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Avaliação e Controlo de Riscos Profissionais

1. Conceitos e terminologia relativos ao processo de avaliação de riscos.

• Avaliação do risco: processo global de estimativa da grandeza do risco e de decisão


sobre a sua aceitabilidade.
• Perigo: Fonte ou situação com um potencial para o dano, em termos de lesões ou
ferimentos para o corpo humano ou de danos para a saúde, para o património, para o
ambiente do local de trabalho ou para uma combinação destes
• Identificação do perigo: Processo de reconhecer a existência de um perigo
• Risco: Combinação da probabilidade e das consequências da ocorrência de um
determinado acontecimento perigoso

2. Metodologias de avaliação dos riscos. Metodologias e técnicas de


avaliação de riscos potenciais na fase da conceção.
A avaliação dos riscos tem que se pautar por metodologias adequadas que se traduzem em
procedimentos previstos em:
• Regulamentos (jurídicos)
• Normas (técnicas)
• Códigos (de boa prática)
• Manuais (de procedimentos)

Por outro lado os resultados da avaliação dos riscos devem ser objeto de registo, susceptível
de controlo:
• Registos dos resultados das avaliações (mapas globais relacionados com os
trabalhadores expostos);
• Relatórios de avaliação de riscos (por exemplo, ruído...);
• Notificações obrigatórias de determinados riscos (por exemplo, riscos de acidente
industrial grave...);
• Relatórios de exames médicos;
• Relatórios de acidentes de trabalho

A avaliação deve:
• Ter em conta o conjunto de todos os fatores de risco;
• Ser global para que evidencie os eventuais efeitos da interação dos riscos;
• Explicitar a hierarquização dos riscos identificados;
• Evidenciar as situações de perigo grave e eminente;
• Não dispensar o controlo dos equipamentos, produtos e materiais nas fases de
instalação e utilização, mesmo que estejam certificados;
• Atender os resultados das avaliações anteriores;
• Atender ao estado de evolução das técnicas de avaliação dos riscos.

Os momentos em que se deve situar o levantamento dos perigos:


 Avaliação na fase do projeto
 No âmbito do processo de licenciamento da atividade da empresa.
 Por ocasião das escolhas de novos equipamentos, produtos, processos
 Métodos de trabalho.

 Avaliação durante a laboração


 Avaliação inicial
 Avaliações periódicas
 Avaliações ocasionais
 Reavaliação
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A programação da prevenção deve determinar estes momentos da avaliação tendo em conta,


não só as normas gerais e específicas (legais e técnicas), mas sobretudo a natureza dos riscos

3. Metodologias e técnicas de identificação de perigos.

• Observação direta,
• Entrevistas,
• Consulta dos trabalhadores,
• Informação técnica especializada,
• Listas de matérias-primas, produtos intermédios, subprodutos, resíduos e produtos
finais,
• Rotulagem e fichas de segurança de produtos químicos,
• Listas de absentismo,
• Lista de doenças profissionais e de acidente de trabalho,
• Investigação de acidentes, incidentes e falhas
Aspetos a considerar:

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4. Técnicas qualitativas e quantitativas de estimativa de riscos.

Métodos Qualitativos:
 Descrevem ou esquematizam, sem chegar a uma quantificação dos riscos, os pontos
perigosos de um posto de trabalho ou instalação, bem como as medidas de segurança
disponíveis, sejam estas preventivas ou correctivas.
 Identificam quais os acontecimentos com capacidade e probabilidade de gerarem
situações de perigo, bem como desencadeiam medidas para garantir que não ocorram.
 Como exemplo de métodos qualitativos temos as “listas de verificação”.

Métodos Quantitativos:
 Quantificam o que pode acontecer e atribuem valoração à probabilidade de uma
determinada ocorrência.
 Como exemplo de métodos quantitativos temos as “árvores lógicas” e os métodos de
“esquemas de pontos”. As “árvores lógicas” permitem quantificar um risco, desde que a
cada acontecimento esteja associado um valor estimado para a probabilidade da sua
materialização, bem como estimada a dimensão dos prejuízos esperados.
 Os chamados métodos de “esquemas de pontos”, em que se integram o Método de
Gretner e o Método Simplificado de Avaliação do Risco de Incêndio, baseiam-se num
modelo matemático, no qual se atribui um valor numérico aos diversos fatores que
podem originar ou agravar o risco, permitindo estimar um valor numérico para o risco
efetivo.

