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1ª Edição |Setembro| 2015

Impressão em São Paulo/SP


1º Edição: Setembro de 2015
Impressão em São Paulo/SP

P436L Pereira, Marcelo Eduardo.


Lógicas e fundamentos da matemática. / Marcelo Eduardo
Pereira. – São Paulo : Know How, 2015.
000 p. : 21 cm.
Inclui bibliografia
ISBN
1.Lógica. 2. Matemática. 3. Inferência. I. Título.
A higiene laboral e a gestão de riscos

Conclusão
Sumário.

Referências
Antes de iniciar a gestão de riscos é preciso re-
alizar um planejamento que contemple preliminar-
mente a avaliação dos riscos presentes e que poderão
surgir na empresa. A avaliação de riscos é uma meto-
dologia que tem como objetivo caracterizar os tipos
de efeitos possíveis para a saúde dos trabalhadores
resultante de determinada exposição de agentes no-
civos, bem como calcular a probabilidade de que se
produzam estes efeitos na saúde, com diferentes ní-
veis de exposição. É também usado para caracterizar
situações concretas de risco. Suas etapas são:

a) Identificação de riscos;
b) Descrição da relação da exposição-efeito; e
c) Avaliação da exposição para caracterizar o risco.

O primeiro estágio se refere à identificação de


um agente, por exemplo, uma substância química,
como causadora de um efeito nocivo para a saúde
(ex.: câncer ou intoxicação sistêmica). A segunda
etapa estabelece os níveis de segurança e limite de
exposição, bem como suas consequências (efeito)
sobre a saúde das pessoas expostas. Esses conheci-
mentos são essenciais para interpretar os dados ob-
tidos a partir da avaliação da exposição.
A avaliação a exposição caracteriza-se como
uma parte da avaliação de riscos. Ela serve para ob-
ter dados para caracterizar uma situação de riscos e
também para obter dados para determinar a relação
da exposição-efeito baseando-se em estudos epide-
miológicos. Neste último caso, a exposição de um
determinado lugar determina o efeito relacionado.
Estas causas ambientais da exposição devem ser ca-
racterizadas com exatidão para garantir a confiabili-
dade da correlação entre a exposição e seus efeitos
para a saúde dos trabalhadores.
A avaliação dos riscos é fundamental para mui-
tas decisões que são tomadas. Os benefícios da hi-
giene laboral relacionados à proteção da saúde dos
trabalhadores serão limitados a menos que as ações
de prevenção se concretizem. Ações essas voltadas
para a eliminação ou redução ao máximo de fontes
de riscos ambientais, como por exemplo, contami-
nantes químicos, radiações, etc.
A avaliação de riscos é um processo dinâmico,
sendo comum o desenvolvimento de novos conhe-
cimentos que gradativamente revelam os efeitos no-
civos de substâncias que anteriormente eram con-
sideradas relativamente inócuas. Desta maneira, o
higienista laboral deve ter constantemente acesso à
informação toxicológica atualizada. Outra implica-
ção da higiene laboral é que as exposições devem
ser controladas sempre ao nível mais baixo possível.
De maneira resumida os elementos para a ava-
liação dos riscos são:

• Características do lugar de trabalho:


o Instalações;
o Atividades, processos, operações;
o Fontes de emissão;
o Agentes.
• Características da Exposição:
o Grupos expostos;
o Tarefas de cada grupo;
o Vias de exposição;
o Agentes perigosos e exposição estimada nos
grupos expostos.

• Avaliação do risco:
o Avaliação dos efeitos dos produtos ou agen-
tes para a saúde;
o Classificação dos grupos expostos (efeitos
leves ou efeitos graves).

Gestão de riscos

Nem sempre se podem eliminar todos os agen-


tes de riscos para a saúde no local de trabalho, por-
que alguns deles são inerentes de processos indis-
pensáveis de trabalho. No entanto, os riscos podem
e devem ser gerenciados.
A avaliação de risco fornece uma base para a
gestão riscos. Apesar da avaliação de riscos ser um
procedimento científico, a gestão de riscos é mais
pragmática e envolve decisões e ações orientadas
para a prevenção, ou reduzir para níveis aceitáveis a
presença de agentes que podem ser perigosos para
a saúde dos trabalhadores, para as comunidades no
entorno da empresa e para o meio ambiente.
A gestão de riscos no local de trabalho requer
informação e conhecimentos sobre:

• Riscos para a saúde e sua magnitude, descritos


e classificados de acordo com os resultados da ava-
liação de riscos;
• Normas e requisitos legais;
• Viabilidade tecnológica, do ponto de vista da
tecnologia de controle disponível e aplicável;
• Aspectos econômicos, tais como os custos de
concepção, implementação, operação e manutenção
de sistemas de controle e análise de custo-benefício;
• Recursos humanos disponíveis e necessários;
• Saúde pública e contexto socioeconômico
para base para a tomada de decisões relativas;
• Definição dos objetivos de controle;
• Seleção de estratégias e tecnologias de contro-
le adequadas;
• Alocação de prioridades de ação, levando-se
em conta a situação de risco, o contexto socioeconô-
mico e de saúde pública, para executar ações como:
o Identificação e busca por recursos financeiros
e humanos;
o Concepção de medidas específicas de con-
trole, para ser adequadas para proteger a saúde dos
trabalhadores e o meio ambiente, salvaguardando o
máximo possível os recursos naturais;
o Aplicação de medidas de controle, incluindo
disposições relativas aos procedimentos de opera-
ção, manutenção e de emergência apropriados;
o Estabelecimento de um programa de preven-
ção e controle de risco, com gestão adequada, in-
cluindo a monitorização periódica.

Tradicionalmente, a área da segurança do tra-


balho responsável pela maior parte destas decisões
e ações é a higiene laboral (ou higiene do trabalho,
industrial, ocupacional).
Uma decisão chave da gestão de riscos refere-se
ao risco aceitável (que efeito pode ser aceitável, que
porcentagem da população trabalhadora é aceitável).
Normalmente esta decisão é baseada nos limites de
tolerância impostos pela legislação de saúde e segu-
rança do trabalho nacional, estadual e municipal (mi-
nistério do trabalho, ministério da saúde, vigilância
sanitária, etc.) e, se for o caso, limites de tolerância
de agências internacionais.
O higienista do trabalho deve conhecer os re-
quisitos legais e é responsável, normalmente, para
definir os objetivos de controle no local de trabalho.
No entanto, pode ocorrer que o próprio higienista
laboral tenha que tomar decisões sobre o risco acei-
tável no local de trabalho, por exemplo, quando não
existem normas aplicáveis ou estas não englobam
todas as possíveis exposições.
Todas estas decisões e ações devem ser inte-
gradas num plano realista, que exija coordenação e
colaboração de várias equipes. Embora a gestão de
riscos envolva abordagens pragmáticas, a sua efici-
ência deve ser avaliada cientificamente.
As atividades relacionadas à gestão de riscos
são, na maioria dos casos, um compromisso entre
o que deve ser feito para evitar todos os riscos e o
melhor que pode ser feito na prática, considerando
as limitações econômicas e de outros tipos.
A gestão dos riscos relacionados com o local de
trabalho e com o meio ambiente em geral deve ser
coordenada. Estas duas áreas não são apenas com-
plementares, mas na maioria das vezes o sucesso de
uma está vinculado com o êxito da outra.

Programas de higiene laboral

Um programa de higiene laboral deve ter a ca-


pacidade de realizar estudos preliminares adequados,
fazer amostras, realizar medições e análises para ava-
liar e controlar os riscos, assim como para recomen-
dar medidas de controle ou projetá-las.
Os elementos chave de um programa de higie-
ne laboral são os recursos humanos e financeiros, os
sistemas de informação, as instalações e os equipa-
mentos. Estes recursos devem ser organizados e co-
ordenados através de um planejamento cuidadoso e
de gestão eficiente, também devem incluir a garantia
da qualidade e uma avaliação da continuidade do pro-
grama. O sucesso dos programas de higiene laboral
depende do apoio e compromisso da alta direção.
O principal ativo de um programa são os re-
cursos humanos adequados, sendo prioritário con-
tar com eles. Todas as pessoas devem conhecer
claramente suas responsabilidades e as descrições
dos postos de trabalho. Caso necessário, devem ser
tomadas medidas relacionadas ao treinamento e a
educação. Os requisitos básicos dos programas de
higiene laboral são:
Higienistas laborais: além de conhecimento ge-
ral sobre a identificação, avaliação e o controle de
riscos ocupacionais, os higienistas laborais podem se
especializar em áreas específicas, tais como a química
analítica ou a ventilação industrial; o ideal é ter uma
equipe de profissionais com formação adequada em
todos os aspectos da prática de higiene do trabalho e
em todas as áreas técnicas necessárias;
• Equipe de laboratório, profissionais da área de quí-
mica (dependendo da amplitude do trabalho analítico);
• Técnicos e auxiliares, para estudos de campo
e de laboratório, bem como para a manutenção e re-
paração dos instrumentos;
• Especialistas em informação e apoio administrativo.

