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ALVENARIA ESTRUTURAL:
DIRETRIZES PARA O DETALHAMENTO DE PROJETO EM ALVENARIA
ESTRUTURAL DE BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
Palhoça
2017
GUILHERME ANTONIO SCHMITZ
WILLIAN MARTINS
ALVENARIA ESTRUTURAL:
DIRETRIZES PARA O DETALHAMENTO DE PROJETO EM ALVENARIA
ESTRUTURAL DE BLOCOS VAZADOS DE CONCRETO
Palhoça
2017
Dedicamos este trabalho aos
nossos familiares, que nos apoiaram e
incentivaram neste período e em toda a nossa
vida. A todos que nos auxiliaram na
elaboração desta pesquisa, possibilitando a sua
execução e a todos que necessitarem do
mesmo para evolução de seu conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Minha plena gratidão primeiramente a Deus, por nos dar o dom da vida e me por aos braços
de meus pais Maurício e Sirlei que são as minhas principais fontes de apoio e inspiração.
Grato a todos os familiares presentes e os que já não pertencem a este plano, que tenho
certeza que estariam muito felizes e presente. Em nome de Willian Martins.
Primeiramente agradeço a Deus, por estar sempre comigo, iluminando meus caminhos, me
dando força, esperança para que com fé consiga conquistar meus objetivos. Agradeço os meus
pais Rosana, José e Marcos, aos meus avós Estevão e Maria de Lourdes, a Minha esposa
Karina, todos os meus familiares e amigos por todo apoio, incentivo, paciência e força nessa
jornada de desafios e superações. Agradeço ao meus professores, amigos e colegas pela
dedicação e apoio durante esses anos como universitário. Em nome de Guilherme Antônio
Schmitz.
“Nós somos o que fazemos repetidas vezes. Portanto, a excelência não é um ato, mas um
hábito.” (ARISTÓTELES).
LISTA DE SÍMBOLOS
λ Índice de esbeltez
ABCP Associação Brasileira de Cimento Portland
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR Normas Brasileiras
RESUMO
A alvenaria estrutural, quando bem utilizada, minimiza índices de desperdício e, por este
motivo, nos últimos anos, vem crescendo o interesse e aplicação da mesma por parte das
construtoras. As construtoras estão visualizando, neste sistema, uma alternativa muito
competitiva para a construção de habitações. Nesse sentido, o presente trabalho procura
contribuir para a evolução do sistema mostrando as formas para se efetuar um detalhamento
coeso em um projeto de alvenaria estrutural, visando com isso a melhoria de produtividade e a
minimização de desperdícios. Contribuindo também para o entendimento do sistema como
um todo buscando demonstrar as duas partes de se executar um projeto, que são a parte de
projeto e execução. Quando se tem um entrosamento coeso da transição do projeto para a
parte do detalhamento se evidencia uma melhoria de produtividade e racionalização do
sistema.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
1.1 GENERALIDADES ....................................................................................................... 12
1.2 OBJETIVO...................................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 13
1.2.2 Objetivo Específico...................................................................................................... 13
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 13
1.4 PROBLEMA DE PESQUISA......................................................................................... 14
1.5 METODOLOGIA ........................................................................................................... 14
1.6 LIMITAÇÃO DO TRABALHO ..................................................................................... 15
1.7 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................................. 15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 16
2.1 HISTÓRICO DA ALVENARIA ESTRUTURAL ......................................................... 17
2.1.1 Histórico no Mundo ..................................................................................................... 17
2.1.2 Histórico no Brasil ....................................................................................................... 19
2.2 ELEMENTO DE ALVENARIA ESTRUTURAL ......................................................... 21
2.2.1 Termos e Definições ..................................................................................................... 21
2.2.2 Bloco de Concreto ........................................................................................................ 24
2.2.2.1 Resistencia à Compressão .......................................................................................... 27
2.2.2.2 Produção dos Blocos de Concreto ............................................................................. 28
2.2.2.3 Classificação dos blocos de Concreto ........................................................................ 29
2.2.3 Argamassa de Assentamento ...................................................................................... 30
2.2.3.1 Função da Argamassa de Assentamento .................................................................... 30
2.2.4 Graute ........................................................................................................................... 32
2.2.5 Armadura ..................................................................................................................... 33
2.3 SISTEMA CONSTRUTIVO EM ALVENARIA ESTRUTURAL ................................ 34
2.3.1 Paredes ......................................................................................................................... 34
2.3.1.1 Limite para dimensões ................................................................................................ 36
2.3.1.2 Interação de Paredes .................................................................................................. 37
2.3.1.2.1 Interação de Paredes em cantos e bordas (L, T e X)............................................... 37
2.3.2 Lajes.............................................................................................................................. 40
2.3.3 Esforços Verticais Atuantes........................................................................................ 42
2.3.3.1 Importância da Uniformização das Cargas................................................................. 42
2.3.3.2 Resistência à Compressão .......................................................................................... 42
