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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Anatomia Vegetal-Classificação dos Tecidos

Estudante: Iuni António Ussene


Código: 708232347

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Disciplina: Botânica Geral
Ano de Frequência: 1º
Docente: Emilia Chico Almeida Zua

Nampula, Maio, 2023


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontua Nota
ção do Subtotal
máxim
a tutor

 Índice 0.5

Estrutura  Introdução 0.5


Aspectos  Discussão 0.5
organizaciona
is  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico (expressão
Conteúdo 3.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas

Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchido pelo tutor
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3

Objectivos ................................................................................................................................... 3

Objectivo Geral ....................................................................................................................... 3

Objectivos Específicos ............................................................................................................ 3

Metodologias .............................................................................................................................. 3

Tecidos Vegetais......................................................................................................................... 4

Tecido Meristemático ............................................................................................................. 5

Meristema Primário ................................................................................................................ 5

Meristema Secundário ............................................................................................................ 5

Tecidos de Revestimento ........................................................................................................ 6

Epiderme ............................................................................................................................. 6

Periderme ............................................................................................................................ 6

Tecidos de Preenchimento ...................................................................................................... 7

Tecidos de Sustentação ........................................................................................................... 7

Colênquima ......................................................................................................................... 8

Esclerênquima ..................................................................................................................... 8

Tecidos de Condução .............................................................................................................. 8

Xilema ................................................................................................................................. 9

Floema ................................................................................................................................. 9

Conclusão ................................................................................................................................. 10

Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 11


Introdução

Neste presente trabalho irei falar sobre Tecidos Vegetais. A anatomia vegetal é o ramo da
botânica que se ocupa em estudar a estrutura interna das plantas e que sua história confunde-se
com a descoberta da célula. Quando Robert Hooke descobriu a célula em 1663, ele utilizou um
pedaço de cortiça, que na verdade são células vegetais mortas que fazem parte da periderme
dos caules e raízes em crescimento secundário. Portanto, a anatomia vegetal nasceu juntamente
com os primeiros estudos da estrutura celular. Podemos estudar a anatomia dos órgãos
vegetativos (raiz, caule e folha) e dos órgãos reprodutivos (flor, fruto e semente).

Objectivos

Objectivo Geral

 Caracterizar os tecidos vegetais

Objectivos Específicos

 Classificar o meristema quanto a origem e localização.


 Mencionar e Descrever os tecidos Básico (Parênquima), Tecidos Dérmicos
(Revestimento), Tecidos de Suporte e Tecidos de transporte
 Descrever as funções do parênquima, colênquima e esclerênquima;

Metodologias

A metodologia utilizada na pesquisa foi uma abordagem teórica metodológica, onde a mesma
foi pautada em uma pesquisa qualitativa, com carácter bibliográfico, assim, diversos autores
puderam prestar suas contribuições para esse trabalho

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Tecidos Vegetais

Entende-se por tecido todo o conjunto de células semelhantes que quando agrupadas
desempenham a mesma função, e Histologia é o ramo da biologia que estuda os tecidos
reunindo suas características, organização e funções.

Um vegetal é um organismo capaz de desempenhar diversas funções, além da fotossíntese,


portanto, um conjunto de tecidos que formam órgãos especializados é fundamental para o
desenvolvimento da planta.

A necessidade de especialização das células em funções específicas como realizar a


fotossíntese, proteger o organismo, sintetizar substâncias para o metabolismo celular, entre
outras, faz com que as células precisem aperfeiçoar essas funções. O processo de
aperfeiçoamento celular é chamado de diferenciação celular e ocorre a partir das células
embrionárias que, por sua vez, geram células especializadas. Essas células especializadas
podem se agrupar formando os tecidos.

Os tecidos podem ser divididos com base na sua actuação no crescimento vegetal:

 Tecido Primário: Relacionado ao crescimento em altura (longitudinal) do vegetal;


 Tecido Secundário: Relacionado ao crescimento em espessura ou diâmetro do vegetal.