Um aspecto importante é a qualificação profis-


sional, que não só deve ser adquirida, mas também
mantida. A educação contínua, dentro ou fora do
programa deve incluir, por exemplo, atualizações
legislativas, novos avanços e técnicas de conheci-
mento. A participação em conferências, simpósios e
seminários também ajuda a manter as competências
do pessoal.
A saúde e a segurança de todos os membros da
equipe devem ser garantidas nos estudos de cam-
po, nos laboratórios e nos escritórios. Os higienis-
tas podem ser expostos a riscos graves e devem usar
equipamentos de proteção individual adequados.
Dependendo do tipo de trabalho, talvez seja preci-
so que eles sejam vacinados. Se for um trabalho em
áreas rurais e, dependendo da região, deverão ser
disponibilizados, por exemplo, soros contra picadas
de cobras.
Os riscos profissionais em escritórios não devem
ser subestimados, pois há riscos, por exemplo, em se
trabalhar com computadores, impressoras, fotocopia-
doras ou sistemas de ar condicionado com falta de
manutenção. Os fatores ergonômicos e os riscos psi-
cossociais também devem ser considerados.
As instalações incluem escritórios, salas de reu-
nião, laboratórios e equipamentos, sistemas de infor-
mação e biblioteca. As instalações devem ser projeta-
das corretamente, levando-se em conta as necessida-
des futuras, visto que alterações e adaptações subse-
quentes são geralmente mais custosas e demoradas.
Os laboratórios de higiene laboral devem ter,
em princípio, capacidade de realizar avaliações qua-
litativas e quantitativas da exposição a poluentes at-
mosféricos (substâncias químicas e poeiras), agentes
físicos (ruído, estresse térmico, radiação, iluminação)
e agentes biológicos. Para a maioria dos agentes bio-
lógicos, as avaliações qualitativas são suficientes para
recomendar controles, e geralmente não é necessá-
rio realizar avaliações quantitativas, as quais normal-
mente são mais difíceis.
Embora alguns instrumentos de leitura dire-
ta da poluição do ar possam fornecer resultados
limitados para efeitos de avaliação da exposição,
são extremamente úteis na identificação de riscos e
suas fontes, determinar as concentrações máximas
e servir de base de dados para projetar medidas de
controle e verificar controles como em sistemas de
ventilação. Em relação aos sistemas de ventilação, os
instrumentos também servem para comprovar a ve-
locidade do ar e pressão estática.
Possíveis estruturas de laboratórios de higiene la-
boral contêm os seguintes materiais e equipamentos:

• Equipamentos de campo (amostragem, lei-


tura direta);
• Laboratório de análises;
• Laboratório de partículas;
• Equipamentos de análises de agentes físicos
(ruído, temperatura, iluminação e radiação);
• Oficina para a manutenção e reparação
de instrumentos.

Ao selecionar uma equipe de higiene laboral,


além das características de desempenho, devem-se
ser considerados os aspectos práticos relacionados
com as condições previstas de utilização, por exem-
plo, infraestrutura disponível, clima, localização. Al-
guns destes aspectos são a possibilidade de transpor-
tar o equipamento, a fonte de energia necessária, os
requisitos de calibração e de manutenção e a dispo-
nibilidade de respostas aos consumidores.
Os equipamentos só devem ser adquiridos se:

a) Existir uma necessidade real;


b) Dispor-se de pessoal qualificado para ga-
rantir a correta operação, manutenção e reparação
de equipamentos;
c) Desenvolver um procedimento completo,
visto que não faria sentido comprar, por exemplo,
um equipamento para amostragem de bombas, se
não houvesse um laboratório para analisar as amos-
tras (ou ao menos um acordo com um laboratório
externo para executar tal análise).

A calibração de todas as medições e amostras


de higiene laboral assim como dos equipamentos
analíticos, devem fazer parte de qualquer processo e
é necessário dispor dos equipamentos para tal.
A manutenção e os reparos são essenciais para
prevenir as que os equipamentos permaneçam pa-
rados por muito tempo. Os fabricantes de equipa-
mentos deve garantir este tipo de serviço, seja por
assistência técnica ou apoio à formação da equipe
de trabalho.
Se um programa completamente novo for de-
senvolvido, inicialmente só deverão ser adquiridos
os equipamentos básicos, adquirindo-se novos equi-
pamentos de acordo com as necessidades, com o
objetivo de garantir as capacidades operacionais pre-
viamente planejadas. No entanto, mesmo antes de
dispor de equipamentos e de laboratório, muito do
progresso operacional pode ser feito através de con-
troles nos locais de trabalho, a fim de avaliar qualita-
tivamente os riscos para a saúde e recomendar medi-
das para reduzir ou eliminar os riscos identificados.
A falta de capacidade para realizar avaliações
quantitativas dos riscos no deve justificar a passivi-
dade frente às exposições obviamente perigosas. Isto
é especialmente verdadeiro em situações em que os
riscos não são controlados no local de trabalho.
Não se pode fazer no desenvolvimento de um
programa de higiene laboral sem considerarmos o
planejamento, o qual deve ser pontual e sua execu-
ção minuciosa. A gestão e a avaliação periódica de
um programa são essenciais para garantir o sucesso
dos objetivos e metas, fazendo o melhor uso dos re-
cursos disponíveis.
O planejamento deve considerar a análise das
seguintes informações:

• Natureza e extensão dos riscos, a fim de esta-


belecer prioridades;
• Requisitos legais (leis, normas, regulamentações);
• Recursos;
• Serviços de infraestrutura e de apoio.
Os processos de planejamento de organização
incluem as seguintes etapas:
• Definir o objetivo do programa, definindo os
objetivos e o âmbito de atuação, considerando a de-
manda prevista e os recursos disponíveis;
• Alocação de recursos;
• Definição da estrutura organizacional;
• Perfil dos recursos humanos e seus planos
de desenvolvimento;
• Atribuição clara das responsabilidades aos di-
ferentes serviços, equipamentos e pessoas;
• Concepção e adaptação de instalações;
• Seleção de equipamentos;
• Requisitos operacionais;
• Estabelecimento de mecanismos de comuni-
cação dentro e fora do serviço;
• Cronograma.

Os custos operacionais não devem ser subesti-


mados, uma vez que a falta de recursos pode preju-
dicar gravemente a continuidade de um programa. A
seguir seguem alguns requisitos que não podem ser
negligenciados:

• Solicitação de suprimentos, tais como filtros,


tubos indicadores, tubos de carvão vegetal, reagen-
tes, peças para reposição de equipamentos, etc.
• Manutenção e reparação dose equipamentos;
• Transporte (veículos, combustível, manuten-
ção) e viagens;
• Atualização de informações.

Os recursos devem ser maximizados através


de um estudo cuidadoso de todos os elementos a
serem considerados como parte integrante de um
programa completo. Para o sucesso de qualquer
programa é essencial alocar recursos de forma equi-
librada entre as diferentes unidades (medições de
campo, amostragem, laboratórios de análises, etc.) e
os componentes (instalações e equipamentos, pesso-
as, aspectos operacionais). Além disso, a distribuição
dos recursos deve permitir alguma flexibilidade, uma
vez que é possível que os serviços de higiene laboral
tenham de se adaptar para atender às necessidades
reais, as quais devem ser avaliadas periodicamente.
Comunicar, compartilhar e colaborar são pala-
vras-chave para o sucesso do trabalho em equipe e o
desenvolvimento de habilidades individuais. Deve-se
dispor de mecanismos eficazes de comunicação den-
tro e fora do programa, para conseguir uma abor-
dagem interdisciplinar que requeira a proteção e a
promoção da saúde dos trabalhadores.
Deve haver uma estreita interação com outros
profissionais de saúde no trabalho, especialmente
com profissionais médicos e de enfermagem do tra-
balho, ergonomistas e psicólogos ocupacionais, bem
como profissionais de segurança. No contexto do
local de trabalho, eles também devem envolver os
trabalhadores, a equipe de produção e os gerentes.
A implementação de programas eficazes é um
processo gradual. Portanto, na fase de planejamento,
um cronograma realista deve ser elaborado, em con-
formidade com as prioridades estabelecidas e consi-
derando os recursos disponíveis.
Falando agora sobre gestão, devemos compre-
ender que ela consiste em tomar decisões referentes
aos objetivos que devem ser alcançados e as medi-
das que devem ser adotadas para tal. Isto inclui a
participação de todos os interessados, assim como
a necessidade de prever e evitar, reconhecer e resol-
ver os problemas que podem criar obstáculos para
a realização das tarefas necessárias. Nota-se que os
conhecimentos científicos não garantem necessaria-
mente as competências de gestão necessárias para
executar um programa eficiente.
A importância de implementar e seguir os pro-
cedimentos corretos e uma garantia de qualidade é
fundamental, uma vez que existe uma grande dife-
rença entre o trabalho realizado e um trabalho bem
feito. Além disso, os objetivos reais, e não as etapas
intermediárias devem servir de referência. A eficiên-
cia de um programa de higiene laboral não deve ser
medido pelo número de estudos, mas pelo núme-
ro de estudos que conduzam a ações concretas para
proteger a saúde dos trabalhadores.
Uma boa gestão deve ser capaz de distinguir
entre o que chamamos de atenção e o que é im-
portante. Os estudos muito detalhados, incluindo
amostragem e análises e que geram resultados muito
precisos podem ser impressionantes, mas o que re-
almente importa são as decisões e medidas tomadas
em consequência deles.
Garantia de qualidade

