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BS8800
Avaliação de riscos
(Anexo D da BS 8800)
D.1 Introdução
D.1.1 Objetivos
Este anexo explica os princípios e práticas da avaliação de riscos de SST, e porque ela é
necessária.
As organizações devem adaptar a abordagem aqui descrita para atender suas próprias
necessidades, levando em consideração a natureza de seus trabalhos e a gravidade e
complexidade de seus riscos.
O planejamento e implementação da avaliação de riscos e de programas de controle de
riscos foram tratados no anexo C.
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D.2.2 Por que é importante a avaliação de riscos?
Idealmente, todos deveriam contribuir para avaliações que se relacionem a si mesmos. Por
exemplo, eles deveriam contar aos avaliadores o que pensam sobre a necessidade e
praticabilidade de controles de riscos específicos. Em grandes organizações, geralmente, uma
pessoa competente deve coordenar e orientar o trabalho do avaliador. Pode ser necessário
obter um parece especializado.
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D.4.1 Generalidades
Este item descreve os fatores que uma organização deve levar em conta no planejamento
da avaliação de riscos. É dada atenção à necessidade de serem feitas referências às
regulamentações e orientações pertinentes para assegurar que os requisitos legais sejam
atendidos.
O processo de avaliação de riscos aqui descrito abrange todos os perigos de SST. É
melhor integrar avaliações para todos os perigos do que realizar avaliações separadas para
perigos à saúde, manuseio de materiais, perigos com máquinas, e assim por diante. Se as
avaliações são realizados separadamente, usando métodos diferentes, a ordenação das
prioridades para o controle de riscos é mais difícil. Avaliações separadas podem também
conduzir a uma duplicação desnecessária.
Os seguintes aspectos da avaliação de riscos necessitam ser considerados
cuidadosamente no início:
a) elaboração de um formulário simples de avaliação de risco (veja D.4.3)
b) critérios para classificar atividades de trabalho e informações necessárias para cada
atividade de trabalho (veja D.4.4 e D.4.5)
c) métodos para identificar e categorizar perigos (veja D.5.1)
d) procedimentos para fazer uma determinação de riscos informativa (veja D.5.2)
e) palavras para descrever os níveis estimados (veja tabelas D.1 e D.2);
f) critérios para decidir se os riscos são toleráveis se as medidas de controle existentes ou
planejados são adequadas (veja D.6.1)
g) escalas de tempo para implementar ação preventiva (se necessária) (veja tabela D.2)
h) métodos preferidos para controlar os riscos (veja D.6.2)
i) critérios para revisar a adequação do plano de ação.
D.4.2 (Item ausente na norma, devido a algum equívoco)
As organizações devem preparar um formulário simples que possa ser usado para registar
as observações de uma avaliação, tipicamente contendo:
a) atividade de trabalho;
b) perigo(s);
c) controles ativos;
d) pessoal sujeito a riscos;
e) probabilidade de dano;
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f) gravidade do dano;
g) níveis de risco;
h) ação a ser tomada após a após a avaliação;
i) detalhes administrativos, por exemplo, nome do avaliador, data etc.
As informações requeridas para cada atividade de trabalho podem incluir itens da seguinte
relação:
a) tarefas que estão sendo realizadas: sua duração e freqüência;
b) locais em que o trabalho é realizado;
c) quem normalmente/ocasionalmente realiza as tarefas;
d) outros que podem ser afetados pelo trabalho (por exemplo, visitantes, contratados, o
público);
e) treinamento que o pessoal tem recebido sobre as tarefas;
f) sistemas escritos de trabalho e/ou procedimentos para permissões de trabalho
preparados para as tarefas;
g) instalações e máquinas que podem ser usadas;
h) ferramentas portáteis motorizados que podem ser usadas;
i) instruções de produtores ou fornecedores para a operação e manutenção das
instalações, máquinas e ferramentas portáteis motorizadas;
j) tamanho, forma, natureza da superfície e peso dos materiais que poderiam ser
manuseados;
k) distâncias e alturas que os materiais têm que ser movimentados manualmente;
l) utilidades empregadas (por exemplo, ar comprimido);
m) substâncias utilizadas ou com as quais se tem contato perante o trabalho;
n) forma física das substância utilizadas ou com as quais tem contato (fumaça, gás, vapor,
líquido, poeira/pó, sólidos);
o) conteúdo e recomendações de fichas de segurança (data sheets) com dados sobre os
perigos relacionados às substâncias utilizadas ou com as quais se tem contato;
p) exigências de leis, regulamentações e normas pertinentes ao trabalho que está sendo
feito, às instalações máquinas utilizadas, e às substâncias usadas ou com as quais se
tem contato;
q) medidas de controle que se acredita estarem em uso;
r) dados do monitoramento reativo: experiência de incidentes, acidentes e doenças
ocupacionais associados ao trabalho que está sendo feito, equipamentos e substâncias
utilizadas, obtidos de informações internas e externas à organização;
s) observações de quaisquer avaliações existentes relacionadas à atividade de trabalho.
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D.5 Análise de riscos
D.5.1.1 Generalidades
Uma abordagem complementar é desenvolver uma lista com questões tais como:
A lista acima não é exaustiva. As organizações devem desenvolver suas próprias listas de
verificação levando em conta as características da atividade de trabalho e os locais onde estão
sendo realizados.
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D.5.2 Determinar os riscos
D.5.2.1 Generalidades
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A tabela D.1 apresenta um método simples para estimar níveis de risco e decidir se os riscos
são toleráveis. Os riscos são classificados de acordo com sua probabilidade estimada e a
gravidade potencial de danos. Algumas organizações podem querer desenvolver abordagens
mais sofisticadas, mas este método é um ponto de partida razoável.
Podem ser usados números para descrever os riscos, ao invés de termos como 'risco
moderado', ,risco substancial", etc. O emprego de números não confere maior precisão a
essas estimativas.
As categorias de risco mostradas como exemplo na tabela D.1 formam a base para decidir se
são requeridos melhores controles e o cronograma para a ação. Uma abordagem, também
sugerida como ponto de partida, é mostrada na tabela D.2. Ela mostra que os esforços e as
urgências dos controles são proporcionais aos riscos.
O plano de ação deve ser analisado criticamente antes de sua implementação, através de
perguntas do tipo:
a) os controles revisados conduzirão a níveis toleráveis de risco ?
b) surgiram novos perigos ?
c) foi escolhida a solução de custo mais eficaz ?
d) o que as pessoas afetadas pensam a respeito da necessidade e praticabilidade das
medidas preventivas revisadas ?
e) os controles revisados serão usados na prática, e não serão ignorados no caso, por
exemplo, de pressões para terminar o trabalho ?
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A avaliação de riscos deve ser vista como um processo continuo. Sendo assim, a adequação
das medidas de controle deve estar sujeita à análise crítica contínua, e deve ser revisada se
necessário. Similarmente, se as condições mudam de tal modo que os perigos e riscos são
significativamente afetados, então as avaliações de riscos também devem ser criticamente
analisadas.