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CAROLINE ALDAVES FRAGA DA SILVA

PROJETO INTEGRADOR

Porto Alegre
2024
CAROLINE ALDAVES FRAGA DA SILVA
RA: 2023300411

PROJETO INTEGRADOR

Projeto Integrador E2A (1xE2A) apresentado à Ulife


(Uniritter), como requisito parcial para a obtenção do
título de Pós graduado no MBA em Psicologia
Organizacional e Liderança Estratégica.

Mediadora: Mariana Izabel Marques de Sousa

Porto Alegre
2024
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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo desenvolver o pensamento crítico e


reflexivo na tomada de decisões, pautado nos conhecimentos técnicos e científicos.
A partir deste estudo com base na análise teórico prática de um contexto hospitalar
será possível analisar e compreender a importância dos dados científicos e técnicos
na área biológica e saúde, utilizando do pensamento crítico e analítico nas tomadas
de decisões organizacionais no contexto da saúde.

ABSTRAT

This work aims to develop critical and reflective thinking in decision-making,


based on technical and scientific knowledge. Through this study, based on the
theoretical and practical analysis of a hospital context, it will be possible to analyze
and understand the importance of scientific and technical data in the biological and
health fields, using critical and analytical thinking in organizational decision-making
within the health context.
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Sumário

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 5
2. DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 5
3. CONCLUSÃO .................................................................................................. 7
4. REFERÊNCIAS ................................................................................................ 8
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1. INTRODUÇÃO
O presente projeto baseia-se na análise de dados e desenvolvimento do
pensamento reflexivo e crítico para a resolução dos desafios inseridos na área de
qualidade e segurança em um grande sistema de saúde, este sistema inclui
hospitais, clínicas, centros de reabilitação e serviços de atendimento domiciliar. O
sistema está comprometido com a segurança dos pacientes e busca maneiras de
aprimorar o gerenciamento de risco em todas as suas instalações. Após algum
tempo foi detectado problemas com o sistema de saúde que enfrenta desafios
relacionados à gestão de riscos. Houve um aumento nas notificações de eventos
adversos, erros médicos e queixas de pacientes.

Nesse contexto, o projeto irá analisar e propor melhorias na área de qualidade


e segurança em um grande sistema de saúde em processos como: identificação de
riscos, Prevenção e Mitigação, Comunicação e Cultura de Segurança, Treinamento
e Educação, Melhores Práticas e Conformidade Regulatória.

2. DESENVOLVIMENTO
A área da saúde e gerenciamento de risco caminham juntos, tendo e vista
que a premissa de um hospital é salvar vidas. As pessoas que precisam desses
cuidados estão em um momento delicado de suas vidas, e garantir que as atividades
ocorram da melhor forma, prevenindo e corrigindo ações, é fundamental. O
gerenciamento de risco na área da saúde compreende-se pela implantação de,
políticas e condutas, além de fazer o levantamento de recursos para a avaliação de
riscos e eventos adversos. O objetivo é reduzir as ameaças à segurança, à saúde do
paciente e demais públicos que frequentam os hospitais, garantindo a integridade
profissional, assim como a boa reputação da instituição hospitalar.

A identificação do risco é o processo inicial, o qual determina o que, onde,


quando, porque e como algo poderá acontecer. Para aprimorar esse processo pode-
se adotar algumas ferramentas, como o brainstorming: desenvolvimento de uma lista
de riscos através de uma agenda com a equipe multidisciplinar, posteriormente,
realizar entrevistas individuais com os especialistas das áreas com objetivo de
mapear e escutar as dores de cada um e também analisar relatórios (pesquisas de
satisfação, análise de indicadores, análise de processos judiciais, análise de
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resultados de auditorias). Após o levantamento dos riscos, mapear o nível de


