Você está na página 1de 17

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Digestão do amido na boca e transpiração vegetal

Nome do Estudante: Miguel Ebicha Simão

Código: 708195214

Curso: Licenciatura em Ensino de


Biologia com Habilitações em Química

Disciplina: Laboratório

Ano de frequência: 4o Ano.

Turma: B

Dra: Agnalda Gregório

Chimoio, Julho de 2021


Conteúdo Índice Paginas

Folha de Feedback...................................................................................................................................i
Folha de Melhorias.................................................................................................................................ii
I. Introdução.......................................................................................................................................1
1.1. Objectivos................................................................................................................................2
1.1.1. Geral.................................................................................................................................2
1.1.2. Específicos........................................................................................................................2
1.2. Metodologias............................................................................................................................2
1. Digestão do amido..........................................................................................................................3
1.1. Execução do Experimental.......................................................................................................4
2. Transpiração vegetal....................................................................................................................9
3. Conclusão.....................................................................................................................................11
4. Referências bibliográficas............................................................................................................12
Folha de Feedback

Classificação
Categorias Indicador Padrões Pontuaçã Nota do Subtotal
es o máxima Tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura organizaci Discussão 0.5
onais Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (Indicação 1.0
clara do problema)
Introdução Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
discurso académico (expressão
Análise e escrita cuidada, 2.0
discussão coerência/coesão textual)
Revisão bibliográfica nacional
e internacionais relevantes na 2.0
área de estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formataçã Paginação, tipo e tamanho de
gerais o letra, parágrafo, espaçamento 1.0
entre linhas.
Normas
APA 6ª
Referências edição em Rigor e coerência das
Bibliográfic citações e citações/referências 4.0
as bibliografi bibliográficas
a

i
Folha de Melhorias

ii
I. Introdução

O presente trabalho é um estudo bibliográfico sobre trabalho que agora se apresenta,


tem como tema O microscópio, orientado pela docente da disciplina de Laboratório, procura-
se ao longo deste trabalho apresentar de modo abrangente todos os aspectos inerentes ao
microscópio

O microscópio é um instrumento óptico, que faz uso da refração da luz oriunda de uma
série de lentes, dotadas, ou não, de filtros multicoloridos e/ou ultravioleta, para ampliar e
regular estruturas invisíveis ou difíceis de serem visualizadas ao olho nu. Assim, para se
alcançar de modo pleno os objectivos de realização do presente trabalho, traçou-se os
seguintes objectivos gerais e específicos.

1
I.1. Objectivos

I.1.1. Geral
 Descrever a digestão do amido na boca e A transpiração vegetal.

I.1.2. Específicos
 Explicar como acontece a digestão do amido na boca;
 Identificar os componentes químico que participam na digestão do amido;
 Demonstrar o processo de transpiração nos vegetais;
 Verificar a ocorrência de estômatos nas diferentes faces (abaxial e adaxial) da lâmina
foliar das plantas.

I.2. Metodologias

Para a realização do presente trabalho, o método criteriosamente acolhido na pesquisa


é o da revisão bibliográfica, que corresponde a pesquisa em livros e artigos científicos.
Quanto a estrutura do trabalho, inicialmente, temos a introdução, seguida do referencial
teórico, ou desenvolvimento, onde é espelhado e desenvolvido o trabalho na integra, depois
vem as conclusões, seguida das referencias bibliográficas.

2
1. Digestão do amido

Esta experiencia tem como objectivo observar a digestão do amido na boca. O amido é
um polissacarídeo constituído por um grande número de monossacarídeos (glicose) unidos
por ligações glicosídicas (reacção entre dois grupos hidroxilo com libertação de uma molécula
de água). é insolúvel em agua, não tem sabor doce e é desdobrado em maltose (e esta em
glicose) (figura 1) através de várias reações químicas catalisadas por enzimas especificas: a
amilase salivar e pancreática.

Figura 1: Modelo da Moltose

Fonte: Leite, (1994)

A enzima que abordamos foi a amilase salivar ou ptialina a qual é segregada pelas
glândulas salivares. As enzimas são proteínas compostas por aminoácidos e actuam como
biocatalisadores que regulam a velocidade de muitas reacções químicas envolvidas no
metabolismo celular. A substância sobre a qual uma enzima actua chama-se substrato. Este ao
ligar-se ao centro activo da enzima é desdobrado formando-se duas substâncias, dando-se a
esta reação o nome de catabolismo; ou então, liga-se a outro substrato formando um produto
final, reação anabólica (figura 2). Para que estas reacções se deem é necessária energia o qual
se da o nome de energia de cativação.

