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SISTEMA

HIDROSTÁTICO
SEÇÃO 18
2 SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO

05 - 2001
SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO 3

PRINCÍPIOS GERAIS

CIRCUITO
Uma bomba hidráulica A, acionada por um motor diesel, e um motor hidrostático B, montados na caixa de
câmbio, são os dois componentes principais da transmissão hidrostática.

REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA

DESCRIÇÃO E FUNCIONAMENTO DA BOMBA DE DÉBITO VARIÁVEL


A bomba hidrostática é na realidade formada pela associação de duas outras bombas:

1. Bomba de Carga: é uma bomba de engrenagens, provida de válvula de alívio e acionada por um eixo
central. Esta bomba é a responsável pela alimentação do sistema e pela manutenção da pressão de carga (24
bar).

2. Bomba hidrostática: é uma bomba de pistões formada por um bloco de cilindros contendo nove pistões,
cujas sapatas de deslizamento (sapatas de bronze) apoiam-se na chapa de encosto. Esta bomba é a responsável
pela alimentação do motor hidrostático, para o deslocamento da máquina. Na alimentação do motor variam: o
fluxo do óleo (velocidade da máquina) e a direção deste fluxo (para frente ou para trás). Estas duas variações
são dadas pelo deslocamento da posição dos pistões.

Fig. 1
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4 SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO

Funcionamento da bomba hidrostática com


a máquina ligada, porém sem movimento.
A) A chapa defletora fica perpendicular aos
eixos geométricos de rotação, os pistões
no bloco de cilindros não deslocam, a
bomba não tem débito e encontra-se em
neutro.

Com a máquina em movimento, a bomba hidrostática funcionam da seguinte forma:


B) A chapa defletora encontra-se em um determinado ângulo em relação ao eixo geométrico de rotação: os
pistões no bloco de cilindro se deslocam. O deslocamento para trás em relação às chapas significa sucção,
e para frente signfica descarga.

A seguir são mostradas as combinações possíveis para o funcionamento da bomba e do motor hidrostático.
O movimento dos pistões, ou seja, o débito da bomba, depende do ângulo da chapa defletora.
1. No 1o caso, a bomba succiona em A e descarrega em B.
2. No 2o caso, a bomba succiona em B e descarrega em A.

1º CASO
BOMBA MOTOR
B

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2º CASO
BOMBA MOTOR
B

DESCRIÇÃO E FUNCIONAMENTO DO MOTOR HIDROSTÁTICO


Este motor axial de pistões consiste de um bloco de cilindros contendo nove pistões, que deslizam sobre
um disco com ângulo fixo (ângulo = 18o ).
O bloco de cilindro aciona um eixo.
A tampa trabalha como coletor, o qual desempenha duas funções principais:
1. Proteger o circuito de alta pressão através de duas válvulas de segurança.
2. Guiar parte do óleo proveniente do motor, através de uma válvula vai-vem e de uma válvula de alívio,
para o circuito de arrefecimento.

Fig. 2

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FUNCIONAMENTO DO MOTOR DE CILINDRADA FIXA

Fig. 3

O óleo chega em (A) , que devido a resistência gera um aumento da pressão, passando a exercer uma força
F no pistão. Esta força é decomposta em duas forças diferentes (fig. 3).

P: Perpendicular à chapa fixa


C : Paralela à chapa fixa. Esta força é a responsável pelo movimento dos cilindros.

O deslocamento do motor sendo fixo, e da bomba sendo variável, temos que a velocidade de rotação do
motor é proporcional ao deslocamento da bomba.
A uma pressão constante do óleo, o movimento do motor será constante.

DIREÇÃO DE ROTAÇÃO
Quando o óleo chega em (A), o motor gira em uma direção. Quando o óleo chega em (B), o motor gira na
direção oposta.

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TRANSMISSÃO HIDROSTÁTICA

BOMBA HIDROSTÁTICA (VISTA EM CORTE)

A Eixo de entrada ou eixo de acionamento


B Bomba de carga
C Conjunto do cilindro + pistóes
D Disco ou placa variadora

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MOTOR HIDROSTÁTICO (VISTA EM CORTE)

E Conjunto do cilindro e pistões


F Eixo de saída
G Disco ou placa fixa
H Válvula vai-vem

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TROCA DE ÓLEO E REABASTECIMENTO DO SISTEMA HIDROSTÁTICO

IMPORTANTE:
Todo o cuidado com LIMPEZA:

A sujeira ou outro tipo de contaminação, na maioria Q


dos casos, é a causa de falha de um circuito hidráulico.

Especificação do óleo

Usar sempre óleo New Holland AMBRA


HYDROSYSTEM 68 ou um óleo que atenda a P

especificação internacional:

- DIN 51524 HLP 68 Fig. 4

Troca de óleo (manutenção regular)

Quando trocar:

- Após as primeiras 50 horas de operação

- Daí em diante, cada 400 horas, ou anualmente.

Procedimento:

1. Limpar cuidadosamente o reservatório (P - Fig. 4)


e do filtro localizado acima da bomba hidrostática.

2. Remover a tampa do reservatório hidrostático.


Fig. 5
3. Drenar o óleo do reservatório através da mangueira
(R - Fig. 5).

4. Remover o filtro (A - Fig. 7), utilizando uma chave


para filtros. OBS.: O filtro (A - Fig. 7), deverá ser substituído
nas primeiras 10 horas de trabalho.
5. Aplicar uma película de óleo na junta de filtro novo.

6. Enroscar o novo filtro com a mão.

Apertar firmemente, mas NÃO FAZÊ-LO COM


FERRAMENTAS.

7. Encher o reservatório até a marca de nível máximo


da vareta da tampa (Q - Fig. 4).

A capacidade do reservatório é de aproximadamente


20 litros.

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8. Funcionar o motor.
A
O aviso sonoro na cabina deve cessar e a luz de aviso
de baixa pressão hidrostática deve apagar assim que
o motor começar a funcionar. Caso contrário, sangrar
o circuito (ver o parágrafo seguinte). D
S

Funcionar o motor em marcha lenta


durante cinco minutos e gradativamente
movimentar a alavanca multi-função
para frente e para trás com a alavanca
de mudanças em neutro . Fig. 6

9. Através da vareta, verificar o nível do óleo.

Se necessário, completar até atingir a marca de


máximo.

Enchimento e sangria do sistema hidrostático

Após o reparo ou substituição de um componente do


sistema hidrostático, torna-se necessário um completo
reabastecimento.

NOTA: Antes de montar um novo motor ou uma nova


bomba, deve-se drenar o óleo de fábrica do cárter da
bomba ou do motor.

1. Colocar a alavanca multi-função e a alavanca de


mudanças situadas na plataforma do operador, em
neutro. Fig. 7
2. Afrouxar o tubo da bomba de carga, na entrada da
bomba de carga (pórtico S - Fig. 6).

3. Encher o reservatório de óleo até a marca de


máximo na vareta.

Apertar a mangueira quando aparecer óleo no pórtico


(S) da bomba de carga (apertar com 34 Nm).

4. Soltar o bujão de dreno (C) do motor hidrostático


(Fig. 7).

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5. Desligar a mangueira (D - Fig. 6) na carcaça da


bomba.

Encher o óleo através dessa mangueira até que


transborde pela abertura de dreno do motor hidrostático
(C - Fig. 7).

6. Reapertar o bujão de excesso (C - Fig. 7) e a


mangueira (D - Fig. 6) com torque de 34 Nm.

7. Desligar o conector E do solenoide de parada, no


compartimento do motor (Fig. 8) e (Fig. 8-1 TC57 Hydro).

8. Girar o motor, através do motor de partida, por 10


segundos.

