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CAPÍTULO I:

1.INTRODUÇÃO

A mineração é considerada um dos sectores básicos da economia, porque dela decorrem


inúmeras actividades. No entanto, em virtude da rigidez locacional, o minerador está obrigado
a minerar onde há a ocorrência do mineral.

Ao longo da história, a mineração sempre foi considerada com uma das actividades mais
perigosas (RAMAZZINI, 2000: 10). Em um passado remoto, trabalhar na indústria minerária
era considerado como castigo, cabendo a realização desta actividade muitas das vezes aos
piores criminosos como parte de suas penas. Considerada pelos próprios mineiros como
“comedores de homens”, o trabalho nas minas sempre ofereceu grandes riscos aos seus
trabalhadores como: soterramentos, afogamentos, atropelamentos, intoxicações, contracção de
doenças típicas da actividade extractiva tais como: pneumonia, tuberculose, em especial a
silicose (SOUZA, 2012: 12).

Na actualidade com o desenvolvimento de diversas actividades económicas e sociais, verifica-


se o alargamento das construções de habitação na cidade de Tete e arredores. Este fenómeno
social e económico trás consigo alguns factores ambientais.

A areia é um recurso bastante importante para a construção civil, sendo indispensável na


construção em grandes centros urbanos verifica-se uma maior procura do mesmo recurso.

Em Tete, particularmente com o surgimento de diversos projectos (empresas contratadas e


subcontratadas) pelas grandes multinacionais criou uma “classe média” assalariada com o
forte poder na construção de habitações e sectores de prestação de serviço. Este factor
influência de certo modo na procura desenfreada dos materiais de construção, areia sendo um
recurso indispensável no processo de construção não foge a regra.

A gestão dos recursos naturais é uma das estratégias que o governo e a sociedade civil
adoptaram para desenvolver a sociedade sem degradar o meio ambiente. Portanto, devido a
diversas dificuldades tais como: a falta de conhecimento de práticas de gestão sustentável dos
recursos naturais, falta de tecnologias e recursos financeiros.

Essa preocupação se deve ao facto de que a extracção mineral é uma actividade económica,
que possui como objecto principal a exploração de recursos não renováveis, oriundos da
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natureza, existentes no subsolo. Para que ocorra sua devida exploração, muitas vezes faz-se
necessária a remoção da camada vegetal que recobre o solo e, inclusive, de muitos horizontes
do solo, para que então se atinja, de facto, o minério. Os praticantes desta actividade extraem
área seca e húmida das margens do rio, sem nenhuma regra de sustentabilidade ambiental, o
que periga
Neste sentido efectuou-se uma pesquisa, no município de Tete, concretamente no bairro
Chingodzi, no rio Révubué. Com o objectivo de avaliar qualitativamente as consequências
ambientais deste tipo de actividade.

1.1. Enquadramento do tema

A presente monografia tem como o tema: Impactos resultantes da actividade da extracção de


areia: caso do rio Révubuè no município de Tete. O tema enquadra-se no curso de Geografia
na cadeira de estudos ambientais. Em relação a estratégia governamental o tema vai ao
encontro das actividades desenvolvidas no Ministério de Terra, Ambiente e Desenvolvimento
Rural.

1.1.1. Descrição do local de estudo

O rio Révubuè localiza-se na província de Tete, separa a cidade de Tete e o distrito de


Moatize. Suas coordenadas são as seguintes: latitude 16º 10’ 44’’ (16.1789º) Sul e a
longitude: 33º 37’12’’ (33.62º) Este (MAPACARTA, 2015).

1.2. Problematização

Os recursos hídricos naturalmente são uma fonte de sustentabilidade económica das


comunidades que as rodeiam. O rio particularmente garante o abastecimento da água para
consumo doméstico, irrigação dos campos agrícolas que se encontram nas margens do rio e
outras actividades complementares como a extracção da areia ao longo das margens.

O bem ambiental é um bem que tem como característica constitucional ser essencial à sadia
qualidade de vida, sendo ontologicamente de uso comum do povo, podendo ser desfrutado por
toda e qualquer pessoa dentro dos limites constitucionais. Partindo deste pressuposto, verifica-
se um uso sem norma deste bem comum, que acaba repercutindo nos problemas ambientais.
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A extracção de areia no leito do rio Révubuè, para alimentar as indústrias de construção civil,
que esta em franca expansão em Tete, tem vindo a crescer desenfreadamente, criando uma
exploração de recursos não renováveis de forma intensa.

A questão de fundo, não é exactamente a extracção da areia, mais sim os impactos ambientais
que vem desta actividade. Visto que, os intervenientes deste processo, pouco conhecem as leis
ambientais, os impactos resultantes desta actividade e as formas de mitigação. Por outro, lado
verifica-se a neglicência por parte das pessoas que tem noção dos impactos resultantes e dos
especialistas da área em questão, pois, verifica-se uma fraca fiscalização e monitorização
desta actividade. Diante deste problema, surge a seguinte questão: Que impactos ambientais
podem resultar da extracção de areia no rio Révubuè?

1.3. Hipótese

Tendo em conta, a questão de partida presume-se que:

 A extracção de areia nas margens do rio Révubuè, pode provocar impactos ambientais
negativos, pois, as pessoas envolvidas extraem a areia de forma intensa, alterando a
profundidade do rio, o curso de água e polui o ambiente (água e solo) através do uso
de combustíveis fósseis.
 A extracção de areia nas margens do rio Révubuè, feita de uma forma padronizada e
com a devida fiscalização e monitorização das entidades competentes, pode reduzir os
impactos ambientais negativos, e gerar resultados positivos a nível e económico para a
comunidade envolvida.

Neste sentido, as hipóteses acima transcritas justificam-se pelo facto de qualquer actividade
humana tem resultados contraditórios (benéficos ou maléficos para a sociedade e o meio que
as rodeia).

1. 4. Objectivos

1.4.1. Objectivos Gerais

 Analisar os impactos ambientais resultantes da extracção de areia nas margens do rio


Révubuè, município de Tete;
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1.4.2. Objectivos específicos

 Descrever a área de estudo


 Mencionar os impactos ambientais resultantes da extracção da areia no rio Révubuè
 Propor algumas medidas para mitigar os impactos relacionados aos problemas da
extracção de areia no rio Révubuè.

1.5. Justificativa

A relevância científica do tema intitulado “impactos resultantes da extracção de areia no rio


Révubuè” são varias, visto que existe diversas razões que levaram pesquisar o tema. O
interesse pelo estudo supracitado, surge na medida em que discutia-se temas ligados a cadeira
de estudos ambientais e percebeu-se que o tema é de grande relevância social, visto que o rio
é um recurso comunitário, é um bem comum onde todos têm acesso sempre que o precisar.

Portanto, sob ponto de vista científico o tema é relevante, na medida em que proporcionará
aos intervenientes deste processo uma nova visão sobre a temática em questão. De igual
modo, despertará o interesse por parte das instituições que trabalham nas áreas relacionadas
com o ambiente.

Sob ponto de vista social, o tema despertará interesse a comunidade que vive ao redor, que
ficara a saber dos impactos resultantes da extracção de areia que pode resultar na mudança de
comportamento dos intervenientes durante o processo de extracção garantindo uma actividade
económica e sustentável.

Outra razão que suscitou o interesse pelo estudo foi o facto de não existir um estudo local
realizado nesta perspectiva. Neste sentido, espera-se que com os resultados deste estudo
contribuam para a protecção do meio ambiente e melhoramento de qualidade de vida da
população que vive ao redor do rio.

Este trabalho também vai dar uma grande vantagem para o meio socio ambiental na medida
em que irá contribuir para a preservação do meio ambiente (meio biótico e abiótico).
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CAPÍTULO II: Metodologia

2. METODOLOGIA DE PESQUISA

Neste capítulo apresentamos as abordagens acerca da pesquisa realizada no campo de estudo.


Segundo RICHARDSON (1990: 70).

A pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas


modalidades de colecta de informações, quanto no tratamento delas por meio
técnicas estatísticas, desde as mais simples como percentual, média, desvio
padrão, as mais complexas como coeficiente de correcção, análise de regressão
entre outras.

A nossa pesquisa é quantitativa e qualitativa de descrição, baseada no levantamento de dados


recolhidos no terreno,

2.1. Métodos de abordagem

2.1.1. Método indutivo

Segundo GIL (2006: 23) o indutivismo é um método científico que obtém conclusões gerais a
partir de premissas individuais. Significa que, apos uma primeira etapa de observação, analise
e classificação dos factos apresenta-se uma hipótese que soluciona o problema.

2.2. Métodos de procedimentos

2.2.1. Método bibliográfico

Segundo MARCONI & LAKATOS (1998: 44) a pesquisa bibliográfica permite compreender,
se de um lado a resolução de um problema pode ser obtida através dela, por outro, tanto a
pesquisa de laboratório quanto à de campo (documentação directa) exigem como premissa, o
levantamento de estudo da questão que se propõe a analisar e solucionar. A pesquisa
bibliográfica pode, portanto, ser considerada também como o primeiro passo de toda a
pesquisa científica.

A primeira fase foi constituída pela pesquisa bibliográfica onde se fez a leitura, apresentação e
discussão de conceitos pertinentes para compreensão do tema em destaque. Foi nesta fase que
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foram elaborados os instrumentos de recolha de dados no campo (entrevistas semi-


estruturadas e inquéritos).

2.3. Universo

Segundo RICHARDSON (1990: 70), universo ou população é o conjunto de elementos que


possuem determinadas características, em termos estatísticos, população pode ser o conjunto
de indivíduos que trabalhavam em um mesmo lugar, podem ser os elementos que extraem
areia.

2.3.1. Amostra

Para melhor obtenção de informação baseou-se em uma amostragem intencional de 25


elementos envolvidos na extracção de areia.

2.4. Instrumentos de recolha de dados

Os instrumentos usados para a recolha de dados no terreno, destacam-se a observação directa


e questionário.

2.4.1. Observação

Sendo a observação um dos instrumentos frequentemente usado pelo pesquisador para a


colecta de dados no terreno durante a realização de pesquisas, para RICHARDSON (1999:
259) a observação sob algum aspecto, é imprescindível em qualquer processo de pesquisa
cientifica, pois ela pode conjugar-se a outras técnicas de colectas de dados como pode ser
empregada de forma independente e/ou exclusiva.

Segundo DAVIDOF (2001: 23) sempre que possível, dentre a técnica descritiva dá-se
preferência a observação directa por oferecer maior probabilidade de produzir dados
confiáveis e precisos.

