Você está na página 1de 11

Índice

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 3

1.1. OBJECTIVOS ....................................................................................................... 4

1.2. Objectivo Geral .................................................................................................. 4

1.3. Objectivos Específicos ................................................................................... 4

2. RESÍDUOS SÓLIDOS DA INDUSTRIA MINEIRA .............................................. 5

2.1. Reciclagem ............................................................................................................. 5

2.2. Aspectos Ambientais nos Resíduos da Mineração ............................................. 5

3. SURGIMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (beneficiamento de minério de


Ferro) ................................................................................................................................ 6

4. TRATAMENTO E DESCARTE .............................................................................. 9

5. FORMAS DE MINIMIZAR OS RESIDUOS SOLIDOS NA INDUSTRIA


MINEIRA ....................................................................................................................... 10

5.1. Produção Mais Limpa –P+L ................................................................................ 10

6. CONCLUSÃO ............................................................................................................ 11

REFERÊNCIAS BIBLIOGÁRFICAS ........................................................................... 12

2
1. INTRODUÇÃO

Problemas ambientais vêm tendo grande espaço de discussão há algum tempo na nossa
sociedade, devido ao facto que esta passou a questionar os impactos ambientais
causados pelas empresas, preocupando-se com a preservação do meio ambiente. As
actividades industriais têm grande destaque económico e social, com o objectivo de
geração de riquezas, através da produção de bens de consumo por meio da utilização de
recursos naturais e serviços prestados e muitas vezes tais actividades impactam
negativamente o meio ambiente.

A actividade mineira possui uma capacidade enorme de gerar impactos ambientais,


principalmente relacionando-se com a grande quantidade de resíduos gerados. Quando
se trata da extracção mineral, há sempre um risco ambiental, por isso essa actividade
pode afectar directa ou indirectamente a qualidade ambiental.

3
1.1.OBJECTIVOS
1.2.Objectivo Geral
 Descrever como os resíduos surgem, formas de tratamento, Descarte e formas de
minimizar na indústria mineira
1.3.Objectivos Específicos
 Explicar como podem ser os resíduos numa indústria mineira;
 Reciclagem;
 Abordar sobre Aspectos Ambientais nos Resíduos da Mineração;
 Explicar o surgimento, tratamento, descarte e formas de minimizar os resíduos;

4
2. RESÍDUOS SÓLIDOS DA INDUSTRIA MINEIRA

Os resíduos industriais podem estar no estado sólido ou líquido, sendo caracterizados


como contaminantes e altamente prejudiciais ao meio ambiente e à saúde, não devendo
ser lançado na rede pública de esgotos ou corpo de água.

Os resíduos resultantes das mais diversas actividades podem não ter utilidade para quem
os gera, porem podem ser reincorporados em outros processos produtivos como
matéria-prima secundaria, o que os difere de rejeito ou lixo.

2.1. Reciclagem
A reciclagem é o processo de reaproveitamento de resíduos sólidos orgânicos e
inorgânicos. É considerado o melhor método de destinação do lixo, em relação ao meio
ambiente, uma vez que diminui a quantidade de resíduos enviados aterros sanitários, e
reduz a necessidade de extracção de matéria-prima directamente da natureza. Porem,
muitos materiais não podem ser reciclados continuadamente. A reciclagem de certos
matérias é viável, mas pouco praticada, pois muitas vezes não é comercialmente
interessante. Alguns materiais, entretanto, em especial o chamado lixo tóxico e o lixo
hospitalar, não podem ser reciclados, devendo ser eliminados ou confinados.

2.2. Aspectos Ambientais nos Resíduos da Mineração


Down (1977) já observava os efeitos não desejados decorrentes da mineração, tais como
alterações ambientais, conflitos de uso do solo, depreciação de imóveis circunvizinhos,
geração de áreas degradadas, transtornos ao tráfego urbano, entre outros.

Para IBRAM (2013) no Brasil, os principais problemas oriundos desta actividade


podem ser englobados em quatro categorias: poluição da água, poluição do ar, poluição
sonora, e subsidência do terreno. Para o caso da mineração de ferro em específico,
actualmente as barragens de rejeitos constituem o maior impacto ambiental associado, e
ao mesmo tempo, imprescindíveis para a viabilização das usinas de beneficiamento do
ramo. Edraki, et al. (2014) acrescentam que os reagentes utilizados na etapa de
beneficiamento como colectores, floculantes, óleos ou qualquer agente químico,
agravam o risco de contaminação de solos e água.

Além dos impactos listados, para Neto e Petter (2005), “é importante ressaltar a
degradação do meio físico devido à explotação dos minérios. Gera-se, portanto, uma
segunda escassez, considerando que as jazidas minerais são como bens não renováveis”.

