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Avaliação do risco
OBJETIVO
3.1 Introdução
- a análise de riscos; e
- a avaliação de riscos.
Não termina com isso a atuação, mas devendo manter-se em dia, o que implica
que qualquer mudança significativa em um processo ou atividade de trabalho
deva conduzir a uma revisão da avaliação1.
Como exemplo pode-se citar a Norma ENV 50166, sobre exposição a campos
eletromagnéticos entre 0 e 10 kHz, e entre 10 kHz e 300 Ghz, que facilita:
- avaliar o risco; e
- priorizar as necessidades de atuação na melhoria das condições de
trabalho.
- Oficiais:
- Particulares:
- Outras.
Não obstante, todas elas seguem algumas diretrizes comuns, resumidas nos
seguintes itens:
2. Etapas:
- identificação do perigo;
- identificação dos trabalhadores (ou de outras pessoas) expostas
aos riscos representados por elementos perigosos;
- estimativa do risco;
- avaliação, qualitativa ou quantitativa, do risco existente;
- análise do risco, verificando-se a possibilidade de ser eliminado,
e em não havendo, do decidir-se quanto a necessidade ou não de
adoção de novas medidas visando-se prevenir ou reduzi-lo.
4. Metodologia:
- a avaliação deve estar estruturada de maneira a se estudarem
todos os elementos perigosos e riscos importantes;
- quando havendo risco, a avaliação deverá examinar, antes de
tudo, se o risco deve ser eliminado.
5. Bases:
- requisitos legais;
- normas e orientações publicadas;
- princípios hierárquicos em matéria de segurança e saúde2:
- evitar riscos;
- substituir elementos perigosos por outros representando menos
perigos;
- combater riscos em sua origem;
- antepor medidas coletivas às proteções individuais;
- considerar o progresso técnico;
- buscar a melhoria no nível de produção.
- golpes e cortes;
- quedas de pessoas num mesmo nível;
- quedas de pessoas em níveis diferentes;
- quedas de ferramentas, materiais, etc.;
- espaço inadequado;
- perigos associados ao manejo manual de cargas;
- perigos associados à montagem, operação, manutenção, conserto,
etc., de instalações e maquinário;
- perigos ligados a veículos;
- incêndios e explosões;
- substâncias inaláveis;
- substâncias ou agentes que podem danificar os olhos;
- substâncias que podem causar dano por contato com a pele;
- substâncias que podem causar danos ao serem ingeridas;
- energias perigosas;
- transtornos musculares derivados de movimentos repetitivos;
- ambiente térmico inadequado;
- iluminação inadequada;
- ausência de grades de proteção.
- etc.
Assim, por exemplo, ante uma queda num mesmo nível ao se circular por um
corredor escorregadio, as consequências normalmente esperáveis são leves
(hematomas, contusões, etc.), mas, com menor probabilidade, também podem
ser graves e até mortais.
CONSEQUÊNCIAS
Ligeiramente Prejudicial Extremamente
prejudicial prejudicial
Probabilidade Baixa Risco trivial Risco tolerável Risco moderado
Média Risco tolerável Risco moderado Risco
importante
Alta Risco Risco importante Risco intolerável
moderado
Tabela 3.1. Níveis de risco.
1
No Campus Virtual encontra-se o documento "Método do INHST", no qual se detalha a metodologia seguida pelo
Instituto Nacional de Segurança e Higiene no Trabalho (INSHT) (Espanha), para a quantificação da magnitude dos
riscos existentes.
Para efetuar uma avaliação do risco e tomar uma decisão, deve-se contar com
um critério (tabela 3.2).
Nas tabelas 3.3 a 3.5 são mostrados diferentes formatos para a coleta da
informação.
AVALIAÇÃO DE RISCOS
Atividade: Avaliação nº:
Posto de Trabalho: Data:
MEDIDAS A TOMAR
Risco controlado?
Nº Medida de controle Procedimento de trabalho Informação Formação
Sim Não
PLANO DE AÇÃO
Nº Ação requerida Responsável Data Finalização Comprovação eficácia
Tabela 3.5. Planilha para o plano de ação
Nas tabelas 3.6 a 3.8 são mostrados alguns dos perigos identificados, o modo
de avaliar seu risco, o resultado disso, a atuação a efetuar com relação aos
riscos não-aceitáveis e a lei espanhola aplicável.
PERIGO Nº PERIGO LEGISLAÇÃO APLICÁVEL AVALIAÇÃO SEGUNDO:
IDENTIFICADO
1 Manejo de cargas RD. 487/97 manejo manual de R.D. 4879/, guia 1.N.S.H.T
cargas
2 Ruído da serra RD. 1381/89, ruído R.D. 1381/89, verificação nível
sonoro
3 Pó de madeira TLVs ACGIH
4 Projeção de partículas Método geral
5 Cantos vivos nas chapas Método geral
6 Iluminação posto RD. 486/97, locais de trabalho R.D. 486/97, guia 1.N.S.H.T
7 Condições térmicas RD. 486/97, locais de trabalho R.D. 486/97, guia 1.N.S.H.T
8 Piso desgastado RD. 486/97, locais de trabalho Método geral
9 Extintor sem revisão RD. 1942/93, sistemas de extinção Cumprimento R.D. 1942/93
10 Fio-terra da serra RD. 2413/73, regulamento Cumprimento R.D. 24 13/73
eletrotécnico
Tabela 3.6. Planilha para a identificação de perigos preenchida
Atividade:
Posto de Trabalho: Operador de serra circular
Avaliação nº: Inicial
Data:
AVALIAÇÃO DE RISCOS PELO MÉTODO GERAL DE AVALIAÇÃO
PROBABILIDADE CONSEQUENCIAS ESTIMATIVA DE RISCO
Nº PERIGO IDENTIFICADO
B M A LD D ED T TO M I IN
4 Projeção partículas de X X X
madeira
5 Cantos vivos em chapas X X X
6 Piso desgastado X X X
CUMPRIMENTO DE RISCOS PELO MÉTODO GERAL DE AVALIAÇÃO
Nº Perigo identificado Resultado
2 Ruído da serra Dentro de limites (toleráveis)*
9 Extintor Não cumpre (intolerável)*
10 Fio-terra da serra Não cumpre (intolerável)*
AVALIAÇÃO POR NORMAS OU GUIAS
Nº Perigo identificado Resultado
1 Manejo de cargas Tolerável*
3 Pó de madeira Intolerável*
6 Iluminação posto Tolerável*
7 Condições térmicas Tolerável*
Tabela 3.7. Resultado da avaliação. (*) A qualificação tolerável ou intolerável é
determinada pelo cumprimento ou descumprimento da legislação específica, ou
ainda, conforme aplicação de norma ou guia de avaliação.
MEDIDAS A TOMAR
Risco controlado?
Nº Medida de controle Procedimento de trabalho Informação Formação
Sim Não
1
2
Concerto da
3 condução/plano de Trabalhador X
manutenção
4
5 Uso de proteções Trabalhador X
6
7
Conserto piso, plano
8 X
manutenção
Estabelecer plano de
9 X
revisão
Substituição/plano
10 X
manutenção
Tabela 3.8. Planilha para a adoção das medidas de controle preenchida.
Com vista a esses resultados, estabelece-se um plano de ação, compilado no
formato indicado na tabela 3.5.