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FACULDADE DE DIREITO
Tete, 2022
Índice
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 1
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2. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Segundo Barbier (1985, p.38), “a investigação-acção tem a sua “origem como pesquisa
psicológica de campo, e tem como objectivo uma mudança de ordem psicossocial”, pois a
meta desta pesquisa, é a transformação radical da realidade social e a melhoria de vida das
pessoas envolvidas”.
Segundo Dick (2000) “o nome indica, são uma metodologia que tem o duplo objectivo de
acção e investigação, no sentido de obter resultados em ambas as vertentes”:
Investigação – acção ou pesquisa - acção “é uma forma de investigação - acção que utiliza
técnicas de pesquisa consagradas para informar a acção que se decide tomar para melhorar a
prática” (Tripp, 2005, p.447).
A pesquisa-acção é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada
em estreita associação com uma acção ou com a resolução de um problema colectivo e na
qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1997).
Conforme Stringer (1996), a pesquisa- acção compreende uma rotina composta por três
acções principais: observar, para reunir informações e construir um cenário; pensar, para
explorar, analisar e interpretar os fatos; e agir, implementando e avaliando as acções.
Dentro desta mesma ideia, pode-se dividir o processo de pesquisa-acção em quatro principais
etapas, que serão descritas a seguir: fase exploratória, fase principal, fase de acção e fase de
avaliação (THIOLLENT, 1997).
Fase Exploratória
Esta primeira etapa do processo de pesquisa-acção, que tem grande importância devido ao
fato de encaminhar as fases subsequentes da pesquisa, possui um aspecto interno, que diz
respeito ao diagnóstico da situação e das necessidades dos atores e à formação de equipes
envolvendo pesquisadores, e um aspecto externo, que tem por objectivo divulgar essas
propostas e obter o comprometimento dos participantes e interessados.
Fase de Acção
A Fase de Acção, como o próprio nome já indica, engloba medidas práticas baseadas nas
etapas anteriores: difusão de resultados, definição de objectivos alcançáveis por meio de
acções concretas, apresentação de propostas a serem negociadas entre as partes interessadas e
implementação de acções-piloto que posteriormente, após avaliação, poderão ser assumidas
pelos atores sem a actuação dos pesquisadores (THIOLLENT, 1997).
Fase de Avaliação
Esta etapa final do processo de pesquisa-acção apresenta dois objectivos principais: verificar
os resultados das acções no contexto organizacional da pesquisa e suas consequências a curto
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e médio prazo e extrair ensinamentos que serão úteis para continuar a experiência e aplicá-la
em estudos futuros.
Numa primeira fase, procede-se à planificação. Para tal, deve-se definir o problema e
o projecto (ou seja, os métodos a seguir e as técnicas de recolha e análise de dados que
mais se adequam à situação estudada). Nesta fase, o investigador deve seleccionar,
inicialmente, um tema que seja do seu interesse e cujo estudo seja pertinente. De
acordo com o tema e a abordagem pretendida, o investigador escolhe o método de
investigação e elabora os instrumentos de recolha de dados que devem ser submetidos
a validação antes de serem aplicados. Deve também decidir, antecipadamente, as
técnicas de tratamento de dados recolhidos que pretende utilizar.
A segunda fase corresponde à acção, a implementação do projecto e a observação.
A terceira (mas provavelmente não última) fase é a fase da reflexão. Nesta fase, o
investigador deve reflectir sobre a situação estudada, avaliá-la e decidir o caminho a
seguir. Se o investigador considerar que não há mudanças a executar, termina a
investigação-acção, se não, o ciclo reinicia-se e irá reiniciar-se tantas vezes quantas as
necessárias até que os objectivos do investigador sejam atingidos.
Para Kuhne e Quigley (1997) apresentado por Almeida (2005), as fases da Investigação-acção
assumem a configuração apresentada na figura seguinte:
1. Fase de Planificação
Definir problema;
Definir Projecto;
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Medir.
2. Fase de Acção
Implementar e observar
3. Fases de Reflexão
Avaliar;
Parar se o problema está resolvido. São não, ir para o segundo ciclo. Segundo Ciclo
(Planificação, acção e Reflexão).
Dos vários autores consultados, destacamos Lessard-Hébert (1994); Cohen e Manion (1990) e
António Latorre (2003), dando especial destaque a este último. Lessard-Hébert (1994, pp.
143-144) aponta, citando De Bruyne et al, três modos de recolha de dados associados às
metodologias qualitativas:
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1. O inquérito, que assume duas formas: a oral (entrevista) e a escrita (questionário);
Segundo Latorre (2003, p. 54) “as técnicas de recolha de dados são muito variadas. Optando-
se por utilizar umas ou outras, tendo em conta o grau de interacção do investigador com a
realidade e o problema que está a ser investigado”. Neste sentido, Latorre (2004) apresenta
um conjunto de técnicas que agrupa a observação, a conversação, a análise de documentos e
os meios audiovisuais.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por fim, podemos perceber que a investigação-acção é contínua, pró- activa estrategicamente,
participativa, intervencionista, problematizada, documentada, deliberada, compreendida,
individual e disseminada.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS