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Tema

Avaliacao de Sistema de contrucao de bacias de rejeito

Introdução

Desde os primordios da mineração, a maior preocupação do homem foi a disposição de


construções de baragens de rejeito de modo a suavizar a poluição do solo bem como o lencol
freactico.as operações de lavras a céu aberto são actividades realizadas ao contacto com ar livre,
estas operações obdence algumas actividades: delimitação do terreno, perfuração, desmonte,
carregamento e transporte, beneficiamento.

O presente trabalho de pesquisa foca-se basicamente no sistema de construção de basia de rejeito


que é para a deposição do rejeito proveniente da planta do beneficiamento. Os estudos tiveram a
duração de três meses na empresa Clean Tech Mining situado no posto administrativo de
Penhalonga distrito de Manica aproximadamente 22km da vila de Manica.

O trabalho faz abordagem de uma forma detalhada de como devem ser construidas as basias de
rejeitos numa empresa mineradora para evitar a poluicao da agua do lencol friatico, visul etc...

Baragem de rejeito e nada mais que uma estrutura de terra construída para armazenar resíduos
de mineração, os quais são definidos como a fração estéril produzida pelo beneficiamento de
minérios, em um processo mecânico e/ou químico que divide o mineral bruto em concentrado e
rejeito. O rejeito é um material que não possui maior valor econômico, mas para salvaguardas
ambientais deve ser devidamente armazenado.
As características dos rejeitos variam de acordo com o tipo de mineral e de seu tratamento em
planta (beneficiamento). Podem ser finos, compostos de siltes e argilas, depositados sob forma
de lama, ou formados por materiais não plásticos, (areias) que apresentam granulometria mais
grossa e são denominados rejeitos granulares (Espósito, 2000). Os rejeitos granulares são
altamente permeáveis e
contam com uma boa resistência ao cisalhamento, enquanto os rejeitos de granulometria fina,
abaixo de 0.074mm (lamas), apresentam alta plasticidade, alta compressibilidade e são de difícil
sedimentação.
O trabalho proposto envolve estudo das bacias de rejeito em vista a arranjar formas adequadas
para a deposicao dos residuos solidos gerados na planta de processamento do ouro aluvionar da
CLEAN TECH E OMNIA MINING. .
Nos processos de benefiamento de mineiros a quantidade de rejeitos gerados é muito alta, e a
disposicao é feita dependendo dos objectivos economicos da mineradora em superficie ou
vinculada no processo de extracao do minerio de forma subteranea ou a ceu aberto. Gomes
Faria(2002).
Um terceiro ganho a ser considerado é de ordem ambiental. Com a maior recuperação mássica,
reduz-se a geração de efluentes, prolongando a vida útil das barragens de rejeito

Objetivos
Objetivos Gerais
Duma forma geral o autor deste trabalho pretende espelhar formas adequados de deposicao de residos
solidos em barragens de rejeito e fornecer propostas adequadas no que concerne ao melhoramento da
construcao das mesmas. Este pesquiza tem como objectivo melhorar a construição de bacia de
regeitos, identificando os principais factores que contribuem para a poluição quando ela é mal
construida e identificar paramêtros óptimos para construção de bacias de rejeito a alcançar maior
recuperação minimizando os custos operacionais.

Objetivos específicos
 Arranjar lugares apropriados para a constuções de barragens de rejeito;
 Desenvolver um metodo de analise hieraquica para seleção de locais de baragem de rejeito;
 Identificar os principais faactores, parametros e cristerio de sistema de construção de bacia de
rejeito;
 Estudar os impactos ambientais que a bacia de rejeito pode causar.

Justificativ
Caracterização Física-geográfico da região de Estudo

Relevo
O relevo da região de Manica é basicamente montanhoso, que, segundo o Plano de Gestão
Ambiental da mina, do ano 2006, com as cotas a atingirem 2000 m. É nesta região que se situam
as serras Vumba, Vengo, Mangota, Isitaca, Moriangane e Penhalonga.
A serra Penhalonga situada na fronteira entre Zimbabwe e Moçambique, faz um declive a partir da
fronteira com o Zimbabwe com u ma tendência decrescente W─E.

Os solos são vermelhos e ricos nos vales onde se prática a agricultura, nas encostas encontramse as
plantações de árvores exóticas constituídas de pinheiros e eucaliptos, que pertencem a
Empresa IFLOMA (Indústria Florestal de Manica).