2.3.3.2.1 Compressão Simples:............................................................................................... 43
2.3.3.2.2 Compressão na Flexão: ........................................................................................... 43
2.3.3.2.3 Ensaios em prisma ................................................................................................... 44
2.3.3.3 Cisalhamento .............................................................................................................. 44
2.4 VANTAGEM E DESVANTAGEM DA ALVENARIA ESTRUTURAL ..................... 46
2.5 EQUIPAMENTOS .......................................................................................................... 49
3 PROJETO EM ALVENARIA ESTRUTURAL.............................................................. 57
3.1 FUNDAÇÕES ................................................................................................................. 57
3.2 ESTRUTURA DE TRANSIÇÃO ................................................................................... 59
3.3 PROJETO ESTRUTURAL EM ALVENARIA ............................................................. 60
3.3.1 Modulação .................................................................................................................... 61
3.3.2 Modulação Horizontal de Paredes............................................................................... 63
3.3.2.1 Técnica Usuais de Locação de Blocos Chaves ........................................................... 64
3.3.2.2 Assentamento da 1° Fiada .......................................................................................... 67
3.3.3 Modulação Vertical das Paredes ................................................................................. 72
3.3.3.1 Elevação da Alvenaria ................................................................................................ 74
3.3.4 Simetria na Modulação ............................................................................................... 80
3.3.5 Detalhes e Soluções Construtivas ................................................................................ 82
3.3.5.1 Vergas e Contra vergas ............................................................................................... 83
3.3.5.2 Vigas ........................................................................................................................... 83
3.3.5.3 Juntas .......................................................................................................................... 84
3.3.5.3.1 Junta de Controle .................................................................................................... 85
3.3.6 Projetos Complementares............................................................................................. 86
3.3.6.1 Projeto Hidráulico ...................................................................................................... 86
3.3.6.2 Projeto Elétrico ........................................................................................................... 86
4 DIRETRIZES PARA DETALHAMENTO DE PROJETO EM ALVENARIA
ESTRUTURAL ....................................................................................................................... 88
4.1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 88
4.2 METODOLOGIA ........................................................................................................... 88
4.3 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO REALIZADO .......................................................... 88
4.3.1 Fundação ...................................................................................................................... 89
4.3.2 Estrutura de Transição ................................................................................................ 92
4.3.3 Execução das Alvenarias ............................................................................................. 98
4.3.3.1 Técnica de Locação dos Blocos Chave ...................................................................... 99
4.3.3.2 Assentamento da 1° Fiada ........................................................................................ 100
4.3.3.3 Elevação da Alvenaria ............................................................................................. 103
4.3.3.4 Amarração das Paredes ........................................................................................... 106
4.4 VERGAS E CONTRA-VERGA ................................................................................... 108
4.5 JUNTAS ........................................................................................................................ 110
4.6 ABERTURAS ............................................................................................................... 110
4.7 GRAUTEAMENTO ..................................................................................................... 112
4.8 INSTALAÇÕES COMPLEMENTARES..................................................................... 115
4.8.1 Instalações Elétricas................................................................................................... 115
4.8.2 Instalações Hidrossanitários ...................................................................................... 117
4.9 CINTAS DE AMARRAÇÃO E EXECUÇÃO DE LAJES .......................................... 118
4.10 LAJE DE COBERTURA .............................................................................................. 121
5 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 123
5.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................... 123
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 124
ANEXOS ............................................................................................................................... 127
ANEXO A – PLANTA DE MODULAÇÃO TIPO 1 ......................................................... 128
ANEXO B – PLANTA DE TRANSIÇÃO TIPO 1 ............................................................ 129
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 GENERALIDADES
1.2 OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo geral apresentar diretrizes para o aprimoramento
de um detalhamento de projeto em Alvenaria Estrutural de Bloco Vazado de Concreto,
buscando-se evidenciar no estudo de caso os elementos que constitui o sistema de construção
em alvenaria estrutural.