Métodos Semi-Quantitativos
 Atribuem índices às situações de risco previamente identificadas e estabelecem planos
de atuação, em que o objetivo é a hierarquização do risco, a definição e implementação
de um conjunto de ações preventivas e corretivas para controlar o risco.
 Incluem-se neste tipo o Método de William T. Fine e o Sistema Simplificado de
Avaliação de Riscos de Acidente.
 Métodos transversais e de fácil aplicação, sendo por isso os mais abordados e
amplamente utilizados.

5. Técnicas de análise indutivas e dedutivas.


6. Critérios e valores de referência contemplados nomeadamente na legislação,
na normalização, nos códigos de boas práticas aplicáveis aos riscos
profissionais.

7. Princípios gerais de prevenção.


Eliminar os perigos
• A primeira atitude preventiva deve ser a de identificar os perigos e proceder à sua
eliminação.
• Ao nível do projeto - previsão do risco e sua supressão definitiva através de adequadas
soluções de conceção;
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• Ao nível da segurança intrínseca - seleção de equipamentos, materiais, matérias-primas e


produtos isentos de risco;
• Ao nível dos métodos e processos de trabalho - organização do trabalho e
estabelecimento de layout, de que resulte a ausência de risco.

Combater o risco na origem


• Este princípio geral, associado ao controlo dos riscos, relaciona-se com o critério geral
da eficácia que deve presidir na prevenção. A ação de controlo de riscos na sua fonte de
origem evitará não só a sua propagação, mas também a potenciação de outros riscos.
• Não é aceitável uma sinalização de piso escorregadio quando é possível a sua
substituição ou reparação (art. 5º do DL n.º141/95, de 14/6),
• As emissões de gases, vapores e poeiras devem ser captadas o mais próximo possível da
sua fonte e com uma capacidade de exaustão suficiente por relação ao seu débito (art.
6.º/2 do DL n.º290/2001, de 16/11).

Adaptar o trabalho ao Homem


• Este princípio tem aplicações na conceção dos locais de trabalho e dos postos de
trabalho, dos equipamentos e dos processos de trabalho, da organização do trabalho, com
a finalidade de respeitar as capacidades físicas e mentais dos trabalhadores e, em
especial, ter em conta os grupos mais vulneráveis.
• Com este princípio visa-se, ainda, perspetivar soluções que evitem o trabalho monótono
e o trabalho isolado.

Atender ao estado de evolução da técnica


• A profunda e permanente evolução tecnológica que caracteriza a modernidade produz
efeitos em toda a atividade produtiva. A prevenção terá de equacionar, de forma
constante, o impacto dessa inovação nos seguintes níveis:
o Componentes físicos de trabalho;
o Componentes organizacionais e humanos do trabalho;
o Técnicas de avaliação e controlo de riscos;
o Metodologias de gestão da segurança, higiene e saúde no trabalho.

Integrar a prevenção num todo coerente


• Indica a necessidade da prevenção ser enquadrada por um sistema de gestão da
segurança e saúde, cuja política seja adequada às necessidades da empresa.
• A avaliação de riscos, o controlo de riscos e a gestão de riscos não podem ser
desenvolvidos de forma desgarrada ou desviada da sua finalidade.
• Têm de ser enquadrados na definição da política de prevenção da empresa e ser
traduzidos num planeamento coerente que envolva todas as dimensões do trabalho, todas
os aspetos da vida da organização e os seus sistemas de relações internos e externos.

Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso


• Este princípio relaciona-se com os anteriores (eliminar os perigos, combater os riscos na
origem, atender ao estado de evolução da técnica), mas pretende chamar a atenção para a
circunstância de a evolução tecnológica apresentar simultaneamente melhores soluções
preventivas mas também novos riscos de que resulta a necessidade de manter em
permanência o funcionamento dos mecanismos de avaliação e controlo de riscos e de
revisão da atuação, num esforço permanente de conhecimento dos riscos e de melhoria
das condições de trabalho.
• Sempre que seja tecnicamente possível, deve substituir-se o que é perigoso pelo que é
isento de perigo ou menos perigoso.
o É o caso, por exemplo, da substituição de uma substância, preparação ou processo
por outro ou outros que, nas suas condições de uso, não seja ou seja menos
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perigoso para a segurança e a saúde dos trabalhadores (art. 6º do DL n.º 290/2001,


de 16/11);
o Da não utilização ou da não armazenagem, para além do necessário, de uma
determinada substância perigosa, se ela não é essencial ao desenvolvimento da
atividade (art. 5º do DL n.º 290/2001).

