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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Filogenia Vegetal no Domínio Eucariótico

Rosalina António Nhantumbo


Nhantumbo: Cód. 708212429

Curo: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Botânica Sistemática
Ano de Frequência:
Frequên II° Ano

Tutor:
Moisés Lucas Chicuane

Maputo, Novembro de 2022.


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
3.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área de
estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Recomendações de melhoria:
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Índice

1. Introdução ........................................................................................................................... 5
1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 5
1.1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................. 5
1.1.2. Objectivos Específicos .................................................................................................. 5
1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 5
2. Filogenia Vegetal no Domínio Eucariótico ........................................................................ 6
2.1. Contextualização .............................................................................................................. 6
2.1.1. A Sistemática Vegetal ................................................................................................... 6
2.2. Grupos da filogenia vegetal no domínio eucariótico ....................................................... 7
2.3. Cladograma dos grupos vegetais no domínio eucariótico. ............................................ 11
3. Conclusão.......................................................................................................................... 12
4. Referências Bibliográficas ................................................................................................ 13
1. Introdução

A Botânica é a área da biologia que estuda o Reino Plantae, onde estão incluídos todos
os vegetais. Nesse grupo encontramos seres autotróficos, eucariontes e multicelulares, ou
seja, seres que produzem seu próprio alimento, apresentam células com núcleo delimitado
pela carioteca e possuem mais de uma célula.

O Reino Plantae é extremamente variado, com espécies simples que não apresentam
folhas, caule e raízes verdadeiras até espécies com frutos carnosos e flores deslumbrantes.
Didacticamente, as plantas são divididas em quatro grupos principais, tomando como base
características como a presença ou ausência de vasos condutores, sementes, flores e frutos.
Esses grupos são as briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral

 Apresentar a Filogenia vegetal no domínio eucariótico

1.1.2. Objectivos Específicos

 Identificar os grupos da filogenia vegetal no domínio eucariótico;


 Descrever os grupos da filogenia vegetal no domínio eucariótico;
 Explicar as novidades evolutivas dos grupos na filogenia vegetal no domínio
eucariótico;
 Esboçar um cladograma dos grupos vegetais no domínio eucariótico.
1.2. Metodologia

Para a elaboração da presente pesquisa, foi possível pelo uso do método de pesquisas
bibliográficas. Que segundo Lakatos e Marconi (1987, p. 66) a pesquisa bibliográfica trata-se
do levantamento, selecção e documentação de toda bibliografia já publicada sobre o assunto
que está sendo pesquisado, em livros, revistas, jornais, boletins, monografias, teses,
dissertações, material cartográfico, com o objectivo de colocar o pesquisador em contacto
directo com todo material já escrito sobre o mesmo.

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2. Filogenia Vegetal no Domínio Eucariótico

2.1. Contextualização

A sistemática vegetal engloba a taxonomia, disciplina onde os grupos de organismos


são descritos. As espécies são designadas e recebem nomes científicos. O Código
Internacional de Nomenclatura Botânica (ICBN) rege as regras que determina o uso de nomes
científicos. Os seres vivos começaram a ser nomeados no início do século XVIII pelo
naturalista sueco Carl Von Linnaeus. Sua meta era nomear e descrever todos os tipos
conhecidos de plantas, animais e minerais. Linnaeus publicou o livro Species Plantarum em
1753 apresentando o sistema de nomenclatura binomial. A partir desta publicação os nomes
científicos são compostos, até hoje, por duas palavras latinizadas formadas pelo género e
o epíteto específico. Esta publicação o tornou um pioneiro pela criação desse sistema.

A classificação é baseada em uma hierarquia, logicamente organizada


e consiste em localizar uma entidade dentro desse sistema.
A identificação determina se uma planta não conhecida pertence a um grupo
de plantas já identificado. A maneira mais comum de identificar plantas é
enviando uma amostra do material colectado a um especialista botânico ou
para um parabotânico bem treinado que conheça a flora regional onde o
espécime foi colectado. Consultas em herbários, na literatura especializada
encontrada em museus, bibliotecas, livros e sites na web também são
recomendados. (Raven, Eichhorn & Evert, 2014).
A sistemática vegetal foi baseada desde o seu fundamento em morfologia e anatomias
comparadas. Com o advento da sistemática molecular, a sistemática vegetal está sendo
transformada pela utilização de técnicas moleculares, onde o gene é utilizado para comparar
organismos em seu nível mais básico. Essas técnicas são determinadas por sequencialmente
genético.