Podem também ser classificados quanto a composição celular:

 Tecido Meristemático ou de formação: Constituído por células embrionárias e


indiferenciadas que darão origem a todos os tecidos especializados;
 Tecido Adulto ou permanente: Tecidos especializados compostos por células com
função específicas.

Quanto à função, os tecidos podem, ainda, ser classificados em:

 Tecidos embrionários: Através da diferenciação celular geram novos tecidos


especializados;
 Tecidos de Revestimento: Protege e reveste o organismo;
 Tecidos de Preenchimento: Preenchem os espaços entre os tecidos;
 Tecidos de Sustentação: Possuem função estrutural e auxiliam na sustentação do
organismo;
 Tecidos de Condução: Tecidos que transportam substâncias.

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Tecido Meristemático

Também chamados apenas por Meristemas, estão relacionados ao processo de crescimento


vegetal. As células desse tecido são indiferenciadas, isto é, não possuem especialização e são
também chamadas de células embrionárias, sendo dotadas de grande capacidade de realizar
divisão celular (por mitose).

As células meristemáticas possuem parede celular bem fina, com citoplasma contendo vacúolos
e núcleo volumoso. Os meristemas estão relacionados ao crescimento e desenvolvimento do
vegetal em altura (meristema primário) e espessura (meristema secundário).

Meristema Primário

Localizado nas extremidades do caule e da raiz, podendo também ser chamado de meristema
apical. O local contendo as células meristemáticas primárias são as gemas apicais do vegetal.
A partir da diferenciação das células meristemáticas da gema apical, podem ser gerados até três
tecidos:

Meristema Fundamental: Irá originar os tecidos de preenchimento e armazenamento


(parênquimas) e os tecidos de sustentação (esclerênquima e colênquima);

Procâmbio: Irá originar os tecidos condutores (xilema e floema) e seus anexos como o Câmbio
Fascicular;

Protoderme: Primeiro tecido de revestimento que surge no vegetal. Vai possuir a função de
revestimento e a partir dele surge a epiderme.

Meristema Secundário

Algumas células já diferenciadas podem voltar à sua conformação de célula meristemática e


elevar sua taxa de divisão celular, que irá contribuir para aumentar a espessura do vegetal. Essas
células compõem o meristema secundário.

O meristema secundário está localizado ao redor do cilindro central do caule e da raiz, e também
forma tecidos secundários específicos:

 Felogénio: Gerado a partir das células do meristema fundamental, pode formar o súber
e o feloderma;
 Câmbio interfascicular: Também gerado a partir do meristema fundamental
diferenciado em célula parenquimática, irá formar o xilema e floema secundários.

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Tecidos de Revestimento

Os tecidos de revestimento possuem a função de proteger e revestir as estruturas vegetais (caule,


folhas e raiz), e podem ser divididos em epiderme e periderme que juntos compõem o sistema
dérmico do vegetal.

Epiderme

Possui células justapostas, com espessa parede celular e que são clorofiladas nas folhas e em
caules jovens (caules adultos e raízes possuem pouca quantidade de cloroplastos), geralmente
formando uma camada única de células e ocupando a parte mais externa do vegetal, sendo
popularmente conhecida como casca do tronco ou casca da árvore.

A Epiderme pode possuir alguns anexos em sua estrutura que auxilia na sua função principal
de protecção do vegetal:

 Acúleos: Estruturas pontiagudas que se assemelham a espinhos e auxiliam na protecção


do vegetal;
 Cutícula: Camada impermeabilizante que auxilia na retenção de líquido pelo vegetal
evitando a perda excessiva de água;
 Estómatos: Células semelhantes a grãos de feijão, encontrada aos pares, ricas em
cloroplastos, presentes nas folhas e que possuem a função de realizar as trocas gasosas
entre o vegetal, através das folhas, e o meio externo;
 Tricomas: Auxilia na protecção do vegetal, também podem auxiliar nas trocas gasosas
e na absorção de água pelo vegetal, sendo chamados, nesse caso, de pêlos absorventes.