Verificar o nível de óleo do reservatório. Se necessário,


completar até o nível de Máximo na vareta.

9. Repetir a operação até onde o nível da vareta não


abaixe mais.
Fig. 8
10. Ligar novamente o conector E do solenoide de
parada (Fig. 8).

11. Deixar o motor funcionar a aproximadamente 1000


rpm durante três minutos.

Aumentar a rotação do motor até


2000 rpm e movimentar a alavanca de
comando do variador 1/5 do curso para
a frente, e em seguida 1/5 do curso para E
trás (alavanca de mudanças em neutro).

12. Repetir o processo, movimentando a alavanca 1/5 Fig. 8-1


do curso num sentido e no outro, de cada vez.

13. Verificar o nível de óleo do reservatório. Se


necessário, completar o nível até a marca de máxima
da vareta.

14. Funcionar o motor, engatar a marcha com a


alavanca multi-função em neutro. A colheitadeira não
deve se movimentar. Agora conduza a colheitadeira
vagarosamente para a frente e para trás,movimento a
alavanca multi-função para a frente e para trás.

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SISTEMA HIDROSTÁTICO

AJUSTES MECÂNICOS

AJUSTE DO CABO DE CONTROLE


Quando trocar de marcha, com a alavanca multi-
função na posição de neutro, a colheitadeira não
poderá mover-se em hipótese alguma.

Caso a colheitadeira se mova com a alavanca na


posição de neutro, o cabo de controle deverá ser
ajustado.
Para ajustar o cabo de controle hidrostático, proceder Fig. 9
como segue:
1. Parar o motor.
2. Posicionar a alavanca em neutro.
3. Soltar a contra-porca J, a porca K e retirar o olhal
do pino roscado.
4. Soltar a contra-porca L e girar o olhal no cabo até
que o mesmo mova-se livremente no pino roscado
da alavanca de controle da bomba.
5. Apertar a contra-porca L e recolocar as porcas J
e K no pino roscado. Apertar a porca e contra-porca
o suficiente para que o olhal poça mover-se livremente
no pino.

ATENÇÃO
Observar a existência de um ponto neutro na
alavanca M.

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AJUSTE DA TENSÃO DA CORREIA


Proceder como segue:
1 - Soltar os 4 parafusos H.
2 - Ajustar pelas porcas J.
Tensão correta da correia:
Deflexão de 15 mm, no meio da correia, aplicando-
se uma força de 332 N (33,8 kgf).
3 - Apertar os parafusos H com torque de 91 Nm (9,3
kgfm).
4 - Apertar as porcas J com torque de 91 Nm (9,3
kgfm). Fig. 10

OBS: O sistema de tensionamento da correia foi


modificado a partir do chassi nº 7548.

A partir do chassi nº 7548

Proceder como segue:


1 - Soltar aprox. 10 mm as contra-porcas J (Fig. 10-1).
2 - Soltar as porcas H (Fig. 10).
3 - Verificar se as molas aparecem na parte inferior dos
tubos K. Caso isto ocorra, apertar as duas porcas
inferiores J (Fig. 10) até que a mola fique totalmente J
recolhida dentro do tubo K (Fig. 10-1).

OBS: A pressão exercida pela mola, no sistema,


dará a tensão correta na correia.

4 - Apertar as porcas superiores H com torque de 91


K
Nm (9,3 kgfm). Fig. 10-1
5 - Apertar os parafusos J com torque de 91 Nm (9,3
kgfm).

