uploads/2012/07/
IGCurvas.jpg>. Acesso em: 10 out. 2019.
144
TÓPICO 1 | DISTÚRBIOS DIGESTIVOS
E
IMPORTANT
• Segundo a Associação Dietética Americana (ADA): a ingestão de fibras para adultos e idosos
deve ser de 20 a 35 g/dia. Para crianças maiores de 2 anos até jovens adultos de 20 anos de
idade deve ser utilizada a fórmula: 5 g + a idade (em anos) / dia.
° Por exemplo: uma criança de 7 anos deveria ingerir 12 g por dia.
° Então, 5g + 7 anos = 12 g de fibra alimentar ao dia.
145
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
3 PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS
Os probióticos são definidos como os microrganismos vivos que, ao serem
administrados em quantidades adequadas, conferem benefícios. Os prebióticos
são oligossacarídeos não digeríveis, fermentáveis, que estimulam o crescimento
e a atividade da microbiota intestinal, conferindo benefícios à saúde. A Figura
2 demonstra que a combinação dos probióticos e prebióticos é denominada
simbióticos (MAHAN; RAYMOND, 2018).
FIGURA 2 – SIMBIÓTICOS
FONTE: A autora
NOTA
146
TÓPICO 1 | DISTÚRBIOS DIGESTIVOS
4 CONSTIPAÇÃO
A constipação ocorre quando se tem dificuldade em defecar, caracterizada
por frequência anormal ou evacuações dolorosas com fezes incompletas ou duras.
A frequência normal das evacuações para um indivíduo não constipado pode
variar de até 3 vezes por semana. Em casos de constipação deve ser ofertado o
consumo adequado de líquidos e de fibras solúveis e insolúveis na dieta (MAHAN;
RAYMOND, 2018). A Figura 3 demonstra os tipos de fezes, suas características e
sua relação com a constipação e diarreia a partir da escala de Bristol.
147
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
148
TÓPICO 1 | DISTÚRBIOS DIGESTIVOS
5 DIARREIA
A diarreia é caracterizada pela eliminação de fezes amolecidas ou
líquidas de três ou mais vezes por dia. Ela ocorre quando existe trânsito
acelerado do conteúdo intestinal pelo intestino delgado, podendo diminuir
a digestão dos alimentos e prejudicar a absorção de líquidos e nutrientes.
(MAHAN; RAYMOND, 2018).
149
RESUMO DO TÓPICO 1
• As fibras alimentares são as partes dos alimentos vegetais ingeridos que não
são digeridas e absorvidas pelo organismo, segundo a OMS e FAO, o consumo
recomendado de fibras deve ser acima de 25 g/dia (FAO; WHO, 2008).
150
AUTOATIVIDADE
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) vêm crescendo no
Brasil desde os anos 2000. Com a mudança no estilo de vida da população e
com o aumento da expectativa de vida, essas doenças crônicas tornaram-se mais
expressivas no perfil epidemiológico brasileiro, dentre elas: a hipertensão, o
câncer e a diabetes mellitus (MENDES, 2011). As DCNT são multicausais, sendo
as causas: genéticas, estilo de vida, exposição a fatores ambientais e a fatores
fisiológicos (MENDES, 2012).
153
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
2 CONDUTA NUTRICIONAL
Um dos padrões alimentares mais considerados cardioprotetor é o baseado
na dieta tipo DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension), que orienta um plano
alimentar com baixo teor de gordura total e sódio, ressaltando a importância do
consumo de frutas, verduras, legumes, assim como o de alimentos fontes de
magnésio e potássio (SACKS et al., 2001).
DICAS
Grupo Verde
Grupo Azul
consumir em
Consumir em
maior quantidade
menor quantidade
Grupo Amarelo
Consumir com
moderação
O grupo amarelo é formado por alimentos que devem ser consumidos com
moderação, pois podem ter mais calorias, gordura ou sódio do que os do grupo
verde. Sendo representados por: pães, cereais, macarrão, tubérculos, oleaginosas,
óleos vegetais, mel e doces caseiros de frutas como goiabada, bananada e cocada
(BRASIL, 2018).
