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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

2º Trabalho

Resumo das unidade 12 à unidade 24

Estudante: Palmira Daniel Jossias


Código: 708200535

Curso: Licenciatura em Ensino de Português


Disciplina: Introducao à Filosofia
Ano de Frequência: 2º Ano
Docente: Remigio Inácio

Tete, Julho, 2021


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Gerais Formatação letra, 1.0
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 6

Objectivos ................................................................................................................................... 6

Objectivos gerais ..................................................................................................................... 6

Objectivos específicos ............................................................................................................ 6

Metodologias .............................................................................................................................. 6

Unidade 13.................................................................................................................................. 7

Relação entre a extensão e a compreensão do conceito .......................................................... 7

Unidade 14.................................................................................................................................. 7

Classificação das ciências segundo Augusto Comte .............................................................. 7

Unidade 15.................................................................................................................................. 8

Unidade 16.................................................................................................................................. 9

Dimensão sintáctica ................................................................................................................ 9

Dimensão semântica ............................................................................................................. 10

Dimensão pragmática ........................................................................................................... 10

Unidade 17................................................................................................................................ 10

Classificação dos conceitos e dos termos ............................................................................. 11

Unidade 18................................................................................................................................ 12

Política .................................................................................................................................. 12

Relação entre Filosofia e Política ......................................................................................... 13

Estado.................................................................................................................................... 13

Unidade 19................................................................................................................................ 14

Os novos domínios da Lógica e suas implicações sobre o homem e a sociedade ................ 14

Filosofia política na idade média .............................................................................................. 16

Filosofia Política na Idade Moderna ......................................................................................... 17

Unidade 20................................................................................................................................ 20

A Declaração Universal dos direitos do Homem.................................................................. 20


Elementos do Estado ................................................................................................................ 21

Governo ................................................................................................................................ 22

Unidade 21................................................................................................................................ 22

Conhecimento ....................................................................................................................... 22

Unidade 22................................................................................................................................ 23

Estética .................................................................................................................................. 23

Modalidades da experiência estética ..................................................................................... 23

Unidade 23................................................................................................................................ 24

Atitude perante a obra de arte ............................................................................................... 24

Unidade 24................................................................................................................................ 24

Modos de encarar a religião .................................................................................................. 24

A experiência religiosa ......................................................................................................... 24

Conclusão ................................................................................................................................. 26

Referências bibliográficas ........................................................................................................ 27


Introdução

Neste trabalho irei fazer um resumo a partir da unidade 12 à unidade 24. Onde irei abordar os
seguintes conteúdos: Origem do conhecimento, Natureza do conhecimento, Níveis de
conhecimento, As dimensões do discurso humano, Os princípios da razão, A convivência
política entre os Homens, Os Direitos Humanos, A Filosofia Política na História, Ciência, A
Estética, A expressão artística.

Objectivos

Objectivos gerais

 Conhecer a origem do conhecimento, a natureza do conhecimento, os níveis de


conhecimento
 Conhecer a relação entre linguagem e comunicação.
 Explicar o conceito de Politica.
 Conhecer a história e o objectivo dos Direitos Humanos.
 Conceituar a arte.

Objectivos específicos

 Identificar as Correntes e os representantes da origem do conhecimento.


 Identificar as Correntes e os representantes da natureza do conhecimento.
 Mencionar as implicações educativas inerentes ao adulto.
 Destacar os novos domínios da lógica e suas implicações sociais.
 Clarificar o conceito de Estado.
 Diferenciar o belo do feio.

Metodologias

A metodologia utilizada na pesquisa foi uma abordagem teórica metodológica, onde a mesma
foi pautada em uma pesquisa qualitativa, com carácter bibliográfico, assim, diversos autores
puderam prestar suas contribuições para esse trabalho.

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Unidade 13

Relação entre a extensão e a compreensão do conceito

Chama-se compreensão (conotação ou intenção) de uma idéia: ao conjunto de propriedades


que lhe podem ser atribuídas.

Por exemplo: a idéia de “triângulo” contém uma extensão, figura, três linhas, três ângulos,
etc.

Chama-se extensão (denotação ou domínio da aplicação) de uma idéia: ao conjunto de seres a


que essa idéia é atribuível.

Por exemplo: o conceito de “Homem” convém a portugueses, franceses, brancos, amarelos,


negros, António, Rute, etc.

A extensão e a compreensão variam em sentido inverso: quanto mais complexa é uma idéia
tanto mais limitada será a sua esfera de aplicação. É possível e necessário os conceitos e,
portanto, os seres que eles representam, numa hierarquia fundada na sua extensão. O conceito
de maior extensão chama-se gênero, em relação à extensão menos, e esta denomina-se espécie
em relação àquela.

Unidade 14

Classificação das ciências segundo Augusto Comte

Augusto Comte considera a existência de seis ciências fundamentais: a matemática, a


astronomia, a física, a química, a biologia e a física social - a hierarquia que se estabelece
naturalmente entre elas, baseia-se em critérios históricos, lógicos e pedagógicos.

A hierarquia das ciências fundamentais indica a ordem histórica necessária pela qual foram
nascendo, o espírito humano tendo passado ao objecto mais complicado só depois de dominar
os mais simples e nessa perspectiva o recente intento de fundar a física social como ciência
positiva, supunha obviamente os progressos alcançados nas demais ciências.