Privilegiar a adoção de medidas proteção coletiva em relação às medidas de proteção


individual
• Este princípio faz a transição da prevenção para a protecção. A sua aplicação só deverá
ocorrer quando a prevenção não tiver produzido resultados eficientes (eliminando o risco
ou reduzindo-o a níveis aceitáveis).
• Os sistemas de proteção coletiva devem ser instalados o mais próximo possível da fonte
de risco, de forma a traduzir-se num grau de proteção do trabalhador com eficácia
suficiente. O seu estabelecimento deve ter em conta as circunstâncias da situação de
trabalho e atender a fatores de resistência dos materiais e de estabilidade de estruturas.
• A proteção individual (EPI’s) é a última escolha na proteção dos trabalhadores. Face à
proteção coletiva, a proteção individual só deverá ter lugar quando e se aquela não for
tecnicamente possível ou se for considerada insuficiente, pelo que assume um carácter
complementar.
• Quando seja necessária, deve seguir os seguintes critérios:
o Adaptação ao trabalhador;
o Adequação ao risco;
o Adequação ao trabalho.

Dar instruções adequadas aos trabalhadores


• Os trabalhadores devem conhecer e serem capazes de compreender os riscos a que estão
sujeitos nos locais de trabalho e saber o que fazer face a eles, face a situações de
emergência e, até, face a terceiros.
• As instruções relevam de um particular tipo de informação a qual deverá reunir
características de novidade (não é necessário transmitir o que já se sabe ou é do
conhecimento geral), de utilidade (em função do trabalho concreto a ser
desenvolvido) e disponibilidade ou seja, de acesso fácil.
8. Medidas de prevenção e de proteção.
Para a implementação dos serviços de prevenção e proteção de uma organização, é necessário
dispor de determinados recursos, nomeadamente:
Humanos;
• Profissionais qualificados para o desenvolvimento das atividades nucleares de
segurança, higiene e saúde do trabalho e de vigilância médica;
• Pessoas autorizadas a assegurar serviços simplificados de segurança, higiene e saúde do
trabalho na empresa (empresas de reduzida dimensão, até 9 trabalhadores, e com
inexistência de riscos elevados);
• Representantes do empregador para a coordenação das atividades de segurança, higiene
e saúde do trabalho desenvolvidas por serviços externos ou interempresas;
• Trabalhadores designados para o desenvolvimento das atividades de emergência
(combate a incêndios, primeiros socorros e evacuação dos trabalhadores).
Técnicos;
• Neste âmbito, salientam-se os instrumentos de avaliação de riscos e os equipamentos de
proteção coletiva e individual.
• Uns e outros dependerão, na sua natureza e quantidade, das características da empresa e
da sua atividade produtiva.

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Tecnológicos.
• São de salientar as metodologias adequadas à avaliação dos riscos presentes na atividade
da empresa, principalmente no que diz respeito aos procedimentos.
• Tais metodologias podem estar referenciadas na própria legislação, nas normas técnicas
reconhecidas ou, ainda, constarem de códigos de boas práticas.

Para controlar os riscos poderão ser tomadas uma série de medidas, que normalmente são
divididas em:
• Medidas de engenharia;
• Medidas organizacionais;
• Medidas de informação e formação;
• Medidas de proteção coletiva;
• Medidas de proteção individual.

Quanto mais cedo for eliminado o risco melhor, portanto a hierarquia dos controlos deve ser:
• Controlo na fonte do risco;
• Controlo na trajetória do risco (entre a fonte e o recetor);
• Controlo no recetor (trabalhador).

Na seleção de medidas devem ser privilegiadas análise de custo/benefício que esclareçam


sobre o seu impacto e efeito multiplicador. Fatores de risco de menor qualificação, que afetam
a maioria dos trabalhadores (corredores impedidos, piso em mau estado, etc.) que determinam
um número de regras gerais de formulação simples;
Fatores de risco mais específicos, que podem acarretar o estabelecimento de normas e
procedimentos com maior especialização; Atividades de risco elevado, que implicam normas
muito estritas (por exemplo, um sistema de autorizações de trabalho).

