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SÃO PAULO
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................2
OBJETIVO.....................................................................................................................3
1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA....................................................................................4
1.1 - Introdução Teórica ao Tema......................................................................4
1.2 - Emissões de CO2 no Brasil.......................................................................8
1.3 - Reações de conversão de CO2.................................................................9
1.4 - Diretrizes do IPCC para inventários de gases de Efeito Estufa..............10
1.5 - Setor Cimentício.......................................................................................12
1.6 - Metodologias da UNFCCC para projetos de MDL...................................16
1.7 - Setor Cimentício.......................................................................................17
2 - ESTUDO DE CASO...............................................................................................19
2.1 - Cimento Verde o que é?..........................................................................19
2.2 - Onde surgiu?............................................................................................19
2.3 - Quem iniciou aqui no Brasil?...................................................................19
2.4 - Quais os benefícios do seu uso?.............................................................20
2.5 - Quando estará disponível para uso?.......................................................20
2.6 - Já foi aplicado em algum lugar?..............................................................21
2.7 - Há uma lei................................................................................................22
2.8 - Aplicabilidades do cimento verde.............................................................22
2.9 - Processo de produção do cimento (método não sustentável) - Motivo
pela criação do cimento verde.........................................................................23
2.10 - Responsáveis pelos estudos no Brasil..................................................23
3 - CONCLUSÃO........................................................................................................25
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................25
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INTRODUÇÃO
OBJETIVO
1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Figura 1: Potencial econômico de redução das emissões de GEE. Fonte: IPCC (2007b).
Figura 2: Composição da Matriz Elétrica Brasileira (esq.) e média Mundial (dir.), por energia. Fonte:
Brasil (2010b) e IEA (2010).
Para diminuir as emissões nocivas de CO2 na atmosfera é preciso que seu uso seja
direcionado para fontes renováveis de energia e para o seu emprego como
alternativa de matéria-prima para indústria química. Essa manipulação do gás é
possível porque o dióxido de carbono apresenta características que o faz vantajoso
em seu emprego, pois ele é naturalmente abundante e não inflamável, sendo
considerado seguro e barato. (ARESTA, 2010; AQUINO, 2008; BECKMAN, 2004).
A introdução de novas soluções tecnológicas para o uso de CO2 necessita de uma
vasta pesquisa para identificar as possíveis barreiras, bem como encontrar
resultados que aprimorem desempenho, custo, segurança, aspectos ambientais e a
receptividade do mercado. Um fato importante que merece grande atenção na
utilização do dióxido de carbono como matéria prima é a etapa de captura e
tratamento do gás, já que é preciso separá-lo da corrente do processo emissor. Os
custos implicados na captura, separação, purificação e a energia necessária para a
conversão são os principais desafios no sequestro químico de gás carbônico
Portanto, é crucial que as novas aplicações de CO2 sejam energeticamente mais
vantajosas que as existentes (ARESTA, 2010; AQUINO, 2008).
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Setor vidreiro;
Setor madeireiro;
Setor de alumínio;
Setor de emissões estacionárias;
Setor de emissões fugitivas.
O CaO reage com sílica (SiO2), alumina (Al2O3) e óxido de ferro (Fe2O3) existentes
na matéria-prima produzindo o clínquer (composto principalmente de silicatos de
cálcio). A proporção nas matérias-primas de outros carbonatos além do CaCO3 é
geralmente muito pequena, e, se presentes, existem como impurezas do calcário. É
importante que haja uma pequena quantidade de MgO (1%-2%) no processo de
produção de clínquer embora quantidades muito superiores a essas possam
ocasionar problemas no cimento.
O IPCC (2006) apresenta somente metodologias de estimativa de emissões
relacionadas ao processo de produção do cimento e não considera emissões
associadas à energia. O cálculo básico das emissões de indústrias que queimam
carbonatos é semelhante já que se baseiam em massas moleculares e conteúdos
de CO2 das mesmas fórmulas, como apresentado na Tabela 1.