1.3 JUSTIFICATIVA
1.5 METODOLOGIA
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
seu uso racional foram impedidos pela pouca trabalhabilidade dos blocos de pedra utilizados,
como também pela falta de conhecimento sobre o comportamento das alvenarias” (CAMPOS,
1993). Apud SANTOS, (1998).
CAMALHO e CORRÊA (2003, p.1) comenta que o sistema construtivo se
desenvolveu inicialmente através do empilhamento puro e simples de unidades, tijolos ou
blocos, de forma a cumprir a destinação projetada. Nessa fase inicial, vãos até podiam ser
criados, mas sempre por peças auxiliares, como, por exemplo, vigas de madeira ou pedra.
Até o início do século XX as alvenarias foram executadas de forma empírica e
apresentavam grandes espessuras devidas a falta de conhecimento das características
resistentes dos materiais, e de procedimentos racionais de cálculo (SAMPAIO (2010)) Apud
SILVA, (2013).
Em 1933, houve o terremoto de Long Beach na Califórnia, e o uso da alvenaria
simples (não armada) foi proibido nos Estados Unidos, nas regiões sujeitas a abalos sísmicos.
Logo, começou a surgir os primeiros conceitos teóricos sobre alvenaria armada (SILVA
(2004)). Apud SILVA, (2013).
No ano de 1950 o empirismo predominante no dimensionamento das edificações
entra em decadência, as pesquisas começaram a trazer parâmetros e surgem cálculos mais
racionais, principalmente na Suíça (ROMAN e FILHO (2007)). Apud SILVA, (2013).
Entre 1960 e 1970 houve intensas investigações experimentais e aperfeiçoamento
de modelos matemáticos de cálculo propostos, com o intuito de obter projetos resistentes não
só a carga estática e dinâmicas de vento e sismos, mas também devido a explosões
(PAULUZZI (2013)), Apud SILVA, (2013).
Segundo RICHTER (2007) apud SILVA, (2013), apesar da chegada tardia deste
processo construtivo no Brasil, a alvenaria estrutural acabou se firmando como uma
alternativa eficiente e econômica para a execução de edifícios residenciais e Industriais.
(a) (b)
Fonte: (COMUNIDADE DA CONSTRUÇÃO (2013))
Componentes
Menor parte constituinte de um elemento da estrutura, incluindo:
a) Bloco: Componente básico da alvenaria.
b) Junta de argamassa: Componente utilizado na ligação dos blocos.
c) Graute: Componente utilizado para preenchimento de espaços vazios de blocos
com a finalidade de solidarizar armaduras à alvenaria ou aumentar sua capacidade resistente.
Elemento de Alvenaria
Parte da estrutura suficientemente elaborada constituída da reunião de dois ou
mais componentes.
a) Não armado: elemento de alvenaria no qual a armadura é desconsiderada para
resistir aos esforços solicitantes.
b) Armado: elemento de alvenaria no qual são utilizadas armaduras passivas que
são consideradas para resistência aos esforços solicitantes.
c) Protendido: elemento de alvenaria em que são utilizadas armaduras ativas
impondo uma pré-compressão antes do carregamento.