9. Medidas de engenharia.
As medidas de engenharia, ou construtivas, atuam sobre os processos produtivos,
equipamentos e instalações, e são implementadas de forma a:
• Limitar / eliminar o risco
• Envolver o risco

Como exemplos deste tipo de medidas, podemos ter:


• Substituição de substâncias perigosas por outras com menos perigo;
• Modificação de processos e equipamentos;
• Processos por via húmida;
• Instalação de sistemas de controlo:
• Ventilação;
• Tratamento acústico;
• Alteração de práticas de trabalho:
• Embalagens vedadas e bem rotuladas;
• Localização do trabalhador.

10.Medidas organizacionais.
Estas medidas atuam sobre o sistema Homem – Máquina – Ambiente de Trabalho de modo a
otimizar esta compatibilidade, através do equilíbrio entre as exigências das tarefas e das
máquinas e as características anatómicas, fisiológicas, cognitivas e percepto-motoras e a
capacidade de processamento de informação humanas.

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Ao nível da segurança:
• 1.º Sentido: Operador – manípulos, volantes, alavancas, teclados – Máquina
• 2.º Sentido: Máquina – visores, mostradores, écrans, sirenes – Homem

Ao nível da Higiene Industrial:


• Poeiras, fumos, neblinas, aerossóis, gases e vapores;
• Agentes físicos–ruído, vibrações, ambiente térmico, radiações ionizantes e não
ionizantes.
• Agentes biológicos – vírus, bactéria, fungos, etc.;
• Agentes ergonómicos – relacionados com os fatores fisiológicos e psicológicos
inerentes à execução das atividades profissionais.

11. Medidas de informação e de formação.

• Descrição dos riscos inerentes ao tipo de trabalho e à empresa ou serviço;


• Medidas de protecção e prevenção, e forma como se aplicam;
• Medidas e instruções a adoptar em caso de perigo grave e eminente;
• Medidas de primeiros socorros, de combate a incêndios e de evacuação dos
trabalhadores.

Esta informação deverá ser prestada nos casos de:


• Admissão na empresa;
• Mudança de posto de trabalho ou de funções;
• Introdução de novos equipamentos ou alteração dos existentes;
• Adoção de novas tecnologias;
• Atividades que envolvam trabalhadores de várias empresas.

12. Medidas de proteção coletiva: critérios de seleção, manutenção e


conservação dos equipamentos de proteção coletiva.
Além das medidas de proteção e prevenção atrás descritas, pode-se ainda falar das medidas de
proteção coletiva, que protegem o conjunto de trabalhadores, afastando-os do risco ou
interpondo barreiras entre estes e o risco.
Como exemplos deste tipo de medidas, podemos ter:
• Equipamentos de proteção contra quedas em altura:
o Guarda corpos;
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o Redes de segurança;
• Equipamentos de proteção contra soterramento:
o Entivações;
• Ventilação adequada em espaços confinados para evitar o risco de intoxicação;
• Encapsulamento de máquinas e utilização de painéis absorventes sonoros;
• Sistema de detenção de incêndios;
• Extintores de incêndio;
• Lava olhos;
• Chuveiros de segurança,..

Também poderão ser consideradas como medidas de proteções coletiva as normas de


segurança e a sinalização.

13.Equipamentos de proteção individual. Critérios de utilização,


manutenção e conservação dos equipamentos de proteção individual.
Os EPI’s exigem do trabalhador um sobre esforço no desempenho das suas funções, quer pelo
peso, quer pela dificuldade respiratória, quer pelo desconforto geral que podem provocar.
Devem, por isso, ser usados apenas na impossibilidade de adoção de medidas de carácter
geral.
A seleção dos dispositivos ou equipamentos de proteção individual deverá ter em conta:
• Os riscos a que está exposto o trabalhador;
• As condições em que trabalha;
• A parte do corpo a proteger;
• As características do próprio trabalhador.

Existem EPI’s fundamentalmente para proteção:


• Da cabeça;
• Dos olhos e rosto;
• Das vias respiratórias;
• Dos ouvidos;
• Dos pés e membros inferiores;
• Das mãos e membros superiores;
• Contra quedas;
• Do tronco.