O conceito de garantia da qualidade, que inclui o


controle de qualidade e ensaios de proficiência, refere-
-se principalmente às atividades de medição. Embora
estes conceitos estão quase sempre associados a labo-
ratórios analíticos, o seu âmbito deve ser expandido
para incluir também as amostragens e as medições.
Sempre que seja necessário realizar a amostra-
gem e análise, ambos os procedimentos devem ser
considerados com um do ponto de vista da qualida-
de. Uma vez que nenhuma corrente é mais forte do
que seu elo mais fraco, o uso de ferramentas e técni-
cas com diferentes níveis de qualidade nas diferentes
etapas de um mesmo processo de avaliação implica-
rá no desperdício de recursos. A precisão e exatidão
de uma balança analítica de alta qualidade não pode
compensar o uso de uma bomba de amostragem que
tem uma velocidade de fluxo inadequada.
O desempenho dos laboratórios deve ser re-
vistos para identificar e corrigir potenciais fontes de
erro. É preciso adotar uma abordagem sistemática
para manter sob controle os muitos detalhes envol-
vidos. É importante estabelecer nos laboratórios de
higiene laboral programas de garantia de qualidade,
que englobem tanto os controles internos de quali-
dade como avaliações externas da qualidade.
Em relação à coleta de amostras ou medições
feitas com instrumentos de leitura direta (como os
utilizados para a medição de agentes físicos), a qua-
lidade implica na existência de procedimentos corre-
tos e adequados para:

• Realização de estudos preliminares, incluindo


a identificação de riscos potenciais e os fatores a se-
rem levados em conta na elaboração da estratégia;
• Conceber a estratégia de amostragem
(ou medição);
• Selecionar as metodologias de uso e equipa-
mentos de amostragem ou medição, levando-se em
conta os objetivos de investigação e os de qualidade;
• Executar os procedimentos, incluindo o con-
trole do tempo;
• Manipular, transportar e, se for o caso, arma-
zenar as amostras.

No que diz respeito ao laboratório de análises,


a qualidade implica a existência de procedimentos
adequados e corretos de:

• Concepção e instalação de equipamentos;


• Seleção e utilização de métodos analíti-
cos validados;
• Seleção e instalação de instrumentos;
• Fornecimento adequado para reagentes,
amostras de referência, etc.
Em ambos os casos é indispensável dispor de:
• Protocolos, procedimentos e instruções escri-
tas os quais devem ser claros;
• Calibração e manutenção de rotina
dos equipamentos;
• Pessoal devidamente treinado e motivado
para realizar os procedimentos estabelecidos;
• Gestão adequada;
• O controle interno da qualidade;
• Testes de avaliação externa da qualidade ou
provas de aptidão, quando aplicáveis.

É também essencial que existam procedimen-


tos apropriados para o tratamento dos dados obti-
dos e a interpretação dos resultados, bem como para
notificação e registro.
O conceito de qualidade deve aplicar-se a todas
as fases da prática de higiene laboral, desde a identifi-
cação do risco até a implementação de programas de
prevenção e controle de riscos. A partir deste ponto
de vista, os programas de higiene laboral devem ser
avaliados periodicamente e criticamente para alcan-
çar a melhoria contínua.

Identificação dos perigos

Perigo no local de trabalho pode ser definido


como qualquer condição que pode afetar negativa-
mente o bem-estar ou a saúde das pessoas expos-
tas. A identificação de perigos em qualquer ativida-
de profissional envolve a caracterização do local de
trabalho para identificar agentes perigosos e grupos
de trabalhadores potencialmente expostos aos riscos
associados. Os perigos podem ser dos tipos:

• Químico;
• Biológico;
• Físico.

Alguns perigos do ambiente de trabalho são


fáceis de identificar; por exemplo, as substâncias ir-
ritantes, que tem um efeito imediato após a exposi-
ção da pele ou inalado. Outros não são tão fáceis de
identificar, por exemplo, os produtos químicos que
se formam acidentalmente e que não têm proprieda-
des de alerta de sua presença.
Alguns agentes, tais como os metais (ex., chum-
bo, mercúrio, cádmio, manganês), que podem causar
danos depois de vários anos de exposição, podem
ser facilmente identificados se os riscos existentes
são conhecidos.
Um agente tóxico pode não representar um pe-
rigo se presentes em pequenas concentrações ou se
ninguém está exposto a ele. Para saber que os pe-
rigos existem é essencial identificar os agentes que
possam estar presentes no local de trabalho, conhe-
cer os riscos envolvidos com as situações de saúde e
as possíveis situações de exposição.