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CIRCUITO HIDROSTÁTICO E COMPONENTES (FIG. 11 E FIG. 12)

Circuito

1 Bomba hidrostática (sauer sundstrand)

2 Bomba de carga (bomba tipo “rotor” - vazão 17 cm3/rot)

3 Válvula de alívio da pressão da bomba de carga (24 bar)

4 Válvula de controle de fluxo.

5 Válvulas de alívio de pressão do servocilindro

6 Válvulas multi-função

6a Regulado para 420 bar

6b Regulado para 450 bar

6c By-pass

6d Válvulas de retenção

7 Válvula de alívio de pressão de carga do motor (24 bar)

8 Elemento lógico (centrada por mola em posição fechada) ou válvula vai-vem


O elemento lógico estabelece um circuito entre a linha principal
que fique no lado de baixa pressão, e a válvula de alívio da
pressão de carga 7.

9 Motor de cilindrada fixa

10 Filtro

11 Reservatório

12 Trocador de calor

13 Termoválvula

14 Servocilindro

15 Válvulas de restrição.

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Fig. 11

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Fig. 12

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SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO 17

FUNCIONAMENTO DA VÁLVULA MULTI-FUNÇÃO


(4 FUNÇÕES) (FIGS. 11 A 13)

Fig. 13
A Alta pressão (420 bar)

B Pressão de carga (24 bar)

L Ao servocilindro

As válvulas multi-função 6 (Fig. 12) ou G (Fig. 14) fazem


parte integrante da bomba.

Fig. 14

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1. VÁLVULA DE RETENÇÃO (item 6d, Fig. 12)

Quando a pressão no alojamento C é maior do que a


pressão na mola D, o alojamento C desloca-se para a
esquerda, levando consigo o pistão E. O óleo flui de B
para A para encher o sistema.

2. LIMITADOR DE PRESSÃO (P.O.R.) - 420 BAR


(item 6A, figura 12)

(Compensador de pressão)

Quando a alta pressão ultrapassa 420 bar, a pressão


na válvula F desloca-a para a esquerda, permitindo
que o óleo flua para o servocilindro através do pórtico
L.

3. VÁLVULA DE ALÍVIO DE ALTA PRESSÃO - 450


BAR (item 6b, Fig. 12)

O fluxo para o estágio do limitador de pressão precisa


passar pelo orifício G do pistão E, gerando uma
diferença de pressão no orifício. Quando a pressão no
pistão E exceder a força de fechamento da pressão
interna da válvula (em virtude da queda de pressão no
orifício) que atua do lado esquerdo, mais a força da
mola D, o pistão E desloca-se para a esquerda,
permitindo que o óleo flua para o circuito de carga.

4. VÁLVULA BY-PASS (item 6c, Fig. 12)

Girando-se a peça sextavada H externa 3,5 voltas no


sentido anti-horário, reduzir-se-á a força exercida sobre
a válvula F.

Isso deixa o limitador de pressão com uma regulagem


muito baixa, Quando o eixo da bomba não está girando,
mas é gerada pressão nas linhas de alta pressão devido
a influências externas (motor trabalhando como
bomba), a válvula F desloca-se para a esquerda e o
óleo flui através da peça L. Neste ponto, o pistão E
pode facilmente deslocar-se para a esquerda e o óleo
proveniente do pórtico A (alta pressão) flui para o
pórtico B.

NOTA: Quando a máquina tiver que ser rebocada


engatada a mola K deve ser liberada, girando-se a
peça sextavada H 3,5 voltas no sentido anti-horário,
para abrir o circuito.

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DESMONTAGEM E MONTAGEM DOS COMPONENTES PRINCIPAIS - DETECÇÃO


DE FALHAS E PONTOS DE MEDIÇÃO

BOMBA HIDROSTÁTICA

Precauções

- Antes de revisar a transmissão hidrostática, efetue


uma boa limpeza da mesma, procurando fazer a
revisão em uma área limpa e utilizando ferramentas
limpas. É necessário a maior limpeza possível, a fim
de evitar a entrada de sujeira no sistema, o que
acarretaría sérios danos.

- Ao revisar a bomba, sempre montar retentores


novos.

- Ao desligar as tubulações, tampe as mesmas e os


bocais das peças da transmissão, a fim de evitar que
o sistema seja contaminado.

- Ao montar os aneis “O” nos componentes, aplique


nos mesmos uma leve camada de vaselina.

RETENTOR E SUBSTITUIÇÃO DO EIXO


1. Remover a bomba da máquina. Remover a porca
(A), a chaveta (B), os quatro parafusos (C) e a chapa
retentora (H - Fig. 15).

Fig. 15

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2. Remover o porta-retentor (D) com o retentor e o anel


“O” (R), conforme ilustrado na Figura 16, e/ou bater
levemente a extremidade do eixo com um martelo de
borracha.

Fig. 16

3. Prensar o retentor E para fora do porta-retentor


(F - Fig. 17). Examinar o porta-retentor, o retentor e o
anel “O”, verificando se há indícios de danos ou cortes.
Prensar o novo retentor para dentro do porta-retentor,
tomando cuidado para não danificar o retentor.

Fig. 17

4. Girar a bomba de forma que o flange de montagem


fique para cima. Agora pode ser removido o eixo
(G - fig. 18) (com o rolamento).

OBS.: O eixo deve ser removido somente nesta


posição, caso contrário o bloco pode deslocar-se,
dificultando a instalação de eixo.

Examinar a área de vedação do eixo quanto a


ferruagem, desgaste ou contaminação.

Fig. 18

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SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO 21

5. Enrolar a extremidade do eixo onde fica montada a


chaveta com um plástico resistente para evitar avaria
do lábio do retentor durante a instalação.

Lubrificar o retentor com vaselina.

Montar o porta-retentor (D) com o retentor (Fig. 19),


anel “O” (R) e chapa retentora (H - Fig. 15).

Reinstalar os quatro parafusos (C - Fig. 15) e apertar


com torque de 13,5 Nm.

Fig. 19

SUBSTITUIÇÃO DA VÁLVULA DE ALÍVIO


DA PRESSÃO DE CARGA

1. Antes de remover a válvula de alívio, marcar o bujão


(F), a contraporca (G) e o alojamento (H - Fig. 20), a fim
de manter o ajuste original durante a montagem, ou
medir a altura (X).

2. Remover o bujão F da válvula de alívio, que pode


ser ajustada por parafuso (Fig. 20), afrouxando a
contraporca (G) e desenroscando o bujão.

3. Se necessário, substituir a válvula e seu assento.

4. Montar o bujão com respectiva contraporca


considerando a cota (X), e alinhando as marcas feitas
Fig. 20
durante a desmontagem, e apertar a contraporca com
46 a 55 Nm.

5. Verificar e, se necessário, ajustar a pressão de carga


para 24 bar (à razão de aproximadamente 4 bar por
volta do parafuso).

Esta pressão pode ser verificada retirando-se o bujão


(J) abaixo do sensor de pressão (localizado no suporte
do filtro) e instalando um manômetro neste local
(conexão do manômetro: 9/16" - 18, com anel "O").
J

Fig. 21

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22 SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO

Atenção, o procedimento a seguir deve ser


realizado somente pelo pessoal de serviço da
Sauer.

Substituição da bomba de carga

DESMONTAGEM

Remover:

1. Os seis parafusos (A) e a chapa retentora (Fig. 22).

Fig. 22

2. A tampa da bomba (B - Fig. 23).

Fig. 23

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SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO 23

3. O eixo da bomba (C) com a chaveta D (Fig. 24).

OBS.: Cuidar para que a chaveta não caia dentro da


bomba.

Fig. 24

4. A chapa (E) do pórtico externo da bomba (Fig. 25).

Fig. 25

5. O rotor (F) da bomba (Fig. 26).

Fig. 26

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24 SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO

6. O pino de alinhamento (G), o anel excêntrico (H) e a


chapa interna do pórtico (J) (Fig. 27).

Examinar as chapas, buchas do rotor e o eixo quanto


a desgaste anormal, danos ou corpos extranhos.