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14.Sinalização de segurança: critérios de seleção, instalação e manutenção.


A sinalização de segurança serve para alertar rapidamente os ocupantes de determinado local
ou edifício para:
• Objetos perigosos;
• Situações perigosas;
• Ajudar a ultrapassar perigos;
• Prestar informações relacionadas com a segurança.

A forma como deve ser feita a sinalização de segurança está definida em dois diplomas legais:
• Decreto-lei n.º 141/95, que apresenta as prescrições mínimas para a sinalização de
segurança e de saúde no trabalho;
• Portaria n.º 1456-A/95, que regulamenta as prescrições mínimas de colocação e
utilização da sinalização de segurança e de saúde no trabalho.

O empregador deve garantir a existência de sinalização de segurança e de saúde no trabalho


adequada, sempre que os riscos não possam ser evitados ou suficientemente diminuídos com
meios técnicos de proteção coletiva ou com medidas, métodos ou processos de organização
do trabalho.

A colocação e utilização da sinalização de segurança e de saúde implica, nomeadamente:


• Evitar a afixação de um número excessivo de placas na proximidade umas das outras;
• Não utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser confundidos;
• Não utilizar um sinal luminoso na proximidade de outra fonte luminosa pouco nítida;
• Não utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo;
• Não utilizar um sinal sonoro, quando o ruído ambiente for demasiado forte.

Os meios e os dispositivos de sinalização devem ser regularmente limpos, conservados,


verificados e, se necessário, reparados ou substituídos.
Da mesma forma, o bom funcionamento e a eficiência dos sinais luminosos e acústicos devem
ser verificados antes da sua entrada em serviço e, posteriormente, de forma repetida.
O número e a localização dos meios ou dispositivos de sinalização dependem da importância
dos riscos, dos perigos e da extensão da zona a cobrir.

15. Medidas de prevenção e proteção adequadas à fase do projeto.

16. Medidas de prevenção e proteção em situação de perigo grave e imediato.

17.Critérios de programação da implementação de medidas.


18.Técnicas de acompanhamento e controlo da execução das medidas de
prevenção.
A técnica mais utilizada no acompanhamento e controlo de execução das medidas de
prevenção é a Auditoria do Sistema de Gestão de Prevenção de Riscos, também chamada
de Auditoria de Segurança. O seu objetivo é medir a eficácia do sistema e da sua melhoria
ao longo do tempo.
As auditorias de prevenção de riscos profissionais são, como outro tipo de auditorias,
processos estruturados de recolha de informação sobre a eficácia e fiabilidade do sistema de
gestão da prevenção de riscos profissionais, que incluem a proposta de medidas corretivas
adequadas.

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Dirigem-se à avaliação periódica e independente do sistema, visando verificar se existe ou


não a necessária adequação aos padrões de referência a que se reportam.

19.Metodologias e técnicas de avaliação do grau de cumprimento dos


procedimentos.
Em geral, e independentemente de serem conhecidas várias classificações dos tipos de
auditoria, a forma mais correta de classificar as Auditorias de Segurança será em:
• Auditoria do sistema de gestão da prevenção – tem por objetivo avaliar a estrutura e a
organização de meios postos à disposição e controlar o grau de cumprimento da
legislação, regulamentação, métodos e procedimentos de trabalho, face aos critérios
de valoração deles constantes, que fixam, em cada caso, o grau de admissibilidade ou
fiabilidade dos sistemas.
• Auditoria técnica – a avaliação incide sobre os meios técnicos de segurança adotados,
em relação ao processo produtivo e componentes materiais de trabalho, para eliminar
os riscos gerais e específicos de determinada atividade ou instalação.
• Auditoria de verificação de requisitos legais – a avaliação toma por base padrões de
referência no domínio da legislação, regulamentação, normas técnicas, procedimentos
específicos da empresa ou códigos de boas práticas.

20.Critérios de avaliação do custo/benefício das medidas de prevenção e de


proteção.
21.Técnicas de avaliação da eficácia das medidas.
A avaliação da eficácia das medidas de controlo é, em geral, efectuada em função de:
• Medidas reactivas – análise de acidentes e incidentes e indicadores estatísticos de
sinistralidade;
• Medidas proactivas – metodologias de avaliação para verificação do grau de
cumprimento da legislação aplicável;
• Indicadores de qualidade e produtividade.

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