Figura 2: Acção da enzima sobre o substrato.

3
Fonte: Leite, (1994)
Nesta experiência utilizaram-se seis tubos
de ensaio para testar o meio óptimo onde a enzima actua sobre o amido: utilizou-se HCl para
se obter um meio acido; utilizou-se gelo para se obter um meio frio; ferveu-se saliva para
simular as temperaturas altas.

Os testes da agua iodada e do licor de Fehling foram executados nesta experiência. A água
iodada fica azul no caso de a solução conter amido; se não, fica incolor. O licor de Fehling,
apos aquecimentos da lamparina, fica com um precipitado cor de tijolo se contiver muitos
açucares redutores. A reacção do licor de Fehling com os açucares redutores esta expressa a
seguir onde mostra a reação de licor de Fehling com os açucares redutores e escalas de cores

Açucares licor de
+ Ebuluicao Óxido cuproso
redutores Fehling
iões cúpricos precipitado cor de
1.1. Execução do Experimental tijolo
Verde-Amarela-Laranja-Precipitada cor de Tijolo (castanho avermelhado)

 Materiais
 Cozimento de Amido a 1%, Soro Fisiológico a 1%
 HCL, água iodada;
 2 gobelets 40 ml, 6 tubos de ensaio;
 Suporte para os tubos de ensaio, pipeta de graduada;
 Pinca de Madeira, Lamparina;
 Saliva bucal, conta gota;
 Banho Maria, Licor de Fehling

4
 Procedimento
1) Prepare 6 tubos de ensaio e etiquete-os.
2) Estimule a produção de saliva e recolha-a.
3) Faça uma diluição de 1:1 em soro fisiológico.
4) Coloque 1 ml de saliva diluída num tubo de ensaio e ferva. Depois deixe-o arrefecer.
5) A cada tubo adicione 1 ml das substâncias indicadas, no quadro 1.

Quadro 1: Conteúdo dos vários Tubos

Tubos

Substancia a adicionar 1 2 3 4 5 6

Amido

Saliva

HCL

Saliva Fervida

Pepsina

Fonte: LEITE, (1994)

Figura 3: Algumas Precauções para o sucesso da experiencia

Diluição
da saliva

4 ml saliva

5
4 ml soro
Fisiológico

Tubo 3: Deve-se ferver


a saliva e só depois
adicionar o amido

Fonte: Adaptado de (LEITE, 1994).

 Resultados

Figura 4: Resultados finais obtidos nos tubos de ensaio

Tudo 1: Tudo 3: Tudo 3:


Amido Amido Amido
+ + +
Saliva HCL Saliva

6
Tudo 1: Tudo 1: Tudo 1:
Amido Amido Amido
+ +
Saliva Pepsina
(gelo)

Fonte: Adaptado de (LEITE, 1994).

Testes

Tubos Conteúdo Cor inicial Cor final Cor final (licor de Fehling

1 1 ml saliva + 1 ml amido Incolor Incolor Precipitado cor tijolo


2 1 ml saliva + 1 ml HCl + 1 ml amido Incolor Rosa Amarelado
3 1 ml saliva fervida + 1 ml amido Incolor Incolor Rosa velho
4 1 ml amido Azul Rosa Violeta
5 1 ml saliva (no gelo) + 1 ml amido Azul aroxeado Precipitado cor tijolo
6 1 ml pepsina + 1 ml amido Azul Azul Precipitado cor tijolo

 Discussão

No tubo 1, contendo saliva e amido, efectuou-se o teste da água iodada e observou-se


que não continha amido pois estava incolor. Ao fim de 15 minutos em banho-maria a 37 oC a
cor manteve-se, ou seja, não continha amido. Quando se fez o teste do licor de Fehling
formou-se um precipitado cor de tijolo o que indica a presença de açucares redutores. Como o
amido, desdobrado em duas moléculas de maltose e estas são açucares redutores, concluiu-se
que houve digestão do amido no tubo 1.

No tubo 2, contendo saliva, HCl e amido, efectuou-se o teste da água iodada e


observou-se que não continha amido pois estava incolor. No entanto, isto não devia ter
sucedido pois o tubo devia ter ficado azul devido a acção do HCl sobre a amilase salivar, o
qual quebra as ligações peptídicas da enzima. Ao fim de 15 minutos em banho-maria a 37 oC o
tubo passou a rosa o que indica que a amilase desdobrou uma pequena parte do amido, mas
não na totalidade devido ao HCl. Quando se fez o teste do licor de Fehling o tubo ficou

7
amarelo o que indica uma pequena quantidade de açucares redutores. No entanto, o resultado
não devia ter sido este. Constatou-se então que se obteve este resultado devido a um erro de
execução pois devia-se ter colocado no tubo primeiro a saliva e o HCl para este neutralizar a
enzima e só depois o amido.