Identificação e classificação dos perigos

Antes de fazer uma investigação de higiene do


trabalho deve-se definir claramente sua finalidade.
O propósito de uma investigação de higiene laboral
pode ser identificar os riscos potenciais, avaliar os
riscos existentes no local de trabalho, demonstrar se
os requisitos regulamentares estão sendo cumpridos,
avaliar as medidas de controle ou avaliar a exposição
em relação a um estudo epidemiológico.
Existem diversos modelos e técnicas que foram
desenvolvidas para identificar e avaliar os riscos no
ambiente de trabalho, e sua complexidade varia des-
de listas de verificação simples, estudos preliminares
de higiene do trabalho, matrizes de exposição ocu-
pacional, estudos de perigos e operabilidade, e pro-
gramas de monitorização no local de trabalho.
Não há nenhuma técnica particular para todos
os casos, mas todas as técnicas têm componentes
que podem ser úteis em qualquer investigação. A uti-
lidade dos modelos depende também do objetivo da
investigação, do local de trabalho, o tipo de produ-
ção e de atividade e de complexidade das operações.
O processo de identificação e classificação dos
perigos podem ser divididos em três elementos básicos:

• Caracterização do local de trabalho;


• Descrição do padrão de exposição; e
• Avaliação de riscos.

Caracterização do local de trabalho

Um local de trabalho pode ser configurado com


apenas alguns funcionários ou até mesmo a vários mi-
lhares deles, e em inúmeros tipos diferentes de ativi-
dades que podem se desenvolvidas (ex.: fábricas, esta-
leiros de construção, escritórios, hospitais, fazendas).
Em um local de trabalho podem distinguir-se
áreas especiais, tais como departamentos ou seções,
em que diferentes atividades ocorrem. Em um pro-
cesso industrial, diferentes etapas e operações são
observadas nas atividades produtivas das fábricas,
que recebem as matérias-primas transformando-as
em produtos acabados.
O higienista deve obter informação detalhada
sobre os processos, as operações e outras atividades
de interesse, a fim de identificar os agentes utilizados,
incluindo matérias-primas, materiais processados ou
acrescentados no processo, os produtos primários,
produtos intermediários, produtos finais, produtos
de reação e subprodutos.
Convém também identificar os aditivos e os ca-
talisadores que intervem no processo. As matérias-
-primas ou material agregado que são identificados
apenas pelo seu nome comercial devem ser avaliados
em termos da sua composição química. O fabrican-
te ou o fornecedor deve fornecer informações ou
dados de segurança toxicológica dos seus produtos.
Algumas etapas de um processo pode ter lu-
gar em um sistema fechado, sem que nenhum traba-
lhador seja exposto, exceto quando realizam a ma-
nutenção ou uma falha ocorre no processo. Esses
eventos devem ser registrados e todas as precauções
devem ser tomadas para evitar a exposição a agentes
perigosos. Outros processos ocorrem em sistemas
abertos, com ou sem exaustão local. Neste caso deve
ser fornecida uma descrição geral do sistema de ven-
tilação, incluindo o sistema de ventilação localizada
e/ou exaustão.
Sempre que possível, os riscos devem ser iden-
tificados durante o planejamento e projeto de novas
plantas ou processos, quando as mudanças ocorre-
rem isto pode ser feito para prevenir e evitar riscos.
Os riscos devem ser identificados, bem como as si-
tuações e procedimentos que podem desviar-se do
processo de design planejado. A identificação de
riscos também deve incluir as emissões para o meio
ambiente externo e a eliminação de resíduos.
A localização das instalações, operações, fontes
e agentes de emissão devem agrupar-se sistematica-
mente para formar unidades reconhecíveis na análise
subsequente da exposição potencial. Em cada unida-
de, as operações e os agentes devem ser agrupados
com base em efeitos sobre a saúde e a estimativa dos
montantes liberados para o ambiente de trabalho.