Neste contexto, a técnica de observação directa foi usado na medida em que ia se observando
as actividades de extracção de areia no rio Révubuè.

2.4.2. Questionário
De acordo com CHIZZOTI citado por DIAS (2008: 70) questionário é um conjunto de
questões pré-elaboradas, sistemática e sequencialmente dispostas em itens que constituem o
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tema da pesquisa, com o objectivo de suscitar aos informantes respostas por escrito ou
verbalmente sobre assunto que os informantes saibam opinar ou informar.

GIL (1999: 128) nas suas abordagens afirma que o questionário leva uma vantagem na
medida em que permite abranger grande número de pessoas, não expõe os pesquisados à
influência das opiniões (…) garante o anonimato das respostas e implica menor gasto com o
pessoal porque não exige o refinamento dos pesquisados.

2.5. Aspectos éticos

CHIZZIOTI (2006: 43) as pessoas envolvidas devem ser informadas sobre a razão e o
objectivo da pesquisa, bem como da sua condição voluntária em participar desta e da
concordância com a publicação cientifica dos resultados compilados e da maneira imparcial.

Durante a pesquisa as pessoas tiveram o conhecimento sobre as actividades desenvolvidas


pelo pesquisador e aceitaram de igual modo participar. Desta feita, a pesquisa respeitou os
procedimentos éticos garantindo uma informação fidedigna.
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CAPÍTULO III: Fundamentação teórica

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, apresentamos abordagens de vários autores sobre os impactos resultantes da


extracção de areia, assim como alguns conceitos ligados ao tema.

Suetónio MOTA na sua obra Urbanização e meio ambiente (1999) menciona que é preciso
conservar os recursos ambientais para contribuir com a qualidade de vida desejável às
populações actuais e futuras das cidades. “Conservar significa utilizar um recurso ambiental,
de modo a se obter um rendimento considerado bom, garantindo-se, entretanto, sua renovação
ou sua auto-sustentação. É o uso apropriado do meio ambiente, dentro dos limites capazes de
manter sua qualidade e seu equilíbrio”.

O autor ainda sustenta que os meios físicos, bióticos e antrópicos devem ser considerados de
forma integrada de modo que o homem satisfaça suas necessidades, mas sem causar danos. O
planeamento da paisagem deve resultar, portanto, na conservação dos recursos naturais,
entendida como o uso apropriado do meio ambiente dentro dos limites capazes de manter sua
qualidade e seu equilíbrio em níveis aceitáveis.

A restauração “sensu lato”, segundo o autor, se aplicaria a uma paisagem que foi submetida a
uma perturbação não muito intensa, possibilitando a preservação da capacidade natural de
reabilitação dos efeitos negativos resultantes da degradação. Neste caso, a paisagem
degradada não mais retornaria “exactamente” à condição original ou pré-existente, mas sim a
algum “estado estável alternativo”.

Mariana ANNIBELLI (2010) aproveitamento económico de recursos naturais e minerais está


inserido nas práticas de estratégia para o desenvolvimento territorial. Os processos de
crescimento populacional, de modernização e de urbanização aumentam a demanda por
recursos do sector de extracção mineral voltado para a construção civil. Esta exploração
indica o aumento do número de obras e caracteriza-se como actividade que proporciona o
desenvolvimento socioeconómico para os agentes afectados directa ou indirectamente pelo
empreendimento.

Juntamente com todo o processo de utilização do recurso, desencadeiam questões de ordem


social, ambiental e, também, económica. As interferências de determinada actividade
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culminam em reflexos na sociedade e, portanto, devem ser previstos, dentro do possível, na


elaboração de estudos ambientais e territoriais.

A mineração é um dos sectores básicos da economia do país, contribuindo de forma decisiva


para o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das presentes e futuras gerações, sendo
fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade equânime, desde que seja operada
com responsabilidade social, estando sempre presentes os preceitos do desenvolvimento
sustentável e de sustentabilidade socio ambiental. Porém, é notório que a actividade de
mineração, em geral, independente da substância minerada, gera impactos, tanto de ordem
ambiental, quando social e económica, exactamente por se tratar de bem natural não
renovável, o que implica em uso restringido, busca de tecnologia de reciclagem e substituição
por renováveis.

A actividade mineira tem como característica primordial a rigidez locacional, obrigando o


minerador a lavrar exactamente no local onde a natureza a colocou a substância a ser
minerada.

Para José CORREIA & Pedro PERREIRA no artigo publicado na revista de Gestão Costeira
Integrada intitulada Extracção de areia na praia de Calhetona (2016) afirmam que a areia é
um importante material inerte que tem múltiplas aplicações, sendo porventura a mais genérica
e que envolve maiores volumes a relacionada com a indústria da construção civil. A nível
mundial, este material tem sido amplamente utilizado no processo de expansão urbana e
industrial, criando empregos, gerando capitais e, consequentemente, contribuindo para o
desenvolvimento da sociedade. Contudo, a sua crescente e excessiva exploração é também
causa de diversos problemas ambientais identificados um pouco por todo o mundo. A
utilização de areia na construção civil generalizou-se de tal modo que as consequências da sua
exploração rapidamente se tornaram bastante evidentes no seio comunitário.