A sistemática vegetal se mostra uma área do conhecimento


importante, pois é através dela que podemos conhecer melhor
a biota existente, prever modos de utilização e conservação do potencial
florístico, auxiliar na busca por plantas de interesse económico além de
relacionar outras áreas das ciências biológicas como a biologia da
conservação, biodiversidade, etnobotânica, ecologia e evolução. (Raven,
Eichhorn & Evert, 2014).

2.1.1. A Sistemática Vegetal

Conforme Raven, Eichhorn & Evert, (2014).

A classificação e a identificação são duas importantes actividades dos


sistemas. A classificação consiste em localizar uma entidade em um sistema
de inter-relações logicamente organizado. Este sistema é geralmente
hierárquico, compondose de grupos grandes e inclusivos de organismos, tais
como o reino vegetal, que inclui todas as plantas verdes, que por sua vez
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contêm grupos menos abrangentes sucessivamente inseridos, tais como
ordens, famílias, géneros e espécies. Os maiores e mais inclusivos grupos de
seres vivos são os três grandes domínios da vida: Bactéria, Archaea (ambos
contendo organismos unicelulares e procariontes) e Eukarya (organismos uni
ou multicelulares, mas todos eucariontes). O domínio Eukarya é definido por
muitas sinapomorfias, incluindo a presença de um núcleo celular.

Dentro de Eukarya, encontramos muitos organismos predominantemente unicelulares,


em geral incluídos nos protistas, e três reinos monofiléticos de organismos multicelulares:
animais, fungos e plantas verdes. Estudos filogenéticos abrangem grupos desde o nível de
domínio até o de espécie.

De acordo com Raven, Eichhorn & Evert, (2014).

A sistemática abrange a disciplina da taxonomia, palavra ligada ao


termo táxon. Em taxonomia, grupos de organismos são descritos e nomes
científicos lhes são designados. O nome de um táxon nos dá acesso à
informação disponível sobre ele. Por isso, é importante que todos os grupos de
plantas tenham um nome que sirva de referencial. Isto é especialmente
importante no nível de espécie, uma hierarquia taxonómica de especial
importância e utilidade para a humanidade. A aplicação de nomes científicos é
a finalidade da nomenclatura biológica.

2.2. Grupos da filogenia vegetal no domínio eucariótico

As plantas são divididas em briófitas (as mais simples, sem vasos condutores de seiva),
pteridófitas (já têm vasos condutores de seiva, mas não têm flor nem semente), gimnospermas (que
têm sementes não revestidas, como o pinhão, do pinheiro do Paraná), e as angiospermas (plantas
com sementes revestidas em frutos e que têm flores coloridas e perfumadas para fazer a
polinização e produzir os frutos).

De acordo com (Judd, Campbell, Kellogg, Stevens & Donoghue, 2009).


As briófitas denominam o grupo de plantas mais simples. Elas são
pequenas, avasculares e não possuem caule, folhas, nem raízes. Gostam de
viver preferencialmente em locais húmidos e necessitam de água para
reprodução. Como principais representantes desse grupo, podemos citar os
musgos e hepáticas.
As briófitas são plantas de pequeno porte que não apresentam tecidos de sustentação nem um
sistema com vasos condutores, sendo denominadas de avasculares. Elas podem ser
classificadas em três grupos, representados pelos filos Bryophyta (musgos), Hepatophyta
(hepáticas) e Anthocerophyta (antóceros).