Periderme

Tecido de revestimento relacionado ao crescimento secundário do vegetal, localizado então no


interior do organismo na região do felogénio. Pode ser dividido em:

Feloderma: Células do felogénio que se proliferaram para a região mais externa do vegetal,
contribuindo assim para o aumento da espessura;

Súber: Células do felogénio que se proliferaram para a camada mais interna do vegetal.
Geralmente acumulam uma substância impermeabilizante chamada Suberina, que permanece
estruturalmente mesmo após a morte das células do tecido, formando assim o produto
popularmente conhecido como cortiça. É também no Súber que se formam pequenos orifícios

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chamados Lenticelas que irão auxiliar na aeração e nas trocas gasosas entre as células mais
internas do vegetal e o meio externo.

Tecidos de Preenchimento

Os tecidos de preenchimentos são constituídos de Parênquimas, tecidos que tem como função
principal preencher os espaços internos vazios do vegetal. A partir dessa função principal, os
parênquimas podem desempenhar funções secundárias.

Os parênquimas são formados por células espaçadas com parede celular fina que permite a
absorção de substâncias. Podem ser divididos em grupos de acordo com a função secundária
que apresentam:

 Parênquima Clorofiliano: Parênquima abundante nas folhas dos vegetais com elevada
taxa de cloroplastos. Sua função é preencher as camadas internas da folha, dispersar
gases e ainda realizar a fotossíntese. Pode ser dividido em:
 Parênquima paliçádico: células mais alongadas e com pouco espaço entre elas;
 Parênquima lacunoso: células arredondadas e mais espaçadas.
 Parênquima de Reserva: Possui função de armazenar substâncias como lipídios,
proteínas, carboidratos e etc... Nesses parênquimas há a presença maior de leucoplastos
(plastos que possuem função de reserva e armazenamento) que cloroplastos e de acordo
com a substância armazenada, cada parênquima pode levar um nome específico.
 Parênquima Amilífero: Armazena Amido. Presente nos tubérculos como nas batatas,
por exemplo;
 Parênquima Aquífero: Armazena água. Presente geralmente em plantas que sobrevivem
em ambientes secos como os cactos presentes no cerrado e deserto;
 Parênquima Aerífero: Armazena ar. É encontrado nas plantas aquáticas como na
Vitória-Régia, e também auxilia na flutuação desses organismos.

Tecidos de Sustentação

São originários do meristema fundamental e são encontrados em diversas estruturas vegetais


como caule, raiz, folhas e frutos. Podem revestir algumas estruturas internas do vegetal e tem
função estrutural, garantindo a sustentação do organismo.

Os tecidos de sustentação podem ser divididos em: Colênquima e Esclerênquima.

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Colênquima

Geralmente encontrados no caule, folhas e frutos. Está localizado abaixo da epiderme,


geralmente no parênquima e, além da função de resistência, também auxilia na fixação de
componentes constituindo os pecíolos que ligam as folhas ao caule, garantindo maleabilidade
na estrutura ligante.

As células colenquimáticas apresentam espessa parede celular constituída de celulose e pectina,


que auxilia na absorção de água deixando o tecido mais flexível. O colênquima é encontrado
em plantas jovens principalmente as que possuem crescimento acelerado.

O colênquima pode ainda se dividir como as células meristemáticas, participando dos processos
de regeneração e cicatrização de estruturas vegetais.

Esclerênquima

Constituído por células mortas com espessa camada de parede celular composta de Lignina
(composto impermeabilizante), o que o torna muito resistente. É encontrado principalmente no
caule vegetal, mas pode compor a raiz e as folhas também. Geralmente é encontrado disposto
em feixes revestindo o sistema vascular do vegetal.

É constituído por duas estruturas:

 Fibras esclerenquimáticas: Feixes longitudinais presentes em estruturas mais velhas


promovendo sustentação do vegetal;
 Esclereídes: Células ramificadas encontradas geralmente no parênquima vegetal,
possuindo, assim como as fibras, função de garantir resistência ao organismo.