MONTAGEM
Antes da montagem, aplicar uma pequena quantidade
de vaselina do diâmetro interno e externo e nas faces
laterais do rotor.

Fig. 27

NOTA: A rotação da bomba de carga é determinada


pela orientação do anel excêntrico do conjunto do rotor,
das chapas interna e externa do pórtico da bomba, e
pela posição (K) do pino de alinhamento na tampa (Fig.
28).

Proceder da seguinte forma:

1. Montar o anel excêntrico (H - Fig. 27).

2. Montar o pino de alinhamento (L) de forma a orientar


corretamente as chapas dos pórticos, bem como o anel
excêntrico externo, para a correta rotação da bomba Fig. 28

(Figs. 29 e 30).

A figura 29 ilustra uma rotação horária, a figura 30 uma


rotação anti-horária (vista do lado do eixo de
acionamento). A seta indica o lado de entrada.

3. Montar o conjunto do rotor e a chapa externa do


pórtico.
Fig. 29
4. Montar a chaveta (D - Fig. 24) no eixo da bomba.

Montar o eixo da bomba (C - Fig. 24).

5. Com cuidado remover o pino de alinhamento sem


mexer no alinhamento das peças.

Fig. 30

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SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO 25

6. Aplicando graxa, introduzir o pino no furo (N - Fig.


31) da tampa da bomba.

7. Montar a tampa da bomba com o pino de alinhamento


nas peças alinhadas na cavidade, tomando o cuidado
de não danificar o anel “O” do diâmetro externo da tampa,
durante a montagem.

8. Montar a tampa da bomba (B - Fig. 23) e a chapa


retentora.

9. Montar os seis parafusos (A - Fig. 22) e apertá-los


com torque de 13,5 Nm.

Fig. 31

SUBSTITUIÇÃO DA VÁLVULA DE
CONTROLE

1. Remover os seis parafusos A e levantar a válvula


de controle com a junta para fora do alojamento (Fig.
32).

PRECAUÇÃO:
Proteger as superfícies e as cavidades
expostas contra danos e corpos
extranhos. A entrada de corpos Fig. 32
estranhos pode provocar o movimento
descontrolado da colheitadeira.

2. Colocar uma nova junta (C - Fig. 33) na


carcaça. Assegurar-se de que os orifício de
controle e as molas estejam na posição
correta.

Fig. 33

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3. Encaixar o pino (D - Fig. 34) da articulação de controle


no furo (E - Fig. 33) da articulação fixada à chapa
defletora.

4. Movimentar a articulação (alavanca) para um lado e


para o outro a fim de conferir o encaixe do pino na
mesma. O encaixe correto será evidenciado por uma
pressão crescente da mola à medida que a alavanca
se afasta do centro.

5. Posicionar a alavanca de controle no lugar na


carcaça da bomba, alinhar a junta e montar os
parafusos com torque de 16 Nm (Fig. 32).

Fig. 34

Inspeção e ajuste das válvulas multi-função

As válvulas multi-função (G) ficam localizadas


conforme ilustrado na figura 15 - letra G.
Após remover as válvulas (peça sextavada L),
inspecioná-las e, se necessário, substituí-las,
montar novamente ambas as válvulas e apertá-las
com torque de 89 Nm.

Ajuste da válvula de alta pressão

ADVERTÊNCIA:
Para esse ajuste, escolha uma pista livre
de pelo menos 20 metros à frente e atrás
da colheitadeira.
Assegurar-se de que não se encontrem Fig. 35
pessoas ou obstáculos no caminho.

1. Instalar dois manômetros de alta pressão (protegidos


contra vibração e choques e de capacidade de
aproximadamente 600 bar) nos pórticos de alta
pressão M1 e M2 da bomba (Fig. 36).
Se possuir disponível somente um manõmetro,
medir primeiro o pórtico M1 e depois o pórtico
M2.
Rosca 9/16”- 16, com anel “O”.

