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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

BRUNA LOPES PEREIRA RA: 0448705

RELATÓRIO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM V

ARACRUZ
2022
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
BRUNA LOPES PEREIRA RA: 0448705

RELATÓRIO PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR - PIM V

Projeto Integrado Multidisciplinar V para


obtenção do título de Tecnólogo em
Segurança no Trabalho, apresentado à
Universidade Paulista – UNIP.
Orientador: Carla De Domenico.

ARACRUZ
2021
RESUMO

Quando se fala na segurança do trabalhador existem pontos cruciais que devem ser
levados em conta como a higiene e proteção contra possíveis doenças e/ou
contaminações, para o caso de ambientes destinados ao Serviço da Saúde esta
preocupação é ainda maior uma vez que a exposição a situações que podem
oferecer danos ao colaborador são elevadas. Sendo assim torna-se indispensável
discutir sobre as disciplinas Higiene Ocupacional; Hierarquia das Proteções/Gestão
de Mudanças; Segurança e Saúde no Trabalho em Serviço de Saúde, como
propõem a presente produção. Partindo deste pressuposto objetiva-se neste
momento proporcionar ao aluno a possibilidade de desenvolver um levantamento
das características e das práticas organizacionais de uma empresa com relação à
segurança no trabalho em suas aplicações organizacionais, elaborando um projeto
que resulte da pesquisa exploratória, compreendendo assim as vantagens
existentes na implantação, na execução e na avaliação dos modelos administrativos
e observar a integração multidisciplinar, fortalecendo a visão sistêmica.

Palavras-chave: Higiene Ocupacional. Saúde. Serviço. Gestão. Risco.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................4
2 HIGIENE OCUPACIONAL.......................................................................................6
3 HIERARQUIA DAS PROTEÇÕES/GESTÃO DE MUDANÇAS.............................10
4 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE...............13
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................15
6 REFERÊNCIAS........................................................................................................16
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1 INTRODUÇÃO

A oferta de um ambiente seguro e saudável é indispensável para que o


colaborador desenvolva as funções pertinentes ao cargo que ocupa mais motivado e
certo de que todos os direitos e garantias necessárias à manutenção e prevenção da
própria saúde serão cumpridas.
Deste modo a Segurança do Trabalho está diretamente ligada a ações que
dizem respeito à Higiene Pessoal; Hierarquia das Proteções/Gestão de Mudanças;
Segurança e Saúde no Trabalho, centrando-se para o presente estudo em Serviços
em Saúde.
Vale observar que os Serviços em Saúde são estabelecimentos que oferecem
serviços de saúde, sendo este definido pela Norma Regulamentadora (NR) 32 como
prestação de assistência à saúde da população estando incluídos nestes serviços:
atividades de consultas e tratamento médico; atividades de unidades móveis fluviais;
serviços de vacinação e imunização humana; atividades de reprodução humana
assistida; atividades dos laboratórios de anatomia patológica e citológica; serviços
prestados pelos bancos de sangue e demais serviços de hemoterapia; serviços de
litotripsia; atividades realizadas por nutricionistas, psicólogos, psicanalistas,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, nutrição enteral e parental,
optometristas; atividades de instrumentadores cirúrgicos; atividades relacionadas a
terapias alternativas; acupuntura; atividades dos bancos de leite humano, podologia
e similares, parteiras; transformação do sangue e fabricação de seus derivados;
fabricação de soros e vacinas; comércio varejista de produtos farmacêuticos;
drogarias; serviços de eliminação de micro-organismos nocivos por meio de
esterilização (CAMISASSA, 2018).
Vilela (2008) acrescenta ainda que serviços em saúde envolvem também
ações que promovam, recuperem, assistam, pesquisem e ensinem sobre a saúde
em qualquer que seja o nível de complexidade.
Deste modo estão contemplados pelo estudo em questão todo e qualquer
trabalhador que atue no serviço em saúde independendo da atividade exercida na
referida edificação, ou seja, estando no setor de atendimento direto do paciente ou
no setor de limpeza, lavanderia, reforma e manutenção (VILELA, 2008).
Assim sendo o estudo apresentado analisa situações ligadas diretamente à
manutenção e prevenção da saúde de trabalhadores de hospitais, clínicas,
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laboratórios de análises ou coletas, entre tantos outros que possam estar