probabilidade e impacto dos riscos, classificando-o em termos de prioridade e
gravidade. Posteriormente, definir uma política e um plano de gestão de riscos na
saúde que estabeleçam os objetivos, as responsabilidades, os recursos e as
metodologias a serem adotados pelo sistema de saúde. Entretanto, é possível
encontrarmos desafios vindos da gestão quando falamos sobre gerenciamento de
riscos, tendo em vista, que a alta gestão precisa acreditar na sua importância, fazer
acontecer, investir tempo e verbas financeiras, evitar fraudes administrativas,
processos ineficientes e falhas gerenciais. É necessário o comprometimento das
lideranças para replicar essa cultura com toda a instituição para que os processos,
procedimentos e ações sejam seguidos à risca.
Há algumas medidas que podem ser implementadas para a prevenção e
controle, que visem a eliminar ou reduzir os riscos identificados, tais como:
treinamento dos profissionais, revisão dos protocolos clínicos e da política de gestão
de risco, monitoramento dos equipamentos médicos, implantação de sistemas
informatizados, análise de desempenho, além de protocolos internos que podem ser
instaurados, visando uma boa gestão de risco. Eles vão desde a recepção do
paciente até a conduta no centro cirúrgico. Alguns exemplos, são: Identificar o
paciente corretamente, ter um padrão para comunicação e notificação de eventos
adversos, implementar medidas da vigilância sanitária sobre o armazenamento e
administração de medicamentos, assegurar a higiene do local, material e do
profissional, reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde, aplicar
cuidados sobre riscos de queda.
Outro fator de extrema importância estabelecer uma cultura de segurança é
estimular os profissionais a reconhecerem os riscos e a acreditarem que esses
podem ser minimizados, além de valorizar o aprendizado contínuo para que os
profissionais sigam atualizando-se na área. Outro ponto fundamental é promover
uma cultura não punitiva, o que prevalece nos hospitais a nível global, os
profissionais geralmente têm receio de notificar um incidente de segurança, pois
ainda prevalece o questionamento do “quem” e não do “o quê” efetivamente ocorreu,
atribuindo-se uma punição ao profissional, ao invés de ações corretivas. Isso impede
que as reais falhas nos processos e na estrutura de trabalho sejam reconhecidas.
Quando falamos em segurança do paciente e gerenciamento de riscos, deve
ser um assunto priorizado, para que possamos desenvolver uma cultura de
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segurança, se faz necessário treinamentos periódicos (trimestrais) sobre o assunto,


com atualização das políticas e práticas. A participação nestes treinamentos deve
ser obrigatória, assim como espaço para criação de fóruns e workshops específicos,
mostrando casos reais de incidentes relacionados a riscos e enfatizando as
consequências negativas de não estar preparado para lidar com eles. Além disso, é
essencial que os líderes sejam exemplos de comportamento seguro, aderindo às
práticas de gerenciamento de riscos em suas próprias atividades profissionais.
No gerenciamento de riscos, além de uma equipe bem capacitada e
multidisciplinar faz-se necessário adotar uma série de práticas, as quais já são
reconhecidadas para que seja possível implementar o gerenciamento de riscos,
como por exemplo: identificação dos riscos, análise, definição e criação de
processos bem definidos, monitoramento, melhoria continua dos processos, atenção
à legislação e à documentação, comunicação clara e transparente com a equipe,
controlar as ações, avaliar os processos e atividades, assim como fomenter
treinamentos.
Para manter e fiscalizar as práticas o sistema de saúde criou normativas para
garantir a conformidade com regulamentações e padrões de segurança. A
conformidade regulatória na área da saúde é o conjunto de medidas que as
organizações de saúde devem adotar para se adequar às normas e aos requisitos
estabelecidos pelos órgãos reguladores do setor. Estes órgãos incluem a Agência
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa), o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Conselho Nacional de Saúde
(CNS), entre outros. Vale mencionar ainda, a Resolução Normativa (RN) 124 da
ANS, a qual impõe penalidades progressivas para infrações visando a proteger
direitos dos beneficiários e garantir conformidade. As penalidades incluem
advertência, multa, suspensão de cargos administrativos, inabilitação
temporária/permanente, cancelamento de autorização e alienação de carteira.

3. CONCLUSÃO
Em um cenário de constante evolução e complexidade no campo da saúde, o
gerenciamento de riscos emerge como uma pedra angular na busca pela excelência
e segurança no cuidado ao paciente. Ao adotar as melhores práticas de
identificação, análise e mitigação de riscos, as organizações de saúde não apenas
fortalecem sua capacidade de prevenir incidentes adversos, mas também promovem
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uma cultura de segurança que permeia todos os aspectos de sua operação. Através
do compromisso com a aprendizagem contínua, a colaboração interdisciplinar e a
priorização da segurança do paciente, podemos trilhar um caminho rumo a um
sistema de saúde mais resiliente, responsivo e centrado no paciente.

4. REFERÊNCIAS
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Acesso em: 18 jan. 2024.

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