Parede
a) Estrutural: toda parede admitida como participante da estrutura.
b) Não estrutural: toda parede não admitida como participante da estrutura.
a) Viga: elemento linear que resiste predominantemente à flexão e cujo vão seja
maior ou igual a três vezes a altura da seção transversal.
b) Verga: elemento estrutural colocado sobre abertura de porta e janela que tenha
a função exclusiva de transmissão de cargas verticais para as paredes adjacentes à abertura.
c) Contraverga: elemento estrutural colocado sob o vão de abertura com a função
de redução de fissuração nos seus cantos.
d) Cinta: elemento estrutural apoiado continuamente na parede, ligado ou não às
lajes, vergas ou contravergas.
e) Pilar: elemento linear que resiste predominantemente a cargas de compressão e
cuja maior dimensão da seção transversal não exceda cinco vezes a menor dimensão.
f) Parede: elemento laminar que resiste predominantemente a cargas de
compressão e cuja maior dimensão da seção transversal excede cinco vezes a menor
dimensão.
g) Coxim: elemento estrutural não contínuo, apoiado na parede, para distribuir
cargas concentradas.
h) Enrijecedor: elemento vinculado a uma parede estrutural com a finalidade de
produzir um enrijecimento na direção perpendicular ao seu plano
i) Diafragma: Elemento estrutural laminar admitido como rígido em seu próprio
plano, sendo usualmente a laje de concreto armado que distribui as ações horizontais para as
paredes.
Prisma
Corpo de prova obtido pela superposição de blocos unidos por junta de
argamassa, grauteados ou não. Ensaiados à compressão, oferece informação básica sobre
resistência à compressão da alvenaria e é o principal parâmetro para o projeto e controle da
obra.
• área bruta: Área da seção perpendicular aos eixos dos furos, sem desconto das
áreas dos vazios.
• área líquida: Área média da seção perpendicular aos eixos dos furos,
descontadas as áreas médias dos vazios.
• área efetiva: parte da área líquida de um componente ou elemento, sobre a qual
efetivamente é disposta a argamassa.
mm para
de blocos de concreto têm sua modulação determinada de acordo com as ABNT NBR 5706 e
ABNT NBR 5726.
Fonte: ABNT, NBR 6136.
• Aditivos e adições:
- Será permitido o uso de aditivos, de acordo com a ABNT NBR 11768, adições
ou pigmentos, desde que o produto final atenda aos requisitos físico-mecânicos.
- Os aditivos não devem conter substâncias potencialmente capazes de promover a
deterioração do concreto dos blocos ou materiais próximos, quer por contato direto, quer por
disseminação de íons.
• Os blocos devem ser fabricados e curados por processos que assegurem a
obtenção de um concreto suficientemente homogêneo e compacto, de modo a atender a todas
as exigências da Norma 6136. Os lotes devem ser identificados pelo fabricante segundo sua
procedência e transportados e manipulados com as devidas precauções, para não terem sua
qualidade prejudicada.
• Os blocos devem ter arestas vivas e não devem apresentar trincas, fraturas ou
outros defeitos que possam prejudicar o seu assentamento ou afetar a resistência e a
durabilidade da construção, não sendo permitida qualquer reparo que oculte defeitos
eventualmente existentes no bloco.
• Por ocasião do pedido de cotação de preços, o comprador deve indicar o local da
entrega do material, bem como a classe, a resistência característica à compressão, as
dimensões e outras condições particulares dos blocos desejados especificados no projeto.
• Para fins de fornecimentos regulares, a unidade de compra é o bloco.
2.2.4 Graute
Fonte:<http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemasconstrutivos/1/materiais/qualidade/9/
materiais.> Acesso em: 19 Abril, 2017.
2.2.5 Armadura
2.3.1 Paredes
Altura Efetiva
A altura efetiva (he) de uma parede deve ser considerada igual:
─ à altura da parede, se houver travamento que restrinjam os deslocamentos
horizontais das suas extremidades;
─ ao dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamento que
restrinja conjuntamente o deslocamento horizontal e a rotação na outra extremidade.