diretamente ligados à saúde do indivíduo.
Assim sendo as páginas seguintes centram-se em analisar características e
práticas organizacionais da Unimed com relação à segurança no trabalho
identificando as implantações utilizadas facilitando uma visão sistêmica de todo o
processo no qual os profissionais da empresa estão envolvidos.
Certa feita as páginas seguinte objetivam proporcionar ao aluno a
possibilidade de desenvolver um levantamento das características e das práticas
organizacionais de uma empresa com relação à segurança no trabalho em suas
aplicações organizacionais, elaborando um projeto que resulte da pesquisa
exploratória, compreendendo assim as vantagens existentes na implantação, na
execução e na avaliação dos modelos administrativos e observar a integração
multidisciplinar, fortalecendo a visão sistêmica contemplando-se as disciplinas de
Higiene Ocupacional; Segurança e Saúde no Trabalho em Serviço de Saúde; e
Hierarquia das Proteções/Gestão de Mudanças.
Levando-se em conta o objetivo supracitado a presente pesquisa foi
construída por meio de embasamento teórico utilizando-se de pensamentos
norteadores de autores que tratam do assunto com a seriedade e ênfase
necessárias. A partir de tal embasamento foi realizada um estudo de caso
envolvendo dados fornecidos de modo online sobre a empresa Unimed.
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2 HIGIENE OCUPACIONAL

Segundo Colacioppo (2020, p. 18) a Higiene Ocupacional pode ser definida


como:

A ciência e arte devotada à antecipação, reconhecimento, avaliação e


controle dos riscos ambientais e stress originado do ou no local de trabalho,
que podem causar doença, comprometimento da saúde e bem-estar, ou
significante desconforto e ineficiência entre os trabalhadores, ou membros
de uma comunidade.

O autor afirma que a definição é dada pela American Conference of


Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) que aborda não só um caráter
preventivo por meio da antecipação de ações que podem ser corrigidas, mas
também de estudo prospectivo e retrospectivo onde se analisa não apenas a
prevenção e o que poderá ocorrer, mas também o que pode ter ocasionado ou
facilitado o dano à saúde do trabalhador (COLACIOPPO, 2020).
Saliba e Lanza (2015) acrescenta à conceituação de Higiene Ocupacional os
preceitos preconizados por Olishifski que assim a define:

Ciência e arte devotada à antecipação, reconhecimento, avaliação e


controle dos fatores de risco ou estresses ambientais originados no, ou a
partir do, local de trabalho, os quais podem causar doenças, prejudicar a
saúde e o bem-estar ou causar significante desconforto sobre os
trabalhadores ou entre os cidadãos de uma comunidade (SALIBA; LANZA,
2015, p. 9).

Assim deve-se mencionar que o profissional atuante em Higiene Ocupacional


não deve se ocupar apenas de danos graves, mas também dos pequenos riscos,
dos pequenos danos, dos pequenos desvios da saúde e bem-estar.
Segundo a FUNDACENTRO (2004) desde os anos 90 a Higiene Ocupacional
tem inovado na atuação no que tange ao gerenciamento de programas de
prevenção priorizando ações com caráter prioritário dentro do planejamento geral
das empresas. Isto porque, independendo da condição, quesitos como: estabelecer
os níveis permissíveis de contaminantes no ambiente de trabalho e meio ambiente;
estudar e propor controle para os fatores de risco; aprovar projetos de ventilação
local exaustora; recomendar isolamento de dispositivos que possam estar gerando
contaminantes; entre outros, são considerados básicos e devem receber uma maior
atenção.
8

De acordo com a FUNDACENTRO (2004, p. 32) “a Higiene Ocupacional tem


direcionado esforços no sentido de prevenir riscos à saúde e o bem-estar dos
trabalhadores, tendo em vista também o possível impacto nas comunidades vizinhas
e no meio ambiente”.
Contudo é válido mencionar que ao se ampliar a visão do risco acaba-se por
trazer à Higiene Ocupacional desafios como o acompanhamento da evolução de
áreas do conhecimento especialmente aquelas mais próximas de sua atuação
interdisciplinar (FUNDACENTRO, 2004).
Colacioppo (2020) acrescenta ainda que a Higiene Ocupacional não está
centrada apenas nas avaliações ambientais, mas também diversos problemas
específicos nas mais diversificadas áreas como no setor nutricional, educacional,
estatístico, entre outros. Por tal fato é possível que outros profissionais como
médicos, estatísticos, educadores ou até mesmo nutricionistas busquem
especialização na área de Higiene Ocupacional, mas sem se tornar um higienista.
O autor acrescenta ainda a necessidade de uma busca constante por
atualização por parte do profissional higienista de modo a sempre estar ciente das
modificações no que tange ao desempenho das próprias funções.

