Você está na página 1de 20

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Principais Tipos de Problemas Ambientais e Desenvolvimento Sustentável

Albazine Fernando Chuquera Muchanga: 41220339

Maxixe, Março de 2023


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental

Principais tipos de problemas ambientais e desenvolvimento sustentável

Trabalho de Campo da Cadeira de Fundamentos dos


Estudos Ambientais a ser submetido na Coordenação do
Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental do
UnISCED.

Tutor: Timóteo Ângelo Colaço

Albazine Fernando Chuquera Muchanga

Maxixe, Março de 2023


Índice

1. Introdução ....................................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos ................................................................................................................................ 6
1.1.1. Geral ................................................................................................................................. 6
1.1.2. Específicos ........................................................................................................................ 6
1.2. Metodologias e Materiais ......................................................................................................... 6
1. Problemas ambientais ..................................................................................................................... 7
1.1. Efeito estufa ............................................................................................................................. 8
1.1.1. Gases de estufa ................................................................................................................. 9
1.1.1.1. Factores que contribuem na emissão dos gases do efeito estufa ................................ 10
1.2. Camada do ozónio.................................................................................................................. 11
1.2.1. Formação da camada de Ozónio ..................................................................................... 11
1.2.2. Destruição da camada do Ozónio ................................................................................... 12
1.2.3. Impactos da destruição da camada do Ozónio................................................................ 12
1.2.4. Possíveis solução para evitar a destruição da camada do Ozónio .................................. 13
2. Desenvolvimento sustentável ....................................................................................................... 14
2.1. Variáveis sustentável ............................................................................................................. 14
2.2. Gestão comunitária dos recursos naturais .............................................................................. 15
2.2.1. Estratégia de gestão dos recursos naturais ...................................................................... 15
2.2.2. Indicadores de desenvolvimento sustentável .................................................................. 16
3. Conclusões .................................................................................................................................... 18
4. Referencias bibliográficas ............................................................................................................ 19
Anexos .................................................................................................................................................. 20
1. Introdução

O Presente trabalho que se segue, visa abordar sobre os principais tipos de problemas
ambientais e desenvolvimento sustentável. Portanto, não é novidade para ninguém que o
maior problema ambientar que o mundo vem enfrentando tem sido o resultada da grande
revolução industrial inicialmente na Inglaterra no seculo XVIII, tendo garantido o surgimento
de industrias, causando impactos catastróficos ao ambiente como a abertura de buraco na
camada de ozónio, a extinção de biomas, o deterioramento de geleiras, a poluição de recursos
hídricos, do solo e as mudanças climáticas, até hoje o mundo e o ambiente vêm pagando um
alto preço. Porem, na década de 1980 estudos subsequentes foram implementados para tentar
controlar esses problemas ambientais e foi aí que em 1987 a Diplomata e Médica Gro Harlem
Brundtland usou pela primeira vez o termo Desenvolvimento sustentável que é capaz de
suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as
necessidades das futuras gerações, sendo um desenvolvimento que não esgota os recursos
para o futuro.

5
1.1.Objectivos

1.1.1. Geral

 Descrever sobre os principais tipos de problemas ambientais e desenvolvimento


sustentável

1.1.2. Específicos
 Conceptualizar os temos problemas ambientais e desenvolvimento sustentável;
 Expor e descrever os principais problemas ambientais;
 Explicara a importância do desenvolvimento sustentável para o futuro do mundo.

1.2.Metodologias e Materiais

Para a materialização do presente trabalho, recorreu-se primeiramente ao manual


Fundamentos dos Estudos Ambientais, em alguns artigos de cunho Jurídico disponível na
internet obras essas que deram suporte a este trabalho.

6
1. Problemas ambientais

Os problemas ambientais são consequência direta da intervenção humana nos


diferentes ecossistemas da Terra, causando desequilíbrios no meio ambiente e
comprometendo a qualidade de vida. Portanto, esta problemática ambiental teve o seu início a
partir da década de 1980, é, actualmente bastante discutida principalmente nos meios
acadêmicos, como relacionada ao modo de vida das sociedades ocidentais, no que se refere à
produção e consumo e, portanto, aos problemas sociais e econômicos.

De acordo com os autores FERNANDES, V & SAMPAIO, C. (2008. p. 89), os


problemas ambientais são construídos e definidos teoricamente, nos meios acadêmicos, como
uma problemática eminentemente social que surge da forma como a sociedade se relaciona
com a natureza a problemática ambiental como problemática econômica, social, cultural e
espiritual, dependendo da corrente teórica e acadêmica.

Nessa perspectiva, é possível afirmar que a natureza não tem problemas e, se os tem,
são inerentes a sua dinâmica e resolvidos por ela. A definição de problemática ambiental,
portanto, é uma definição diretamente ligada às atividades sociais que incidem sobre a
natureza.

De acordo com os autores PRIGOGINE & STENGERS, (1984) a problemática


ambiental enceta uma crise muito maior que a destruição da natureza. Ela é expressão de uma
crise muito mais ampla, cujo cerne está na sociedade e no modo de vida essencialmente
voltado para fins econômicos. As relações da sociedade com a natureza, que, na ciência
positivista, supunham compreender e modificar na sociedade como um todo, incluindo a
ciência, implicam interações muito mais amplas e com consequências muito menos
controláveis do que aquelas pressupostas nas duas dimensões previstas na ciência positivista.

De acordo com WMO-UNEP, (2007), até os mais céticos economicistas não


conseguem mais ficar indiferentes a tais prognósticos ambientais. revelando que a mudança
climática em curso tem como principal causa a ação antrópica (referenciando a emissão de
gases de efeito estufa, sendo o mais importante o dióxido de carbono, que responde por 80%
do total das emissões lançadas na atmosfera quando se queima combustíveis fósseis, petróleo,
gás natural e carvão), sobretudo após a revolução industrial.

7
1.1. Efeito estufa

O Efeito Estufa é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante.
A atmosfera é altamente transparente à luz solar, porém cerca de 35% da radiação que
recebemos vai ser refletida de novo para o espaço, ficando os outros 65% retidos na Terra.
Isto deve-se principalmente ao efeito sobre os raios infravermelhos de gases como o Dióxido
de Carbono, Metano, Óxidos de Azoto e Ozônio presentes na atmosfera (totalizando menos de
1% desta), que vão reter esta radiação na Terra, permitindo-nos assistir ao efeito calorífico
dos mesmos (ALIER, 2007).

O efeito estufa é um processo que faz com que a temperatura da Terra seja maior do
que a que seria na ausência de atmosfera. Gases como vapor de água, ozono, dióxido de
carbono, CFC's (os chamados Gases do Efeito Estufa (GEE) absorvem parte da radiação
infravermelha emitida pela superfície da Terra e radiam por sua vez parte da energia
absorvida de volta para a superfície. Assim, a superfície recebe quase o dobro de energia da
atmosfera do que a que recebe do Sol, ficando cerca de 30ºC mais quente do que estaria sem a
presença desses gases (ALIER, 2007).

De acordo com a WMO-UNEP, (2007), nos últimos anos, a concentração de dióxido


de carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente devido à utilização de
petróleo, gás e carvão e à destruição das florestas tropicais, sendo que a concentração de
outros gases que contribuem para o Efeito de Estufa, tais como o metano e os
clorofluorcarbonetos também aumentaram rapidamente.

Portanto, o efeito estufa consiste, basicamente, na ação do dióxido de carbono e outros


gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfície da terra, reenviando-os para ela,
mantendo assim uma temperatura estável no planeta. Ao irradiarem a Terra, parte dos raios
luminosos oriundos do Sol são absorvidos e transformados em calor, outros são refletidos
para o espaço, mas só parte destes chega a deixar a Terra, em consequência da ação refletora
que os chamados "Gases de Efeito Estufa" (dióxido de carbono, metano,
clorofluorcarbonetos- CFCs e óxidos de azoto) têm sobre tal radiação reenviando-a para a
superfície terrestre na forma de raios infravermelhos.

8
1.1.1. Gases de estufa

Os Gases do efeito estufa (GEE) são gases que absorvem uma parte dos raios do sol e
os redistribuem em forma de radiação na atmosfera, aquecendo o planeta em um fenômeno
chamado efeito estufa. O principal gás do efeito estufa presentes na atmosfera são CO2, CH4,
N2O, O3, halocarbonos e vapor de água.

 Dióxido de Carbono (CO2): Combustão de combustíveis fósseis: petróleo, gás


natural, carvão, desflorestação (libertam CO2 quando queimadas ou cortadas). O CO2
é responsável por cerca de 64% do efeito estufa. Diariamente são enviados cerca de 6
mil milhões de toneladas de CO2 para a atmosfera. Tem um tempo de duração de 50 a
200 anos.
 Clorofluorcarbono (CFC): São usados em sprays, motores de aviões, plásticos e
solventes utilizados na indústria electrónica. Responsável pela destruição da camada
de ozono. Também é responsável por cerca de 10% do efeito estufa. O tempo de
duração é de 50 a 1700 anos.
 Metano (CH4): Produzido por campos de arroz, pelo gado e pelas lixeiras. É
responsável por cerca de 19 % do efeito estufa. Tem um tempo de duração de 15 anos.
 Ácido nítrico (HNO3): Produzido pela combustão da madeira e de combustíveis
fósseis, pela decomposição de fertilizantes químicos e por micróbios. É responsável
por cerca de 6% do efeito estufa.
 Ozono (O3): É originado através da poluição dos solos provocada pelas fábricas,
refinarias de petróleo e veículos automóveis

O efeito estufa é um fenômeno natural, e imprescindível para a vida no planeta. É ele


que mantém a Terra aquecida ao impedir que os raios solares sejam refletidos para os espaços
e que perca seu calor. Sem ele a Terra teria temperaturas medias abaixo de 10ºC negativos. O
grande problema que vem ocorrendo é que o homem, com suas intensas atividades, está
acarretando o aumento do efeito estufa, sendo a principal delas a liberação de CO2 (dióxido
de carbono) na atmosfera WMO-UNEP, (2007).

Ele é um dos gases que naturalmente contribuem para a o efeito estufa normal do
planeta, mas que agora com seu aumento na atmosfera pode intensificar esse efeito, levando a
um aquecimento maior do planeta. A ação do ser humano na natureza tem feito aumentar a
quantidade de dióxido de carbono na atmosfera, através de uma queima intensa e

9
descontrolada de combustíveis fósseis e do desmatamento. A derrubada de árvores provoca o
aumento da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera pela queima e também por
decomposição natural. Além disso, as árvores aspiram dióxido de carbono e produzem
oxigênio. Uma menor quantidade de árvores significa também menos dióxido de carbono
sendo absorvido WMO-UNEP, (2007).

1.1.1.1.Factores que contribuem na emissão dos gases do efeito estufa

Além da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento, outras atividades como a


atividade industrial, a agrícola e a de transporte, também contribuem significativamente com a
emissão dos GEE.

Figura 1: Distribuição emissores de gases do efeito estufa no mundo

Fonte: BRAGA et al. (2005).

As consequências do efeito de estufa são sentidas tanto a nível global como a nível
regional, afetando vários países. A temperatura no globo terrestre nas últimas décadas tem
aumentado bastante. Pesquisas recentes indicaram que os anos vindouros serão mais quente
(BRAGA et al. 2005).

10
1.2. Camada do ozónio
1.2.1. Formação da camada de Ozónio

Ozônio é um gás naturalmente presente na atmosfera. Cada molécula contém três


átomos de oxigênio e é quimicamente designado por O3. É encontrado em duas regiões da
atmosfera: cerca 10% do ozônio atmosférico encontra-se na troposfera, região mais próxima
da superfície da terra (entre 10 e 16 quilômetros) e os restantes 90% encontram-se na
estratosfera, a uma distância entre 10 e 50 quilômetros. A maior concentração de ozônio na
estratosfera é chamada de “camada de ozônio”.

Figura 2: Formação do ozónio Figura 3: Posição da camada do ozónio na


atmosfera

Fonte: MMA, (2025)


Fonte: MMA, (2025)

Com essa manutenção da camada de ozônio, a destruição dela não afeta o planeta ou
os seres vivos. Ela se refaz e permanece integra o suficiente para que continue barrando os
raios ultra-violeta. Porém, existem poluentes produzidos pelo homem que estão acelerando o
processo, dentre os poluentes podem-se citar os naturais, como o metano, produzido pela
digestão dos animais, e os industrializados, como brometo de metila, tetracloreto de metila,
mas os principais são os clorofluorcarbonos, chamados de CFC’s e foi descoberto em 1974
que essas substâncias, quando atingidas pela radiação UV, liberavam radicais livres
(moléculas que possuem alto nível de eletronegatividade e são mais propensas a unirem-se a
outras moléculas no ambiente) e que estes se uniam às moléculas de oxigênio, impedindo a
formação do ozônio (CONVENÇÃO DE VIENA E PROTOCOLO DE MONTREAL. 2015).

11
1.2.2. Destruição da camada do Ozónio

A etapa inicial do processo de destruição do ozônio estratosférico pelas atividades


humanas se dá por meio da emissão de gases contendo cloro e bromo. Por não serem reativos
e por não serem rapidamente removidos pela chuva, nem pela neve, esses gases, em sua
maioria ficam acumulados na baixa atmosfera (CONVENÇÃO DE VIENA E PROTOCOLO
DE MONTREAL. 2015).

Quando sobem para a estratosfera sofrem ação da radiação ultravioleta, a radiação UV


liberando radicais livres que reagem com a molécula de ozônio, formando uma molécula de
oxigênio, O2 e uma molécula de óxido de cloro, ClO, provocando a destruição do O3. O ClO
tem vida curta e rapidamente reage com um átomo do oxigênio livre, liberando o radical livre
que volta a destruir outra molécula de O3. Um único radical livre de cloro é capaz de destruir
100 mil moléculas de ozônio, o que provoca a diminuição da camada de ozônio e prejudica a
filtração da radiação UV.

Figura 4: Mecanismo de destruição da camada de Ozónio pelos CFC,s

Fonte: Convenção de Viena e Protocolo de Montreal-MMA, (2015)

1.2.3. Impactos da destruição da camada do Ozónio

De acordo com MACATE, (2022), a diminuição da concentração de O3 na atmosfera


tem provocado o aumento da quantidade de raios ultravioleta que chegam à superfície

12
terrestre, provocando diversos impactos para o meio ambiente do mundo inteiro. Entre os
impactos, destacam-se:

 Impactos sobre o organismo humano1: envelhecimento precoce, mutação genética,


problemas no sistema imunológico e câncer de pele.
 Impacto sobre as plantas: A grande quantidade de raios ultravioleta pode
comprometer o processo de fotossíntese, impactando o sistema nutritivo das plantas e
o seu crescimento.
 Redução de espécies1: A superexposição de raios UV pode prejudicar o
desenvolvimento de diversas espécies marítimas, como peixes, camarões, caranguejos
e fitoplânctons (base da cadeia alimentar marítima). Além disso, o contato com essa
radiação pode causar diversas mutações genéticas, alterando totalmente o DNA dos
seres vivos.
 Contribuição para o aquecimento global: A diminuição da camada de Ozônio e o
aumento da quantidade de raios UV podem contribuir para a aceleração do
aquecimento global.

1.2.4. Possíveis solução para evitar a destruição da camada do Ozónio

A adoção do Protocolo de Montreal sobre Substâncias que Destroem a Camada de


Ozônio em 16 de setembro de 1987 marcou um ponto de inflexão na história ambiental.
Também mostrou que quando a ciência e a vontade política unem forças, os resultados podem
mudar o mundo. Diante de uma tripla crise planetária-clima, natureza e poluição, o Protocolo
de Montreal é um dos melhores exemplos que temos do resultado positivo e poderoso do
multilateralismo. CONVENÇÃO DE VIENA E PROTOCOLO DE MONTREAL, (2015)
Portanto algumas medidas podemos tomar para evitar a alta destruição da camada do ozónio,
dentre elas podemos citar algumas:

 Utilizar sempre que possível os transportes públicos ou a bicicleta;


 Desligar as luzes, a televisão ou o computador, sempre que não estiverem a ser
utilizados;
 Plantar árvores, que fazem com que o dióxido de carbono e o gás que contribuem para
o efeito de estufa, seja absorvido pelo ar;
 Utilizar papel reciclado e produtos reutilizáveis;
 Reciclar velhos frigoríficos ou unidades de acondicionamento do ar e certificar-se que
estesnão emitem CFC´s para a atmosfera;

13
 Não utilizar aerossóis;
 Quando for ao supermercado utilizar e se possível reutilizar sacos biodegradáveis.

2. Desenvolvimento sustentável

Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento que dá resposta às necessidades do


presente, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de poderem satisfazer as suas
(WCSD, 1987, p. 54).