155
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
Ingredientes:
1. Leite pasteurizado desnatado e/ou
2. Leite reconstituido desnatado
3. Fermento lácteo
156
TÓPICO 2 | DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
UNI
• Receita:
° 1 litro de leite semidesnatado;
° ½ pote de iogurte natural desnatado (85g).
• Modo de preparo: ferver o leite e deixar esfriar até ficar morno; misturar o iogurte e manter
a mistura por 8 horas em local abafado, como, por exemplo, no forno (desligado), tampado
com papel filme; preferir o uso de recipientes de vidro no armazenamento para melhor
textura e firmeza do iogurte; após esse processo pode-se utilizar frutas para dar sabor.
DICAS
157
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
158
RESUMO DO TÓPICO 2
• O DICA BR, tem como base alimentos tipicamente brasileiros, para proteger
a saúde do coração, e utiliza como representação gráfica a bandeira brasileira
dividida em grupos alimentares de acordo com as cores da bandeira: grupo
verde, grupo amarelão e grupo azul.
• O grupo amarelo é formado por alimentos que devem ser consumidos com
moderação, pois podem ter mais calorias, gordura ou sal quando comparado
ao grupo verde.
• O grupo azul deve ser consumido em menor quantidade, pois contém alimentos
que são fontes de gordura saturada, sal e colesterol — nutrientes que podem
prejudicar a saúde do coração.
159
AUTOATIVIDADE
160
UNIDADE 3
TÓPICO 3
RESTRIÇÕES ALIMENTARES
1 INTRODUÇÃO
A ocorrência de intolerâncias e alergias alimentares nos indivíduos tem
aumentado prevalentemente nos últimos anos, gerando preocupação — uma vez
que podem causar danos à saúde caso não sejam corretamente diagnosticadas e
tratadas (BRASIL, 2017a).
161
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
2 DOENÇA CELÍACA
A Doença Celíaca (DC) é definida como uma intolerância alimentar
permanente ao glúten e caracteriza-se pela lesão da mucosa do intestino delgado
mediada pelo sistema imunológico, devido à susceptibilidade genética, fatores
ambientais e exposição ao glúten (MAHAN; RAYMOND, 2018). O contato das
células intestinais de indivíduos com doença celíaca provoca uma resposta
imune, com produção de anticorpos e dano tissular. O glúten agride e atrofia as
vilosidades do intestino delgado, podendo implicar em uma restrição da área
absortiva, e, consequentemente, prejudica a absorção dos alimentos (MAHAN;
RAYMOND, 2018). A Figura 7 demonstra a atrofia das vilosidades intestinais
causadas pela ingestão do glúten por um indivíduo com doença celíaca.
Intestino
Delgado
Normal Celíaco
162
TÓPICO 3 | RESTRIÇÕES ALIMENTARES
DICAS
Você sabia que a Lei nº 10.674, de 16 de maio de 2003, obriga que os produtos
alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva
e de controle da doença celíaca. Conheça a legislação na íntegra pelo endereço: https://www.
camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=440852&filename=Legislacao.
163
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
Purês de batata,
batatas amassadas
Batata, mandioca,
Verificar os rótulos ou fritas
inhame, arroz,
de produtos de (contaminação
macarrão de trigo
Batatas, arroz, batata ou de arroz por alimento ou
sarraceno 100%,
amido comercializados óleo de fritura),
macarrão sem glúten,
com pacotes de macarrão, macarrão
polenta, tortilhas de
temperos. instantâneo, amido
milho.
de trigo, tortilhas
com farinha.
Qualquer leite ou
Leite ou iogurtes
iogurte puro sem
flavorizados, Leite maltado,
sabor acrescentado,
Leite, iogurte e requeijões ou iogurtes com
soro de leite
queijos molhos de queijo conteúdo crocante
coalhado, creme de
(verificar os ou coberturas.
leite, todos os tipos
rótulos)
de queijo.
Carnes
Todos os tipos
comercialmente
de ovos, carnes
tratadas,
vermelhas, peixes,
preservadas ou Carnes empanadas
aves ou frutos-
Carnes e ovos marinadas, peixes ou amaciadas,
do-mar frescos,
ou frutos-do-mar salsichas.
puros, não tratados,
embutidos, aves
peixes enlatados em
autorregadas ou
salmoura.
curadas.