O higienista é um profissional que deve manter-se atualizado com os


conhecimentos técnicos da área e com os avanços da tecnologia, deve
ainda ter capacidade de comunicação adequada com os diversos níveis
hierárquicos de uma empresa, pois é esperado que dialogue com o
trabalhador mais simples para entendê-lo e reconhecer os riscos inerentes
às atividades, bem como com todos os níveis da direção da empresa, no
sentido de introduzir medidas de controle ou melhorias que beneficiem o
trabalhador (COLACIOPPO, 2020, p. 20).

Certa feita as definições da disciplina em questão estão voltadas para o ato


de reconhecer, avaliar e controlar tanto agentes ambientais capazes de produzir
doenças trabalhistas quanto o bem-estar e conforto de todo o ambiente não só em
uma área específica do trabalho, mas também de modo a envolver a comunidade
como um todo.
Tendo em vista tais preceitos a presente produção centrou-se em analisar o
Hospital Unimed centrando-se na unidade do Norte Capixaba que já atua no
mercado de planos de saúde há cerca de 31 anos focando em assistência médica
constituída como Cooperativa de Trabalho Médico contando com mais de 300
9

médicos atuando no cuidado e zelo dos beneficiários em todos os 14 municípios de


atuação na região (UNIMED, 2022).
A referida empresa busca se preparar para atender os clientes com aparelhos
de última geração para proporcionar o melhor tratamento aos mesmos
de modo a deixá-los tranquilos em saber que tem a maior rede de assistência
completa para cuidado com a saúde (UNIMED, 2022).
O ambiente de trabalho da referida empresa é composto de Pronto
Atendimento 24h; UTI moderna e com aparelhos atualizados; 45 leitos para
internação e 10 leitos de UTI; espço exclusivo de convivência, recreação e
humanização; 4 salas de Centro Cirúrgico de alta complexidade (UNIMED, 2022).
Em se tratando da Segurança no Trabalho deve-se citar:

Unimed Norte Capixaba conta com comissões e comitês para assegurar a


redução e a eliminação de riscos e zelar pela integridade física do
colaborador. Esses grupos têm a participação de colaboradores de todos os
níveis, representando, portanto, as diferentes categorias funcionais
(UNIMED, 2022).

A empresa declara que na Unimed Norte Capixaba não existe colaborador


que a atividade tenha alta incidência ou alto risco de doenças relacionadas a sua
ocupação. Contudo em 2021 apresentou uma taxa de absenteísmo de 3,37% no ano
devendo tal resultado aos afastamentos referentes a pandemia COVID-19. A Figura
1 a seguir apresenta a taxa de horas contratadas e horas perdidas por afastamento.

Figura 1 – Taxa de horas contratadas e horas perdidas no ano de 2021

Fonte: UNIMED (2022, p. 85).

A empresa possui Política de Qualidade e Política de Sustentabilidade


específicas onde a primeira se compromete com a melhoria contínua do sistema de
gestão da qualidade e reconhecer seus resultados como parte do desempenho
organizacional da empresa (UNIMED, 2022); e a segunda em quantificar e reduzir
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as emissões de CO2 decorrentes das operações, além de buscar desenvolver ações


e projetos ambientais, com foco na preservação e cuidado com o meio ambiente, e
buscar o engajamento comunitário (UNIMED, 2022).
Quanto aos riscos inerentes à empresa estes são similares aos que
acometem quaisquer empresas hospitalares, citando-se:

Risco físico: calor, ruídos, radiação ionizante e não-ionizante, e pressões


anormais;
Riscos químicos: contato com substâncias, compostos ou produtos que
possam penetrar no organismo do trabalhador tais como medicamentos
como drogas quimioterápicas, produtos utilizados em manutenções e/ou
limpezas;
Riscos ergonômicos: fatores que interferem nas características
psicofisiológicas do trabalhador como postura incorreta, tempo excessivo
em determinada posição e outros;
Riscos biológicos: exposição a bactérias, vírus, fungos e parasitas visto
que hospitais apresentam diversas fontes de contaminação por agentes
biológicos, principalmente no contato com mãos, olhos ou boca, entre outros
(MORSCH, 2019).