5
A importância dos impactos da mineração em área urbana vem do seu alto grau de
ocupação, que é agravada quanto maior a proximidade de áreas onde ocorre a actividade
extractiva. Esta proximidade também agrava os impactos visuais provenientes dos altos
volumes de rocha e solos movimentados e às dimensões da cava ou da frente de lavra. O
desconforto ambiental pode ser sentido mesmo quando as emissões de gases, níveis de
poeira, ruído e vibrações estiverem abaixo dos padrões ambientais estabelecidos. Os
danos causados sobre a saúde, da mesma forma, diminuem, ou são inexistentes quanto
menor for essa imediação.

A mineração é uma actividade extractivista de grande porte, e como tal, gera grandes
impactos ambientais, principalmente quando não realizada por empresas responsáveis
que seguem a legislação vigente.
Entretanto, Azcue (2012), IBRAM (2013), acreditam que a análise de um projecto não
deve ser restrita aos danos ambientais associados, uma vez que a não implantação da
actividade mineraria gera o impacto social, ou seja, impede o desenvolvimento da
região próxima a jazida.
Neto e Petter (2005) acreditam que mesmo a mineração sendo responsável por boa parte
da arrecadação de impostos dos municípios em que está inserida, o fato de ser uma
atividade que extrai bens não renováveis não deve ser negligenciado. Surge então o
princípio poluidor – pagador que constitui uma estratégia económica que busca o
equilíbrio entre o ónus e o bónus dessa actividade.
Benjamin (1992) define o princípio poluidor- pagador como aquele que estabelece o
dever do poluidor de arcar com os custos de prevenção, reparação e repressão da
poluição. Dessa forma o princípio não deve ser entendido simplesmente como “poluiu,
pagou”. Seu alcance abrange todos os custos de protecção ambiental. A política que as
mineradoras devem adoptar é a de impactar e poluir o mínimo possível, e ainda assim
estar ciente e ressarcir a população do dano causado.

3. SURGIMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS (beneficiamento de minério de


Ferro)
Valadão e Araújo (2007) definem o processamento mineral como “conjunto de
operações básicas que são realizadas em uma matéria-prima mineral (minério bruto)
com o objectivo de se obter a sua adequação, ou seja, produtos comercializáveis”. Os
termos beneficiamento, tratamento de minérios e processamento mineral se referem ao
mesmo conceito.

6
Para Luz e Lins (2010) o conjunto das principais operações realizadas na etapa de
beneficiamento é composto pela cominuição (redução do tamanho através de moagem e
britagem), separação por tamanho (por peneiras, ciclonagem e classificação em espiral),
concentração (separação das espécies mineralógicas economicamente viáveis da de
ganga), separação sólido/líquido (para a recuperação da água utilizada no processo), e
disposição de rejeito. Geralmente essas fases ocorrem simultaneamente em uma planta
industrial. A figura 3.5 ilustra um fluxograma típico de beneficiamento de minério de
ferro.
Galery, Valadão e Montenegro (2007) chamam atenção para a importância da
adequação da granulometria nas fases de fragmentação e separação por tamanho, uma
vez que este parâmetro compromete as demais etapas do beneficiamento. O tamanho
dos grãos está directamente relacionado ao tempo de residência das partículas, e para
cada tempo de residência, distintos resultados serão obtidos.
Do ponto de vista metalúrgico, segundo a sua granulometria, o minério de ferro é
dividido nas categorias granulado ou lump ore (faixa entre 200 e 12,5mm), finos para
sínter ou sinter feed (entre 12,5 e 0,15mm) e finos para pelotas ou pellet feed (faixa
inferior a 0,15mm).
No Brasil, muitas vezes, para a produção de granulado, etapas de cominuição, separação
por tamanho e concentração gravítica são suficientes para alcançar os teores exigidos
comercialmente. Entretanto, para a obtenção de sínter e pellet feed fines, a flotação e a
separação magnéticas são as técnicas de concentração mais utilizadas, seja isoladamente
ou combinadas (CARVALHO et al, 2014).
Para Peres e Araújo (2009) a flotação é sem dúvida o principal método de concentração
de minerais empregados actualmente no mundo para o processamento de minérios dos
mais variados tipos. É, por exemplo, praticamente o único método empregado para o
processamento de minérios contendo metais básicos como cobre, chumbo, zinco e
níquel e é também extremamente relevante para a obtenção de produtos de alta
qualidade em bens minerais como minério de ferro.

7
Figura 1: Fluxograma típico de tratamento de minério.

Fonte: Luz e Lins (2010).

8
4. TRATAMENTO E DESCARTE

Define-se o tratamento de resíduos como qualquer processo ou operação que modifique


as suas características físico-químicas, composição ou propriedades, deixando-se em
condições de serem dispostas de maneira adequada. Os processos de tratamento podem
utilizar mecanismos físicos, químicos e biológicos, dependendo da característica do
resíduo, bem como da forma de distinção final a qual será dada ao composto residual.

Os processos de tratamento dos resíduos industriais e minerais utilizados com mais


frequência são: Incineração, Co-processamento, Estabilização, Solidificação, Oxidação,
redução, neutralização precipitação, troca iónica, recuperação electrolítica, extracção
por solventes, flotação, adsorção, aterro sanitário e aterro industrial.