Hidrografia

A região é percorrida pelo rio Revue, que conta como principal afluente na encosta da serra
Penhalonga do lado moçambicano os rios Munene, Chua e Mutambarico.
Existem numerosos cursos de água que escorrem da serra Penhalonga dentro da concessão
mineira alimentando os rios atrás citados junto aos aluviões existentes, possibilitando ainda a
existência de aquíferos bastante produtivos, o que confere a esta zona um verde na maior parte
do ano. (PGA da MA, 2006)

Clima, Flora e Fauna

Clima

Na área de estudo predomina um clima tropical de altitude, caracterizdado por duas estações
do ano. Uma quente e húmida, que varia de 18 a 24 oC entre os meses de Outubro à Abril. A
precipitação neste período ultrapassa por vezes os 1000 mm por mês, com a máxima a ser
registada no mês de Fevereiro. A outra estação do ano é fria e seca, registando-se temperaturas
entre 8 a 16oC nos meses de Maio à Setembro, com o registo de fraca precipitação pluviométrica.
(PGA da MA, 2006).

Flora
A área de Penhalonga é caracterizada por uma vegetação verde até as montanhas, parte dela
como intervenção humana, através do projecto de mineração e reflorestamento da empresa Mina
Clean Tech e Omnia Mining Lda, na serra Penhalonga, e, da empresa IFLOMA, mais abaixo da serra,
cujoefeitossãoclaramente visíveis pelas inúmeras plantações de eucaliptos e pinheiros, no sentido de
reflorestar as áreas exploradas assim como em défice, os quais em determinadas partes foram seriamente
comprometidas, que, segundo informações colhidas, é devido:
Queimadas descontroladas produzidas por alguns caçadores locais;
Pela empresa IFLOMA, que usa os eucalíptos para fabrico de postes e madeiras, e, pinheiro para
extrairmadeira para venda.
Os eucalíptos chegam a atingir 25m de altur a com uma espessura até 1 m.

Fauna
Regista-se uma fraca presença de animais bravios devido ao funcionamento da mina, e,
principalmente, as queimadas praticadas pelos caçadores locais (PGA da MA, 2006), pelo que
durante os trabalhos de estágio não foram encontradas espécies de animais selvagens que
estejam protegidas a luz da legislação moçambicana, excepto pequenos macacos.

Vias de Acesso e de Comunicação

O distrito de Manica é atravessado pela estrada nacional n o 6, que liga este distrito ao resto do
país e ao vizinho Zimbabwe pela fronteira de Machipanda.

A rede rodoviária é apresentada por duas estradas principais, com direcção meridional, e uma
auto-estrada que vai da Beira até a Rodésia. Paralelamente a essa auto-estrada segue a linha de
caminhos-de-ferro. Actualmente da Cidade de Manica à mina, tem de se usar a estrada de
Machipanda ou de Penhalonga. A primeira destas duas é que oferece melhores condições, mas
obriga a um percurso de mais ou menos 60 Km, passando por Untali. A da Penhalonga é a mais
curta com mais ou menos 25 Km, mas tem desvantagens das suas subidas íngremes e do mau
estado de conservação. Tem ainda o inconveniente de só poder ser utilizada com segurança no
tempo seco, sendo muito perigoso o transito na época das chuvas.

População e Actividades Sócio- Económicas

População

Existem poucos habitantes permanentes na área de influência da mina do lado moçambicano,


por se tratar de área bastante acidentada, com presença de elevados declives, para além de
baixas temperaturas na maior parte do ano.
As populações mais próximas são encontradas nos povoados de Penhalonga Sede, Mudududo
e Mucudu e Nharidza, situados à apr oximadamente 5 á 8 Km da mina, descendo em dir ecção W E e W –
SE da mina respectivamente. É destes provoados que provém a maior parte da mão-deobra da empresa,
incluindo o actual ger ente da mina.