A filosofia não é equiparada às ciências fundamentais que são objecto da referida classificação
hierárquica. Cada uma destas ciências é particularizada por uma classe própria de problemas e
por um método específico de abordagem dos mesmos, muito embora respeitando os princípios
gerais do método positivo, condição necessária ao estatuto do saber científico.

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Círculo de Viena

O círculo de Viena foi um grupo de cientistas que marcou a filosofia da ciência. Foi formado
na década de 1920 por cientistas de diversas áreas, tais como, o físico alemão Moritz Schlick
(1882-1936), os matemáticos alemães Hans Hahn e Rudolf Carnap (1891-1970), o sociólogo e
economista austríaco Otto Neurath (1882-1945).

Unidade 15

Princípio de identidade:

Cujo enunciado pode aparecer: “A é A” ou “o que é, é”. Este princípio afirma que uma coisa,
seja ela qual, só pode ser conhecida e pensada se for percebida e conservada com sua identidade.
O princípio de identidade é a condição para que definamos as coisas e possamos conhecê-las a
partir de suas definições.

Princípio de Não – Contradição:

Cujo enunciado é: “A é A e não é possível que, ao mesmo tempo e na mesma relação seja não-
A”.

Assim, é indispensável que a árvore que está diante de mim seja e não seja, ao mesmo tempo,
uma mangueira.

O princípio de não-contradição afirma que uma coisa ou uma idéia da qual uma coisa é
afirmada e negada ao mesmo tempo e na mesma relação são coisas e idéias que se negam a si
mesmas e que por isso se autodestroem, desaparecem, deixam de existir. Eis porque o princípio
enuncia que isso é impossível, ou seja, afirma que as coisas e as idéias contraditórias são
impensáveis e impossíveis.

Princípio do Terceiro excluído:

Cujo enunciado é: “A é ou X ou é Y e não há a terceira possibilidade”. Por exemplo: “Ou este


homem é Sócrates ou não é Sócrates”; “Ou faremos a guerra ou faremos a paz”.

Este princípio define a decisão de um dilema – “ou isto ou aquilo” – no qual as duas alternativas
são possíveis e cuja solução exige que apenas uma delas seja verdadeira.

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Princípio de Razão Suficiente:

A firma que tudo o que existe e tudo o que acontece tem uma razão (causa ou motivo) para
existir ou para acontecer, e que tal razão (causa ou motivo) pode ser conhecida pela nossa
razão. Pode ser enunciado da seguinte maneira: “Dado A, necessariamente se dará B”. E
também: “Dado B, necessariamente houve A”.

Unidade 16

O discurso humano é pluridimensional, isto é, é constituída por diversas dimensões. Dentre elas
destacamos as seguintes: dimensão sintáctica, semântica e pragmática.

Existem outras dimensões, cuja importância parece-nos facilmente compreensível, assim como
será fácil estabelecer entre elas as respectivas relações e implicações. Dentre elas, destacamos
as seguintes: lingüística, textual, lógico-racional, expressiva ou subjetiva, intersubjetiva ou
comunicacional, argumentativa, apofântica ou representativa, comunitária, institucional e ética.

Dimensão sintáctica

A palavra sintáctica vem do grego, syntaxis, que significa coordenação. Tradicionalmente,


define-se sintaxe, como a parte da gramática que trata das regras combinatórias entre os
diversos elementos da frase, ou seja, trata da relação intralingüística dos signos entre si (Apel,
Karl-Otto; sprach-pragmatik und Philosophie; Frankfurt; 1975) ou das relações internas que os
signos mantêm entre sí ( Meyer, Michel; Lógica, Linguagem e Argumentação; Teorema;
Lisboa; 1992).

Por outro lado, pode-se definir a sintaxe como o “conjunto dos meios que nos permitem
organizar os enunciados, afectar a cada palavra uma função e marcar as relações que se
estabelecem entre as palavras. A ordem das palavras é um dos traços característicos de qualquer
sintaxe”. (Yagello, Marina; Alice no País da Linguagem; Estampa; Lisboa; 1990).

Assim, por razões de carácter sintático: uma série de letras ao acaso não é uma palavra; uma
série de palavras postas ao acaso não é uma frase; uma série de frases dispostas ao acaso não é
um texto nem um discurso.

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Dimensão semântica

A palavra semântica, do grego, semantikê (tékhne), que significa literalmente, “arte da


significação”, ou arte (ciência) do significado. Semântica é a ciência que se dedica ao estudo
das significações (Michel Bréal).

Semântica trata da relação dos signos com o seu significado, e logo com o mundo (Michel
Meyer). Portanto, a semântica trata das relações dos signos (as palavras ou frases) com os seus
significados (significações) e destes com as realidades a que dizem respeito (referência).

Dimensão pragmática

A palavra pragmática, vem do grego pragmatiké (de pragma, acção), a sua raiz.

Entre os percursores da pragmática, encontramos, o filósofo e literário alemão Von Humboldt


(1767 – 1835), que afirmou que a essência da linguagem era a ação. Michel Meyer define-a
como disciplina que se prende com os signos na sua relação com os utilizadores.

C. Morris, é considerado fundador da disciplina, pois exigiu a pragmática como complemento


da sintaxe e da semântica. Na comunicação, segundo ele, há um signo, um significado e um
intérprete, desenrolando-se entre eles uma tríplice relação.

A pragmática é o estudo do uso das proposições, mas também, pode definir-se como o estudo
da linguagem, procurando ter em conta a adaptação das expressões simbólicas aos contextos
referencial, situacional, de acção e interpessoal. A atitude pragmática diz respeito à procura de
sentido nos sistemas de signos, tratando-os na sua relação com os utilizadores, considerando
sempre o contexto, os costumes e as regras sociais.

Uma análise pragmática de um texto, escrito ou falado, procura ver de que modo o texto está
estruturado e quais as suas funções específicas.

Unidade 17

Chama-se compreensão (conotação ou intenção) de uma idéia: ao conjunto de propriedades


que lhe podem ser atribuídas.

Em contrapartida com o Conceito ou idéia: é a representação intelectual da essência de um


objecto, representa o que de permanente, imutável e comum em todos os objectos de uma
espécie. É chamado de conceito porque a sua formação realiza-se no espírito: uma espécie de

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concepção, pela união da inteligência com o objeto, cujo fruto é o conceito ou idéia. É fácil
concluir que uma idéia não é falsa nem verdadeira, porque nela nada se afirma e nada se nega.

Classificação dos conceitos e dos termos

Quanto à compreensão podem ser:

Simples: aquelas que são divisíveis. Exemplo: homem, animal, planta.

Concretas: que são aplicáveis a sujeitos ou objetos. Exemplo: gato, cão, planta.

Abstractas: que são aplicáveis a qualidades, acções ou estados. Exemplo: beleza, alegria,
amizade.

Quanto à extensão podem ser:

Universais: os que são aplicáveis a todos os elementos de uma classe. Exemplo: homem,
círculo, mesa.

Particulares: os que são aplicáveis apenas a uma parte de classe. Exemplo: aqueles homens,
alguns livros, estes cadernos.

Singulares: os que são aplicáveis apenas a um indivíduo. Exemplo: Paulo, Almiro, este carro.

Quanto à relação mútua, são:

Contraditórios: quando há oposição e exclusão mútua. Exemplo: ser/não ser, escuro/não


escuro

Contrários: quando há oposição sem exclusão. Exemplo: branco/preto, alto/baixo

Relativos: quando um não é sem o outro (implicação mútua). Exemplo: pai/filho,


direita/esquerda.

Os termos são expressões verbais dos conceitos e classificam-se de acordo com os seguintes
critérios:

Quanto ao modo de significação:

Unívocos: os que se atribuem de modo idêntico a objectos diversos. Exemplo: homem (aplicado
a brancos, negros, João, americanos, etc.).

Equívocos: os que se aplicam a sujeitos diversos em sentido totalmente distinto. Exemplo:


manga (fruto), manga (de camisa).
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Análogos: os que são aplicáveis a realidades diversas num sentido que não é totalmente idêntico
nem totalmente distinto. Exemplo: saudável (aplicado ao corpo), saudável (dito dos alimentos).

Quanto à perfeição com que representam o objeto:

Adequados: quando representam com perfeição o objeto.

Exemplo: ave (aplicado a um morcego)

Claros - quando são suficientes para fazer reconhecer o objeto.

Obscuros – quando insuficientes para fazer reconhecer o objeto.

Distintos – quando permitem distinguir bem um objeto de outros.

Confusos – quando não permitem distinguir suficientemente um objecto de outros.

Quanto à maneira como a exteriorização do conceito é feita:

- Oral;

- Escrita;

- Gesticular (mímica).

A definição essencial ou característica atinge os caráter essencial da coisa; é aquela que se faz
pelo gênero próximo, espécie e diferença específica.

Exemplo 1: O homem (espécie) é animal (gênero próximo) racional (diferença específica).

A definição descritiva é aquela que enumera as características exteriores mais salientes de uma
coisa que a individualiza e permitem distinguí-la de todas as outras.

Exemplo 2: O homem é um mamífero, bípede, de posição ereta, etc.

Unidade 18

Política

A palavra política (do grego “politiké”, arte de governar a “polis”, a cidade) tanto pode ser
entendida como o modo de partilha e organização do poder (regime político), como a arte de
governar, isto é, os princípios directivos da acção de um governo, quer no que diz respeito à
sua administração interna, quer no tocante às relações com os outros Estados.

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Na antiguidade grega, a “política” traduzia-se por República, para significar organização,
regime político, a constituição de uma cidade soberana, de uma comunidade ou Estado com
individualidades e autonomia própria.

Relação entre Filosofia e Política

A relação que se encontra entre a Filosofia e a política está no facto de que, a filosofia procura
deter-se e abarcar nas condições de emergência da coisa pública no homem como animal
político e na tipologia dos regimes. A filosofia examina o nascimento das instituições políticas
e a sua maturidade; Ernesto Chambisse acrescenta ainda que, a Filosofia vem iluminar os
conceitos inerentes à Política, tais como: justiça, bem comum, estado, tolerância, bem como a
própria definição de política; questiona o grau de liberdade consentâneo com a coesão social e
o equilíbrio na divisão do poder. É a filosofia que deve denunciar a absolutização da política e
a redução à sua natureza precária; deve criticar a política e todas as formas de dominação do
homem pelo homem.

Estado

Estado é o modo como o poder está organizado num território e entre uma população. Sahid
Maluf, em sua obra Teoria Geral do Estado, define o estado como sendo uma organização
destinada a manter, pela aplicação do Direito, as condições universais de ordem social. E o
Direito é o conjunto das condições existenciais da sociedade, que ao estado cumpre assegurar.
O direito pode ser natural e positivo.

Direito natural é o que emana da própria natureza, independentemente da vontade do homem


(Cícero). É invariável no espaço e no tempo, insusceptível de variação pelas opiniões
individuais ou pela vontade do Estado (Aristóteles). Ele reflecte a natureza como foi criada. É
anterior e superior ao estado, portanto, conceituado como de origem divina.

Direito positivo é o conjunto orgânico das condições de vida e desenvolvimento do individuo


e da sociedade, dependente da vontade humana e das garantias dadas pela força coerciva do
estado (Pedro Lessa). O direito positivo divide-se em público e privado. O direito público é o
que regula as coisas do Estado; o direito privado é o que diz respeito aos interesses particulares.

O Estado tem uma constituição e uma divisão de poderes: poder legislativo, poder executivo e
poder judicial, conforme a norma nas sociedades democráticas.

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Unidade 19

Dimensão é todo plano, grau ou direcção no qual se possa efectuar uma investigação ou realizar
uma acção. O discurso humano é pluridimensional, isto é, é constituída por diversas dimensões.
Dentre elas destacamos as seguintes: dimensão sintáctica, semântica e pragmática.

Existem outras dimensões, cuja importância parece-nos facilmente compreensível, assim como
será fácil estabelecer entre elas as respectivas relações e implicações. Dentre elas, destacamos
as seguintes: lingüística, textual, lógico-racional, expressiva ou subjetiva, intersubjetiva ou
comunicacional,

Os novos domínios da Lógica e suas implicações sobre o homem e a sociedade

Informática

A palavra informática foi criada por Philippe Dreyfus, em 1962. Contudo, foi introduzido
oficialmente na Academia Francesa de Ciências em 1966.

Informática é a ciência do tratamento racional, nomeadamente por máquinas automáticas, da


informação considerada como suporte dos conhecimentos e das comunicações nos domínios
técnico, econômico e social.

Apesar de o termo ter surgido nesta altura, os estudiosos da informática, dizem que ela começou
a ser um domínio autônomo por volta dos anos 50. são entre outros, marcos importantes da
constituição dessa autonomia os seguintes: o congresso de Paris de 1951; o primeiro
computador baseado na tecnologia dos transistores (Bell-1955) e a linguagem de alto nível (
Basic-1954; Fortran-1957; Cobol-1960).

Entre 1945 e meados dos anos 60 surge a primeira informática. Dá-se o aparecimento dos
primeiros computadores propriamente ditos. O ENIAC é o primeiro exemplar. É o período da
definição dos princípios básicos, da definição do corpo teórico e técnico.

Nos anos 60 até finais dos anos 70, surge à segunda informática, desenvolvem-se os
computadores baseados na técnica dos transistores e os computadores pessoais. Nos anos 80,
surge a terceira informática, com o aperfeiçoamento dos computadores pessoais das redes, da
microinformática. É o que poderíamos chamar banalização dos computadores pessoais e
transformação da sociedade da informática numa cultura de comunicação, frutos que colhemos
atualmente.
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Cibernética

A palavra cibernética, vem do grego kibernétes. O termo foi usado por Platão para designar a
“arte de pitotar navios”. É nesta raiz grega que se filia a palavra latina gubernare, que origina
o termo governo. Assim como o piloto dirige o navio, da mesma forma o governo é o timoneiro
que dirige o Estado.

A teoria da cibernética remonta a 1948 e o seu fundador é o matemático norte-americano


Norbert Wiener (1895-1964).

Cibernética é a ciência da comunicação e do controlo de homens e máquinas. É no seio deste


movimento de idéias que vimos surgir o primeiro computador da nossa era e será igualmente
fruto do seu trabalho que se desenvolve a posterior robotização.

Inteligência artificial

A inteligência artificial é um domínio relativamente recente. Encontramos as suas raízes no


grande desenvolvimento dos computadores dos anos 50. Porque estas máquinas ofereciam
enorme possibilidade de armazenamento e processamento de informações a altas velocidades,
os investigadores apostaram em construir sistemas que em tudo se assemelhassem às
potencialidades da inteligência humana. Podemos dizer que a inteligência artificial encontra
sua fonte de inspiração na inteligência natural própria dos seres humanos.

Filosofia Política na Antiguidade

Platão (428-347 a.C)

Platão sentia-se atraído pela actividade política e, por isso desenvolveu uma filosofia política
muito profunda e original que chegou até aos nossos dias. Ele sustentava que a política deve-se
inspirar na filosofia, por ser ela a via segura de acesso aos valores de justiça e de bem.

A origem do estado em Platão é convencional, ou seja, como o homem não é capaz de satisfazer
à todas as necessidades para a sua sobrevivência, precisa do outro para se abster. Por isso,
ninguém pode ocupar ao mesmo tempo diferentes profissões. Daí a necessidade de cada um
associar-se aos outros, cada um com tarefas sociais específicas.

Aristóteles (384-322 a.C)

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Aristóteles é mais “amigo da verdade que do mestre”. Foi discípulo de Platão, mas em muitos
pontos contesta as doutrinas de seu mestre. Sobre a origem do Estado, é contrário a ideia de
Platão segundo a qual a origem do Estado é convencional.

Em Aristóteles, o Estado é natural e o homem é, por natureza um animal político, pois é


caracterizado pela sua integração numa pólis (cidade), que resulta de uma civilização da espécie
humana, tais como: família, tribo, aldeia e cidade.

A cidade é a constituição e esta, cria o Estado, de maneiras que, a mudança da constituição


implica a mudança do tipo de Estado. A constituição é a estruturas que dá ordem à cidade,
estabelece o funcionamento de todos os cargos, sobretudo os de soberania.