Quanto ao atendimento ao direito de saber e o dever de informar o Código de


Conduta da empresa em questão define que ao cliente devem ser fornecidas todas
as informações solicitadas de forma atualizada, clara, precisa e transparente,
permitindo aos mesmos tomarem a melhor decisão em todos os momentos;
devendo ainda tratar com confidencialidade as informações fornecidas pelos clientes
(UNIMED, 2022).
Todos os dados e resultados obtidos pela empresa no tangente à segurança
do trabalho são divulgados no site oficial da empresa, para o caso da Unimed do
Norte Capixaba, o qual oferece relatórios de sustentabilidade, Código de Conduta,
políticas de qualidades, entre outros. Os dados sobre Segurança do Trabalho são
disponibilizados no Relatório de Sustentabilidade.
Os colaboradores atuantes na empresa possuem formações constantes para
que se mantenham informados e atualizados no que diz respeito a possíveis
mudanças tornando-os, ainda, conscientes de estarem atuando em ambientes
salubres e que necessitam de medidas específicas.
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3 HIERARQUIA DAS PROTEÇÕES/GESTÃO DE MUDANÇAS

Falar de hierarquia das proteções e gestão de mudanças é algo indispensável


na Segurança do Trabalho visto ser por meio destas que se consegue identificar
possíveis riscos e então encontrar uma melhor proposta para eliminá-los
definitivamente do processo produtivo de uma empresa.
A hierarquia das proteções pode ser observada conforme ilustra Figura 1 a
seguir, identificando assim cada passo a ser tomado para que o risco não seja
recorrente dentro da empresa.

Figura 2 – Hierarquia das proteções.

Fonte: BFA (2018)

Segundo a BFA (2018) cada ponto desta hierarquia apresenta um fator


indispensável para que a gestão de riscos seja efetiva, assim é válido mencionar:

Eliminação: Eliminar o risco, qualquer probabilidade da ocorrência do


acidente, doença ou lesão é a melhor ação feita.;
Substituição: É uma forma de eliminar ou reduzir o risco. Isso se dá pela
substituição de uma máquina por outra mais segura. Um produto por outro
menos agressivo;
Controles de engenharia: É fazer adequações no ambiente de trabalho
que sejam permanentes, garantindo que máquinas, processos e produtos
ofereçam maior segurança ao trabalhador.  É imprescindível que haja uma
manutenção constante para garantir a eficácia das medidas;
Controles administrativos: Envolvem pessoas, por isso, capacitar os
colaboradores é muito importante;
Usos de EPI:  Devem ser usados até que as medidas superiores sejam
implantadas, assim como nas emergências. Devem ser bem selecionados,
as pessoas treinadas e seu uso auditado (BFA, 2018).
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Consoante a estes pontos é relevante observar que todo este processo


precisa ser devidamente planejado e monitorado durante sua execução e para isto
há a necessidade de implantação da gestão de mudanças.
A Gestão de Mudanças tende a proporcionar ao trabalhador a visão do que
precisa ser efetivamente alterado no processo produtivo para que não só evitem a
exposição a riscos, como, principalmente, a existência destes, por menores que
sejam.
A BFA (2018) acrescenta ainda que justamente pela possibilidade de
mudanças os procedimentos de controle de risco devem ser constantemente
revisados e repensados, sempre se adequando à novas realidades e/ou demandas
que venham a surgir para que deste modo se garanta a total eficiência e qualidade
da gestão dos riscos.
Tendo por base tais preceitos depreende-se que o ambiente de trabalho
precisa ser efetivamente planejado de modo a proporcionar tanto a trabalhador
quanto ao usuário a garantia de que os riscos inerentes ao ambiente serão
cuidadosamente analisados de modo a garantir a prevenção e eliminação dos
mesmos.
Como mencionado anteriormente os colaboradores atuantes na empresa em
estudo não estão, segundo a Unimed (2022), expostos a atividades de alto risco de
doenças relacionadas ao trabalho, contudo, visando manter e até mesmo elevar o
padrão de segurança a Unimed do Norte Capixaba comemora o dia nacional da
Prevenção de Acidentes do Trabalho no dia 27 de julho.
O baixo índice de acidentes de trabalho assim como risco de doenças do
trabalho se deve aos preceitos estabelecidos pelo Código de Conduta abordando o
mesmo, sobre saúde e segurança:

O Sistema Unimed reconhece a saúde e a segurança no local de trabalho


como direito fundamental e elemento essencial para sua sustentabilidade.
Todas as decisões tomadas devem proteger a saúde e a segurança no local
de trabalho. Portanto, são considerados deveres:
1. Seguir normas e procedimentos requeridos pela Unimed na realização de
suas atividades profissionais, obedecendo sempre normas de saúde e
segurança do trabalho e incorporando nas atividades diárias o uso
adequado dos equipamentos de proteção individuais e coletivos — quando
a função exigir —, não aceitando executar qualquer atividade em condição
de falta de segurança, preservando sua integridade física e a de seus
colegas, tanto na execução interna quanto na prestação de serviço externo
2. Pessoas que não sejam autorizadas e habilitadas para a atividade, jamais
devem utilizar ou portar armas de qualquer tipo em nossas instalações ou
em nossos eventos. É proibido qualquer ato de agressão física ou
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psicológica. Uma atitude que ameace ou atinja um colaborador de maneira


violenta ou potencialmente violenta deve ser formalizada imediatamente ao
canal de denúncias (UNIMED, 2020, p. 27).

Além disto devem ser utilizados ainda EPIs como máscaras, luvas, jalecos,
óculos de proteção, avental, sapatos fechados, touca, sendo estes comuns em
qualquer ambiente hospitalar.
O controle efetivo dos riscos é realizado por meio de treinamentos constantes
dos trabalhadores, não sendo aceito que os mesmos desempenhem suas funções
fora dos padrões estabelecidos pela empresa.
Os colaboradores participam efetivamente dos treinamentos e se encontram
sempre dispostos a se especializarem cada vez mais, o que é notório tendo em vista
que no ano de 2021 foram realizadas 253h de treinamento com participação efetiva
de mais de 70% dos colaboradores (UNIMED, 2022).
Segundo a Unimed (2022) a participação efetiva dos funcionários em todo os
treinamentos é notória devido à autoconsciência da responsabilidade que os
mesmos possuem com os clientes e que também precisam ter com a própria saúde,
ainda que não sejam expostos a grandes riscos em suas funções.
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4 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE

Quando se fala em Segurança no Trabalho é impossível não se mencionar a


necessidade de assegurar também a saúde do trabalhador. De acordo com o Portal
da Indústria (2018) ao se falar em Segurança e Saúde no Trabalho (SST) refere-se a
um conjunto normativo de procedimentos com embasamento legal que devem ser
observados visto que os mesmos são exigidos às empresas e funcionários com o
intuito de prevenir doenças ocupacionais, acidentes de trabalho e proteger a
integridade física do trabalhador.
É válido ressaltar que esta temática é de suma importância para o efetivo
desenvolvimento de uma empresa visto que “As ações que promovem saúde e
segurança no trabalho criam ambientes seguros e saudáveis oferecem condições
adequadas aos trabalhadores o que contribui para o aumento da produtividade”
(PORTAL DA INDÚSTRIA, 2018).
Desse modo para que a saúde e segurança no trabalho sejam efetivamente
alcançadas é indispensável que se adotem tanto o uso de medidas preventivas
quanto o uso de equipamentos próprios que estão diretamente ligados a tais
medidas como é o caso do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e
Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC).
É válido mencionar que para o presente estudo o objeto central de estudo é a
Segurança e Saúde no Trabalho voltada para os Serviços em Saúde que, segundo
NR 32 apresenta as diretrizes básicas para o estabelecimento de medidas protetivas
no que tange à segurança e saúde do trabalhador contemplando ainda àqueles que
exercem atividades de promoção e assistem à saúde em geral (CAMISASSA, 2015).
O Serviço em Saúde pode ser definido conforme Figura 2 a seguir:

Figura 3 – Definição de Serviços em Saúde

Fonte: CAMISASSA (2015, p. 744).


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Com base nestes preceitos e tendo por análise os dados da empresa em