ActividadesSócio-Económicas
É notório a prática de garrimpo pelos exploradores artesanais locais ao longo da via de atalho
para peões no serra Penhalonga, fora da concessão mineira da empresa Mina Alumina Lda, na
qual se explora ouro aluvional para venda.
Existe também ao longo da serra Penhalonga actividades de caça artesanal, colheita de plantas
medicinais e lenha para consumo doméstico. (PGA da MA, 2006)
A população de Penhalonga, sobretudo ao longo da serra Penhalonga, tem usado as argilas
bauxíticas de diversas cores na ornamentação das paredes e chão das suas casas de fabrico
precário.
Os solos aluvionares encontrados nos locais abaixo da serra são ricos para a prática da
agricultura, havendo actualmente grande produção de hortícolas, cereais e frutas típicas da
época.
A população local tem uma técnica eficaz de construção de infra-estruturas de irrigação,
aproveitando a água que escorre de algumas nascentes na serra da serra Penhalonga, com
eficácia, chegando até a desviar parte do curso de água para consumo doméstico à 500 m das
suas residências, em tubos convencionais.

SituaçãoMineira
Relatórios de estágios efectuados enteriormente naquela região pelos estudantes de IMGM
indicam que o Sistema de Manica, que comporta as formações de Macequesse e M´beza Vengo,
é sede de ocorrência de ouro, calcopirite, asbestos, talco e argilas bauxíticas.
O ouro foi em tempos muito explorado. Estudos arqueológicos feitos indicam que os povos
desta região, segundo 1ª edição revista do livro de História de Moçambique, 1995, durante os
anos 1325 à 1800, tinham uma técnica muito avançada de prospecção dos metais não só na
superfície, mas também procuravam filões em minas subterrâneas.
Hoje, existe pouco mais de 20 associações registadas na DPRME, como forma de o governo
moçambicano controlar o garimpo, através de determinadas regras que minimizem os impactos
negativos aliviando a pobresa absoluta no país. (Geóide Consult oria Lda, 2006).
De acordo com R. Afonso, na 2ª edição da Geologia de Moçambique, de 1978, o ouro ocorre em
filões de quartzo aurífero, em quartzitos listados, ferruginosos e auríferos e ainda em aluviões do
rio Revuè.
A calcopirite já era explorada há longo tempo em 1978, situando –se na serra de Isitaca. A
mineralização ocorre em filonetes ao longo do contacto serpentina-greenstone, contacto que tem
a direcção E-W.
Os asbestos encontram-se na região de Mavita, e no vale do Munhinga. A mineralização é
constituída por antofilite que ocorre nas serpentinas da faixa de Ma vita.
O talco ocorre nas serpentinas da serra Mangote. Nas faldas de vertente Norte dessa serra, que
segundo R. Afonso, 1978, perto das “pedras douradas”, o talco ocorre em grandes massas verdepálidas.
As argilas bauxíticas, como refere o PGA da MA, 2006, empresa na qual o autor estagiou,
geralmente resulta da meteorização da rocha mãe (sienito) da serra Penhalonga formando gibsite
e bauxite, tendo esta sequência na sua parte superior uma camada de caulinite. Esta caulinite foi
anteriormente minerada como um sub-produto da extração do bauxite. A camada de caulinite
desenvolveu-se irregularmente em forma de lentes e bolsas. A rocha não meteorizada
corresponde ao sienito, havendo ainda ocorrência de rochas ultramáficas.
Segundo a “Notícia explicativa da Carta Geológica de Moçambique, 2ª edição, de 1978, que usa
o termo “a bauxite”, tem sido explorado há longos anos junto do marco Snuta da serra
Moriangane, no distrito de Manica. A rocha mãe é um plagioclasolito que ocorre na zona de
contácto de granitos e gabros, contácto esse que se orienta E-W, à altitude de 1700 m. No esboço
geológioco asseguir (figura 4) observa-se a disposição das serras Moriangane e Penhalonga
bem como os diferentes pontos onde foram exercidas actividades mineiras legais, maior parte
delas de ouro, e, segundo dados do PGA da MA, 2006, e pesquisa no
www.google.com/magnetismod...ma nica/mirem.gov.co.mz/tectónica, a serra penhalonga tem
1649 m e a Moriangane tem 1913 m (tabela 1, pág. 14), o que leva o autor a deduzir que pode se
tratar de outro jazigo de bauxite nesta região.
QUADRO CONCEPTUAL E TEORICO

Bacia de rejeito é uma estrutura de terra construída para armazenar residuos de mineração, os quais são
definidos como a fracção esteril produzida pelo beneficiamento de minerios. O rejeito e um material que
não possue maior valor economico, mas para salvagurdar ambientais deve ser devidamente armazenado
os residuos da mineração. Um reservatório destinado a reter residuos sólidos e água resultantes de
processo de beneficiamento de minèrio. O armazenamento desses rejeitos é necessário a fim de evitar
danos ambientais.