Filosofia política na idade média

Santo Agostinho (354-430)

Nasceu em Tagaste, na Numídia. Converteu-se ao cristianismo após uma juventude conturbada


que culminou com a sua conversão em Milão. Foi professor de retórica e nunca exerceu a vida
política. Foi bispo de Hipona e dedicou a sua vida em defesa da religião, contra os hereges.

A sua doutrina política encontra-se em sua famosa obra intitulada Cidade de Deus (413-427),
que absorve o direito do Estado pelo da Igreja.

Santo Agostinho fez uma apresentação do modelo em duas cidades: a Cidade de Deus e a
Cidade dos Homens. Para os pensadores medievais, a esfera política se integrava num horizonte
muito vasto e profundo do que no pensamento grego. Aqui transcende-se o hábito natural, isto
é, a compreensão da política como uma necessidade tendente aos bens materiais e aos valores
do homem para o bem do corpo e da alma.

A política edificada sobre os fundamentos da razão e a política baseada no corpo místico de


Cristo, fez com que todos os homens se congregassem numa comunidade de comunhão, de
intenções, de amor total aplicado para fazer dos homens um só corpo e fazer com os mesmos
homens sejam uma só família criados à imagem e semelhança de Deus.

A Cidade de Deus

É a cidade fundada no amor de Deus, prefigurando a Cidade Celeste. Nesta cidade, apela-se à
uma vocação sobrenatural e traduz-se na introdução de valores cristãos na sociedade, que
implicam um bom uso da liberdade. Os cidadão vivem em conformidade com os mandamentos

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da lei de Deus, e por essa via se alcança o amor perfeito, a paz profunda, a justiça plena, a
liberdade e a realização pessoal.

O cidadão da cidade divina é um peregrino que marcha para a salvação eterna; é um conhecedor
da história, desde o seu princípio, que é a criação, e o fim, que é a ressurreição.

A Cidade Terrena

É uma cidade pagã que se fundamenta no amor à si próprio e no desprezo de Deus. Não se
propõe um ideal de civilização que tem como fim assegurar a felicidade do homem; é o reino
de satanás, caracterizado por pessoas que vivem num estado de conflitos, injustiças e guerras.
Resume-se no amor à si mesmo, levado ao desprezo de Deus; procura a glória dos Homens; o
cidadão da cidade terrena julga-se dominador e está condenado à eterna danação.

Nesta cidade, o que importa é a realização dos valores terrenos, tais como: a boa saúde, a força
física, a liberdade, ter uma família, ter vizinhos e amigos, pertencer à um Estado, buscar honras,
recompensas, os bens económicos e tem um discurso filosófico racional. Estas duas cidades
estão em constantes conflitos com o objectivo de controlar o mundo.

Filosofia Política na Idade Moderna

A Idade Moderna começa com o fim da Idade Média. Esta mudança reflecte-se em todos os
sectores dos saberes humanos, como: a política, a religião, a filosofia, ciência, a arte, a moral e
a toda a cultura em geral. Na Idade Média a vida do espírito é orientada para o mundo
sobrenatural. A existência humana é a preparação para outra vida, na qual se realiza o destino
de cada um, e ela se realiza pela virtude sobrenatural da graça de Deus. A Igreja é a depositária
da verdade revelada e a indispensável intermediária entre a terra e o céu. Ela tem o poder de
atar e desatar; a ela compete formar as almas e ordenar toda a esfera da actividade humana,
individual e social.

O mundo moderno tem o seu início no século XV e não há um facto histórico concreto que
assinala a modernidade. Mas os historiadores apresentam várias hipóteses, entre eles a queda
do Império Romano do Oriente em 1453; outros indicam a chegada de Cristôvão Colombo às
Américas em 1492; outros apontam para o movimento da Reforma Protestante como
acontecimento que, pelo seu impacto e significado, marca a passagem da Idade Média para a
Idade Moderna, quando Martinho Lutero fixou as 95 teses na porta da paróquia de Wittenberg
na Alemanha, exigindo umas reforma na Igreja Católica, em 1517.

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Nicolau Maquiavel (1469-1527)

“Os fins justificam os meios.” Maquiavel

Nasceu Florença (Itália) e pertencia à uma família da burguesia. Desempenhou diversos cargos
políticos e diplomáticos. Dentre as suas obras, destacam-se: O Príncipe (1513) e Discursos
sobre a Primeira Década de Tito Lívio (1519).

Na sua primeira obra, apresenta as experiências das coisas modernas e das lições aprendidas
no passado. Ele parte duma visão pessimista da natureza humana e propõe um Estado fundado
na força. Os governantes devem partir do pressuposto de que todos os homens réus, e deste a
empregarem todos os meios para alcançar o fim de conservar a própria vida e do Estado. O
governante deve impor-se mais pela força do que pelo amor. Mas o Príncipe, deve aparentar
que está agir com a melhor das intenções, o que significa que o príncipe deve ser “uma espécie
de lobo vestido de carneiro”.

Maquiavel é considerado o fundador da Ciência Política moderna, na medida e que substitui a


especulação, a observação directa e indirecta feita através de leituras.

Thomas Hobbes (1588-1679)

É um filósofo inglês, defensor do empirismo e da política. Ele se diferencia de outros


pensadores ingleses pela sua concepção metafísica de cunho, claramente materialista e por sua
visão ética essencialmente hedonística. Dentre as suas obras, apresentamos as seguintes: De
corpore, que trata da física e da metafísica; De homine, que trata sobre a gnosiologia e a
psicologia; Leviathan, que compreende a polítca e a ética. Essas obras, que forma um todo, são
conhecidas também pelo título geral de Elementos de filosofia.