2.1. Variáveis sustentável

De acordo com os autores CUNHA & ALMEIDA (2002), não é possível alcançar o
desenvolvimento sustentável sem que haja construção sustentável das variáveis ambientais. E
definem construção sustentável como o compromisso com:

 Sustentabilidade econômica: aumentar a lucratividade e crescimento através do uso


mais eficiente de recursos, incluindo mão de obra, materiais, água e energia.
 Sustentabilidade ambiental: evitar efeitos perigosos e potencialmente irreversíveis
no ambiente através de uso cuidadoso de recursos naturais, minimização de resíduos, e
proteção e, quando possível, melhoria do ambiente.
 Sustentabilidade social: responder às necessidades de pessoas e grupos sociais
envolvidos em qualquer estágio do processo de construção (do planejamento a
demolição), provendo alta satisfação do cliente e do usuário, e trabalhando
estreitamente com clientes, fornecedores, funcionários e comunidades locais.
 Sustentabilidade ecológica: Base física do processo de crescimento e tem como
objectivo a conservação e o uso racional do estoque de recursos naturais incorporados
às actividades produtivas;
 Sustentabilidade demográfica: Os limites da capacidade de suporte de determinado
território e de sua base de recursos e implica cotejar os cenários ou as tendências de
crescimento económico com as taxas demográficas, sua composição etária e os
contingentes de população economicamente activa esperados
 Sustentabilidade cultural: Necessidade de manter a diversidade de culturas, valores
e práticas existentes no planeta, no país e/ou numa região e que integram ao longo do
tempo as identidades dos povos;
 Sustentabilidade política: Relacionada à construção da cidadania plena dos
indivíduos por meio do fortalecimento dos mecanismos democráticos de formulação e

14
de implementação das políticas públicas em escala global, diz respeito ainda ao
governo e à governabilidade nas escalas local, nacional e global;
 Sustentabilidade institucional: Necessidade de criar e fortalecer engenharias
institucionais e/ou instituições cujo desenho e aparato já levem em conta critérios de
sustentabilidade

2.2. Gestão comunitária dos recursos naturais

De acordo com BRITO (2006, p. 72), os recursos são elementos de que o homem se
vale para satisfazer suas necessidades. Os recursos naturais são aqueles que se originam sem
qualquer intervenção humana.

A gestão de recursos naturais, conforme vem definido em documentos oficiais,


pressupõe a administração de recursos como os florestais, faunísticos, hídricos, minerais e
outros, um processo que inclui o seu controlo e uso em conformidade com a legislação,
assegurando a participação efectiva das instituições, comunidades locais e diferentes
organizações.

De acordo com FONSECA (1992 apud SENHORAS; MOREIRA; VITTE, 2009, p.3),
os recursos naturais podem ser divididos em recursos renováveis e não renováveis, em função
de suas capacidades ou não de esgotamento. A definição de recursos naturais ainda abarca
uma gama abrangente de componentes, tais como: recursos minerais, compostos por minérios;
recursos biológicos, formados por fauna e flora; recursos ambientais, integrados pelo ar, pela
água e pelo solo; e recursos incidentes, compostos pela radiação solar, pelos ventos e pelas
correntes oceânicas.

Segundo CUNHA & ALMEIDA (2002), a gestão comunitária dos recursos naturais e
o conjunto de acção que visam o controlo, racionalização e protecção dos recursos naturais.
Este mecanismo assenta na legislação nacional e visa assegurar que os recursos naturais não
sendo renováveis, os seus benefícios se estendam por um período de tempo relactivamente
longo.

2.2.1. Estratégia de gestão dos recursos naturais


 Envolvimento das comunidades na gestão dos recursos minerais

De acordo com CUNHA & ALMEIDA, (2002, p.56), são o conjunto de praticas locais
como sendo praticas geradas por iniciativas internas dentro da comunidade local, cuja

15
aplicação data desde os tempos remoto. Portanto, faz-se necessário a envolvimento da
comunidade com a valorização dos conhecimentos locais.

De acordo com SAKET (1994, p. 21), a gestão de recursos naturais, constituído por
igual o envolvimento comunitário nos recursos naturais é feito pelo estabelecimento
conselhos locais de números de membros dos seguintes locais.