2. Com uma pessoa observando o(s) manômetro(s),


uma segunda pessoa deve dar partida no motor,
engatar a 4a marcha e acelerar o motor à máxima
rotação.
Aplicar o freio de estacionamento, interligar os
pedais do freio, e pisar firmemente nos pedais
enquanto lentamente movimenta a alavanca do
sistema hidrostático para a frente e para trás
algumas vezes. Manter o sistema em regime de
sobrepressão apenas por alguns segundos, voltar
ao neutro o quanto antes. Parar o motor.

Fig. 36

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SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO 27

3. A pressão máxima deve ser de 420 bar.

Caso contrário, proceder da seguinte forma:

a) Afrouxar a contraporca (sextavado menor) nas


válvulas multi-função (K - Fig. 35).

b) Remover a tampa plástica na parte superior da


válvula.

c) Encaixar uma chave com sextavado interno (4 mm)


no parafuso de ajuste de pressão.

NOTA: O giro do parafuso de ajuste de pressão no


sentido horário aumentará a pressão à razão de ± 90
bar por volta.

d) Ajustar o nível de pressão alta, tomando as


precauções e cuidados detalhados no item 2.

Válvulas “by-pass” (derivação)

IMPORTANTE:
Estas válvulas “by-pass” devem ser abertas antes de
rebocar lentamente a colheitadeira com a marcha
engatada.

Esta válvula faz parte integrante da válvula multi-função


e pode ser aberta girando a parte sextavada central
da válvula multi-função (K - Fig. 35).

Girar o sextavado central três voltas no sentido anti-


horário para abrir a válvula “by-pass”. Não girar mais
de 3,5 voltas, pois isso provocaria vazamentos internos.

Antes de rebocar a colheitadeira com a marcha


engatada, movimentar a alavanca multi-função para a
posição máxima para a frente, e girar a chave de
ignição para a posição de partida.

A colheitadeira deve ser rebocada lentamente.

Para fechar a válvula “by-pass”, girar o sextavado


central no sentido horário até encostar. Em seguida,
apertar com 41 Nm.

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28 SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO

MOTOR HIDROSTÁTICO

SUBSTITUIÇÃO DO EIXO E DO
RETENTOR

1. Remover os quatro parafusos (A) e a chapa (B)


(Fig. 37).

Bater a ponta do eixo com um martelo (de borracha ou


de plástico).

Fig. 37

2. Remover o porta-retentor (C) e o anel “O” conforme


mostrado na figura 38.

Use chave de fenda somente se não puder removê-los


com a mão.

Fig. 38

3. Retirar o eixo (D - Fig. 39) com respectivo rolamento.

NOTA: O motor deve ficar posicionado com o flange


de montagem para cima.

4. Substituir todas as peças danificadas (retentor, anel


“O”, porta-retentor).

5. Lubrificar o retentor com vaselina.

6. Montar pela ordem inversa da desmontagem.

7. Apertar os quatro parafusos (A - Fig. 37) com torque


de 13,5 Nm. Fig. 39

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SEÇÃO 18 - SISTEMA HIDROSTÁTICO 29

SUBSTITUIÇÃO DA VÁLVULA DE ALÍVIO


DA PRESSÃO DE CARGA

1. Remover a válvula (E - Fig. 40).

2. Substituir a mola, a válvula e o anel “O”, se


necessário.

3. Montar a válvula de alívio e apertar com torque de


68 Nm.

Fig. 40

SUBSTITUIÇÃO DA VÁLVULA VAI-VEM

1. Remover o bujão F de ambos os lados (Fig. 41).

2. Remover as molas (G), as arruelas (H) e o carretel


(J - Fig. 42).

3. Montar novas peças, se necessário.

4. Verificar se o carretel se movimenta livremente.

5. Montar tudo e apertar com torque de 41 Nm.

Fig. 41

Fig. 42

05 - 2001

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