O seu pensamento político teve forte influência do ambiente em que ele viveu. Participou da
vida polítca de seu país, e, mesmo quando se encontrava no exílio, continuou a seguir os
acontecimentos que elevaram à queda da monarquia (decapitação de Carlos I, em 1649) e a
instauração de Cromwell. E foi justamente no início desta ditadura que Hobbes escreveu a sua
obra Leviathan (1651), que é uma vigorosa apologia do absolutismo do Estado.

Hobbes distingue dois estados da humanidade: estado natural e o político-social.

No estado natural: o homem goza de liberdade total, tendo todos os direitos e nenhum dever.
Mas, sendo a sua natureza egoísta, cada um busca satisfazer os seus instintos, sem nenhuma

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consideração pelos outros; segue-se daí uma luta de todos contra todos, na qual cada homem se
comporta em relação aos outros como um lobo (o homem é o lobo do homem).

John Locke (1632-1704)

É o segundo grande expoente da filosofia inglesa no século XVII. À semelhança de Hobbes,


Locke se interessa pelos problemas gnoseológicos e políticos.

Locke nasceu em Wrington, na Inglaterra, aos 19 de Agosto de 1632 e faleceu aos 28 de outubro
de 1704. Estudou na Universidade de Oxford, tendo-se em ciências experimentais,
especialmente a medicina, na qual se destacou.

As suas obras são as seguintes: Dois tratados sobre o Governo, Ensaio sobre o intelecto
humano, Cartas sobre a tolerância religiosa. Participou por algum tempo na vida política e,
depois se retirou para Oates, onde veio a falecer.

Em relação à política, Locke expõe a sua doutrina nos Dois tratados sobre o governo. Como
Hobbes, ele distingue dois estados: o estado de natureza e estado social.

O Estado de natureza não é um estado no qual cada um tenha direitos ilimitados sobre tudo. O
Estado de natureza, diz Locke, tem uma lei da natureza que obriga a todos; e a razão, que é esta
lei, ensina a humanidade quando esta a consulta, que, sendo todos iguais e independentes,
ninguém deve causar danos a outrem em sua vida, em sua saúde, liberdade e em sua
propriedade.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

Natural de Genebra, na Suíça, deixou sua terra natal aos 16 anos de idade. Levou uma vida
conturbada, andando por diversos lugares, ora por espirito de aventura, ora devido a
perseguições religiosas. Dentre suas obras, destacam-se: Discurso sobre a origem da
desigualdade entre os homens, Do contrato Social, ambos sobre política, e Emílio ou da
Educação (1762).

Tal como Locke, Rousseau criticou o absolutismo e elaborou os fundamentos da doutrina


liberal. No entanto, o seu pensamento pedagógico não se separa de sua concepção política, que
é mais democrática do que a teoria de Locke. Para Rousseau, o indivíduo em estado de natureza
é bom, mas se corrompe na sociedade, que destrói sua liberdade. Ele defende que “o homem
nasce livre e por toda parte encontra-se a ferros”. Considera então a possibilidade de um

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contrato social verdadeiro e legítimo, que reúne o povo numa só vontade, resultante do
consentimento de todas as pessoas.

A concepção política de Rousseau foi menos elitista que a de Locke, por conta da diferente
noção de soberania.

Segundo Rousseau, o cidadão não escolhe representantes a quem delegar o poder, como
defendiam Locke e a tradição liberal, porque para ele só o povo é soberania. Ou seja, o pacto
que institui o governo não submete o povo a ele, isto é, os depositários de poder não são
senhores do povo, mas seus oficiais, e apenas executam as leis que emanam do povo. Nesse
sentido, Rousseau critica o regime representativo e defende a democracia directa, pois toda a
lei não ratificada pelo povo é nula.

A Filosofia Política Contemporânea

John Rawls (1921-2002)

Nasceu em Baltimore a 21 de Fevereiro de 1921, e veio a falecer em 24 de Novembro de 2002.


Foi professor de Filosofia Política na Universidade de Harvard, autor de Uma Teoria da Justiça
(1971), Liberalismo Político (1993), e O Direito dos Povos (1999).

A Justiça para Rawls é eqüidade no momento inicial do pacto, partindo-se da suposição que
todos são iguais, e que por isso podem determinar a forma de actuar a defesa dos seus direitos,
fixar os direitos, categorizar os bens que interessam ao grupo social.

Num segundo momento a Justiça é vista como um bem, partindo da idéia primária de que
ninguém teria conceitos de bem, conceito agora fixado contractualmente como também os seus
princípios aptos a produzir vantagens para todos – o que somente seria justo, ou para alguns
quando se destinar a melhorar os menos privilegiados – como redistribuição. Justiça e
igualdade, à moda liberal, andam juntos no conceito proposto pela teoria de Rawls,
representando efetivamente, sem assumir, uma postura de defesa do neoliberalismo.

Unidade 20

A Declaração Universal dos direitos do Homem

A Declaração Universal dos direitos do Homem data a 10 de Dezembro de 1948. Só então, o


ser humano viu reconhecidos os seus direitos inalienáveis e seu reconhecimento universal pelas
nações unidas representadas na ONU.