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No tier 1, é uma boa prática (IPCC, 2006) usar um teor de CaO padrão para clínquer
de 65%, assumir que 100% do CaO provem do carbonato de cálcio e incorporar um
fator de correção de 2% para CKD. Assume-se também que uma tonelada de
clínquer contém 0,65 toneladas de CaO. Sabendo-se que CaCO3 é composto por
56,03% de CaO e 43,97% de CO2 por peso, o montante necessário de CaCO3 (X)
para produzir 0,65 toneladas CaO é: X = 0,65/0,5603 = 1,1601 toneladas de CaCO3.
A quantidade de CO2 liberada por calcinação de 1,1601 toneladas de CaCO3 =
1,1601 x 0,4397 = 0,5101 toneladas de CO2. Incorporando uma correção de 2% por
conta do CKD, o fator de emissão padrão para o clínquer (FEclc) é dado pela
Equação abaixo:
Para o cálculo das emissões totais de CO2 por tonelada de cimento é necessário
conhecer a produção total de cimento de um país. Caso essa produção não possa
ser desagregada por tipo e a produção nacional possua grandes quantidades de
outros tipos de cimento, além de cimento portland, é aceitável (IPCC, 2006) assumir
uma fração de clínquer global de 75%. Se a produção de cimento for essencialmente
de cimento portland, então é boa prática (IPCC, 2006) usar um valor padrão de 95%
de clínquer.
atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema
climático.
Para estabilizar as emissões, foi assinado o Protocolo de Quioto. É um acordo
internacional ligado à UNFCCC cujo principal objetivo é obrigar que 37 países
industrializados reduzam suas emissões de GEE em 5% face aos níveis de 1990,
entre 2008 e 2012. Os países devem alcanças esse objetivo, majoritariamente,
através de medidas nacionais, ou através de três mecanismos baseados no
mercado: comércio de emissões (ou mercado de carbono); Implementação
Conjunta; e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
O MDL permite que os projetos de redução de emissões nos países em
desenvolvimento ganhem Redução Certificada de Emissões (RCEs), que equivalem,
cada uma, a uma tonelada de CO2. Essas RCEs podem ser vendidas e utilizadas
pelos países industrializados para cumprir uma parte de suas metas de redução de
emissões sob o Protocolo de Quioto. (UNFCCC, 2010c).
Um projeto de MDL deve permitir reduções de emissões que sejam adicionais ao
que teria ocorrido normalmente caso não tivessem sido implementados. Os projetos
devem qualificar-se através de um processo que envolve a utilização de metodologia
para determinar as emissões que serão reduzidas através do cálculo da quantidade
de gases que são emitidos atualmente (cenário referência) menos a quantidade de
gases que se prevê que serão emitidos depois que o projeto for colocado em prática
(UNFCCC, 2010c). Ou seja, é possível utilizando as metodologias é possível
quantificar as emissões geradas em partes de determinados processos produtivos.
Dessa forma, são analisadas aqui algumas metodologias para projetos de MDL em
áreas ligadas a construção civil, como o setor cimentício, de ferro e aço, de cal
hidráulica, cerâmico e de energia.
2 - ESTUDO DE CASO
Ainda em fase de testes, ele foi utilizado na pavimentação da rua Miguel Biondi, em
Guarulhos, em setembro deste ano.
Hoje o cimento está entre os materiais mais usados no mundo, muito se dá por
conta da sua grande quantidade usada para a produção de concreto, o segundo
material mais usado no mundo, perdendo apenas para a Água.
O processo de fabricação de cimento gera vários subprodutos, incluindo um volume
considerável de gás carbônico. A produção do cimento, por sua vez, não apresenta
a mesma carga, sendo uma ótima alternativa para diminuir a necessidade de
fabricação. Reduzir a demanda por esse material é, também, uma forma de diminuir
essa emissão nas fábricas.
O cimento não é um material de fácil reposição na natureza. Sendo assim,
reaproveitar seus restos em vez de descartá-los é a melhor maneira de diminuir
esse consumo. Como esse cimento é produzido por meio da reciclagem do material
usado em outras obras, seu impacto ambiental é bem menor em comparação com o
cimento tradicional.
de que, no curto prazo, o cimento à base de Celitement® só deverá ser usado para
aplicações especiais e totalmente inovadoras. Superadas todas as barreiras, e com
a produção em grande escala, o material tende a se tornar viável economicamente
para a aplicação na maioria das obras”, prevê o engenheiro químico-chefe do KIT.