Tecidos de Condução

São responsáveis por desenvolver estruturas que garantam o transporte e distribuição de


substâncias pelo vegetal, estando presente tanto nos tecidos primários quanto nos tecidos
secundários.

Podem ser divididos em vasos chamados "vasos condutores de seiva" que transportam seiva
(bruta ou elaborada) pela planta. Esses vasos podem ser conhecidos como Xilema e Floema e
juntos compõem o Sistema Vascular do vegetal e é semelhante ao sistema vascular e
circulatório dos animais.

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Xilema

Localizado na região mais interna do vegetal, o xilema é composto por vasos condutores de
seiva inorgânica, chamada também de seiva bruta, constituída por água e sais minerais que são
absorvidos pela raiz. As células do xilema são, assim como as células do esclerênquima, células
mortas devido a elevada concentração de lignina nas paredes celulares.

Esse transporte de água e sais minerais ocorre, portanto, de forma ascendente, da raiz para as
folhas, onde formam junto com o floema as nervuras presentes nesses órgãos.

O xilema é constituído por:

 Traqueídes: Encontradas em todos os tipos de plantas vasculares. São células finas


agrupadas em feixes, formando poros entre as células permitindo a passagem da seiva
inorgânica;
 Elementos de Vaso: Estruturas especializadas encontradas principalmente em
Angiospermas que formam longos feixes que possuem a capacidade de transporte de
seiva mais eficaz, formando estruturas grandes chamadas de vasos lenhosos.

Floema

Encontrado, assim como o Xilema, em praticamente todos os órgãos do vegetal. É responsável


pelo transporte de seiva orgânica, também chamada de seiva elaborada, constituída por
moléculas orgânicas, produzidas nos processos fotossintéticos da planta.

Essas substâncias orgânicas, geralmente carboidratos, são produzidas nas folhas e nas regiões
clorofiladas e, através do Floema, distribuídas para as demais regiões do vegetal, formando um
transporte descendente, ou seja, das folhas para a raiz e demais estruturas.

Ao contrário do Xilema, o Floema é composto por células vivas e pode ser dividido em:

Células crivadas: Células alongadas e primitivas que são encontradas em pteridófitas e


Gimnospermas, com capacidade limitada de transporte de seiva;

Tubos crivados: Estruturas especializadas no transporte de seiva orgânica e são encontradas nas
Angiospermas. As células que constituem esses tubos são células anucleadas (sem núcleo) que
são associadas a células parenquimáticas chamadas “células companheiras” que garantem a
manutenção dos elementos do tubo crivado.

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Conclusão

O agrupamento de células vegetais similares destinadas ao exercício de uma função


determinada é chamado de tecido vegetal. O ramo da biologia que estuda tais tecidos e suas
funções é a Histologia vegetal. Os tecidos vegetais podem ser divididos em dois grandes grupos:
tecidos meristemáticos e tecidos adultos. Os meristemas são tecidos constituídos por células
indiferenciadas e com grande capacidade de divisão celular (por mitose). Essas células são
pequenas, apresentam parede celular delgada, núcleo volumoso e central e encontram-se
justapostas. São, ainda subdivididos em meristemáticos primários e meristemáticos
secundários.

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Referências Bibliográficas

APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B.; CARMELO-GUERREIRO, S. M. 2006. Anatomia Vegetal.


2 ed. Viçosa: Editora UFV.

MANSILLA, M. S.; COSA ,M. T.; DOTTORI, N.1999. Estudio morfoanatómico de órganos
vegetativos en representantes de los géneros Solanum sect. Cyphomandropsis y Cyphomandra.
Kurtziana 27(2): p. 271-284.

RAVEN, P. H.; EVERT; R. F.; EICHHORN, S. E. 1992. Biology of Plants. 5th ed. Worth Pub.

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