Musgos: esse grupo é representado pelos indivíduos do filo Bryophytae e tem a classe
Bryidae como a mais abundante, com cerca de 10.000 espécies. São as briófitas mais
conhecidas por serem facilmente encontradas formando uma espécie de tapete sobre muros e

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paredes húmidas. Esse tapete é constituído pelo gametófito (estrutura produtora de gâmetas)
dos musgos, que, assim como os das hepáticas folhosas, apresenta estruturas semelhantes
a caules e folhas. No entanto, essas estruturas não são
consideradas caules e folhas verdadeiras, pois ocorrem em geração gametofítica e não
apresentam vasos condutores.

Os gametófitos podem alcançar até 2 m de altura, embora, na maioria das espécies,


não passem de 15 cm. Os esporófitos (estrutura produtora de esporos) crescem sobre os
gametófitos e possuem cerca de 20 cm de altura.

Hepáticas: esse grupo é representado pelos indivíduos do filo Hepatophyta e possui


cerca de 5.200 espécies. O nome desse grupo originou-se pelo fato de
os gametófitos apresentarem a forma de um fígado. As hepáticas podem ser classificadas
em talosas ou folhosas de acordo com o formato de seus gametófitos.

 Talosas: os gametófitos são achatados e ramificados, assim como os dos antóceros;

 Folhosas: os gametófitos são diferenciados em estruturas semelhantes a caules e


folhas, assim como os dos musgos.

Os esporófitos das hepáticas são bem menores e apresentam uma menor duração do
que os dos musgos e antóceros.

Antóceros: esse grupo é representado por indivíduos do filo Anthocerophyta e possui


mais de 300 espécies. Os gametófitos são pequenos, apresentam cerca de 2 cm de diâmetro e
crescem horizontalmente sobre o solo. Os esporófitos, alongados e semelhantes às folhas de
gramíneas, são cobertos por uma cutícula protectora, crescem sobre os gametófitos e podem
chegar a 5 cm de altura.

As pteridófitas, diferentemente das briófitas, são plantas que possuem vasos


condutores de seiva, bem como folhas, caule e raiz. Essas plantas também estabelecem forte
dependência com a água no que diz respeito à reprodução. Como representantes, podemos
citar as samambaias e avencas.

As pteridófitas são um grupo de plantas que apresentam vasos


condutores e não possuem sementes. Nesses vegetais, portanto, já é possível
observar a presença de xilema e floema, duas estruturas responsáveis pelo
transporte de substâncias no interior da planta. Graças a essa característica, as
pteridófitas possuem um porte superior ao das briófitas. (Judd, Campbell,
Kellogg, Stevens & Donoghue, 2009).

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As pteridófitas possuem tecidos especializados, apresentando sistema dérmico,
vascular e o fundamental. Diferentemente das briófitas, as pteridófitas apresentam estruturas
como raízes, caules e folhas.

As raízes são responsáveis pela absorção de água e sais minerais, além


de promoverem a fixação da planta ao substrato. O caule é o órgão vegetal
responsável pela sustentação das folhas e, nesse grupo de plantas, pode crescer
no sentido oposto ao da raiz ou então paralelo à superfície do solo. As folhas,
por sua vez, estão relacionadas principalmente com a fotossíntese. (Judd,
Campbell, Kellogg, Stevens & Donoghue, 2009).
A reprodução nas pteridófitas pode ser tanto assexuada como sexuada. No primeiro
caso, ela acontece normalmente por brotamento. Na reprodução sexuada, por sua vez, é
possível observar alternância de gerações, com um esporófito diploide (2n) dominante e um
gametófito haploide (n). Assim como as briófitas, as pteridófitas necessitam da água para que
ocorra a reprodução.

Todas as plantas vasculares são orgânicas, isto é, todas possuem


oosferas imóveis e anterozoides que devem ser levados até ela. Existem
espécies de pteridófitas que são homosporadas e aquelas que
são heterosporadas. A grande maioria das espécies é homosporada, ou seja,
produz apenas um tipo de esporo que pode originar um gametófito bissexuado.
Já as heterosporadas produzem micrósporos e megásporos que são
responsáveis por dar origem, respectivamente, aos gametófitos masculinos e
femininos. (Judd, Campbell, Kellogg, Stevens & Donoghue, 2009).
As gimnospermas são plantas mais complexas, quando comparadas às briófitas e
pteridófitas, e surgiram com uma importante novidade evolutiva: as sementes. Estas são
extremamente importantes porque garantem a protecção do embrião e fornecem-lhe alimento.
Nesse grupo de plantas, a característica mais marcante é a semente nua, ou seja, a semente
sem estar envolvida por um fruto. Como exemplo de gimnospermas, podemos citar os
pinheiros e araucárias.

Por fim, temos o grupo mais diversificado e dominante de plantas: as angiospermas.


Essas plantas apresentam flores e frutos que actuam, respectivamente, atraindo polinizadores
e dispersores. Sem dúvidas, essa característica favoreceu a grande quantidade de espécies
desse grupo. Como exemplo, podemos citar as roseiras, os coqueiros e os cactos.

Além de estudar mais profundamente esses quatro grupos de planta, daremos ênfase
também à ecologia, à anatomia e a fisiologia vegetal. Sendo assim, nesta secção vocês
encontrarão uma ampla variedade de temas que suprirão todas as dúvidas a respeito das
plantas.

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De acordo com Judd, Campbell, Kellogg, Stevens & Donoghue, (2009).

Uma das características mais marcantes desse grupo de plantas é


ausência de uma protecção da semente, ou seja, elas não possuem um fruto
envolvendo essa estrutura. Em virtude dessa peculiaridade, o grupo recebeu o
nome de gimnospermas, que significa “sementes nuas”. As sementes, sem
dúvidas, foram muito importantes para garantir a dominância desse grupo de
plantas e das angiospermas na flora actual, pois, além de proteger o embrião,
fornecem alimento a ele.
Diferentemente das briófitas e pteridófitas, as gimnospermas não necessitam de água
para que ocorra a reprodução. Essas plantas possuem o grão de pólen (gametófito masculino
parcialmente desenvolvido), que é responsável por levar o gametófito masculino até o
feminino utilizando o vento como dispersor.

Ao chegar ao óvulo, o grão de pólen germina e produz uma expansão


tubular chamada de tubo polínico. Esse tubo é responsável por levar os
gâmetas masculinos até os arquegônios. Nas espécies de coníferas e
gnetófitas, os gâmetas masculinos são imóveis, diferentemente das espécies de
cicadófitas e Ginkgo, em que há anterozoides multiflagelados. Nesse último
caso, o tubo polínico não penetra no arquegônio, rompendo-se próximo a esse
local e permitindo que os gametas masculinos nadem até fecundarem a
oosfera. (Judd, Campbell, Kellogg, Stevens & Donoghue, 2009).

Normalmente o gametófito feminino produz vários arquegônios, consequentemente,


mais de uma oosfera pode ser fecundada e vários embriões podem começar a desenvolver-se,
um processo chamado de poliembrionia. Apesar de esse evento acontecer frequentemente, na
maioria das vezes, apenas um desses embriões sobrevive.

É importante salientar que a reprodução é muito lenta em gimnospermas, até um ano pode se
passar desde o momento da polinização até o instante em que ocorre a fecundação. Em
algumas espécies, após esse processo, pode demorar até três anos para que a maturação das
sementes aconteça.

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2.3. Cladograma
ladograma dos grupos vegetais no domínio eucariótico.

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3. Conclusão

Findado o presente trabalho, pude compreender de que, Filogenia é a história evolutiva


de uma espécie ou de um grupo de espécies. Essa história é inferida por meio da análise de
características moleculares e morfológicas e nos permite compreender de maneira mais clara
as relações evolutivas estabelecidas entre diferentes espécies.

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4. Referências Bibliográficas

Judd, W. S., Campbell, C. S., Kellogg, E. A., Stevens, P. F., Donoghue, M. J. (2009).
Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3ª ed. Artmed, Porto Alegre. 612p.

Marconi, M. de A., Lakatos, E. M. (2009). Fundamentos de Metodologia Científica, 6ª edição.


São Paulo, Editora Atlas S.A.

Raven, P. H.; Eichhorn, S. E.; Evert, R. F. (2014). Biologia Vegetal. 8ª ed. Guanabara
Koogan. Rio de Janeiro.

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