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1.1 SEQUÊNCIA EXECUTIVA
Detalhamento:
01 – Soldador;
03 – Ajudante especializado;
01 – Operador de equipamento leve.
A atividade consiste na desmontagem da junta e retirada da fixação dos dormentes adjacentes, abertura
de cava no lastro existente entre os dormentes da junta, limpeza da superfície dos trilhos, abertura de
cava com retirada do lastro circundante se necessário, nivelamento e alinhamento dos topos do trilho,
montagem dos equipamentos de solda, forma, prensa, presilhas, bandeja, conchas de escórias e
consumíveis de solda.
Logo após a preparação da solda, inicia‐se a mais importante operação da soldagem aluminotérmica. Utiliza‐
se para esta operação um maçarico de aquecimento de 32 furos que queima gás propano sob pressão de 02
(dois) bar e oxigênio sob pressão de 05 (cinco) bar – processo Thermit SkV.
O pré‐aquecimento termina quando base (patim) dos trilhos alcança temperaturas de aproximadamente 950
a 1.000ºC e coloração amarelada característica. Tempo de pré‐aquecimento não inferior a 03 (três) minutos.
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Terminado o pré‐aquecimento, inflama‐se a mistura (porção) por meio de um ignitor próprio e uma vez
completada a reação (a uma temperatura média de 2.450 °C para o processo SkV) faz‐se o sangramento por meio
de abertura e rompimento dos bujões de vedação do cadinho descartável, o que acarreta a corrida do aço para
dentro da forma. A reação dura de 15 a 20 segundos.
Após a “corrida”, retiram‐se as formas e inicia‐se o “acabamento bruto” da solda a quente. Abertura das
formas em 4 minutos. As rebarbas de aço são retiradas com rebarbadora de corte hidráulica.
Após o acabamento bruto da solda, a mesma deverá ser esmerilhada na área do boleto após, ou antes, do
resfriamento, para obter‐se um rolamento correto e suave dos veículos. O acabamento da solda será realizado
apenas na superfície superior e laterais do boleto do trilho.
Após a conclusão do serviço, a superestrutura ferroviária deverá ser imediatamente recomposta no local
da solda, providenciando‐se nivelamento com socaria manual dos dormentes sob a junta,
complementação das fixações, remoção de resíduo de escória caído sobre o lastro, carga, transporte e
descarga das talas, parafusos e arruelas retirados com execução da solda depositando‐as em local
indicado pela Fiscalização.
Não apenas o soldador, bem como todos os colaboradores envolvidos direta e indiretamente no processo
de solda deverão ser treinados e certificados pela própria THERMIT e suas certificações inclusas nos
anexos da documentação legal da equipe, com larga experiência em solda e manutenção de via, além do
uso correto de todos os equipamentos de segurança e procedimentos imprescindíveis para segurança
humana e patrimonial.
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O soldador deve preencher a ficha de execução de solda aluminotérmica, fornecida pela fiscalização,
individualmente para cada solda. Também deverão ser anotadas na alma do trilho as informações devidas
informadas nesta mesma ficha. Tanto o preenchimento da ficha como informações no patim devem ser
obrigatórias e prerrogativas para confirmar a medição de serviços. O soldador deverá possuir na frente de
trabalho um exemplar do procedimento de solda aluminotérmica do processo utilizado.
Na substituição do trilho deverá ser utilizado termômetro próprio para trilho e estabelecida a folga de acordo
com tabela a ser fornecida pela Fiscalização.
A aplicação de TLS (trilho longo soldado) deverá ser feita dentro da Faixa de Temperatura Neutra além de se
respeitar o procedimento de ATT (Alívio Térmico de Tensão) juntamente com a troca do trilho, procedimento
este especificado no referencial técnico da fiscalização.
No processo de manutenção de via permanente, a execução de solda aluminotérmica tem por função eliminar
anomalias pontuais no trecho, por este motivo sua ocorrência não é contínua proporcionando diminuição de
sua produtividade em relação ao mesmo item para aplicação em regime de obra.