No tubo 3, contendo saliva fervida e amido, efectuou-se o teste da água iodada e


observou-se que não continha amido pois estava incolor. No entanto, isto não devia ter
acontecido. O tubo devia ter ficado azul pois quando a saliva é fervida, devido as altas
temperaturas a amilase salivar fica desnaturada impedindo a enzima de actuar sobre o amido,
não havendo, portanto, o seu desdobramento, e mesmo que se volte a baixar a temperatura ela
permanece desnaturada. Ao fim de 15 minutos em banho-maria a 37 oC, o tubo manteve-se
incolor quando devia estar azul pelas razoes atras mencionadas. No teste do licor de Fehling
obteve-se a cor rosa velho indicando uma pequena quantidade de açucares redutores, os quais
não deviam existir. Concluiu-se que a saliva não ferveu totalmente, ou seja, uma pequena
parte das enzimas permaneceu activa.

No tubo 4, contendo apenas amido, efetuou-se o teste da água iodada e, como se esperava,
obteve-se a cor azul que indicava que o amido não tinha sofrido alterações. Ao fim de 15
minutos em banho-maria a 37oC, o tubo encontrava-se rosa, o que indicava que o amido não
tinha sofrido alterações significativas. No teste do licor de Fehling o tubo ficou violeta o que
indicava que não continha uma quantidade significativa de açucares redutores1. Estes
resultados já se esperavam pois não havia quaisquer substancias a actuar sobre o amido.

No tubo 5, contendo saliva e amido e depois colocado no gelo, efectuou-se o teste da


agua iodada obtendo-se a cor azul que indicava que contem amido. Ao fim de 15 minutos no
gelo o tubo continuava entre o azul e o roxo o que indicava que o amido continuava
inalterado. Isto deve-se as baixas temperaturas actuarem sobre a amilase tornando-a inactiva.

No entanto, quando se fez o teste do licor de Fehling observou-se um precipitado cor


de tijolo que indicava que tinha ocorrido a digestão do amido. Ela ocorreu devido ao tempo
que é necessário para se fazer o teste do licor de Fehling durante o qual a enzima torna-se
activa devido a variação da temperatura, começando imediatamente a actuar sobre o amido.

No tubo 6, contendo pepsina e amido, efectuou-se o teste da agua iodada e, como se


esperava, obteve-se a cor azul que indica que o amido não sofreu a acção da pepsina. Ao fim

8
de 15 minutos em banho-maria a 37oC
a cor manteve-se, o que indicava que o amido
continuava inalterado.

No entanto, quando se efectuou o teste do licor de Fehling obteve-se um precipitado


cor de tijolo que indicava que a solução continha açucares redutores. Concluiu-se então que a
pepsina estava contaminada com açucares redutores, uma vez que não houve a digestão do
amido. A razão pela qual este tubo foi incluído nesta experiencia foi a de observar se cada
enzima é especifica de um só substrato, ou seja, se a amilase salivar é a única enzima capaz de
actuar sobre o amido.

Pode-se ter formado uma pequena quantidade de açucares redutores devido a Acão da
chama da lamparina quebrando assim as ligações glicosídicas do amido. Abaixo, a reação
química da acção da amilase salivar sobre o amido

2. Transpiração vegetal

A planta perde água na forma de vapor, por meio de transpiração e, ocasionalmente e


em pequenas quantidades na forma liquida por gutação. A contribuição da gutação para o
balanço hídrico da planta é significante, e em geral, considera-se que, na planta, o único
mecanismo envolvido na perda da água para a atmosfera ocorre por meio dos estômatos, a
partir da transpiração (MARENO & LOPRES, 2005).

A transpiração pode ser considerada como um processo físico de difusão, ou seja, a


intensidade da transpiração é proporcional a diferença entre a concentração de vapor de água
nas superfícies evaporantes e o conteúdo de vapor de água da atmosfera (LARCHER, 2006)

Desse modo, a água no contínuo solo-planta-atmosfera é transportada de acordo com


um gradiente de potencial hídrico, sempre do maior para o menor potencial. A demanda
evaporativa do ar provoca perda de água por meio da transpiração, tornando necessária a

9
reposição contínua de água para manter um nível apropriado de hidratação dos tecidos
(MARENCO & LOPES, 2005).