Recheios de tortas
Qualquer fruta ou
(muitas vezes são Frutas secas
suco fresco, enlatado,
Frutas e sucos espessados com polvilhadas com
congelado, ou fruta
farinha contendo farinha.
seca pura.
glúten).
164
TÓPICO 3 | RESTRIÇÕES ALIMENTARES
Verificar os rótulos
em misturas de café
Café, chá, leite, instantâneo (moca,
vegetais, refrigerante, suíço, cappuccino),
vinhos, todas as chás de ervas, Bebidas maltadas,
Bebidas
bebidas destiladas, bebidas de soja cerveja, vodca.
cervejas isentas de ou arroz (pode
glúten. conter malte de
cevada), misturas
de bebidas.
NOTA
Além dos alimentos que podem conter glúten, este também pode
aparecer por contaminação oculta. Mas o que seria isso? A contaminação oculta
pode ocorrer por transcontaminação, ou seja, o alimento isento de glúten sofre
contaminação ao ser manipulado, preparado ou distribuído. Observe alguns
exemplos de como pode ocorrer a contaminação pelo glúten, conforme descrito
por Mahan e Raymond (2018) e Neto (2003).
165
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
NOTA
3 INTOLERÂNCIA À LACTOSE
A intolerância à lactose é caracterizada pela incapacidade parcial ou total
em digerir a lactose. Esta intolerância ocorre devido à deficiência ou redução
da produção da enzima lactase (responsável pela hidrólise da lactose) no
intestino delgado. Assim, quando não ocorre a metabolização da lactose, ela fica
armazenada no intestino grosso, atuando osmoticamente podendo aumentar a
quantidade de água fecal, bem como, fornecer substrato para fermentação pelas
bactérias intestinais que transformam esta lactose em ácidos graxos de cadeia
curta (proprionato, acetato e butirato), dióxido de carbono e gás hidrogênio
(MAHAN; RAYMOND, 2018). A Figura 8 apresenta a diferença de um intestino
em que a lactase faz a hidrólise da lactose, de um intestino que não possui lactase.
FONTE: <http://www.misslaura.com.br/post-da-miss/a-origem-da-intolerancia-a-lactose/21>.
Acesso em: 20 set. 2019.
167
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
UNI
Tipo Característica
Causada por problemas genéticos, a criança nasce sem produzir
Intolerância
lactase. Um tipo raro de intolerância, sendo uma condição
congênita
crônica.
Intolerância Diminuição natural e progressiva da produção de lactase a partir
primária da adolescência até o fim da vida.
A produção de lactase é afetada por doenças intestinais como
diarreia, síndrome do intestino irritável, doença de Crohn,
Intolerância
doença celíaca ou alergia à proteína do leite. Nesses casos, a
secundária
intolerância pode ser temporária e desaparecer com o controle
da doença de base.
168
TÓPICO 3 | RESTRIÇÕES ALIMENTARES
E
IMPORTANT
169
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
FONTE: <http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/
content/rotulagem-de-lactose-em-alimentos-tem-regra-publicada/219201/pop_
up?inheritRedirect=false>. Acesso em: 10 out. 2019.
170
TÓPICO 3 | RESTRIÇÕES ALIMENTARES
ATENCAO
171
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
vezes elas não são reconhecidas por nosso sistema imunológico, desencadeando
um quadro de alergia.
172
TÓPICO 3 | RESTRIÇÕES ALIMENTARES
ATENCAO
173
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
• Lactoalbumina. • Sorvete.
• Lactoglobulina. • Manteiga ghee.
• Fosfato de lactoalbumin. • Manteiga.
• Lactato. • Leite em pó.
• Lactoferrina. • Gemada.
• Lactulose. • Leite integral.
• Lactulona. • Leite semidesnatado.
• Caseína. • Leite desnatado.
• Caseína hidrolisada. • Leite em pó.
• Caseinato de cálcio. • Leite condensado.
• Caseinato de potássio. • Leite evaporado.
• Caseinato de amônia. • Leite sem lactose.
• Caseinato de magnésio. • Leite maltado.
• Caseinato de sódio. • Leite desidratado.
• Chantilly (pode conter caseinato). • Leite fermentado.
• Estabilizantes com caseinato de sódio. • Nata.