Segundo Lozano (2006) Os rejeitos sao particulas solidas resultantes da britagem, da moagem e
eventualmente, domtratamento quimico do minerio, sem nenhum valor economico. A granulometria dos
rejeitos varia em funcao do tipo de minerio. Os rejeitos sao transportados para os locais de depositos em
tubulacoes, por gravidade ou por bombeamento, com grande quantidade de agua.

Segundo Vick ( 1983) é construida levantando-se inicialmente um dique de partido com solo emprestado
proveniente da lavra , deve ter a capacidade de retenção do rejeito para dois ou três anos de operações da
lavra.

O transporte dos rejeitos sob a forma de polpa, pode ser feitos por gravidade, atraves de canas ou dutos,
com ou sem sistema de bombeamento a depender da inclinação de terrenoe da distância entre a instalação
de beneficiamento do minério e o local do descarte do material.

As caracteristicas do rejeito variam de acordo com tipo de mineral e de seu tratamento em planta de
beneficiamento. Podem ser finos, compostos siltes e argilas, depositado sub forma de lama, ou formado
por material não plasticos ( areia) que apresentam granulometria mais grossa e são dominados rejeitos
granulares. (Espósito, 2000).

De acordo com Chammas (1989) o rejeito em forma de polpa passa por três etapas de comportamento:

Comportamento de lâmina líquida, com floculação das partículas de menos tamanho;

Em processo de sedimentacao, apresentado comportamento semi- líquido e semi – viscoso;

Em processo de adensamento, comportando-se como um solo. É importante mencionar que o rejeito não é
propriamente um solo,mas para fins geotécnico seu comportamento é considerado equivalente a de um
solo com caracteristica de baixa resistencia ao cisalhamento
Segundo ( Lozano) o planejamento da construcao de bacia de rejeito inicia primeiro a procura do local da
implantacao da bacia de rejeito, caracteristica geologica, a hidrologia, a topografia, geotecnica,
ambienteis sociais, avaliacao de risco, criterio da economia, geotecnica. Tambem devem incluir programa
de ensaio em campo e em laboratorioda funcao, rochas e materiais de emprestimo, para avaliar suas
propriedades fisicas e mecanicas

CLASSIFICAÇÃO DE METODOS DE BACIA DE REJEITOS

Métodos à montante

primeiramente é construida o dique de partida e nos alteamento o eixo da barragem se desloca para
montante.a polpa é descarregada ao longodo parametro do custo da dique, formando uma praia. A
descarga pode ser feita com ciclones, ou tubulações menoresa tribulação principal, chamados spigts , que
permitem uma melhor uniformidade na formação da praia, as particulas mas grossas e mais pesadas
sedimentam –se mais rapidamente e as particulas menores e menos denso ficam em suspensão e são
tensportados para as zonas internas das bacias de sedimentos. O tamanho depende das necessidades
operacionais de uma mina ( Vick, 1983)

Vantagens:

O volume de material de rejeito dos alteamento é menor;

Menor custo de construição ;

Maior velocidade de alteamento

Facilidade de operação.

Desvantagens:

Baixa segurança.

Método à Jusante
alteamento do eixo da barragem se desloca para jusante. É construida um dique inicial impermeavel, o
qual deve ter uma drenagem interna , composta por filtro inclinado e tapete drenante. Neste metodo os
rejeitos são ciclonados e o underflow é lancado no falude de jusante. São utilizados os rejeitos grossos no
alteamento tambem pode-se utilizar material do emprestimo, ou esteril proveniente da lavra.

Vantagem

O metodo é eficiente para o controle das superficies friaticos,

Pode ser usados em lugares co vibraçõs; Alto sismicidade;

Operacao simpre; O esteril proveniente da lavra pode ser utilizado

Desvantagem

Custo mais elevado;

Menor aproveitamento da áreia disponível

Maior volume do material compactado.

Métodos da linha de centro

é uma solução intermediaria entre o metodo de montante e a jusante

vantagens

Menor volume de material compactado .

Desvantagens

Possibilidade de ocorrência de fissuras no corpo da barragem;

Dificuldade de implementação de sistema de drenagem eficiente.

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