Padrões de exposição

As principais vias de exposição aos agentes quí-


micos e biológicos são por inalação e absorção atra-
vés da pele ou ainda por ingestão acidental. O padrão
de exposição depende da frequência de contato com
os perigos, intensidade e duração da exposição dos
mesmos, portanto, as tarefas executadas pelos traba-
lhadores devem ser examinadas sistematicamente. É
importante não apenas estudar as regras de trabalho,
mas o que realmente acontece no local de trabalho.
A exposição pode afetar diretamente os traba-
lhadores quando realizam o seu trabalho, ou indi-
retamente, se estiverem localizados na mesma área
geral onde há a fonte de exposição. Pode ser neces-
sário focar primeiro em tarefas que têm um elevado
potencial de dano se a exposição é de curta dura-
ção. Devemos também ter em conta as atividades
não rotineiras e operações intermitentes, como por
exemplo, a manutenção, limpeza e mudanças nos ci-
clos de produção, bem como a variação de tarefas e
situações de trabalho ao longo do ano.
Em postos de trabalhos semelhantes, a exposi-
ção ou a absorção podem variar segundo a utilização
ou não de equipamento de proteção individual. Em
grandes fábricas, quase nunca pode realizar-se uma
identificação de perigos ou uma avaliação qualitativa
dos perigos para cada um dos trabalhadores. Portan-
to, os trabalhadores que desempenham tarefas seme-
lhantes devem ser classificados na mesma exposição
coletiva. As diferenças de tarefas, técnicas de trabalho
e horas de trabalho geram diferenças significativas na
exposição e são fatores que devem ser considerados.
Tem sido demonstrado que as pessoas que tra-
balham ao ar livre e aqueles que trabalham sem venti-
lação ou exaustão local têm maior variabilidade de um
dia para outro que os grupos que trabalham em áreas
fechadas com ventilação ou exaustão localizada.
Para caracterizar grupos com semelhantes ní-
veis de exposição, podem ser utilizados critérios
como os processos de trabalho, os agentes usados
durante este processo ou trabalho ou as diferentes
tarefas incluídas na descrição de um posto de traba-
lho, em vez de uma descrição genérica do posto.
Dentro de cada grupo, os trabalhadores po-
tencialmente expostos devem ser classificados de
acordo com agentes perigosos, vias de exposição,
os efeitos destes agentes sobre a saúde, a frequência
de contato com os perigos, intensidade e duração
da exposição. Os diferentes grupos de exposição
devem ser classificados como agentes perigosos e a
exposição estimada para determinar quais os traba-
lhadores estão em maior risco.

Avaliação qualitativa dos perigos

A determinação dos efeitos de agentes quími-


cos, biológicos e físicos no local de trabalho que po-
dem ocorrer sobre a saúde deve ser baseada numa
avaliação de estudos epidemiológicos, toxicológicos,
clínicos e ambientais disponíveis.
Esta determinação dos efeitos pode também
ser obtida através de informações atualizadas sobre
os riscos que implicam na saúde os produtos e agen-
tes utilizados no local de trabalho, servindo como
fonte te consulta: revistas sobre saúde e segurança,
bases de dados sobre a toxicidade e os efeitos na
saúde, publicações científicas e técnicas sobre este
tema etc.
Fichas de dados toxicológicos dos materiais
(FISPQ – Ficha de Informação de Segurança do
Produto Químico) devem ser atualizadas quando ne-
cessário. Estas fichas toxicológicas registram as por-
centagens de componentes perigosos, juntamente
com o identificador químico, e o valor limite (TLV),
quando se dispõe do mesmo. A ficha também con-
tém informações sobre os riscos para saúde, equi-
pamentos de proteção, as medidas preventivas, o
fabricante ou fornecedor, etc. Às vezes, os dados
sobre os componentes são bastante rudimentares
e precisam ser complementados com informações
mais detalhadas.
As informações das FISPQ devem ser estuda-
das, controladas e registros de suas medições devem
ser feitos. Os TLVs fornecem orientação geral para
decidir se a situação é aceitável ou não, mas deve ser
considerada possíveis interações quando os traba-
lhadores estão expostos a vários produtos químicos.
Os trabalhadores devem ser classificados em
grupos de acordo com a exposição, efeitos na saú-
de de agentes presentes e exposição estimada, por
exemplo, os efeitos para a saúde à baixa exposição
até estudos dos efeitos para a saúde nas altas exposi-
ções, ainda que seja uma estimada.
Os trabalhadores que tenham obtido a pon-
tuação mais elevada devem ser atendidos de forma
prioritária. Antes de iniciar qualquer ação preventi-
va, pode ser necessário empreender um programa de
controle de exposição. Todos os resultados devem
ser documentados e facilmente localizados.
Em investigações de higiene laboral, também
podem ser considerados os riscos para o meio am-
biente exterior, como por exemplo, a contaminação e
o efeito estufa, ou efeitos sobre a camada de ozônio.

Agentes químicos, biológicos e físicos

Os riscos podem ser dos tipos: químico, bioló-


gico e físico.
As substâncias químicas podem ser classifica-
das em gases, vapores, líquidos e aerossóis (poeira,
fumo, neblina).

Gases
Os gases são substâncias que podem passar
do estado líquido ou sólido pelo efeito combinado
do aumento da pressão e uma diminuição da tem-
peratura. A manipulação de gases sempre envolve
um risco de exposição, a menos que o processo seja
realizado num sistema fechado. Os gases introduzi-
dos em recipientes ou dutos de distribuição podem
sofrer fugas acidentais. Nos processos realizados a
temperaturas elevadas, por exemplo, em operações
com solda e gases de escape de motores, também se
formam gases.

Vapores
Os vapores são a forma gasosa de substâncias
que normalmente são encontradas no estado líquido
ou no estado sólido quando em temperatura ambien-
te e pressão normal. Quando um líquido se evapora,
passa para o estado gasoso e é misturado com o ar
circundante. Um vapor pode ser considerado como
um gás, cuja concentração máxima depende da tem-
peratura e da pressão de saturação da substância.
Todo o processo que inclui uma combustão
gera vapores ou gases. As operações para retirar gra-
xa (desengordurante) podem ser realizadas a vapor
ou limpeza por impregnação com solventes. Ativi-
dades como a carga e a mistura de líquidos, pintu-
ra, pulverização, limpeza em geral e limpeza a seco
pode gerar vapores nocivos.
Líquidos
Os líquidos podem estar compostos de uma
substância pura ou de uma solução de duas ou mais
substâncias, por exemplo, solventes, ácidos, compos-
tos alcalinos. Um líquido armazenado num recipiente
aberto se evaporada parcialmente para a fase gasosa.
A concentração de equilíbrio na fase gasosa depende
da pressão de vapor da substância, a sua concentra-
ção na fase líquida e a temperatura. As operações ou
atividades com líquidos podem causar respingos ou
outros contatos com a pele, e vapores nocivos.

Poeira
A poeira é constituída por partículas inorgâni-
cas e orgânicas, que podem ser classificadas como
inaláveis, torácica ou respiráveis, dependendo do ta-
manho da partícula. A maioria da poeira orgânica é
de origem biológica. A poeira inorgânica é gerada
por processos mecânicos, tais como moagem, corte,
trituração, peneiração ou crivagem. A poeira pode
ser dispersa quando o material empoeirado é mani-
pulado ou quando ele é arrastado por correntes de
ar causadas.
A manipulação de materiais secos ou em pó,
para a pesagem, carregamento, transporte ou emba-
lagem, geram pó, bem como outras atividades como
limpeza e trabalhos de armazenamento.
Fumo
O fumo é constituído por partículas sólidas va-
porizadas a elevada temperatura e condensada em
partículas pequenas. A vaporização é muitas vezes
acompanhada por uma reação química, tal como a
oxidação. As partículas que constituem o fumo são
extremamente pequenas, normalmente inferiores a
0,1 microns, e muitas vezes elas se agregam em uni-
dades maiores. Alguns exemplos incluem os fumos
gerados na soldagem, cortes com plasma e outras
operações semelhantes.

Névoa
A névoa consiste em gotículas de líquido em
suspensão, que são formadas por condensação do
estado gasoso para o líquido ou por fragmentação de
um líquido num estado mais dispersos por respin-
gos, espuma ou spray. Exemplos incluem a névoa de
óleo produzida no corte e trituração, a névoa ácida
de galvanoplastia, a névoa ácida ou alcalina de ope-
rações de decapagem ou a névoa de pintura pulveri-
zada nas operações de pintura com pistola.
Conclusão
A higiene laboral é um dos ramos da saúde
e segurança do trabalho de uma das atividades
que profissionais formados em engenharia de
segurança do trabalho podem realizar. Os prati-
cantes e estudiosos desta disciplina são chama-
dos de higienistas ocupacionais.
Uma das principais atividades desta área é a
elaboração de laudos de insalubridade, ou seja,
há uma quantidade muito grande de engenhei-
ros de segurança do trabalho que são peritos de
diversos organismos públicos fiscalizatórios ou
regulatórios, atuando-se desta forma, como au-
tônomos, prestadores de serviços ou consulto-
res empresariais.
Convém que os interessados em aprofundar
seus conhecimentos nesta área busquem realizar
cursos sobre o tema, se buscando uma aproxi-
mação com alguma entidade de classe profissio-
nal específica, como por exemplo, a Associação
Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO).
Sobre os TLV´s, verifica-se que na prática,
há poucas diferenças nos padrões de Limites de
Exposição Profissional que são adotados nos di-
ferentes países. Convém, porém que os higienis-
tas ocupacionais estejam sempre se atualizando
sobre as técnicas de intervenção e análise de da-
dos sobre contaminantes ambientais, visto que
constantemente novos compostos químicos são
criados e empregados nos variados processos de
fabricação em diferentes tipos de empresas.
Os engenheiros de segurança do trabalho po-
dem usar seus suas habilidades e competências ao
utilizar os conhecimentos de higiene laboral como
uma ferramenta para melhorar a qualidade de suas
ações e o alcance de metas relacionadas à preven-
ção da saúde e segurança dos trabalhadores.
Referências

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