Medidas de controle de riscos:

saiba os tipos de riscos e de

medidas

Para manter seus funcionários e seu local de trabalho seguros, é

importante identificar e avaliar os riscos através de medidas de
controle de riscos.

Uma vez identificados os potenciais riscos, o próximo passo é

reduzir, mitigar e eliminar o risco, a fim de evitar acidentes e
lesões graves, introduzindo medidas de controle de risco em seu
local de trabalho.

Sendo assim, colocar toda a estrutura da sua empresa em torno

da segurança e do risco é extremamente importante para tornar
seu local de trabalho seguro.

Afinal, se você reduzir o risco associado ao seu projeto, poderá

alcançar muito mais e estar confiante de que atingirá seus
objetivos.

Quais são as medidas de controle de riscos?

A princípio, as medidas de controle de risco abordam fatores de
risco que podem causar um incidente ou lesão no local de
trabalho. Além disso, essas medidas de controle de risco visam
reduzir ou eliminar completamente os riscos identificados.

Afinal, manter o local de trabalho seguro e livre de acidentes e

ferimentos graves para todos os funcionários começa com a
identificação e avaliação dos riscos.

Antes de começar a controlar os riscos, é preciso saber quais são

e como interagem com as operações do dia a dia. Só então você
pode começar a trabalhar em maneiras de reduzir, mitigar e
eliminar os riscos o máximo possível para tornar o local de
trabalho mais seguro para todos.

O foco deve, é claro, estar nos riscos que representam o maior

risco à vida e aos membros, no entanto, riscos menores não
devem ser ignorados.

Os riscos que podem parecer pequenos podem facilmente se

transformar em um incidente grave quando deixados sem
monitoramento e sem supervisão.

As medidas de controle de risco são uma ferramenta crucial para

ajudar na prevenção de acidentes ou ferimentos no local de
trabalho.
Elas devem fazer parte do plano mais amplo de saúde e
segurança da empresa, fornecendo um método para identificar,
controlar e reduzir os riscos presentes no local de trabalho.

Ao serem utilizadas como parte de um plano abrangente de

saúde e segurança ocupacional, a avaliação de risco e as medidas
de controle fornecem uma série de benefícios ao seu local de
trabalho.

Importância das medidas de controle de

riscos para a segurança do trabalho
O principal objetivo do controle de riscos é saber quem está em
risco. Afinal, com as medidas corretas de controle de risco em
vigor, você será capaz de identificar os funcionários em risco e
saber quando, onde e como eles estão expostos ao risco.

Isto facilita a eliminação ou redução desses riscos. Além disso,

você determinará os fatores de risco que são comuns em seu
ambiente de trabalho. Com estes riscos em mente, você pode
educar sua força de trabalho, especialmente aqueles em posições
de liderança, sobre os riscos e selecionar os métodos corretos de
mitigação.

Como resultado, seus métodos de mitigação irão melhorar. Pois,

quando você avalia de forma contínua os riscos, sua empresa
conseguirá melhorar os meios de resposta aos riscos. Além disso,
você será capaz de avaliar a eficácia de seus métodos de
mitigação.

Sob o mesmo ponto de vista, você garantirá que está cumprindo

as leis e normas trabalhistas. Ou seja, ao criar um ambiente de
trabalho seguro você estará cumprindo a regulamentação de
Saúde e Segurança no Trabalho. Bem como, o ajudará a evitar
multas e taxas.

Quais são os tipos de riscos aos quais o

trabalhador pode ser exposto?
A princípio, cada local de trabalho deve reconhecer os tipos
gerais de perigos para proteger as pessoas, os equipamentos e o
meio ambiente. Eles são:

Riscos ambientais
Em primeiro lugar, os riscos ambientais são causados por agentes
físicos, químicos ou biológicos presentes no ambiente de
trabalho. E podem sobretudo causar danos à saúde dos
trabalhadores do local.

Nesse sentido, pode-se dizer que os agentes físicos são:

• Vibração e ruído;
• Variações de temperatura tanto positivas quanto
negativas;
• Radiação, entre outros.
Já os agentes químicos podem ser:

• Gases tóxicos e partículas no ar que podem ser

inaladas pelo trabalhador.
Em relação aos agentes biológicos, temos:

• Vírus;
• Fungos;
• Parasitas;
• Bactérias;
• Protozoários, entre outros.
Riscos físicos
Este grupo de riscos está constantemente presente no ambiente
de trabalho. Além disso, é responsável por um grande número de
doenças ocupacionais, tais como hipertensão, estresse e câncer.

Além disso, eles podem causar danos mesmo sem que os

trabalhadores entrem em contato ou toquem neles. Exemplos
disso são os perigos de temperaturas extremas, radiação, raios
UV e vibrações constantes ou ruídos altos.

Riscos químicos
Cada local de trabalho tem produtos químicos – desde produtos
de limpeza até a produção de produtos químicos, como fábricas
por exemplo.