Júlia Bernardes & António Ferreira na obra intitulada "a crise ambiental sob a óptica de
modelo de desenvolvimento sustentável" (2003) afirma que a compreensão tradicional das
relações entre o homem e a natureza desenvolvidas e aprofundadas até o seculo XIX,
vinculadas ao processo da produção capitalista, considerava o homem e a natureza como entes
dissociados, situados em pólos excludentes. A partir dessa relação desdobra-se uma
concepção de natureza como objecto exterior ao homem, sendo fonte inesgotável de recursos
ilimitados a serem apropriados pelas actividades humanas.
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Os mesmos autores avançam que em decorrência dessa forma de entendimento e por meio de
um processo de industrialização cada vez mais intrínseco à prática humano, houve uma busca
frenética por acumulação das actividades na natureza, principalmente a dos recursos naturais
existentes. Os avanços científicos e tecnologias adentram (penetram) nas formas de produzir,
tornando as técnicas cada vez mais sofisticadas, com maior capacidade de intervenção directa
no meio, muitas vezes provocando impactos negativos de difícil recuperação (Bernardes &
Ferreira, 2003).

A composição mineralógica das areias pode variar, uma vez que, qualquer tipo de rocha
existente na superfície da crusta terrestre as pode originar. As areias mais comuns são as
areias quartzíticas, de cor clara, que apresentam o quartzo como componente predominante, o
que se explica pela maior resistência deste mineral às acções dos agentes externos. Em
algumas podem coexistir outros minerais como os feldspatos mais ou menos alterados, micas
e outros minerais. Contudo, existem areias que maioritariamente são constituídas por minerais
ferromagnesianos (olivinas, piroxenas, anfíbolas), ou por componentes líticos (fragmentos de
calcário, basalto, etc.).

De forma simplificada pode-se afirmar que em termos de avaliação do impacto ambiental das
actividades humanas existem três grandes problemas no mundo, inseparáveis mas
inconfundíveis, cada um com uma sistemática de análise científica distinta: actividades
energéticos-mineradora, as actividades agrossilvopastoris. Em geral, os critérios, instrumentos
e métodos para avaliar o impacto ambiental são próprios a cada uma dessas três actividades e
não universais.

Neste sentido, no caso das actividades de mineração de areia, os impactos ambientais podem
ser controláveis, para tal efeito, deve se fazer um projecto de impacto ambiental de acordo
com a área que será explorada. Por essas razoes, para entender tecnicamente o caso do
impacto ambiental (ecológico + socioeconómico) da mineração é necessário uma
compreensão de sua inserção nas especificidades da avaliação ambiental.

Breve Historial da mineração

Os primórdios da mineração remontam possivelmente ao ano de 300.000 aC., período em que


o homo erectus realizava a extração de sílex (rocha sedimentar silicatada) e chert (rocha
silicosa de origem orgânica) através de pedreiras a céu aberto, para a utilização destas como
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ferramentas e armas. Durante o período Neolítico (8.000 aC. a 2.000 aC.) há relatos de
extracção de rochas realizadas pelo método de lavra subterrânea. A extracção de metais
primeiramente era realizada com fins ornamentais, contudo entre 7.000 aC. e 4.000 a.C, esta
situação foi sendo modificada, principalmente pelo avanço da metalurgia do cobre. Neste
contexto, pode ser destacada a existência de lavra a céu aberto para extracção de prata e
chumbo em Laurium, na Grécia antiga, durante o período do segundo milénio antes de Cristo
(HARTMAN, 1992).

Os trabalhos nas minas exploradas pelos gregos e romanos eram realizados de maneira geral
por escravos, prisioneiros de guerra, criminosos e prisioneiros políticos (HARTMAN, 1992).
Outro importante aspecto para história da mineração mundial foram as constantes migrações
dos celtas pelo território europeu durante a Idade Média, pois os celtas detinham grande
conhecimento de técnicas de mineração e metalurgia, ocasionando assim a disseminação
destes conceitos por toda a Europa. Segundo fatos históricos, seriam os celtas responsáveis
pelo início das actividades de lavra em Schemnitz, antiga Thecoeslováquia, possivelmente no
ano 745 d.C, em Rammelsberg em 970, Freiberg em 1.170 e Joachimsthal em 1.515
(HARTMAN, 1992).

Relevância da mineração

Pode se medir a dependência da humanidade em relação aos minerais e consequentemente da


actividade mineral com simples exemplos do cotidiano. No sistema construtivo
moçambicano, com excepção da madeira, muitos materiais empregados na construção de
moradias são substâncias minerais utilizadas in natura (areia, brita, argila) ou produtos
elaborados a partir de minérios pelas indústrias de transformação (cimento, cerâmica, vidros,
tintas etc.).

3.1. Definição e discussão de conceito

3.1.1. Areia

Areia é um material de origem mineral finamente dividido em grânulos, composta


basicamente de dióxido de silício, com 0,063 a 2 mm. Forma-se à superfície da Terra pela
fragmentação das rochas por erosão, por acção do vento ou da água. Através de processos de
sedimentação pode ser transformada em arenito (NAKATA & COELHO, 1999).
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3.1.2. Areias de ambiente fluvial

As areias de ambientes fluviais contêm quartzo e outros tipos de grão (micas, feldspato,
piroxenas, granadas, olivinas). Os grãos deste tipo de ambiente são angulosos porque
estiveram sujeitos a pouco transporte, foram pouco rolados, sofreram poucos choques (quanto
mais a montante mais evidente este registo).Têm algum brilho que se deve o facto de terem
sido serem transportados pela água (são lavados pela água, sendo-lhes retirado qualquer tipo
de sujidade). Muitas vezes têm colorações diversas pelo facto de se depositarem à superfície
(sofrem oxidação).