 Representantes das comunidades locais;


 Pessoas singulares ou colectivas com actividades ligadas a recursos naturais;
 Associação ou organizações não governamentais ligadas aos recursos naturais, ou ao
desenvolvimento comunitário local.

2.2.2. Indicadores de desenvolvimento sustentável

Segundo MOUSINHO (2001) o Canadá, foi o pioneiro na elaboração de indicadores


de desenvolvimento sustentável, disseminando pela National Round table of the Environment
and the Economy o programa Environment and Sustainable Development Indicators
Initiative, que levou em consideração os fluxos de materiais para abordar a questão da
sustentabilidade, levantando informações sobre os ecossistemas costeiros, florestas, recursos
hídricos, clima, população, saúde, economia e áreas protegidas, totalizando um aglomerado de
mais de quatrocentas variáveis. Portanto, os indicadores são:

 Económicos  Ambientais
 Crescimento; Equidade  Protecção
 Eficiência; Sociais  Restauração
 Participação; Equidade  Conservação
 Organização; Identidade cultural  Auto-regulação
 Desenvolvimento; institucional  Biodiversidade
e Educação  Emissões globais

16
17
3. Conclusões

Tendo feito o trabalho e apos o final das reflexões do mesmo, pelas quais se procurou
desenvolver sobre os principais tipos de problemas ambientais e desenvolvimento sustentável,
percebeu-se que a questão ambiental tem sido largamente difundida principalmente na última
década, tomando em conta a conscientização a respeito do papel do cidadão sobre o cuidado a
ter com o ambiente e a sustentabilidade tornou-se uma preocupação concreta, colectiva para o
mundo inteiro, foi a partir disso que o termo sustentabilidade passou a dominar grande parte
do discurso actual em diferentes sectores da sociedade. Muitas vezes o termo é usado para dar
força ao antigo desejo filosófico de uma sociedade mais humana. Portanto, percebeu-se
também que esta toda discussão de sustentabilidade ambiental esta em torna da preocupação
em relação a ozónio, que forma uma camada com a função de garantir a proteção contra os
efeitos nocivos dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol, sendo ele único gás capaz de tal
protecção.

18
4. Referencias bibliográficas
1. ALIER, J.M. O ecologismo dos pobres. São Paulo: 2007.
2. BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005.
3. BRITO, Maria Campos Alves de. Desenvolvimento compartilhado de reservatórios
comuns entre Estados. Rio de Janeiro: E-papers, 2006.
4. FERNANDES, V & SAMPAIO, C. Problemática ambiental ou problemática
socioambiental. Editora UFPR, São Paulo. 2008.
5. MACATE, R. Efeito da Destruição da Camada do Ozónio no planeta Terra. Beira,
2022.
6. MMA. CONSULTA PÚBLICA: consulta pública etapa 2 do programa brasileiro de
eliminação dos hcfcs - pbh. 2015. Disponível em: Acesso em 02 de Março de 2023.
7. MMA. Convenção de Viena e Protocolo de Montreal. 2015. Disponível em: Acesso
em 02 de Março de 2023.
8. MOUSINHO, Patrícia. Glossário. In: TRIGUEIRO, André (Coord.). Meio ambiente
no século 21. Rio de Janeiro: Sextante, 2001
9. PRIGOGINE, Ilya & STENGERS, Isabelle. A nova aliança. Brasília: Ed. UnB, 1984.
10. Saket, M. (1994) Report on updating of the exploratory National Forest Inventory.
FAO/UNDP/MOZ/920/13. Maputo.
11. SENHORAS, Elói Martins; MOREIRA, Fabiano; VITTE, Claudete de Castro Silva. A
agenda exploratória de recursos naturais na América do Sul: da empiria à teorização
geoestratégica de assimetrias nas relações internacionais. 2009. Disponível em:
<http://works.bepress.com/cgi/viewcontent.cgi?article=1122&context=eloi>. Acesso
em 02 de Março de 2023.
12. WCSD. O Nosso Futuro Comum, Meribérica. Lisboa: Portugal. 1987.
13. WMO-UNEP. Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Paris. 2007.

19
Anexos

Imagens de problemas (queimadas descontroladas) ambientais que assolam o Distrito de


Inhassouro.

20
21

Você também pode gostar