• Fosfato de lacto albumina. • Queijos.
• Pudim. • Soro de leite.
• Chocolate. • Gordura de leite.
• Temperos cremosos. • Coalhada.
• Molhos cremosos. • Whey protein.
• Leite maltado. • Fermento lácteo.
• Proteína em pó.
174
RESUMO DO TÓPICO 3
175
AUTOATIVIDADE
176
UNIDADE 3
TÓPICO 4
DIETAS HOSPITALARES
1 INTRODUÇÃO
As dietas terapêuticas ou modificadas são baseadas em uma dieta geral
ou livre, que foi adequada para atender às necessidades individuais, como a
capacidade digestiva e absortiva, com alívio ou interrupção de um processo de
doença e fatores psicossociais. Deve-se cuidar para variar o mínimo possível o
fornecimento da refeição modificada em relação à refeição geral do indivíduo
(MAHAN; RAYMOND, 2018).
177
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
178
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
REFEIÇÂO COMPOSIÇÃO
Leite magro (200 ml) ou Infusão — chá, café (200 ml) — ou leite
vegetal (200 ml) ou Suco natural (200 ml).
Pão integral (50g) ou torrada integral (40g).
Desjejum
Manteiga (10g) ou geleia (20g) ou ricota (30g) ou 2 unidades de
ovos
1 porção de fruta fresca.
3 DIETA BRANDA
A dieta branda é uma modificação da consistência da dieta geral, por meio
de alterações mecânicas com base na tolerância do indivíduo, sendo utilizada para
pacientes que possuem alterações e/ou perturbações orgânicas e funcionais do
trato gastrointestinal, bem como em pós-operatórios e em pacientes com prótese
dentária. Tem como objetivo fornecer calorias e nutrientes com a finalidade de
manter o estado nutricional e proporcionar melhora na mastigação, na deglutição
e na digestão. Geralmente é utilizada como dieta de transição para a dieta geral
(FARIA, 2018; BOEKEL; POSSE, 2013).
179
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
REFEIÇÂO COMPOSIÇÃO
Leite magro (200 ml) ou Infusão — chá, café (200 ml) — ou leite
vegetal (200 ml) ou suco natural (200 ml).
Desjejum Pão integral (50 g) ou torrada integral (40 g).
2 unidades de ovos.
1 porção de fruta fresca.
Sopa de legumes (250 ml).
ou
1 pedaço de carne + 4 colheres de sopa de arroz ou 1 batata +
legumes cozidos (1 prato de lanche).
Almoço
ou
1 pedaço de carne + 4 colheres de sopa de arroz ou 1 batata + 1
concha de leguminosa (feijão ou lentilha) + legumes cozidos.
Sobremesa: 1 porção de fruta assada.
Lanche da tarde 1 fatia de bolo integral ou 1 prato de mingau (200 ml).
Jantar Repetir o almoço, sempre variando. Exceto leguminosa.
Infusão: chá (200 ml) com torrada integral ou bolacha de água e
Ceia
sal + 1 fruta assada.
FONTE: Adaptado de Pereira et al. (2017)
180
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
4 DIETA PASTOSA
A dieta pastosa é uma dieta equilibrada nutricionalmente, sendo
normocalórica, normolipídica e normoproteica. Ela sofre modificações pela
cocção e ação mecânica para facilitar o processo de mastigação e deglutição. Os
alimentos devem ser amassados ou liquidificados na consistência de creme, purê,
papa, biscoitos amolecidos, feijão liquidificado, frango desfiado, frutas cozidas
ou mingau, sendo que a forma de apresentação da preparação pode causar má
aceitação dos pacientes (BOEKEL; POSSE, 2013). Devemos ficar atentos aos
pacientes que não aceitam esse tipo de dieta, para evitar uma oferta hipocalórica
com possíveis danos nutricionais.
E
IMPORTANT
É utilizada como dieta de transição para a dieta branda, bem como para
indivíduos que têm dificuldade de mastigar (prótese dentária mal adaptada),
alterações anatômicas na boca, disfagia, odinofagia, problemas neurológicos,
risco de aspiração, engasgos, necessidade de menor trabalho gástrico e em casos
de alterações gastrointestinais.