Os grãos de areia são maioritariamente constituídos por quartzo, podendo também, ser
constituídos por outros minerais, dependendo da rocha que lhes deu origem e da quantidade
de transporte e alteração a que foram submetidos.

A areia é classificada em três categorias de granularidade: areia fina, média e grosseira, com
diâmetros a variar, respectivamente, entre 1/16mm e 1/4mm; 1/4mm e 1mm; e 1mm e 2mm.

3.1.3. Impacto ambiental

SANTOS (2013: 5) define impacto ambiental como qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causado por qualquer forma de matéria ou
energia resultante das actividades humanas, que directa ou indirectamente, afectam a saúde, a
segurança e o bem-estar da população; as actividades sociais e económicas, as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente, e a qualidade dos recursos ambientais.

3.1.4. Recursos naturais

Na perspectiva de GODARD (1997:205) o termo recurso natural constitui: um daqueles


conceitos situados na interface entre os processos sociais e processos naturais: resulta do olhar
lançado pelos homens sobre seu meio biofísico, um olhar orientado por suas necessidades,
seus conhecimentos [...] nele se corporifica uma das principais modalidades de articulação
entre produção social e reprodução ecológica.

3.1.5. Comunidade local

Para VALÁ (2007) CL (Comunidade local) é o agrupamento de famílias e indivíduos, vivendo


numa circunscrição territorial de nível de localidades ou inferiores, que visa salvaguarda de
interesses comuns através da protecção de áreas habitacionais, áreas agrícolas, sejam
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cultivadas ou em pousio, florestas, sítios de importância cultural, pastagens, fontes de água e


áreas de expansão.

Na perspectiva de FERRINHO (1978) comunidade é o resultado das semelhanças entre os


indivíduos e da sua experiência social comum; nela as relações sociais são tidas pelas pessoas
como um valor em si e o grupo como um fim em si. Neste tipo as relações baseiam-se na
família e a economia é local.

O solo é a camada superficial da crosta terrestre é resultante do intemperismo, que consiste na


acção de processos físicos, químicos e biológicos sobre as rochas da superfície terrestre,
ocasionando a desintegração e a decomposição das mesmas (NAKATA & COELHO, 1985:
57).

3.1.6. Desenvolvimento sustentável

O Desenvolvimento sustentável é definido por BELLEN (2004) como um imperativo


económico convencional onde a maximização da produção económica, deve ser restringido
em favor dos imperativos sociais (minimização do sofrimento humano actual e futuro)
ecológicos (de protecção da ecosfera1). O desenvolvimento sustentável depende então de
reduzir a destruição ecológica, principalmente através da diminuição das trocas de energia e
matéria-prima dentro da economia.

3.1.7. Bacia hidrográfica e rio

NAKATA & COELHO (1985: 21) define como sendo a área onde devido ao relevo e
geografia, a água da chuva escorre para um rio principal e seus afluentes.

Rio é um curso natural de água que nasce numa área montanhosa e desagua no mar, num lago
ou noutro rio. Também pode-se distinguir bacia hidrográfica de rede hidrográfica de rede
hidrográfica. A bacia hidrográfica é o território drenado por um rio principal e os seus
afluentes. A rede hidrográfica é o conjunto de todos os rios que estão ligados entre si (Idem).

1
Ecossistema planetário que consiste da atmosfera, a litosfera, hidrosfera, e a biosfera tomadas em conjunto.
Pequeno ecossistemas fechados, contendo conjunto de seres vivos capazes de reciclar todos os nutrientes,
necessitando apenas luz solar para a sua manutenção (CRUZ, 2006).
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3.1.8. Mineração e mineral

Segundo Hartman (1992) mineração é o termo que abrange os processos, actividades e


indústrias cujo objectivo é a extracção de substâncias minerais a partir de depósitos ou massas
minerais existentes no solo.

Klein & Hurlbut (1999) definem mineral como um sólido homogéneo, natural, com
composição química definida e um arranjo atómico altamente ordenado, e geralmente
formado por processos inorgânicos. Minério é toda rocha constituída de um mineral ou
agregado de minerais contendo um ou mais minerais valiosos, possíveis de serem
aproveitados economicamente, sendo os minerais valiosos denominados de minerais-minério
e o conjunto de minerais não aproveitados minerais-ganga (LUZ & LINS, 2004).

3.2. Enquadramento jurídico

Segundo a Lei de Terra nº 19/1997, A terra é propriedade do Estado e não pode ser vendida
ou, por qualquer forma alienada, hipotecada ou penhorada.
Neste sentido, aqui em Moçambique a terra é propriedade do Estado, cabe ao governo criar
condições de leis que regulam o seu uso e aproveitamento.

3.3. Direito de Uso e Aproveitamento de Terra segundo a Lei de Terra nº 19/1997

Podem ser sujeitos do direito de uso e aproveitamento da terra as pessoas nacionais, colectivas
e singulares, homens e mulheres, bem como as comunidades locais. As pessoas singulares ou
colectivas nacionais podem obter o direito de uso e aproveitamento da terra, individualmente
ou em conjunto com outras pessoas singulares ou colectivas, sob a forma de co-titularidade.