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As dificuldades de mobilização tornam‐se ainda maiores para trechos sem acessibilidade rodoviária por longos
percursos da ferrovia. Para esses casos o transporte da equipe ocorrerá por meio ferroviário e de
responsabilidade da Contratante, com a apropriação pelo regime de homem hora ao longo de todo período
de transporte, sendo remunerados em item específicos por unidade.
Esta composição foi baseada em apropriação de campo, para atividades de manutenção de via permanente
para turmas de solda aluminotérmica especificamente nos trechos:
Canguera a Evangelista Souza/SP (de 01 a 10 de junho);
Evangelista Souza a Paratinga/SP (de 01 a 10 de junho);
Rio Claro a Canguera/SP (de 19 a 30 de junho).
Equipe:
P9825 ‐ Soldador: 01
P9802 ‐ Ajudante especializado: 01
P9843 ‐ Operador de equipamento leve: 03
Tempos médios:
Mobilização e preparo:
Posicionamento de materiais, equipamentos, ferramentas e sinalização: 48 minutos
Retirada dos elementos de fixação: 02 minutos
Abertura de cava do vão da junta e desmontagem da tala de junção: 12 minutos
Corte de trilho: 07 minutos
Execução de solda:
Nivelamento e alinhamento das extremidades dos trilhos: 15 minutos
Montagem e vedação das formas: 15 minutos
Pré‐aquecimento e soldagem: 06 minutos
Retirada das formas e acabamento bruto da solda: 10 minutos
Acabamento e finalização:
Acabamento fino da solda: 22 minutos
Aplicação dos elementos de fixação: 03 minutos
Nivelamento de junta com socaria manual da via: 20 minutos
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Como referência para elaboração da CPU, utilizou‐se a estrutura do SICRO, conforme a seguir:
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CPU SICRO de código 2909145
Mão de obra:
A equipe básica desta composição irá respeitar as primícias técnicas de não apenas o soldador bem como
todos os colaboradores envolvidos direta e indiretamente no processo de solda deverá possuir treinamento e
certificação para a atividade. A equipe básica para o serviço de solda aluminotérmica.
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01 soldador
01 operador de máquinas leves
03 ajudantes especializado de solda
Equipamentos:
Foram considerados os seguintes equipamentos:
E9687 ‐ Caminhão carroceria com capacidade de 5 t ‐ 115 Kw (01 unidade);
E9735 ‐ Máquina para serrar trilho ‐ 5,0 kW (01 unidade);
E9141 ‐ Rebarbadora hidráulica com bomba manual com capacidade de força de 9.000 kgf (01 unidade);
E9738 ‐ Máquina de esmerilhar de topo de boleto (01 unidade);
E9738 ‐ Máquina de esmerilhadeira de lateral de boleto (01 unidade);
E9988 ‐ Equipamento de solda (01 conjuntos).
Produção da equipe:
Produção horária apropriada da equipe de 0,3774 unidade.
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Detalhe do trolley de movimentação carregado
*Tempo médio apropriado, podendo variar conforme programação, porém dentro de uma previsão
média de distância entre pontos de 250 metros.
Para retirada das fixações deverão ser utilizadas as ferramentas adequadas para cada tipo, não se
admitindo improvisações de ferramentas. A utilização de marretas para retirada direta de grampos
elásticos é proibida sob pena de causar danos como perda do efeito de mola e retensionamento dos
grampos, e devido risco de acidente de trabalho por projeção dos mesmos.
Com a utilização das ferramentas adequadas, serão removidas as fixações dos dormentes adjacentes
a junta (grampos, retensores e outros).
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Abertura de cava no vão da junta e desmontagem da tala de junção:
As juntas compostas por talas de junção, parafusos, porcas e arruelas de pressão, as talas de junção
estarão instaladas provisoriamente com a responsabilidade de prover temporariamente a união entre
as extremidades de dois trilhos garantindo o seu nivelamento e alinhamento para que as extremidades
dos trilhos funcionem perfeitamente solidários sob a ação do tráfego ferroviário. A tala é a peça que
irá proporcionar a rigidez necessária na região de união dos trilhos durante o período que se aguarda
a aplicação da solda aluminotérmica.
