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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Balanco da bioenergética as biocatálises

Olívia Hilário – 708211256

Curso: Licenciantura em Ensino de Biologia


Cadeira: Introducao a Fisiologia Humana e
Animal
Ano de Freq.: 3º Ano - Turma:“I”
Tutorado por: Martinho Celestino Francisco

Nampula
Maio
2023
Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Indice
Introdução ........................................................................................................................................ 4

Objectivo geral: ............................................................................................................................... 4

Os objetivos específicos .................................................................................................................. 4

Metodologia ..................................................................................................................................... 4

Balanço da Bioenergética e as Biocatálises ..................................................................................... 5

Mecanismos de transporte e especificidade das enzimas ................................................................ 7

Metabolismo .................................................................................................................................... 7

Fontes de Energia ............................................................................................................................ 9

Enzimas ......................................................................................................................................... 12

Classificação das enzimas ............................................................................................................. 13

Natureza química das Enzimas ...................................................................................................... 13

Conclusão ...................................................................................................................................... 15

Referencias bibliograficas ............................................................................................................. 16


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Introdução
O conhecimento da composição química e da estrutura das moléculas biológicas não é suficiente
para entender o modo como elas se associam formando sistemas complexos, nem como elas
funcionam para manter a vida. É necessário analisar as reações pelas quais as moléculas biológicas
são formadas e degradadas. Assim é torna imprecindivel o conhecimento sobre o metabolismo.

O presente trabalho visa abordar sobre o Balanco da Bioenergetica e as Biocatálises,


A Bioenergética descreve a transferência e a utilização da energia em sistemas biológicos, sendo o
estudo quantitativo das transformações de energia que ocorrem nas células vivas. Nesse sentido, o
objeto de análise é a habilidade das células em aproveitar a energia, direcionando-a na forma de
trabalho biológico.

Objectivo geral:
O objetivo geral deste trabalho e falar do Balanco da bioenergética as biocatálises.

Os objetivos específicos:

➢ Descrever a historia e necessidade das biocatálises


➢ Descrever a natureza química das enzimas e sua estrutura
➢ Descrever a energia de activacao e eficiência das biocalises

Metodologia
A natureza deste trabalho pode ser definida como exploratória, tendo utilizado uma abordagem
qualitativa que envolveu um levantamento bibliográfico com o objetivo de trazer uma maior
familiaridade com o tema e desenvolver hipóteses. Segundo Gil (2002) a pesquisa exploratória tem
como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com o objetivo de torná-lo mais
claro ou construir hipóteses.
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Balanço da Bioenergética e as Biocatálises


Um biocatalisador é um catalisador das reacções bioquímicas dos seres vivos. São considerados
biocatalisadores as enzimas, os harmónios e as vitaminas. A ausência de biocatalisadores pode
levar ao aparecimento de alterações graves no organismo, pois são indispensáveis à produção de
todos os fenômenos biológicos. Exemplo: a falta de vitamina D pode originar o raquitismo. Energia
de activação é a energia inicial necessária para que uma reacção ocorra. Existem três factores
necessários para que uma reacção ocorra: as moléculas devem colidir para reagirem; exista bastante
energia (energia de activação) para que as duas moléculas reajam e a molécula deve ser orientada
mutuamente de forma correcta.

A temperaturas baixas para uma reacção em particular, a maioria das moléculas (mas não todas)
não irá ter energia suficiente para reagir. Um catalisador é uma substância que afecta avelocidade
de uma reacção, mas emerge do processo inalterada. O catalisador pode diminuir a energia de
activação, aumentando assim a velocidade da reacção. Enzimas são um grupo de substâncias
orgânicas de natureza normalmente protéica (existem também enzimas constituídas de RNA, as
ribozimas), com actividade intra ou extracelular que têm funções catalisadoras, catalisando
reacções químicas que, sem a sua presença, dificilmente aconteceriam. A velocidade da reacção
catalisada por uma enzima é aumentada devido a diminuição da energia de activação necessária
para converter o substrato no produto.

A actividade enzimática pode depender da presença de determinadas moléculas, genericamente

chamadas cofactores.