O direito de uso e aproveitamento da terra das comunidades locais obedece aos princípios de
co-titularidade, parar todos os efeitos desta Lei.

As pessoas singulares ou colectivas estrangeiras podem ser sujeitos do direito de uso e


aproveitamento da terra, desde que tenham projecto de investimento devidamente aprovado e
observem as seguintes condições:

 Sendo pessoas singulares, desde que residam há pelo menos cinco anos na República
de Moçambique;
 Sendo pessoas colectivas, desde que estejam constituídas ou registadas na República
de Moçambique.
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 O direito de uso e aproveitamento da terra é adquirido por:


 Ocupação por pessoas singulares e pelas comunidades locais, segundo as normas e
práticas costumeiras no que não contrariem a constituição;
 Ocupação por pessoas singulares nacionais que, de boa-fé, estejam a utilizar a terra há
pelo menos dez anos;
 Autorização do pedido apresentado por pessoas singulares ou colectivas na forma
estabelecida na presente Lei.

3.4. Métodos de extracção

Extracção manual: método rudimentar, realizado por meio de pás, a extracção acontece
manualmente. Embora ocorra de forma isolada, a degradação causada por este tipo de
extracção é muito significativa, destruindo matas ciliares e degradando margens de curso de
água.

Este é o método mais usado pela comunidade local no processo de extracção de areia, visto
que a população trabalha de forma independente ou em pequenos grupos. Estes pequenos
grupos não possuem meios tecnológicos que garantem a extracção de areia em quantidade
industrial.

Extracção mecânica: é o método realizado pelos homens através de máquinas, mas com a
ajuda do homem. Neste método destacam-se o uso das pás escavadeiras, camiões basculantes,
tractores etc.
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CAPITULO IV: IMPACTO AMBIENTAL RESULTANTES DA EXTRACÇÃO DA


AREIA NO RIO RÉVUBUÈ

4. Discussão de dados

Este capítulo procura discutir os dados da pesquisa, analisando cada parâmetro com base
estatístico e analíticos, onde caracteriza-se aspectos ambiental, económico e social do local de
estudo.

4.1. Caracterização socioeconómica

No que concerne aos aspectos socioeconómico importa referir que os indivíduos envolvidos
na extracção de areia inquiridos tem uma habitação para morar, garantem a alimentação
básica e seus dependentes conseguem estudar nas escolas públicas que o governo dispõe.

Gráfico 1: Educação dos filhos dos extractores de areia

Estudam Não estudam


Terminaram o nivel Desistentes
3%
10%

20%

67%

Fonte: Elaborada pela autora através dos dados obtidos no campo.

Este gráfico caracteriza, a situação da escolarização dos filhos e dependentes das pessoas
envolvidas na extracção de areia no rio Révubuè. O gráfico ilustra que 67% dos filhos de areia
que tem idade escolar frequentam o ensino público, maioritariamente o ensino Primário
Completo (EPC). Verifica-se que, muitos filhos e dependentes destes trabalhadores não
concluem o ensino secundário e pré-universitário.

No que concerne a educação, verificou-se que existem menores que pratica esta actividade,
deixando de escolaridade, como afirma o jovem Ndaluza LUÍS2:

2
Entrevista, no rio Révubuè, 16 de Novembro de 2015.
24

[….] Deixei de estudar na 6ª Classe, meus pais não tinham como comprar
uniforme escolar, cadernos e ia a escola muitas das vezes sem comer. Por
isso desisti e estou ajudar meu pai na pesca e na extracção de areia, e aqui
conseguimos dinheiro para comprar comida e roupa. Todos meus irmãos já
deixaram de estudar […].

4.2. Conhecimento dos resultados negativos da extracção da areia para o ambiente

No que concerne ao conhecimento sobre os resultados desta actividade no ambiente, os


extractores de areia divergem, pois, alguns tem informação sobre os impactos negativos desta
actividade exercem no ambiente e a comunidade ao redor, e outros não tem nenhuma noção
dos danos ambientais que esta actividade causa ao ambiente.

Gráfico 2: Conhecimento dos impactos ambientais resultantes da extracção de areia

Tem conhecimento Não tem conhecimento

48%
52%

Fonte: Elaborada pela autora através dos dados obtidos no campo (2015).

4.3. Impactos económicos da extracção de areia

São causados impactos socioeconómicos positivos e negativos pela mineração de areia. Como
impactos positivos pode-se elencar a geração de empregos directos, bem como de empregos
indirectos decorrentes daqueles postos de trabalho que dependem da areia para que, dentre
estes: motoristas que transportam a areia, os carregadores de areia, de empregados da
construção civil como um todo, pessoas ligadas ao comércio de materiais de construção em
geral, além dos próprios extractores e vendedores de areia, possibilitando que se dê
continuidade a obras e projectos que visam melhorar as condições de vida, proporcionando
bem-estar à população em geral.
25

4.4. Impactos ambientais resultantes da extracção de areia no rio Révubuè

Mesmo reconhecendo os danos ambientais que causa à extracção de areia no rio, os


vendedores escondem-se por detrás da pobreza, justificando que não tem outro meio de
sustento que garantam a sobrevivência familiar.