20
Os Direitos do Homem representam a aspiração humana à liberdade e o seu nascimento está
associado à concepção individualista da sociedade e à consequente necessidade de limitar o
poder do estado, fazendo-o servir os interesses do indivíduo, por isso, são de certo modo
identificados com a ideia de civilização e com os ideais democráticos.

A questão dos direitos Humanos começou a ganhar relevância na reflexão dos filósofos
iluministas do século XVIII, Montesquieu (1689-1755), Voltaire (1691-1778) e Rousseau
(1712-1778) e, a partir de então, teve um desenvolvimento crescente e começou a ser tida em
consideração na elaboração dos programas dos governos e a traduzir-se em declarações de
direitos fundamentais comuns a todos os homens.

Embora haja declarações célebre como a Magna Carta de 1215, a petição dos Direitos de 1628
ou a Bill of Rights de 1689, em Inglaterra, que tinham um conteúdo e objectivos políticos, pois
eram exigências dos cidadãos aos reis e ao estado no sentido de respeitarem os direitoas de seus
súbditos, a “Declaração dos Direitos de Virgínia”, a “Declaração da Independência dos Estados
Unidos da América”, ambas de 1776, e a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”
de 18 de Agosto de 1789, (Revolução Francesa), é que constituem as fontes de enunciação dos
valores individuais, naturais e inalienáveis, inerentes a qualquer cidadão que, ainda hoje, estão
longe de estar garantidos em todos os Estados do mundo.

Foram, pois as revoluções americana e francesa que consagraram os princípios de dignidade


humana, de igualdade perante a lei, de liberdade de pensamento e de governo democrático, que
são hoje, considerados os princípios básicos da ética política e social do nosso tempo.

Após a II Guerra Mundial, em que a humanidade suportou sofrimentos e crueldades gratuitas e


constatou a violação sistemática dos mais elementares direitos da pessoa humana, a Assembleia
Geral da Organização das Nações Unidas promulgou, em Dezembro de 1948, a “Declaração
Universal dos Direitos Do Homem”, que constitui, ainda hoje, o conjunto dos princípios básicos
que devem ser respeitados nas relações internacionais; é por isso, o documento fundamental de
referência no estabelecimento da paz entre os povos e do consenso generalizados das nações.

Elementos do Estado

Alguns autores destacam que os elementos constituintes do Estado são três: população,
território e governo. Alguns autores pretenderam a inclusão da soberania como o quarto
elemento. Passemos a apresentar alguns dos elementos:

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Governo

É conjunto das funções pelas quais, no estado é assegurado a ordem jurídica. Esse elemento
apresenta-se de várias modalidades, quanto à sua origem, natureza e composição, do qual
resultam as diversas formas de governo.

Pela sua origem, o governo pode ser de direito ou de facto; pela sua natureza das suas relações
com os governados, pode ser legal ou despótico; quanto à extensão de poder, classifica-se como
constitucional ou absolutista.

Governo de direito é aquele que foi constituído em conformidade com a lei fundamental do
Estado, senso, por isso, considerado como legítimo perante a consciência jurídica da nação.

Governo de facto é aquele implantado ou mantido por via de fraude ou violência.

Governo legal é aquele que, seja qual for sua origem, se desenvolve em restrita conformidade
com as normas vigentes de direito positivo. Subordina-se aos preceitos jurídicos, como
condição de harmonia e equilíbrio sociais.

Governo despótico é aquele que se conduz pelo arbítrio dos detentores eventuais do poder,
oscilando ao sabor dos interesses e caprichos pessoais.

Governo Constitucional é aquele que se forma e se desenvolve sob a égide de uma constituição,
instituindo a divisão do poder em três órgãos distintos e assegurando, a todos os cidadãos a
garantia dos direitos fundamentais, expressamente declarados.

Governo absolutista é o que concentra todos os poderes num só órgão. O regime absolutista
tem suas raízes nas monarquias de direito divino e se explicam pela máxima do cesarismo
romano que dava a vontade do príncipe como fonte da lei.

Unidade 21

Conhecimento

Como acabamos de nos referir acima, conhecimento é uma relação que se estabelece entre o
sujeito que conhece e o objeto conhecido. O sujeito que conhece se apropria, de certo modo, do
objeto conhecido.

Através do conhecimento, reconstruímos, em nós, a realidade (o Ser), através de imagens


(conhecimento sensível) e de idéias (conhecimento intelectual).

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Senso comum ou popular: é o conhecimento do povo, que nasce da experiência do dia-a-dia:
por isso, é chamado também de “empírico”, ou “vulgar”, quer dizer, do povo (criança, lavrador
iletrado, dados encontrados na TV, nos jornais etc.). É ametódico e assistemático, mas é a base
do saber.

Científico: durante a Antigüidade e a Idade Média desenvolveu-se um saber racional, distinto


do mito e do saber comum: e era chamado de filosofia.

Mas, a partir de Galileu (1564-1642), nasce a ciência moderna pois é determinado o objeto e o
método desta ciência. A ciência tem como objeto a descoberta das leis que presidem os
fenômenos sensíveis; e, como método, serve-se da observação sistemática e, quando possível,
da experimentação. Dessa maneira, a ciência se separa da filosofia.

Filosófico: Enquanto as ciências estudam uma parte da realidade sensível, a filosofia questiona
todas as coisas, procurando saber sua essência (o que é?), sua origem (de onde vem?), seu
destino (para onde vai?), seu sentido (por quê?).