De acordo com o perfil de trilho (TR57), a tala de junção irá possuir 06 conjuntos de parafusos, porcas
e arruelas.
Para a desmontagem das talas iremos considerar a retiradas dos jogos de parafusos e remoção das
talas de junção.
A abertura de cava do vão da junta visa desguarnecer o lastro ferroviário circundante para
proporcionar maior grau de liberada à aplicação dos ferramentais de solda.
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Corte de trilho:
O corte de uma das extremidades dos trilhos para preparação a obtenção da folga necessária a
execução da solda, será obrigatoriamente efetuado com máquina de serrar trilhos Policorte. A
utilização de maçarico será permitida apenas nos casos que requerem eliminação de tensões internas
de compressão das barras a serem trabalhadas, antes da remoção das fixações; estes cortes deverão
ser posteriormente refeitos com disco ou máquina de serrar eliminando a zona termicamente afetada
(ZTA) pelo corte com maçarico; assim deverão ser eliminados no mínimo segmentos de trilhos de 2,5
cm para cada lado do corte efetuado com maçarico.
Detalhe do corte de trilho para obtenção da folga (GAP) ideal para execução da solda
A folga entre topos dos trilhos deverá ser ajustada de acordo com as recomendações do procedimento
de solda, utilizando calibrador, sendo que normalmente variam entre 22 a 27 mm, exceto nos caso de
solda de reparo que requer folgas entre 65 e 71 mm.
Folga inferior a recomendada pelo fabricante prejudica o pré‐aquecimento de toda a secção do trilho
e diminui a quantidade de aço que fica na solda, consequentemente reduzindo a quantidade de calor
necessário para fundir o aço do trilho, pois uma parcela do calor é gerada pela reação da solda.
Para o procedimento de corte, é obrigatório o estabelecimento da distância mínima entre duas soldas
ou entre uma solda e uma junta de no mínimo 4 m. Como também é obrigatória a distância mínima
entre a extremidade do trilho a ser soldado e o primeiro furo deverá ser de 120 mm. Caso não seja
possível estabelecer tal parâmetro, devem‐se eliminar todos os furos e reajustar a folga.
O alinhamento dos trilhos será realizado com a utilização da régua de nivelamento, os ajustes
das extremidades dos trilhos serão realizados por intermédio de cunhas aplicadas no patim dos
trilhos, considerando uma ligeira elevação. Esta elevação é necessária para compensar o
esfriamento tardio do boleto com o consequente abaixamento da junta.
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Tempo gasto para a atividade: 15 minutos
Durante esta etapa do processo, serão aplicadas as formas envolvendo as duas pontas dos trilhos.
Durante o processo de montagem das formas, serão aplicadas presilhas que irão garantir a
estabilidade e fixação das formas refratárias. Depois de finalizada a fixação das formas, as suas
extremidades serão vedadas com aplicação da pasta, esse procedimento irá evitar prováveis
vazamentos durante a “corrida do aço”.
Essa atividade será desempenhada pelo soldador e seu auxiliar, a partir deste ponto apenas eles irão
conduzir o processo de pré‐aquecimento e ignição do cadinho descartável. Os demais membros da
equipe irão proceder com a montagem e regulagem do equipamento de pré‐aquecimento e
posicionamento de máquinas e ferramentas.
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Detalhe regulagem das formas refratárias
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Detalhe da vedação das formas refratárias
Pré‐aquecimento e soldagem;
Para essa etapa será posicionado ao suporte de fixação, o maçarico de pré‐aquecimento previamente
regulado. O pré‐aquecimento termina quando base (patim) dos trilhos alcança temperaturas de
aproximadamente 950 a 1.000ºC e atinge uma coloração amarelada característica.
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Detalhe do pré‐aquecimento das extremidades dos trilhos
Finalizado o pré‐aquecimento, inflama‐se a mistura (porção) por meio de um ignitor próprio e uma vez
completada a reação (a uma temperatura média de 2.450 °C para o processo SKS) faz‐se o sangramento
por meio de abertura e rompimento dos bujões de vedação do cadinho descartável, o que acarreta a
corrida do aço para dentro da forma. A reação dura de 15 a 20 segundos.