questão é válido perceber que a mesma se preocupa com os colaboradores de
modo que promovem ações de conscientização como o promovido em julho de 2021
sobre acidentes com perfurocortantes, orientando sobre o manuseio e descarte
correto desse tipo de material (UNIMED, 2022). Segundo a Unimed (2022) a ação
mencionada contou com a colaboração do Núcleo de Treinamento, Desenvolvimento
para Qualidade, e foi realizada nos setores do Hospital, onde o manuseio e
acidentes com materiais biológicos são mais frequentes.
Outras ações desenvolvidas estão voltadas a treinamentos na área de
cuidados como por exemplo: treinamento de Atendimento Humanizado ao Cliente;
treinamento RN 259 - Garantia de Atendimento; treinamento de Inteligência
Emocional; higienização das Mãos; medidas de Precaução e Isolamento; boas
práticas no Ambiente de Trabalho; entre outros (UNIMED, 2022).
No tangente ao cuidado com a saúde, envolvendo programas de imunização
a empresa realiza campanhas de vacinação como ocorrido no ano de 2021 com a
campanha específica para a vacinação da Covid-19 para colaboradores ligados ao
atendimento direto de pacientes acometidos pela doença.
Outro processo de conscientização realizada pela empresa diz respeito ao
Outubro Rosa, onde a mesma busca não apenas alertar, mas também conscientizar
sobre a importância da prevenção contra o câncer de mama, incluindo ainda a
orientação para homens que também estão sujeitos a essa enfermidade (UNIMED,
2022).
Os ambientes de trabalho são higienizados constantemente de modo a
estarem sempre sendo limpos o chão, paredes, mobiliários, equipamentos, entre
outros, sendo higienizados por meio de soluções específicas para tais processos e
utilizando-se ainda álcool para garantir a efetivação da limpeza (UNIMED, 2022).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo por base os pontos levantados durante a produção apresentada é


possível assimilar que a higiene e saúde tem total participação na Segurança do
Trabalho, uma vez que estes dois fatores se encontram diretamente ligados.
A Higiene Ocupacional tem a função de identificar os agentes nocivos à
saúde do trabalhador presentes no ambiente em que este se insere. Além de
reconhecer tais agentes e os riscos oferecidos pelos mesmos é a higiene
ocupacional quem busca avaliar o nível de risco, bem como estipular o as ações e
medidas inerentes ao controle do mesmo.
Em se tratando da Hierarquia das Proteções e Gestão da Mudança é possível
depreender que estas permitem, por meio de um organograma bem estruturado,
identificar os riscos e propor medidas para que os mesmos sejam eliminados do
processo operacional da organização.
No tangente a Segurança e Saúde no Trabalho em Serviço de Saúde deve-se
ressaltar que assim como qualquer outra área é necessário que se faça o uso de
medidas efetivas para a prevenção e erradicação de riscos, podendo ser usados,
para tanto, EPIs e EPCs específicos para cada área de atuação.
A Unimed do Norte Capixaba, objeto do presente estudo, apresenta-se
consciente de toda a responsabilidade que possui em se tratando da saúde tanto do
trabalhador quando do cliente e por este fato promove treinamentos constantes
promovendo sempre uma atualização de informação aos interessados de modo que
todos tenham a saúde e cuidados efetivos garantidos assim como manda o código
de conduta.
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6 REFERÊNCIAS

BFA. Hierarquia no controle de riscos. 2018. Disponível em:


<https://www.bfamedicinadotrabalho.com.br/novo/hierarquia-no-controle-de-riscos/>.
Acesso em 30 mar 2022.

BRASIL. NR 6 – Equipamento de Proteção Individual – EPI. 2018. Disponível em:


<https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/
secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
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CAMISASSA, Mara Queiroga. Segurança e saúde no trabalho: NRs 1 a 36


comentadas e descomplicadas. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método: 2015.

COLACIOPPO, Sérgio. Higiene e Toxicologia Ocupacional. São Paulo: ABHO,


2020.

FUNDACENTRO. Introdução à Higiene Ocupacional. São Paulo: Fundacentro,


2004.

MORSCH, José Aldair. Riscos e práticas de segurança do trabalho em


hospitais. 2019. Disponível em:
<https://telemedicinamorsch.com.br/blog/seguranca-do-trabalho-em-
hospitais#:~:text=Riscos%20f%C3%ADsicos&text=De%20acordo%20com%20o
%20Manual,f%C3%ADsicos%20encontrados%20no%20ambiente%20hospitalar.>.
Acesso em 21 mar 2022.

PORTAL DA INDÚSTRIA. Segurança e Saúde no Trabalho: tudo sobre as normas


e leis. Disponível em:
<https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/seguranca-saude-trabalho/>.
Acesso em 01 abr 2022.

SALIBA, Tuffi Messias; LANZA, Maria Beatriz de Freitas. Manual prático de


Higiene Ocupacional e PPRA: avaliação e controle dos riscos ambientais. São
Paulo: LTr, 2015.

UNIMED. Código de Conduta. 2022. Disponível em:


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UNIMED. Política de qualidade. 2022. Disponível em:


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18

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<https://www.unimed.coop.br/site/documents/3720796/6378822/POL+QUA-002-POL
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Acesso em 22 mar 2022.

VILELA, Ruth Beatriz Vasconcelos. Riscos Biológicos: Guia Técnico. 2008.


Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-
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01 abr 2022.

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