As árvores perdem água para a atmosfera quando os estômatos se abrem para fixar
dióxido de carbono (CO2) durante o processo de fotossíntese. Desse modo, se por um lado a
atmosfera é a fonte de CO2 para as plantas, necessário para a fotossíntese, por outro lado a
atmosfera relativamente seca pode desidratar a planta. Para satisfazer essas demandas
contraditórias de maximizar a absorção de CO2 enquanto limitam a perda de água, as plantas
desenvolveram adaptações para controlar a perda de água das folhas e repor a água perdida
para a atmosfera (TAIZ, 2004).

O movimento estomático é o principal mecanismo que controla as trocas gasosas das


plantas terrestres. Em contrapartida, controles instantâneos da transpiração pelo estômato
geralmente representam um impedimento adicional para a produtividade da floresta (GUCCI
et al., 1996), devido à diminuição da captura de CO2.

Existem inúmeros estudos que mostram que a interação entre os efeitos do índice de
área foliar, déficit de pressão de vapor, déficit de água no solo, potencial de água na folha e
diferentes espécies são os principais fatores que alteram a transpiração das florestas de
eucalipto. Segundo LANDSBERG & GOWER (1997), as taxas de transpiração são
influenciadas pela demanda evaporativa do ar, quantidade de água no solo e condutância da
copa, que por sua vez é controlada pela condutância estomática (gs) e área foliar.

 Materiais
 Vaso contendo um exemplar vegetal;
 Um saco plástico;
 50 cm de barbante.

 Procedimento:

Cada grupo deverá vestir o saco plástico a um ramo da planta (contendo no mínimo
cinco folhas), vedando (amarrando) a extremidade aberta do saco plástico envolvida ao ramo,
com auxílio do barbante. Em seguida, o vaso deverá ser colocado em local com exposição ao
sol, durante 15 minutos. Passado este tempo, analisar o que ocorreu no interior do saco
plástico. Questionamento que pode ser direcionado aos alunos:

10
Obs: É notória a presença de gotículas de água na superfície interna do saco plástico,
decorrente ao fenômeno de transpiração foliar, eliminando vapor pelos estômatos, retido no
invólucro experimental.

11
3. Conclusão

Tendo feito o trabalho, concluiu-se que a amilase salivar é uma enzima especifica do
amido, que tem uma temperatura óptima de funcionamento em temperaturas adequadas e tem
um pH óptimo de funcionamento igual a 7, isto é, neutro.

Concluiu-se também que a amilase fica inactiva com as temperaturas baixas, mas a
medida que se vai aumentando a temperatura ela fica novamente activa. No entanto quando se
aumenta muito a temperatura a enzima fica desnaturada e mesmo que se volte a descer a
temperatura ela permanece desnaturada.

Perante este trabalho e ao conteúdo apresentado nele, pode-se concluir que a


transpiração vegetal corresponde ao processo de dispensação de água na forma de vapor,
cedida ao meio ambiente mediante um sentido unidirecional, ou seja, da ascensão hídrica
desde a região radicular em direção às folhas, e dessas para a atmosfera.

Portanto, o principal órgão encarregado de realizar transpiração nos vegetais é a folha,


cuja morfologia e fisiologia passaram por adaptações evolutivas, provavelmente iniciadas
desde o período Siluriano, certamente devido ao intenso vigor de um tempo seco. Tal
condição resultou certamente em fator de seleção natural, favorecendo aos organismos
vegetais dotados de mecanismos reguladores quanto à absorção, retenção e perda de água,
conquistando o ambiente terrestre, conseqüentemente expressando especializações cada vez
mais aperfeiçoadas.

12
4. Referências bibliográficas
1) GUCCI, R.; MASSAI, R.; XILOYANNIS, C.; FLORE, J.A. (1996). The effect of
drought and vapour pressure déficit on gas exchange of young kiwifruit. Oxford.
2) LARCHER, W. (2006). Ecofisiologia vegetal. São Carlos.
3) LANDSBERG, J.J.; GOWER, S.T. (1997). Applications of physiological ecology to
forest management. San Diego.
4) MARENCO, R.A.; LOPES, N.F. (2005). Fisiologia vegetal: fotossíntese, respiração,
relações hídricas e nutrição mineral. Viçosa.
5) TAIZ LEUNING, R. (2004). Modelling stomatal behavior and photosyntesis of
Eucalyptus grandis. Austria.

13

Você também pode gostar