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1. Resumo ....................................................................................................................................................2
2. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3
3. METODOLOGIAS .................................................................................................................................5
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2. INTRODUÇÃO
As mudanças climáticas impõem desafios à sociedade global que envolvem diferentes escalas,
níveis, setores e áreas do conhecimento. Se por um lado é imperativo agir no sentido de limitar as
emissões de gases de efeito estufa (GEE), por outro admite-se a inexorabilidade dos impactos que
já se manifestam como resultado da intensificação energética da produção econômica mundial
ocorrida no último século.
Será que os efeitos do aumento médio da temperatura mundial são trágicos? Quais as medidas de
prevenção contra as mudanças climáticas? Quais as perspectivas e desafios?
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2.3 Objectivos
2.3.1 Geral:
Mudanças Climáticas, Desafios e Perspectivas
2.3.2 Específicos:
Dar o histórico sobre as mudanças climáticas
Explicar os desafios e perspectivas adoptadas pela sociedade perante as mudanças
climáticas.
2.4 Justificativa
As Mudanças Climáticas, com origem nas actividades antropogénicas de alteração do uso do solo,
da agricultura, do tratamento de resíduos e dos processos produtivos, incluindo a queima de
combustíveis fósseis, constituem um dos grandes problemas que ameaçam a humanidade e o
desenvolvimento, incluindo como consequências a degradação de ecossistemas essenciais e a
destruição dos recursos naturais, que são a base de produção da economia. Dados científicos
demonstram que as MC são resultado das emissões com origem antropogénica de GEE, com
destaque para o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), e que os
valores da sua concentração na atmosfera registados no presente representam máximos históricos.
Esta pesquisa revela ser mais um momento de reflexão da preocupação sobre o impacto das
mudanças climáticas na agricultura, trazendo à debate, aspectos relevantes que merecem serem
observados com maior atenção com toda a sociedade humana a nível local, nacional e internacional.
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3. METODOLOGIAS
Foi feita a revisão de literatura sobre os impactos e vulnerabilidade às mudanças climáticas em
Moçambique tomando como base os estudos feitos, com particular referência os estudos da Fase II
do INGC, a SCN, o Relatório de Moçambique para a Conferência do Rio+20, entre outros. Parte
desta revisão incluiu igualmente as estratégias sectoriais, identificando já orientações que
conduzissem a uma maior resiliência ou a um desenvolvimento de baixo carbono, ou sugerindo
pontos de entrada, como foi o caso da Estratégia Nacional de Desenvolvimento (ENDe) (em
elaboração), sendo este já um exemplo do diálogo para a integração da temática das mudanças
climáticas em todos os sectores.
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4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.2 Mudanças climáticas
A preocupação com os efeitos das mudanças climáticas passou a ser de tamanha importância nas
nações africanas, com maior destaque para o sector agrário. Por exemplo, no âmbito da Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (CQNUMC), em 2007 a República de
Cabo Verde, através do Ministério do Ambiente e Agricultura, elaborou o Programa de Acção
Nacional de Adaptação às Mudanças Climáticas 2008-2012. A iniciativa financiada pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 2005, visava identificar sectores-chave e
mobilizar recursos para atender opções de adaptação prioritárias segundo as necessidades e
preocupações urgentes e imediatas das populações mais vulneráveis face aos efeitos nefastos da
variabilidade e mudanças climáticas (MAA, 2007).
4.2.1 Conceito
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (CQNUMC) define
“Mudanças no Clima“ como:
Significa uma mudança de clima que possa ser direta ou indiretamente atribuída à
atividade humana que altere a composição da atmosfera mundial e que se some
àquela provocada pela variabilidade climática natural observada ao longo de
períodos comparáveis (Brasil, 2004, p.69).
Uma das prioridades das nações a nível do mundo é o efeito das mudanças climáticas.