181
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
REFEIÇÂO COMPOSIÇÃO
Leite magro (200 ml) ou Infusão — chá, café (200 ml) — ou leite
vegetal (200 ml) ou suco natural (200 ml).
Desjejum
1 prato de mingau (200 ml).
1 porção de fruta cozida ou amassada.
5 DIETA CREMOSA
A dieta cremosa é destinada para pacientes com problemas graves na
mastigação, deglutição e/ou digestão dos alimentos, com risco de broncoaspiração,
com problemas neurológicos e câncer gastrointestinal ou pulmonar. Trata-se de
uma dieta normocalórica, normoglicídica, normoproteica e normolipídica, menos
consistente que a dieta pastosa, sem apresentar pedaços inteiros e não devem
deixar resíduos na boca (FARIA, 2018).
182
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
REFEIÇÂO COMPOSIÇÃO
Leite magro (200 ml) ou Infusão — chá, café (200 ml) — ou leite
vegetal (200 ml) ou suco natural (200 ml).
Desjejum
1 prato de mingau (200 ml).
1 porção de fruta (papa).
Ceia Infusão: chá (200 ml) + 1 fruta papa ou 1 prato mingau (200 ml).
ATENCAO
A dieta líquida deve ser administrada com cautela em pacientes com risco de
broncoaspiração.
183
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
Líquidos
184
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
REFEIÇÂO COMPOSIÇÃO
Leite magro (200 ml) ou Infusão — chá, café (200 ml) — ou leite
Desjejum
vegetal (200 ml) ou suco natural (200 ml).
185
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução
186
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
187
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
Metodologia
A coleta de dados foi realizada no ano de 2015, com autorização por escrito
da gerência do hipermercado. Foram incluídos alimentos industrializados que
contivessem leite e/ou lactose em diferentes posições na lista de ingredientes, de
marcas e sabores diferentes. Foram excluídos os alimentos com as características
citadas, com mesma composição, porém com tamanhos de embalagens
diferentes. Vale ressaltar que o posicionamento na lista de ingredientes indica,
em ordem decrescente, a quantidade do ingrediente no produto final do alimento
industrializado, ou seja, as primeiras posições são ocupadas pelos ingredientes
em maior quantidade.
188
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
Resultados
189
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
190
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
191
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
192
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
Discussão
193
UNIDADE 3 | PLANEJAMENTO DE REFEIÇÕES E DIFERENTES OBJETIVOS E CONSISTÊNCIAS
presença no rótulo, que nesses casos específicos, são para fenilalanina e glúten,
respectivamente. No entanto, ainda há falhas na legislação para regulamentação
da rotulagem nutricional para a declaração de nutrientes importantes para o
tratamento dietoterápico de algumas doenças, como é o caso da galactosemia e
intolerância a frutose, erros inatos do metabolismo que implicam na necessidade
de restrição do substrato (galactose e frutose, respectivamente) para controle da
doença.
194
TÓPICO 4 | DIETAS HOSPITALARES
Conclusão
195
RESUMO DO TÓPICO 4
• As dietas terapêuticas ou modificadas são baseadas em uma dieta geral, que foi
adequada para atender às necessidades individuais.
• A dieta geral é indicada para pacientes cuja sua condição clínica não exige
modificações dietéticas específicas, ou seja, não apresentam restrições
específicas e nem problemas gastrointestinais, de mastigação, deglutição,
digestão e absorção.
196
AUTOATIVIDADE
197
198
REFERÊNCIAS
ABERC - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE REFEIÇÃO
COLETIVAS. Manual de práticas de elaboração e serviço de refeições para
coletividades. 11. ed. São Paulo: ABERC, 2015. 255 p.
200
DOMENE, S. M. Técnica dietética: teoria e aplicações. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2011.
201
MENDES, E. V. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à
saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília:
Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. Disponível em: https://www.conass.
org.br/bibliotecav3/pdfs/livro_cronicas.pdf. Acesso em: 10 out. 2019.
202
PHILIPPI, S. T. Tabela de composição de alimentos: suporte para decisão
nutricional. 6. ed. São Paulo: Manole, 2017.
PHILIPPI, S. T. Nutrição e técnica dietética. 3. ed. São Paulo: Manole, 2014. 400p.