Espessura Efetiva
Para edificações de mais de dois pavimentos não se admite parede estrutural com
espessura efetiva inferior a 14cm.
A espessura efetiva (te) de uma parede sem enrrijecedores será a sua espessura (t),
não sendo considerado os revestimentos.
A espessura efetiva de uma parede com enrrijecedores regularmente espaçados
deve ser calculada de acordo com a expressão:
35
𝑡𝑒 = 𝛿 𝑡
Onde,
te é a espessura efetiva da parede;
𝛿 é um coeficiente calculado de acordo com a tabela 4 e parâmetros dados
pela figura 9;
t é a espessura da parede na região entre enrijecedores.
Para dimensões de peças de alvenaria a NBR 15961-1 nos cita alguns limites
que se pode ver abaixo:
Deve-se considerar que exista a interação quando se trata de borda ou canto com
amarração direta, (Figura 14).
Em outras situações de ligação, que não a de amarração direta, a interação
somente pode ser considerada se existir a comprovação experimental de sua eficiência.
2.3.2 Lajes
No caso de lajes armadas em uma só direção, deve-se também evitar que todas as
lajes sejam armadas na mesma direção. A disposição das armaduras deve se dar
alternadamente, como ilustra a Figura 16, tomando-se o cuidado de equilibrar a quantidade de
armaduras em ambos os sentidos.
2.3.3.3 Cisalhamento
Onde:
fvk é a resistência característica ao cisalhamento;
σ é a tensão normal considerando apenas 90% das cargas permanentes.
a) Economia de fôrmas
Quando existem, as fôrmas se limitam às necessárias para a concretagem das
lajes. São, portanto, fôrmas lisas, baratas e de grande reaproveitamento.
2.5 EQUIPAMENTOS
Figura 30 - Prumo
3.1 FUNDAÇÕES
Desta forma, na laje de transição, aconselha-se deixar pequenas visitas perto dos
alinhamentos das vigas, facilitando a futura conferência da disposição das paredes de
alvenaria estrutural.
3.3.1 Modulação
15 cm, as dimensões internas dos ambientes em planta devem ser múltiplas de 15, como por
exemplo 60 cm, 1,20 m, 2,10 m, etc. Se o módulo utilizado foi 20 cm, as dimensões internas
devem ser múltiplas de 20, como por exemplo 60 cm, 1,20 m, 1,40 m, 2,80 m, etc. (KALIL).
Fonte: Gaulke,2014.
b) Marcação dos alinhamentos das paredes: através dos pontos de canto, inicia-se
as medidas sobre as linhas esticadas, de acordo com as cotas descritas no projeto, conforme os
alinhamentos descritos na planta, Figura37. Desta forma, cuidando para que não aconteçam
erros costumeiros. "Esses alinhamentos devem ser marcados com tinta sobre a laje, com
auxílio de um esquadro." (PRUDÊNCIO JÚNIOR; OLIVEIRA; BEDIN, 2002, p. 139).
Fonte: Gaulke,2014.
67
Fonte: PRUDÊNCIO, Luiz R.; OLIVEIRA, Alexandre L., BEDIM, Carlos A. Alvenaria Estrutural
de Blocos de Concreto, Florianópolis, 2002 (p.87)
No caso da modulação vertical de piso à piso, a última fiada das paredes externas
será composta pelos blocos “J”, de forma a acomodar a altura da laje. Nas paredes internas a
última fiada será composta ou por blocos compensadores ou blocos canaleta cortados com
muito cuidado no canteiro, por meio de uma ferramenta adequada.
74
Fonte: PRUDÊNCIO, Luiz R.; OLIVEIRA, Alexandre L., BEDIM, Carlos A. Alvenaria Estrutural
de Blocos de Concreto, Florianópolis, 2002 (p.87)
que na elevação desta parede se utilize um dos seguintes artifícios: bloco e meio (Figura 49)
ou “bloco em trânsito” (Figura 50).
O bloco e meio ocupará os três últimos espaços junto ao fechamento do painel,
intercaladamente nas fiadas pares e ímpares. O uso deste bloco fora da zona de encontro de
paredes, nos poucos casos onde se fizer necessário o ajuste, mantém a amarração.