Com este propósito e reconhecendo a gravidade de elevados índices de aquecimento a nível
do globo, aliadas ao aumento de poluentes e a devastação da floresta, em 2007 as Nações
Unidas elaboraram a convenção sobre as mudanças climáticas, conhecida por Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas (CQNUMC), um documento onde
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foram ratificados elementos básicos que visam a diminuição da emissão de gases de efeito
estufa para mitigar os efeitos das mudanças climáticas
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5. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
5.2 Mudança climática: desafios e perspectivas para a sociedade
O aquecimento global tem preocupado o mundo. Os efeitos a saúde das pessoas já é sentido, por
meio de onda de calor, doenças de pele e pela distribuição de vetores de doenças. A alteração dos
padrões de intensidade das chuvas e o problema que isso causa para o campo agrícola, já foi
discutido nas unidades anteriores, mas também tem sido afetado pelo aquecimento global.
O MITADER chama atenção para a integração das estratégias locais de produção, adaptativas aos
efeitos das mudanças climáticas. Contudo, observa que uma definição clara das estratégias locais a
serem adoptadas por uma determinada comunidade em resposta a um evento climático de curta ou
longa duração, passa por um estudo detalhado das características físico-geográficas, culturais, e
sócio-económicas do local e da comunidade (MICOA, 2005).
Preocupados com essa questão, não é de hoje que a comunidade científica internacional tem
estudado a relação existente entre a taxa de crescimento populacional e o impacto que isso causa ao
meio ambiente. Obviamente, então, que a maior urbanização está relacionada com o aumento de
emissões que intensificam o efeito estufa. Levando-se em conta os padrões de consumo e produção
na relação existente entre os países do mundo (países ricos consumistas e os mais pobres explorados
pelos ricos), conseguimos entender que o atual estilo de vida é insustentável do ponto de vista
ambiental.
Segundo Alves (2014), essa é uma metodologia utilizada para medir as quantidades de terra e água
(em termos de hectares globais - gha) que seriam necessários para sustentar o consumo atual da
população. A seguir, podemos observar um esquema que mostra o padrão de vida das diferentes
sociedades e o quanto isso custa para os elementos naturais de nosso planeta.
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Dessa forma, aquecimento global é o aumento da temperatura média dos oceanos e da camada de
ar próxima à superfície da Terra, que pode ser consequência de causas naturais e de atividades
humanas.
Porém, sobre este assunto, é consensual entre os cientistas, que a causa do aquecimento global seja
antropogénica, isto é, o aquecimento sofre grande interferência da ação humana e de seus processos
produtivos. A mudança no clima é consequência direta do processo de expansão do efeito estufa.
Resumidamente, o efeito estufa é um processo natural de aquecimento térmico, no qual cria as
condições ideais para a sobrevivência dos seres humanos.
[...] suas emissões são produzidas em duas grandes áreas: os processos industriais,
que incluem a geração de energia pelo uso de combustíveis fosseis (carvão, petróleo
e gás) e o transporte em geral (59% do total), e a mudança do uso do solo –
desmatamento, queimadas para agricultura, criação de gado etc.
Visto que as pessoas encontram-se sediadas no meio urbano, são nos grandes centros que também
as mudanças climáticas serão mais sentidas. As grandes cidades afetam de modo negativo os
recursos naturais, tanto pela excessiva utilização dos elementos naturais, para a sustentação da
população que ali se encontra, como pela disposição de resíduos, além das atividades industriais
desenvolvidas. Por outro lado, quando as precipitações são excessivas, devido à impermeabilidade
de extensas faixas de terra em uma cidade grande, propicia a formação de grandes enchentes, que
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pode colocar a vida de muitos em risco, assim como grandes perdas de bens materiais de seus
moradores. Em encostas, nas quais é comum a ocupação irregular por parte de moradores pobres
em grandes cidades, os perigos enfrentados são relacionados aos deslizamentos de terras.
Outro motivo pelo qual a humanidade deve agir em prol da conservação é que as mudanças
climáticas também podem intensificar a ação de furacões (de origem oceânica), de tornados (de
origem continental) e tempestades que, além de prejuízos materiais ceifam muitas vidas.
Desde 2008, mais da metade da população mundial reside em áreas urbanas (UNFPA, 2007). Essa
realidade impõe novos desafios para o desenvolvimento sustentável das cidades à medida que o
impacto ambiental dos centros urbanos e sua dependência em relação aos recursos naturais aumenta
de maneira inversamente proporcional ao crescimento populacional. Isso porque essas cidades
seguiram padrões de desenvolvimento similares, caracterizados pela ocupação desordenada do
espaço e modelos de produção e consumo fortemente dependentes do uso de combustíveis fósseis
(Mills et al., 2010).
Com o agravamento das mudanças climáticas, as discussões sobre o desenvolvimento das cidades
ganharam novos contornos, tendo em vista que a infraestrutura das cidades, qualidade de vida,
saúde e segurança das suas populações se tornaram mais vulneráveis a eventos climáticos extremos
cada vez mais frequentes. Em termos globais, 80% das cidades estão localizadas em zonas costeiras
ou em regiões próximas a rios, tornando-as suscetíveis à maior incidência de tempestades,
inundações e vulneráveis à elevação do nível do mar (Bulkeley et al., 2009; Burton; Diringer; Smith,
2006).
Padrões de temperatura:
Da atmosfera – com aumento médio entre 1,5 °C a 3,0 °C no período entre 2046
a 2065 e registo de mais dias quentes e menos dias frios, com aumento da temperatura
máxima e mínima.
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Dos oceanos – com subida dos níveis médios de altura do mar e alteração na
distribuição e disponibilidade dos stocks pesqueiros e efeitos em ecossistemas
marinhos (como sejam, por exemplo, os corais)
Padrões de precipitação:
Subida do nível das águas do mar: 15 cm, 30 cm e 45 cm como consequência da expansão térmica
e 15 cm, 110 cm e 415 cm como consequência da redução das calotas de gelo continental nos
anos 2030, 2060 e 2100, respectivamente.
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humanas, propriedades, infraestruturas sociais, etc.) perante os efeitos das mudanças
climáticas.
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7. CONCLUSÕES FINAIS
O aquecimento global poderá ser responsável pela difusão maior de doenças contagiosas,
aumentando a incidência de casos de peste bubônica, que já matou milhões de pessoas ao longo da
história e exterminou um terço da população da Europa no século XIV, de doenças tropicais, como
a malária, a dengue e a desinteria. Seja por causa da piora nas condições de saúde, devido à
disseminação dessas enfermidades, ou por causa da diminuição do suprimento de água, os países
da África subssaariana, da Ásia e da América do Sul, são os mais vulneráveis às consequências do
aquecimento da Terra.
Os grandes centros urbanos estão no foco do debate mundial sobre a mudança climática e o
desenvolvimento sustentável, já que concentram 54% da população mundial e são também
responsáveis por 75% das emissões de carbono no planeta, exigindo das cidades uma grande
capacidade para adaptar mais rapidamente às graves consequências do aquecimento global e da
escassez de recursos naturais. O gerenciamento das mudanças climáticas é um desafio complexo,
principalmente no contexto urbano.
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8. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
ALVES, J. D. A. (2014). A Terra no limite: Quanto a humanidade já consumiu dos recursos
naturais do planeta e o que precisa fazer para manter uma situação sustentável.
GONÇALVES, Alcindo. (2015). Impasse nas negociações sobre Mudança Climática. Política
Externa, v.23, n.3, p. 87-103, 89.
UNFPA. State of World Population (2007) | UNFPA - United Nations Population Fund. Disponível
em: <http://www.unfpa.org/publications/state-world-population-2007>.
MILLS, G. et al. (2010). Climate information for improved planning and management of mega
cities (Needs Perspective). Procedia Environmental Sciences, v. 1, n. 1, p. 228 – 246.
BULKELEY, H. et al. (2009). Cities and Climate Change: the role of institutions, governance and
urban planning World Bank Urban Symposium on Climate Change. [s.l: s.n.].
Olivieri, A. G. (2009). A teoria da modernidade ecológica: uma avaliação crítica dos fundamentos
teóricos. (Tese de doutorado, Instituto de ciências sociais, Departamento de sociologia, Brasília,
Universidade de Brasília,.
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