Nome do Responsável: Peter Stemmermann, engenheiro químico-chefe do Instituto
de Tecnologia de Karlsruhe (KIT)
Após três meses da entrega do trecho de 211 metros da rua Miguel Biondi, no bairro
Torres Tibagy, Guarulhos, que recebeu o projeto experimental cimento verde,
técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) retornaram ao local nesta
terça-feira, 6 de março de 2019 para realizar as medições no pavimento da via.
O ensaio das deflexões do pavimento tem por objetivo principal aferir o
comportamento dos materiais utilizados na pavimentação. Para realizar o teste foi
utilizado um caminhão de 8 toneladas para simular o tráfego na via.
Após as medições, o IPT deverá apurar os resultados que serão encaminhados à
Proguaru.
Projeto – A Miguel Biondi foi escolhida para receber o projeto experimental que
utiliza resíduos de construção civil em pavimento urbano, mais conhecido como
cimento verde.
O trecho de 211 metros da via foram divididos da seguinte maneira: trecho 1 – brita
reciclada mais cimento verde; trecho 2 – brita graduada mais cimento verde; trecho
3 – brita graduada tratada com cimento; e trecho 4 – brita graduada simples.
O uso da tecnologia é uma parceria entre a Proguaru, IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) e a empresa InterCement. Segundo especialistas, é considerado um
material com ganhos econômicos e ambientais.
A Usina Recicladora da Proguaru serviu como base para a mistura da brita reciclada
e da brita graduada com o cimento verde. Todo o processo foi realizado com o
auxílio de uma autoconcreteira cedida pela empresa Fiori do Brasil.
O desenvolvimento da nova tecnologia conta com recursos na ordem de R$ 5
milhões, oriundos de um fundo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) e da InterCement.
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O uso do cimento verde é indicado para projetos que necessitam de uma menor
resistência mecânica como, por exemplo, vias que apresentam tráfego baixo ou
moderado. O uso do cimento verde pode aumentar a durabilidade da via e, com
isso, gera a diminuição dos custos relacionados com a sua manutenção.
Assim, apesar do cimento verde apresentar bastante durabilidade, resistência e
consistência, o seu uso não é recomendado para estruturas mecânicas mais rígidas.
Outros exemplos da sua usabilidade: uso em pavimentação, calçadas, além da
preparação de artefatos de cimento.
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Seiiti Suzuki – Engenheiro químico com mestrado pelo IPT (Instituto de Pesquisas
tecnológicas), é gerente de pesquisa e desenvolvimento da InterCement.
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3 - CONCLUSÃO
4 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BRANDÃO, Jr. Amintas; BARRETO, Paulo; SOUZA, Jr. Carlos; SALES, Márcio;
SILVA, Daniel. Análise da evolução das emissões de GEE no Brasil (1990-2012):
mudanças do uso da terra. São Paulo, Agosto 2014. Disponível em:
<http://www.gvces.com.br/arquivos/305/SEEG_UsoDaTerra.pdf
https://www.brasilmineral.com.br/noticias/cimento-verde-ser%C3%A1-aplicado-em-
guarulhos
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https://www.aecweb.com.br/revista/materias/pavimentacao-de-via-em-guarulhos-
inaugura-o-uso-do-cimento-verde/16746
https://proguaru.com.br/tecnicos-do-ipt-analisam-pavimento-que-recebeu-o-cimento-
verde/
https://vivagreen.com.br/greenarq/cimento-verde-saiba-o-que-e-onde-e-como-
utilizar/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
https://goinggreen.com.br/2020/07/20/cimento-verde-o-que-e-suas-aplicabilidades/
https://blog.regionaltelhas.com.br/cimento-verde-o-que-e-quais-sao-suas-
caracteristicas-e-quando-utiliza-lo/
https://www.weg.net/tomadas/blog/arquitetura/cimento-verde-voce-ja-ouviu-falar/
https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/pesquisas-sobre-cimento-verde-
avancam-e-miram-2050/
https://www.mega.com.br/blog/cimento-verde-o-que-e-e-como-utilizar-na-obra/
http://www.ipt.br/noticias_interna.php?id_noticia=1286
https://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/1569-processo-de-
producao-do-cimento-gera-emissoes-e-pode-diminuir-biodiversidade.html
https://tecnomor.com.br/blog/cimento-verde/