Alternativamente, pode-se substituir nas fiadas pares ou ímpares o bloco e meio
por um bloco e um meio bloco, que se movimentará ao longo das fiadas, não permitindo a
ocorrência de mais de três juntas a prumo consecutivas. É o que se denomina, aqui, “bloco em
trânsito”. Contexto de ACCETTI, (1998).
Fonte: Santos,1998.
83
3.3.5.2 Vigas
Vão Efetivos
O vão efetivo deve ser tomado como a distância livre entre as faces dos apoios,
acrescida de cada lado do vão do menor valor entre:
─ metade da altura da viga; e
─ distância do eixo do apoio à face do apoio.
3.3.5.3 Juntas
variação volumétrica. Devem ser previstas para trechos retos e contínuos, sem recorte de
fachada. (PAESEKIAN,2012).
A junta de dilatação, ao contrário da junta de controle que é limitada ao elemento
parede apenas, se estende por toda a estrutura, basicamente dividindo a edificação em duas ou
mais partes. A Norma NBR 15961-1 recomenda que sejam previstas juntas de dilatação no
máximo a cada 24 m da edificação em planta. Esse limite poderá ser alterado desde que se
faça uma avaliação mais precisa dos efeitos da variação de temperatura e retração sobre a
estrutura, incluindo a eventual presença de armaduras adequadamente alojadas em juntas de
assentamento horizontais.
Conforme a NBR 15961-1 que nos regi, deve ser analisada a necessidade da
colocação de juntas verticais de controle de fissuração em elementos de alvenaria, com a
finalidade de prevenir o aparecimento de fissuras provocadas por variação de temperatura,
retração, variação brusca de carregamento e variação da altura ou da espessura da parede.
Conforme (Figura 53) que nos dá os valores máximos de espaçamento entre juntas verticais
de controle.
abertura de caixas de luz, interruptores ou de telefonia, pois são fornecidos pelos fabricantes
blocos especiais elétricos, já com a abertura para o embutimento dessas caixas. Quando temos
pontos muito próximos um do outro utiliza-se um eletroduto de ligação, onde passa de um
bloco para o outro pela região central superior das paredes transversais do mesmo, através de
rasgos executados nos locais indicados com o auxílio de serras.
88
4.1 INTRODUÇÃO
4.2 METODOLOGIA
4.3.1 Fundação
Fonte: Autores,2017.
Na execução das marcações dos blocos chaves a empresa executa com o método
das cotas acumuladas. Método esse na qual o responsável técnico da execução adotou como a
parede 28 (Figura 71) do fosso do elevador a origem do projeto e, partindo dessa origem até a
distância exata informada no projeto de modulação para que se chegue a medida de
assentamentos dos blocos, conforme descrito no item 3.3.2.1, figura 37. Na marcação nos
blocos chaves dos pavimentos superiores além de utilizar o método de cotas acumuladas é
verificado o prumo do bloco referenciando o pavimento inferior com o equipamento prumo
(figura 30) e referenciando a NBR 15961-2 conforme figura 70.
Posteriormente traçam uma linha de vértice a vértice para a conferencia do
esquadro, conforme figura 36.
4.5 JUNTAS
4.6 ABERTURAS
4.7 GRAUTEAMENTO
A função das cintas é dar travamento ao prédio como um todo, sendo executada
no fechamento superior das paredes com função de transmitir a reação da laje à alvenaria,
119
5 CONCLUSÃO
Como continuidade da elaboração deste trabalho, ficam algumas recomendações para estudos
futuros:
- Aprofundamento em pesquisas a respeito, visando a melhoria de produtividade;
- Pesquisa de novas tecnologias como software na área de detalhamento, verificando sua
eficiência;
- Técnicas utilizadas em outras regiões que possam apresentar bons índices; e
- Verificação da conformidade entre o detalhamento e a execução de um projeto.
124
REFERÊNCIAS
ANEXOS
128