Do ponto de vista etimológico, “filosofia” significa “amor à sabedoria”. Pode ser definida como
“aquela disciplina que procura descobrir o sentido último (origem, essência, destino) de todas
as coisas, servindo-se da razão (método racional)”. Por isso, a filosofia tem como objeto analisar
tudo.

d) teológico: A verdade pode ser encontrada tanto pelo caminho da investigação (nas ciências
e na filosofia), como pelo caminho da revelação e do encontro com o Transcendente (típico da
experiência religiosa). O homem responde à “Revelação de Deus” através da “Fé”.

Unidade 22

Estética

“A estética designa simultaneamente: a capacidade humana de captação do que nos rodeia


através dos órgãos dos sentidos; o sentimento de agrado ou de desagrado que acompanha as
nossas percepções” (ALVES, 1997: 131). A palavra estética vem do grego aisthesis, com o
significado de “faculdade de sentir”, “compreensão pelos sentidos”, “percepção totalizante”.

Modalidades da experiência estética

Segundo J. Neves Vicente, a experiência estética pode desdobrar-se em três dimensões


distintas, que são:

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Experiência estética da natureza: experiência estética do ser humano quando, na admiração da
natureza, e sujeito de determinados sentimentos ou vivências, tais como o prazer, o deleite, a
maravilha, o espanto que o conduzem a contemplação.

Experiência estética da criação artística: experiência do artista da fase da criação; uma


experiência tantas vezes marcada pela reflexão, pelo silêncio, pelo isolamento.

Experiência estética da obra da arte: experiência do espectador na contemplação da obra da


arte, também designada por experiência estética da recepção.

Unidade 23

Atitude perante a obra de arte

Perante a obra de arte, o ser humano pode situar-se numa das seguintes tres posições:

Como criador: o ser humano, por meio da realizaçao da obra, opera, como se disse, a
transfiguraçao do real; inventa um mundo distinto do que é dado na percepção.

Como espectador: o ser humano colabora na recriação da obra e também na transfiguração da


realidade.

Como critico: o ser humano procura, entre outras coisas, interpretar o significado antropológico
da criação artistica e determinar os critérios da beleza, etc. Esta e a atitude do esteta, do
historiador da arte, do sociólogo, do antropólogo, do psicólogo e do filósofo.

Unidade 24

Modos de encarar a religião

Segundo Albert Einstein, citado por J. Neves Vicente, existem três modos de encarar a religião:

 A religião – temor: aquela que surgiu para compensar a fragilidade humana;

 A religião-moral: existe para compensar os mecanismos de controle social;

 A religiosidade – côsmica: expressa o sentimento de maravilha perante a natureza.

A experiência religiosa

Diante do sagrado, o homem religioso é possuído pelo sentimento de pavor, de medo, porque
apresenta-se como algo de tremendo. Mas, ao mesmo tempo, o homem religioso é invadido

24
pelo sentimento de atracção porque o mesmo sagrado se lhe apresenta também como fascinante
e protector.

Se, para alguns, a experiência religiosa teve a sua origem nos sentimentos de pavor e medo,
para outros, ela teve a sua origem na experiência da dependência, de estar nas mãos de, de estar
sujeita a forças indomáveis e em particular ante as forças da natureza que o ser humano não
controla e que não raras vezes lhes são adversas.

Para outros ainda, a experiência religiosa nasce da experiência de se estar ligado, de ser-com,
da abertura aos outros, ao universo, ao infinito, ao transcendente.

Para outros ainda, a experiência religiosa nasce da necessidade que o Homem tem de viver num
mundo onde lhe seja dado discernir o bom do mau, o junto do injusto.

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Conclusão

Desde a antiguidade a Filosofia buscou perceber sobre qual era a origem do conhecimento.
Alguns defenderam que o homem nasce com os conhecimentos, e outros ainda afirmaram que
o conhecimento adquir-se pela experiência. Assim como anterior falamos da origem do
conhecimento, alguns pensadores indicam que o conhecimento e real e outros ainda, que o
conhecimento e ideal. A lógica é uma disciplina propedêutica, é o vestíbulo da filosofia, ou
seja, o instrumento que vai permitir o caminhar rigoroso do filósofo ou do cientista. A lógica é
o ramo da filosofia que se preocupa com as regras de bem pensar, ou do pensar carreto, sendo,
portanto, um instrumento do pensar.

A preocupação e o combate pelos Direitos Humanos reflectem uma visão mais positiva das
funções do Estado concebido, agora, como uma instância de poder que deve assegurar as
condições e os recursos necessários para que cada um se realize, simultaneamente como
indivíduo e como membro de uma comunidade. É nesse sentido que falamos, quando
reivindicamos do Estado o direito à educação ou à assistência médica.

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Referências bibliográficas

 ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia, Martins Fontes, S. Paulo, 2003


 ALVES, Fátima, et al. A Chave do Saber – Introdução à Filosofia 10º Ano, Porto
editora, Porto, 1998
 ALVES, Fátima et al. A Chave do Agir - Introdução à Filosofia 10º Ano, Texto editora,
Lisboa, 1997
 ARANHA, Maria Lúcia de Arruda et al. Filosofando. Introdução à Filosofia; 2ª edição,
S. Paulo, 1993
 CHAMBISSE, Ernesto et al. A Emergência do Filosofar. Filosofia 11ª/12ª Classe, 1ª
edição; S. Paulo, 2003
 CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia, 13ª edição, S. Paulo, 2003
 COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia; 15ª edição, editora Saraiva, S. Paulo,
2002

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