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Detalhe do processo de ignição da porção de solda.
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Retirada das formas e acabamento bruto;
Após a “corrida do aço”, retiram‐se as formas e inicia‐se o “acabamento bruto” da solda a quente.
Abertura das formas em 4 minutos, as rebarbas de aço são retiradas com equipamento de corte
“rebarbadora de solda”.
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Detalhe das extremidades dos trilhos após o acabamento bruto
Durante o processo de retirada das formas e rebarbamento de solda, a solda sofrerá o seu
acabamento bruto com expurgo do material residual excedente da solda.
Acabamento fino:
Após o acabamento bruto da solda, a mesma deverá ser esmerilhada na área do boleto (acabamento
fino), após ou antes do resfriamento, para obter‐se um rolamento correto e suave dos veículos.
O acabamento das soldas será realizado apenas na superfície superior e laterais do boleto do trilho,
não serão realizadas retiradas de material de reforço de solda ao longo dos demais pontos da seção
transversal do perfil.
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Parte deste processo será realizado com a utilização da esmerilhadeira de boleto como reto, este
equipamento irá promover a remoção do cordão de solda remanescente na porção superior do boleto
do trilho, proporcionando nivelamento de sua superfície de rolamento e uniformidade de sua seção.
A segunda etapa do acabamento fino será realizada com a utilização da esmerilhadeira de boleto
lateral copo cônico. Este equipamento deverá eliminar o cordão de solda remanescente ao longo das
laterais dos boletos, proporcionando alinhamento de sua superfície de contato.
Para aplicação das fixações deverão ser utilizadas as ferramentas adequadas para cada tipo, não se
admitindo improvisações de ferramentas. A utilização de marretas para aplicação direta de grampos
elásticos é proibida sob pena de causar danos como perda do efeito de mola e retensionamento dos
grampos, e devido risco de acidente de trabalho por projeção dos mesmos.
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Com a utilização das ferramentas adequadas, serão aplicadas as fixações dos dormentes adjacentes a
junta (grampos, retensores e outros).
Consiste na operação de altear isoladamente as juntas, com socaria dos dormentes de junta e guarda,
visando colocá‐las no mesmo plano da fila dos trilhos, correspondente à rampa do trecho onde foi
executada a solda.
Materiais:
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Detalhe Kit de solda – acendedor, formas, pasta de vedação, cadinho descartável e porção de solda
Consumo apropriado para o material disco de corte de 35 cm para 5.000rpm, em quantidade de 0,50 unidade
por corte – produção de 01 corte por solda (01*0,50 = 0,50 unidade).
Consumo apropriado para o material “lâmina para rebarbadora”, em quantidade de 0,0022 unidade de corte
– produção de 01 corte por solda (01*0,0022 = 0,0022 unidades).
Consumo apropriado para o material abrasivo de solda rebolo copo reto, em quantidade de 0,1250 unidade
de solda acabada – produção de 01 acabamento por solda (01*0,1250 = 0,1250 unidades).
Consumo apropriado para o material abrasivo de solda rebolo copo cônico, em quantidade de 0,2500 unidade
de solda acabada – produção de 01 acabamento por solda (01*0,2500 = 0,2500 unidades).
Consumo apropriado para o consumível oxigênio em cilindro de 10 m3, em quantidade de 1,2500 metro cúbico
por solda pré‐aquecida – produção de 01 pré‐aquecimento por solda (01*0,2500 = 0,2500 unidades).
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Consumo apropriado para o consumível GLP em cilindro de 45 kg, em quantidade de 0,900 quilograma por
solda pré‐aquecida – produção de 01 pré‐aquecimento por solda (01*0,900 = 0,900 unidades).
Ferramentas:
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O serviço deverá ser medido por unidade de solda aluminotérmica executada e aceita pela fiscalização. O
preço unitário deverá incluir todo e qualquer equipamento, mão de obra com encargos sociais e ferramentas
necessárias à sua efetiva execução. Consumíveis de solda serão fornecidos pela Contratada.
ABNT NBR 12993:1993 - Ferrovia - Termos gerais e/ou fundamentais - Método de ensaio.
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