Sendo assim, se os produtos químicos não forem usados,

armazenados e manuseados de forma adequada, podem causar
ferimentos, doenças, incêndios, explosões ou danos materiais.

Além disso, eles incluem a exposição a compostos líquidos,

sólidos ou gasosos que causam problemas respiratórios,
queimaduras, irritação e explosão.

Riscos biológicos
Em síntese, os riscos biológicos são causados por organismos que
causam intoxicações, doenças e outros males.

As causas podem vir de animais, plantas e patógenos, tais como

exposição a excrementos de animais, urina, sangue, ácaros,
fungos, mofo e bactérias.

Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos são comuns, porém difíceis de identificar
porque afetam as pessoas após um longo período de tempo. Eles
causam lesões ou enfermidades físicas aos indivíduos porque os
mesmos trabalham em posições desconfortáveis ou fazem
movimentos impróprios.

Exemplos são lesões por má postura, estações de trabalho de

baixa qualidade, vibrações, movimentos rápidos e repetidos, e o
uso de forças excessivas.
Riscos de acidentes
Em suma, os riscos de acidades podem ser encontrados em
todos os locais de trabalho. Eles estão presentes como resultado
de má administração, colocação incorreta ou perigo de trabalho
em determinadas condições.

São exemplos de riscos de acidentes máquinas não vigiadas,

derramamento de óleo, espaço confinado, trabalho em altura e
falhas elétricas.

O que é PPRA e quais tipos de riscos ele

engloba?

O Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais(PPRA) tem como

objetivo levantar os riscos (físicos, químicos e biológicos) do
ambiente de trabalho e suas medidas de controle.

Nesse sentido, o PPRA é uma lei federal prevista na Norma

Regulamentadora nº 9 em 1994 do Ministério do Trabalho e
Emprego.

Além disso, a elaboração e implantação do PPRA é obrigatória

para todas as empresas e instituições que tenham empregados
CLT. Independentemente da quantidade de funcionários ou do
grau de risco do ambiente.

O que é hierarquia de controle de risco?

A hierarquia de controle de risco é sobretudo um sistema para
controlar os riscos no local de trabalho.

Sendo assim, a hierarquia de controle é uma abordagem passo a

passo para eliminar ou reduzir os riscos e classifica os controles
de risco desde o mais alto nível de proteção e confiabilidade até
a proteção mais baixa e menos confiável.

Ao mesmo tempo, eliminar o perigo e o risco é o nível mais alto

de controle na hierarquia, seguido pela redução do risco através
da substituição, isolamento e controles de engenharia, e depois a
redução do risco através de controles administrativos.

Quando podem ser aplicadas as medidas de

controle de riscos?

Como parte da gestão da saúde e segurança de sua empresa,

você deve controlar os riscos em seu local de trabalho. Para fazer
isso, você precisa pensar no que pode causar danos às pessoas e
decidir se está tomando medidas razoáveis para evitar esses
danos.

Nesse sentido, é possível identificar e controlar os riscos em 3

momentos diferentes, sendo eles:

• Na fonte: onde se origina o risco;

• No receptor: quem está sujeito ao risco;
• No ambiente: percurso entre a fonte e o receptor.
Na fonte: onde se origina o risco
A princípio, a melhor forma de controlar um risco é focar em
ações na fonte geradora. Para isso, tem-se as seguintes opções:

• Eliminação completa da fonte;

• Substituição da fonte por outra que cause menos
riscos, ou até mesmo por métodos automatizados;
• Isolamento e contenção da fonte, desse modo o
funcionário não terá acesso direto a fonte;
• Se não for possível isolar a fonte, deve-se separá-la e
colocá-la em um local diferente.
No receptor: quem estará sujeito ao risco
Quando não é possível realizar o controle de riscos na fonte, a
próxima alternativa é controlar o receptor. Para isso, pode-se por
exemplo:

• Implementar a utilização de equipamentos de

segurança individual;
• Diminuir o tempo de permanência do receptor perto
da fonte, através por exemplo de rotatividade de
funcionários.
No ambiente: percurso entre a fonte e o receptor
Quando o contaminante é um material de dispersão é mais difícil
realizar medidas de contenção na fonte e no receptor. Por isso,
deve-se realizar medidas de controle no ambiente. Como por
exemplo:

• Diluir a concentração de partículas no ar através de

ventilação e exaustão;
• Aumentar a distância entre a fonte e o receptor;
• Utilização de telas e barreiras entre o receptor e a
fonte.
Tipos de medidas de controle de riscos
Medidas de controle de risco são acima de tudo ações que
podem evitar acidentes ou danos no ambiente de trabalho. Nesse
sentido, as medidas de controle podem ser projetadas para
reduzir os riscos ou eliminá-los completamente.

Entretanto, as medidas de controle de riscos seguem um padrão

hierárquico, com cada passo sendo trabalhado e implementado
para controlar e minimizar o risco identificado.