O estágio de degradação ambiental em que se encontra o leito do rio Révubuè é causada pela
exploração sem planeamento do recurso mineral (areia) e uso inadequado do solo acelerou
processos erosivos e consequente assoreamento do curso de água. A área em estudo tem ainda
uma contribuição natural para o assoreamento do leito manancial a fragilidade da cobertura
vegetal das encostas que circundam o leito, permitindo escoamento superficial das águas
pluviais. Mas actualmente, com o crescente processo de erosão, verifica-se uma desfiguração
dos solos, tornando-os menos permeável, consequentemente menos fértil.

Foto 1: Erosão costeira

Fonte: imagem capturada pela autora (2015)

A extracção de areia do leito dos rios, para alimentar a indústria de construção, em franca
expansão na cidade de Tete e na Vila de Moatize, tem vindo a crescer numa proporção
preocupantes, situação que causa mais crateras, aumentando a erosão.

A mineração de areia, que esta sob análise dos órgãos ambientais, que estudam as restrições a
serem observadas na execução desta actividade, causa efeitos adversos ao meio, que inclui
aumento de focos de doenças, como a malária
26

Entre os impactos mais importantes causados pela mineração de areia, destaca-se o recuo das
margens do rio Révubuè, compactação das margens do rio devido a erosão costeira, aumento
da profundidade do leito do rio. (Vide Foto 2).

Foto 2: recuo das margens do rio

Fonte: imagem capturada pela autora (2015)

Para além dos problemas ambientais, verifica-se constrangimentos de ordem social,


concretamente na área de lazer, já não se verifica areia ao longo das margens que serve como
um local de diversão na época quente local (verão).
27

CAPÍTULO V: Conclusões e sugestões

5.1. Conclusão

De forma geral, percebe-se que os impactos negativos no meio ambiente estão directamente
relacionados com o aumento crescente das áreas urbanas, uso irresponsável dos recursos e
consumo exagerados dos recursos naturais. Portanto, verifica-se que, não são apenas as
grandes empresas que afectam o meio, mas também as pequenas atitudes, provocam impactos
ambientais diariamente.

Através dos dados colhidos constatou-se que a extracção de areia nas margens do rio Révubuè
influencia na estrutura da terra, causando impactos nefastos para o ambiente e para a saúde.

Neste sentido, com o estudo feito, percebe-se que a extracção de areia nas margens do rio
Révubuè, provoca impactos ambientais negativos, pois, as pessoas envolvidas extraem a areia
de forma intensa, alterando a profundidade do rio, o curso de água e polui o ambiente (água e
solo).

Ressalta-se que a actividade mineradora é necessária, desde que seja realizada de maneira
sustentável e respeitando a legislação em vigor. Portanto, sob ponto de vista económico, o
estudo revela que a extracção de areia no rio Révubuè é de extrema importância para a
comunidade local. Mas por outro lado, neste caso sob ponto de vista ambiental que é ponto
fundamental da pesquisa, verifica-se que a extracção de areia cria impactos ambientais
negativos, como já se referenciou anteriormente.

No que concerne ao conhecimento, verificou-se que, mesmo reconhecendo os danos


ambientais, devido a actividade de extracção de areia no rio, os vendedores protegem-se por
detrás da pobreza, por não ter outro meio de sustento das famílias, que depende do negócio
para custear as despesas.

Os extractores e vendedores de areia podem mudar de mentalidades e estratégias no âmbito da


mineração, através de palestas de educação ambiental sobre o desenvolvimento sustentável
dos recursos naturais e faunísticos.

De forma geral, verificou-se que, a utilização dos recursos minerais (areia) de maneira
insustentável altera a paisagem, criando problemas ambientais.
28

5.2. Sugestões

De acordo com as diversas observações e apreciações feitas no local de estudo sugere-se que:

 Ao Ministério de Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural adopte medidas e crie leis


específicas para garantir a sustentabilidade ambiental da extracção de areia nos rios do
país;
 Para a sociedade civil e não só, a educação ambiental deve ser contínua e tarefa de todos
os intervenientes da comunidade.
 Ao Município da cidade de Tete e da vila Moatize, adopte medidas e estratégias
sustentáveis, como rotatividade do local da extracção da área, para evitar o esgotamento
do recurso.
29

Referências bibliográficas

1. CHIZZOTTI, António. Pesquisas em ciências humanas e sociais. São Paulo, Cortez,


2006.
2. CRUZ, Eduardo. Impacto sócio económico da Pesca de Pequena Escala: o Caso da região
de Zalala. Monografia científica para obtenção do grau de Licenciado. Maputo, UEM,
2006.
3. DAVIDOF, Linda. Introdução a psicologia. 3ª Ed. São Paulo, 2001.