Segundo Oppelt & Dempsey (1993), as legislações e regulamentos que tratam do assunto,
norteiam a modificação das praticas de gerenciamento de resíduos, induzindo a substituição de
métodos de disposição directa mais baratos e tradicionais, como aterros industriais, para outras
técnicas de tratamento físico-químico e biológico, tais como incineração e métodos de
solidificação e estabilização química.

O tratamento de resíduos procura modificar suas características como quantidade,


toxidade e patogenia, de forma a diminuir os impactos sobre o ambiente e saúde
pública.

Tratar resíduos significa, portanto, transforma-lo para que possa ser reutilizado ou
descartado em condições mais seguras e ambientalmente aceitáveis. No caso dos
resíduos da mineração, tendo em vista suas características extremamente variadas
existem por consequência diversos processos de tratamento.

Segundo Tocchetto (2007) os diversos tratamentos podem ocorrer a partir de reacções


químicas, físicas, térmicas e ou biológicas. A mesma autora afirma ainda que esses
tratamentos podem ser realizados em locais distintos, tais como:

 Junto a própria fonte geradora;


 Em outra instalação que tenha interesse em utilizar o material recuperado;
 Em instalações especializadas em tratamento.

9
5. FORMAS DE MINIMIZAR OS RESIDUOS SOLIDOS NA INDUSTRIA
MINEIRA

O sector da mineração deve levar em consideração:

 Gerar e fazer o seu descarte correcto;


 Racionar o uso de água;
 Reabilitação de áreas degradadas;
 Diminuição/eliminação do uso de barragens;
 Utilização de softwares para monitorar as imagens das superfícies de barragens a
fim de identificar rapidamente possíveis movimentos irregulares;
 Definições e obediência de parâmetros mais rígidos de segurança;
 Adequação de projecto a legislação ambiental vigente.

5.1. Produção Mais Limpa –P+L


Segundo PNUMA (1992), o Programa Produção Mais Limpa é uma estratégia de
produção que tem como objectivo reduzir os riscos para o meio ambiente, reduzindo a
geração de resíduos, ao mesmo tempo em que optimiza o consumo de matéria e energia.

Como modelo de produção, a P+L é bastante avançada, tendo em vista que as acções
transcendem os limites do empreendimento. Para a UNEP, as medidas de gestão devem
se iniciar nos processos de extracção da matéria-prima e dos insumos, até a disposição
final. Nos processos produtivos, a P+L preconiza a utilização de práticas para a
optimização da matéria-prima e energia e a eliminação de substâncias tóxicas. No ciclo
de vida do produto que se compreende as etapas de projecto até o uso recomenda a
redução dos impactos ambientais das actividades necessárias para a realização dos
serviços. Com relação as emissões provenientes da actividade produtiva, a P+L
propõem a redução da quantidade e toxicidade dos efluentes e dos resíduos na fonte.

Segundo Furtado et al. (2001), as propostas que sustentam a Produção Mais Limpa
baseiam nos princípios de auto-sustentabilidade dos recursos naturais, ultrapassando os
elementos técnicos e económicos, e incorporando componentes jurídicos, políticos e
sociais. A P+L esta baseada em quatro princípios fundamentais- precaução, prevenção,
integração e controle democrático.

10
6. CONCLUSÃO
O objectivo do presente estudo que era analisar o gerenciamento dos resíduos da
indústria mineira, e avaliar esta situação, levando em consideração o surgimento,
tratamento, descarte e formas de minimizar os resíduos por essa actividade e os
impactos ambientais causados.

A mineração é uma actividade extractivista de grande porte, e como tal, gera grandes
impactos ambientais, principalmente quando não realizada por empresas responsáveis
que seguem a legislação vigente.

11
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁRFICAS
ROCCA, A.C.C.; IACOVONE, A.M.M.B. et, al.. Resíduos Sólidos Industriais. São
Paulo: CETESB. 2ed Ampl. 1993.

RUSSO, M.A.T.- Tratamento de resíduos sólidos. Faculdade de Ciências


Exatas.Universidade de Coimbra. 2003.

BARRETO, M.L. Mineração e Desenvolvimento Sustentável: Desafios para Brasil. Rio


de Janeiro, CETEM/MCT. 2001.

Blog da Plen- Tudo sobre resíduos. 20 de Julho de 2018.

VALADÃO, G. E. S; ARAUJO, A. C. Introdução ao Tratamento de minérios. 1.ed.


Belo Horizonte,2007. 233p

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004:


Resíduos Sólidos- Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. São

Paulo: Editora Atlas S.A., 2003.


TOCCHETTO, M.R.L. Curso de Tratamento de efluentes líquidos e Gerenciamento
de resíduos sólidos industriais: parte 2- resíduos sólidos. Cuiabá, 2007.152p.

12

Você também pode gostar