Medidas de Eliminação (Fonte)

As medidas de eliminação de riscos estão no topo da hierarquia,
sendo a melhor opção para controlar um risco identificado. É
claro que, às vezes, eliminar um risco completamente não é uma
opção.

No entanto, ela deve ser a primeira linha de defesa considerada

porque oferece a maior proteção aos envolvidos. Por exemplo,
remover todos os objetos que dificultam a passagem de
pedestres em uma passarela.

Medidas de Substituição ou Minimização (Fonte)

Se a eliminação do risco não for possível, seu próximo passo deve
ser a substituição do risco. Na maioria dos casos, a substituição
de riscos exigirá uma avaliação contínua dos riscos identificados.

Entretanto, a substituição de um risco não será tão eficaz quanto

remover completamente o risco, pois é possível que o novo
sistema introduza novos riscos e perigos.
Estes perigos são provavelmente desconhecidos inicialmente e,
portanto, exigirão uma nova avaliação de risco para avaliar
quaisquer riscos novos ou alterados.

Um exemplo seria a substituição de uma grade de proteção por

uma mais alta. Apesar da substituição da grade, ainda existe
algum risco de um incidente de segurança, mas este foi reduzido.

Medidas de Engenharia (Ambiente)

Em resumo, esta medida de controle envolve o redesenho de algo
no nível de engenharia para remover ou reduzir o risco.
Entretanto, dependendo da situação nem sempre será possível
realizar esse tipo de medida.

Um exemplo de medida de controle de risco de engenharia pode

ser a instalação de uma proteção de segurança física entre as
partes móveis de uma máquina e o operador. Ou por exemplo, a
instalação de cortes de segurança para permitir o desligamento
rápido em caso de acidente ou ferimento iminente.

Medidas de Separação (Ambiente)

A medida de separação visa sobretudo isolar o próprio risco do
funcionário ou pessoa que possa experimentá-lo ou isolar o
acesso ao fator de risco apenas para o pessoal autorizado,
devidamente treinado no manuseio e uso do mesmo.

Isto pode envolver a colocação de equipamentos perigosos ou

ruidosos em uma sala trancada ou à prova de som, onde os
operadores podem monitorá-los remotamente.

Medidas Administrativas (Ambiente e Trabalhador)

Os controles administrativos são medidas de controle baseadas
no treinamento, planejamento e atribuição de pessoal de
ambientes perigosos.

Esta medida de controle pode envolver coisas como o

desenvolvimento de diretrizes de melhores práticas, a
organização de treinamento adicional e a garantia de que os
funcionários designados para áreas destacadas como fator de
risco tenham o treinamento necessário.
Em alguns casos, o equipamento de proteção pessoal será usado
como medida para reduzir os riscos.

O que é EPI – Equipamento de Proteção

Individual?

Entende-se por Equipamento de Proteção Individual qualquer

dispositivo composto de vários dispositivos que o fabricante
tenha associado a um ou mais riscos que possam ocorrer
simultaneamente e que sejam susceptíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.

Equipamentos de proteção individual, fabricados internamente ou

importados, só podem ser colocados à venda ou utilizados com a
indicação do Certificado de Aprovação – CA, emitido pelo órgão
nacional competente para a segurança e saúde no trabalho do
Ministério do Trabalho e Emprego.

Podemos citar como exemplo de EPI’s:

• Óculos e máscaras (para proteção dos olhos e do

rosto);
• Proteção auditiva e amortecedores (para a proteção
auditiva);
• Respiradores (para a proteção respiratória);
• Capacetes (para a proteção da cabeça), entre outros.
Além disso, o Equipamento de Proteção Individual deve ser
fornecido de forma gratuita aos funcionários. Bem como, ter a
certificação correta de acordo com a legislação vigente e estar
em bom estado de conservação, adequado ao risco de exposição
do trabalhador.

Nesse sentido, o EPI deve ser utilizado mesmo quando os riscos

estão sendo controlados por medidas mais avançadas na
hierarquia. Afinal, o EPI serve como a última linha de defesa para
proteger os funcionários contra o risco.

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Conclusão
Ao serem utilizadas como parte de um plano abrangente de
saúde e segurança ocupacional, a avaliação de risco e as medidas
de controle de risco fornecem uma série de benefícios ao seu
local de trabalho.

Por exemplo, saber quem está em maior risco e a que fatores de

risco estão expostos significa que um plano para mitigar ou
eliminar esses riscos pode ser desenvolvido.

Também pode ser possível eliminar completamente alguns dos

fatores de risco, entretanto, alguns fatores estarão sempre
presentes e só podem ser reduzidos. Por isso, a conscientização
desses fatores significa que as pessoas expostas sabem o que
procurar e compreendem a importância dos métodos de
mitigação.

Como resultado, quando implementados como parte do projeto

original do local de trabalho e de seus planos de saúde e
segurança, as medidas de controle e avaliações de risco reduzirão
ou eliminarão o número de acidentes ou lesões.