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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:

Sementes Angiospermicas

Nome de estudante: Marquezinho Filipe Gulamussene

Código: 708203897

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Cadeira: Didática de Biologia
Docente: Silvio Silva
Ano de frequência: 3º Ano

Gurué, Maio de 2022


Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nome de estudante: Marquizinho Filipe Gulamussene

Código: 708203897

Trabalho de Carácter Avaliativo a ser apresentada no


Instituto de Educação a Distância como Exigência
Parcial na cadeira de Didáctica de Biologia da
Universidade Católica de Moçambique

Gurué, Maio de 2022


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problema)
Introdução  Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico 2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e 2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos 2.0
dados
Conclusão  Contributos 2.0
 Teóricos práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Referências  Rigor e coerência
edição em das 4.0
Bibliográficas citações e citações/referêcias
bibliografia bibliográficas
Índice
1. Introdução........................................................................................................................3
1.1.1. Objectivos Geral...................................................................................................3
1.1.1.1. Objectivo específico.........................................................................................3
2. Sementes Angiospermicas....................................................................................................4
3. Mecanismo de sobrevivência da Espécie..............................................................................5
4. Semente com a Propagação da Vida.....................................................................................6
5. Com Alimento......................................................................................................................6
6. Como material de Pesquisas.................................................................................................7
7. Formas de Reprodução.........................................................................................................7
8. Composição química da Semente.........................................................................................8
9. Tamanho da Semente...........................................................................................................8
10. Teor de água nas Sementes...............................................................................................9
12. Conclusão.......................................................................................................................10
13. Referência bibliográfica.................................................................................................11
1. Introdução

O conhecimento da espécie, por meio das características de suas estruturas


morfológicas e anatómicas permite a diferenciação e identificação de sementes, frutos e
plântulas.

Vários autores, tais como Beltrati (1978) e Groth et al. (1983) utilizam
características das sementes com finalidades taxonómicas, visto que são pouco
alteráveis frente às variações ambientais. Segundo estes autores, as características da
semente são úteis para identificação de gêneros e, possivelmente, espécies.

Segundo Bitencourt et al. (2008), os estudos de morfologia envolvendo frutos e


sementes vêm sendo conduzidos há muito tempo. Alguns pesquisadores consideram
Gaertner como sendo o pioneiro, por ter apresentado descrições criteriosas das
estruturas externas e internas de sementes de vários géneros.

Darwin (1979) observou em seus estudos para provar a teoria da selecção


natural, diferenças na forma, coloração e em outros caracteres de frutos e de sementes
de várias espécies. As características morfológicas das plântulas, à semelhança das
sementes, também permitem a identificação de famílias, géneros e até espécies
(OLIVEIRA, 1993), o autor acrescentou ainda que estas características têm sido
bastante empregadas em estudos de inventário, tanto nas regiões temperadas quanto nas
regiões tropicais.

1.1.1. Objectivos Geral


 Desenvolver competências na aquisição de conhecimentos Relacionados
a Sementes Angiospermicas.
1.1.1.1. Objectivo específico
 Conceituar Sementes Angiospermicas;
 Caracterizar Morfologicamente as Sementes Angiospermicas;
 Caracterizar o desenvolvimento das Sementes Angiospermicas

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2. Sementes Angiospermicas

Segundo Tiffuny (1977), afirma que “Pode ser definida como um óvulo maduro
e fecundado, contendo em seu interior uma planta embrionária e substâncias de reserva,
protegidas por um ou dois envoltórios que é o tegumento ou casca” (Figura 1.1).

Fonte: Tiffuny (1977)

Poucas pessoas têm este conhecimento, isto é, a consciência de quão importante


e maravilhosa é uma semente. Em culturas de expressão econômica, a semente é o
material utilizado para a implantação da cultura (multiplicação das plantas) e os grãos
colhidos para a comercialização e/ou consumo.

Logo, as denominações “sementes” e “grãos” são empregados para identificar as


formas de utilização, vez que, botanicamente não há distinção a ser feita. A semente foi
e continua sendo fundamental na vida dos povos.

Além de servir como principal fonte de alimento e substâncias nutritivas, tais


como carboidratos, proteínas e gorduras, ela teve papel predominante no início e na
sustentação da civilização, pois esta começou, quando o homem descobriu a sua função.

Considerada o mais importante insumo agrícola, por conduzir ao campo as


características genéticas determinante do desempenho do cultivar; ao mesmo tempo, é
responsável ou contribui decisivamente para o sucesso do estabelece.

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3. Mecanismo de sobrevivência da Espécie

“As plantas com sementes surgiram provavelmente no período Devoniano (Era


Paleozóica), há 350 milhões de anos e, provavelmente está associado com o
aparecimento de uma extensão da heterosporia (produção de diferentes tipos de esporos
sexuais), devido a pressões ambientais daquela época” (Tiffuny, 1977).

As plantas que se reproduzem sexuada mente têm início e termina o ciclo de


vida com a produção de sementes, sendo responsáveis pela multiplicação de pelo menos
70% das espécies vegetais descritas pelo homem.

Proporção esta que também é mantida quando se considera apenas as culturas de


expressão económica.

Segundo Tiffuny (1977), afirma que “No reino vegetal é responsável pela
disseminação e perpetuação das espécies, especialmente por reunir duas características
que, juntas as tornam impar no Reino Vegetal, que são a capacidade de distribuir a
germinação no tempo pelos mecanismos de dormência, e no espaço pelos mecanismos
de dispersão”.

“O mecanismo de dormência impede que as sementes germinem todas de uma


única vez, evitando assim, a possível destruição de determinada espécie, caso ocorra em
seu habitat alguma calamidade climática após a germinação. Através desse mecanismo a
semente germinará apenas quando as condições climáticas são favoráveis ao seu
desenvolvimento” (Tiffuny, 1977).

Segundo Tiffuny (1977), afirma que:

“Enquanto para os mecanismos de dispersão as sementes podem se


desenvolver em diferentes áreas do planeta, garantindo assim a
expansão dos vegetais sobre a Terra. Essa propriedade aliada à acção
do vento, homem, animais e outros agentes, assegura a continuidade
da vida da espécie por período de tempo prolongado; sendo as
espécies de plantas silvestres, talvez, os principais representantes
dessa alta capacidade de sobrevivência e longevidade”.

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4. Semente com a Propagação da Vida

Segundo Bewley (2013), afirma que “Durante milhares de anos da existência


humana na terra, o homem não conseguia perceber a relação da semente com a nova
planta, provavelmente, por ser a caça a principal fonte de alimento do homem primitivo
e, como os animais são impulsionados pelas variações estacionais, o homem estava
sempre se deslocando em busca de sua principal fonte de alimentação que era a caça o
que o levava a uma vida nômade”.

Em uma determinada época, mais ou menos 10.000 anos atrás, o homem


percebeu a influência mútua “planta-semente-planta”, isto é, a sementes quando
lançadas ao solo e as condições lhe fossem propícias, estas produziriam dezenas e até
centenas de vezes a planta que lhe deu origem.

“Este fato provocou uma profunda mudança no comportamento de


vida destes povos, passando-os de nômades a sedentários. Com o início da
agricultura, a humanidade reduziu o seu comportamento nômade e passou a
constituir sociedades produtivas. Desde então, o intercâmbio de sementes
assumiu papel fundamental na estruturação da vida, especialmente com a
domesticação das plantas iniciada aos 5000- 7000 a.C., como o arroz, o feijão e

a abóbora (Bewley, 2013).

5. Com Alimento

Segundo Bewley (2013, p. 56), afirma que “:As sementes em seu tecido de
reserva possuem três substâncias importantes, que são os carboidratos, lipídios e
proteínas, encontradas em quantidades variáveis, conforme a espécie. Normalmente
uma das três substâncias predomina sobre as outras duas, classificando as sementes,
conforme a predominância, em amiláceas, oleaginosas e proteicas”.

“Em que, no reino vegetal há predominância das duas primeiras (amiláceas e


oleaginosas). O amido é a substância de mais fácil obtenção para a elaboração de
diversos tipos de alimentos. Tanto isso é verdade que as gramíneas, ricas em
carboidratos, constituíram-se na base de todas as civilizações do mundo” (Bewley,
2013)

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O trigo provavelmente seja a espécie mais antiga cultivada pelo homem,
servindo de sustento das civilizações da Mesopotâmia e do Nilo.

Segundo Bewley (2013, p. 56), diz que “Além de seu valor como alimento, seja
directamente ou indirectamente pela industrialização, a semente é também fonte de
outros produtos que servem ao homem, destacando-se os vestuários e produtos
medicinais. Ademais, de ser uma importante fonte alimentar, na forma de rações, para
os animais, destaca-se também no uso de cosméticos e de combustíveis”.

6. Como material de Pesquisas

Bewley (2013, p. 60), afirma que “As sementes apresentam diversas formas,
tamanhos e cores. Em geral são de tamanho pequeno o que permite guardar um grande
número, em recipientes relativamente pequenos. O formato tendendo para o
arredondado permitindo facilmente manipular, com as mãos ou com pinças”.

Segundo Carvalho (2000), afirma que “Também, a maioria das espécies de


sementes podem ser desidratadas e conservadas por muito tempo. Todas essas
características deixam que as sementes possam ser utilizadas de maneira mais fácil
como fonte de pesquisa, permitindo a realização de trabalhos no momento mais
adequado e, também, repeti-lo um grande número de vezes”.

Os pesquisadores sabem a comodidade que isto traz, pois é frequente não se


poder realizar um estudo para quando programado, e a semente, desde que bem
conservada permite que o trabalho seja realizado no momento mais adequado.

“Mesmo sendo a semente de organização morfológica muito simples, a


organização fisiológica e bioquímica é complexa permitindo qualquer tipo de estudo na
área de Biologia Vegetal” (Caravalho, 2000).

7. Formas de Reprodução

Segundo Carvlalho (2000), afirma que “Os métodos de melhoramento,


desenvolvidos pelo homem, dependem fundamentalmente dos sistemas de produção das
plantas, pelo que os mesmos devem ser realizados antes de qualquer programa de
melhoramento”. A reprodução das plantas cultivadas pode ser:

 Sexuada ou por semente;


 Assexuada, por apomixia ou por meio de partes vegetativas.

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8. Composição química da Semente

Segundo Marcos (2005), afirma que “A composição química das sementes


apresenta a mesma variação qualitativa de componentes encontrada em outros órgãos da
planta; inclui substâncias classificadas como componentes estruturais, materiais
armazenados e produtos secundários”.

Observam-se, porém, variações quantitativas acentuadas em relação aos


principais constituintes das plantas; por exemplo, as sementes possuem teores mais
elevados de proteínas e de lipídios.

As sementes de gramíneas são particularmente ricas de carboidratos, enquanto as


fabáceas (leguminosas) exibem variações nos teores de óleo e de carboidratos, mas
geralmente apresentam teores elevados de pró teínas.

A importância do conhecimento da composição química das sementes visando a


sua utilização como fontes de alimentos para homens e animais ou matérias-primas de
ampla aplicação industrial sob o ponto de vista fisiológico: as reservas acumuladas são
responsáveis pelo fornecimento de nutrientes e energia necessários para a plena
manifestação das funções vitais das sementes.

9. Tamanho da Semente

Após a fertilização, o tamanho da semente aumenta rapidamente, atingindo o


máximo em curto período de tempo em relação à duração total do período de
maturação. Este rápido crescimento é devido à multiplicação e ao desenvolvimento das
células do embrião e do tecido de reserva. Após atingir o máximo, o tamanho vai
diminuindo devido à perda de água pelas sementes e esta redução é variável com a
espécie; em soja (Figura 2.2), por exemplo, é acentuada, enquanto em milho é bem
pequena

Fonte: Fonte: Guimarães & Barbosa (2007)

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10. Teor de água nas Sementes

A semente, logo após ter sido formada, tem, normalmente, um alto teor de água,
oscilando entre 70 e 80%. Poucos dias depois, observa-se uma pequena elevação em seu
teor de água, para, em seguida, começar uma fase de lento decréscimo, a qual tem
duração variável com a espécie, condições climáticas e estádio de desenvolvimento da
planta, posteriormente seguida de uma fase de rápida desidratação, na maioria das vezes
influenciada pelas condições climáticas.

Guimarães & Barbosa (2007), realizaram um trabalho objetivando identificar a


época adequada para a colheita de sementes de Machaerium brasiliense, principalmente
com base no teor de água e na coloração dos frutos, como subsídio à sua utilização em
programas de recuperação de áreas degradadas a partir da garantia da qualidade das
sementes e mudas utilizadas. Os resultados obtidos encontram-se na Figura 2.3.

Fonte: Guimarães & Barbosa (2007)

11. Germinação das sementes

“Esta característica é de difícil avaliação, uma vez que o fenómeno da dormência


pode interferir acentuadamente nos resultados do teste de germinação, que é a única
maneira de avaliá-la. O processo germinativo se inicia com a absorção de água por
embebição, porém, há necessidade de que a semente alcance um nível de hidratação que
permita a reactivação dos seus processos metabólicos para o estabelecimento das
plântulas” (Guedes etal., 2011).

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12. Conclusão

Conclui-se que Poucas pessoas têm este conhecimento, isto é, a consciência de


quão importante e maravilhosa é uma semente. Em culturas de expressão econômica, a
semente é o material utilizado para a implantação da cultura (multiplicação das plantas)
e os grãos colhidos para a comercialização e/ou consumo.

Logo, as denominações “sementes” e “grãos” são empregados para identificar as


formas de utilização, vez que, botanicamente não há distinção a ser feita. A semente foi
e continua sendo fundamental na vida dos povos.

Além de servir como principal fonte de alimento e substâncias nutritivas, tais


como carboidratos, proteínas e gorduras, ela teve papel predominante no início e na
sustentação da civilização, pois esta começou, quando o homem descobriu a sua função.

Considerada o mais importante insumo agrícola, por conduzir ao campo as


características genéticas determinante do desempenho do cultivar; ao mesmo tempo, é
responsável ou contribui decisivamente para o sucesso do estabelece

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13. Referência bibliográfica
1. Carvalho, N. M. (2000). Sementes: ciência, tecnologia e produção. São
Paulo
2. Guedes, R. S. (2011). Estresse salino e temperaturas na germinação e
vigor de sementes de Chorisiaglaziovii. São Paulo
3. Guimarães, D. (2007). Coloração dos Frutos como Índice de Maturação
para Sementes de Machaerium brasiliense Vogel (Leguminosae
Fabaceae). Porto Alegre
4. Marcos, F J. (2005). Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. São
Paulo

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