4. Disponível em < http://www.cetem.gov.br/publicacao/CTs/CT2004-179-00.pdf Acesso


em: 27 de julho de 2012.
5. Disponível em www.cprm.gov.br/publiquese/media/evento_1905.pdf Acesso em: 14
6. Editora John Wileys & Sons. New Jersey, 2002.
7. GIL, Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 8ª Ed., São Paulo, Editora Atlas,
2006.
8. HARTMAN, H. L. SME Mining Engineering Handbook, 2nd ed. Colorado,1992.
9. HARTMAN, H. L; MUTMANSKY J.M.- Introductory Mining Engineering , 2nd ed.
10. HERCULANO, Selene. A qualidade de vida e seus indicadores. Niteroi, Uduff, 2000
11. KLEIN, C & HURLBUT, C.S. Manual de Minerologia., John Wiley & Sons, 21ª Ed.
Nova Iorque, 1999. 596p.
12. LUZ A.B; LINS F. A.F- Introdução ao Tratamento de Minérios. Rio de Janeiro, 2004.
13. MACHADO, I. F. – História da Mineração do Diamante e suas Implicações Políticas.
14. MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de
Metodologias científicas. Atlas editora, 5ª Edição, São Paulo, 2003.
15. MOTA, Suetónio. Urbanização e meio ambiente. Rio de Janeiro ABES, 1999. p.352.
16. NAKATA, Hirome & COELHO, MArcos. Geografia Geral. São Paulo
17. RAMAZZINI, B. As doenças dos trabalhadores. 3º Ed. Fundacentro, São Paulo, 2000.
325 p.
18. RICHARDSON, Roberto. Pesquisa social, método e técnicas. 3ª Ed. São Paulo, 1999.
19. SANTOS, Vanessa. Ecologia e Impactos Ambientais. Rio de Janeiro,
20. SOUZA, R. F. O Preço do Risco- A Mineração no Brasil gerou riquezas, mas provocou a
morte de muitos índios, bandeirantes e africanos. Disponível em
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos-revista/o-preco-do-risco.Acesso em 31
de agosto de 2012.
30

21. VALÁ, Salim. O desenvolvimento local: o que é? In: CISTAC, Gilles & CHIZIANE,
Eduardo (Coord.). “Turismo e Desenvolvimento Local”.Maputo, NEAD, 2007.
31

Anexo 1
Universidade Católica de Moçambique

Centro de Ensino a Distancia

Este questionário é dirigido aos extractores de areia no rio Révubuè cujo objectivo é recolher
informações relacionados com a extracção de areia e seus impactos ambientais.

Qual é a sua idade_____________.

Profissão _______________________________________________________.

Desempenha outra actividade além da extracção e venda de areia?

a) Sim
b) Não

Se sim, qual?

_______________________________________________________________.

Tem conhecimento dos impactos ambientais resultantes da extracção de areia aqui nesse
lugar?

Sim __________

Não __________

Se sim, qual?

_______________________________________________________________________.

Seus filhos estudam?

Sim ___________

Não___________

Se não, Por que?

________________________________________________________________________.

Obrigado pela colaboração


32

Introdução

CAPÍTULO I: Introdução...........................................................................................................8
1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................8
1.1. Enquadramento do tema......................................................................................................9
1.1.1. Descrição do local de estudo.............................................................................................9
1.2. Problematização...................................................................................................................9
1.3. Hipótese.............................................................................................................................10
1. 4. Objectivos.........................................................................................................................10
1.4.1. Objectivos Gerais............................................................................................................10
1.4.2. Objectivos específicos....................................................................................................10
1.5. Justificativa........................................................................................................................11
CAPÍTULO II: Metodologia.....................................................................................................12
2. METODOLOGIA DE PESQUISA.......................................................................................12
2.1. Métodos de abordagem......................................................................................................12
2.1.1. Método indutivo..............................................................................................................12
2.2. Métodos de procedimentos................................................................................................12
2.2.1. Método bibliográfico......................................................................................................12
2.3. Universo.............................................................................................................................13
2.3.1. Amostra...........................................................................................................................13
2.4. Instrumentos de recolha de dados......................................................................................13
2.4.1. Observação......................................................................................................................13
2.4.2. Questionário....................................................................................................................13
2.5. Aspectos éticos...................................................................................................................14
CAPÍTULO III: Fundamentação teórica..................................................................................15
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................15
Breve Historial da mineração....................................................................................................17
Relevância da mineração..........................................................................................................18
3.1. Definição e discussão de conceito.....................................................................................18
3.1.1. Areia................................................................................................................................18
3.1.2. Areias de ambiente fluvial..............................................................................................19
3.1.3. Impacto ambiental...........................................................................................................19
3.1.4. Recursos naturais............................................................................................................19
3.1.5. Comunidade local...........................................................................................................19
33

3.1.6. Desenvolvimento sustentável..........................................................................................20


3.1.7. Bacia hidrográfica e rio...................................................................................................20
3.1.8. Mineração e mineral.......................................................................................................21
3.2. Enquadramento jurídico.....................................................................................................21
3.3. Direito de Uso e Aproveitamento de Terra segundo a Lei de Terra nº 19/1997................21
3.4. Métodos de extracção........................................................................................................22
CAPITULO IV: IMPACTO AMBIENTAL RESULTANTES DA EXTRACÇÃO DA AREIA
NO RIO RÉVUBUÈ.................................................................................................................23
4. Discussão de dados...............................................................................................................23
4.1. Caracterização socioeconómica.........................................................................................23
4.2. Conhecimento dos resultados negativos da extracção da areia para o ambiente...............24
4.3. Impactos económicos da extracção de areia......................................................................24
4.4. Impactos ambientais resultantes da extracção de areia no rio Révubuè............................25
CAPÍTULO V: Conclusões e sugestões...................................................................................27
5.1. Conclusão...........................................................................................................................27
Referências bibliográficas....................................................................................................................29
Anexo 1................................................................................................................................................31

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