Dentro da biologia, a bioenergética é uma área que está muito ligada à bioquímica e que estuda as
transformações de energia nos seres vivos. A cada minuto do dia milhares de reações químicas
ocorrem por todo o organismo, essas reações são denominadas de metabolismo. Os processos
celulares do organismo necessitam de energia tanto para serem iniciados como para terem
continuidade. Essa energia vem dos nutrientes alimentares, mas ela não é aproveitada diretamente
dos alimentos. Ela é recolhida e conduzida como uma forma acessível de energia através de um
composto rico em energia (ATP – adenosina trifosfato) por meio das vias metabólicas celulares,
que são estudadas pela bioenergética.
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Entre os processos responsáveis pela produção de energia nos seres vivos temos respiração celular,
que é o processo através do qual as células obtêm energia e consiste na quebra de moléculas ricas
em energia (geralmente a glicose) com auxílio do oxigênio. Resulta na produção de gás carbônico
com consequente liberação de energia para o organismo. Esse processo tem três fases:

Glicólise – é um processo anaeróbico que ocorre no citoplasma celular. Consiste na quebra de uma
molécula de glicose em duas moléculas de piruvato (um composto que possui três carbonos) através
de dez reações químicas sucessivas, que ocorrem de forma lenta.

Ciclo de Krebs – é a segunda fase da respiração e ocorre no interior da mitocôndria (matriz


mitocondrial). Caracteriza-se por um conjunto de oito reações químicas sequenciais, sendo que
quatro delas ocorre com a liberação de energia que é armazenada na forma de NADH e FADH2.
Para que o ciclo seja iniciado é necessária a formação da molécula de acetil-CoA, que é proveniente
da remoção do grupo carboxila na forma de CO2 do piruvato. O acetil-CoA se combina com um
ácido chamado oxaloacetato, dando origem ao citrato, que é transformado em isocitrato. O
isocitrato é desidrogenado, com liberação de CO2 e a formação de um composto chamado α-
cetoglutarato. Mais um CO2 é liberado do α-cetoglutarato, formando o succinil-CoA que passa por
uma reação e é convertido em succinato. O succinato é oxidado a fumarato, que é hidratado e
produz malato. Por fim, o malato é oxidado a oxaloacetato. Considerando que cada molécula de
glicose produz dois acetil-CoA, ao final do ciclo de Krebs serão produzidos 6 NADH, 2 FADH2,
4 CO2 e 2 ATPs.

Cadeia respiratória – fase que ocorre nas cristas mitocondriais e é responsável pela maior parte do
ATP produzido durante a respiração celular. As moléculas transportadoras de elétrons NADH e
FADH2 percorrem a cadeia transportadora de elétrons, que é formada por proteínas integrais de
membrana, até chegarem ao oxigênio (aceptor final), que forma água. Durante a passagem dos
elétrons pela cadeia transportadora ocorre liberação de uma grande quantidade de energia,
armazenada na forma de ATP. No final da respiração celular há um saldo positivo de 30 ou 32
moléculas de ATP por molécula de glicose.

A fermentação, assim como a respiração celular, é um processo de obtenção de energia a partir da


quebra de moléculas ricas em energia, geralmente a glicose. Porem a fermentação ocorre na
ausência de oxigênio. A fermentação láctica produz o ácido láctico como composto principal.
Bactérias fermentadoras, como as do gênero Lactobacillus, precisam de energia para sobreviverem
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e manterem seu metabolismo. Como fonte de energia, essas bactérias utilizam a lactose, que é
quebrada por enzimas produzidas pelas bactérias. Essa quebra forma a glicose e a galactose. É a
partir da glicose que ocorre a fermentação, originando como produto final o ácido láctico. Células
musculares também são capazes de realizar fermentação láctica quando o organismo é submetido
a esforço físico intenso.

A fermentação alcoólica parte do piruvato, que é convertido em acetaldeído e posteriormente em


álcool etílico. Esse tipo de fermentação é realizado por fungos unicelulares (leveduras), com
destaque para o fungo Saccharomyces cerevisae, também conhecido como fermento biológico. A
fermentação alcoólica é comumente utilizada na produção de cervejas e vinhos. Tanto a
fermentação láctica como a alcoólica tem como saldo final 2 ATPs.

Mecanismos de transporte e especificidade das enzimas


Osmose é um transporte passivo que ocorre a favor do gradiente de concentração do solvente e
pode se dar tanto pelos poros quanto pela porção lipídica da membrana. As membranas das células
vegetais são semipermeáveis, isto é, permitem o movimento de pequenas moléculas sem carga
eléctrica (como o solvente) mais rapidamente que o movimento de moléculas maiores ou com carga
eléctrica (solutos). A Endocitose: transporte de fora para dentro da célula com gasto de energia.
Para partículas pequenas: pinocitose (basicamente de líquidos).

Para partículas grandes: fagocitose. Pode haver tanto transporte através da membrana quanto a
digestão pelas enzimas contidas nos lisossomas. Existem três formas principais de endocitose:
fagocitose; pinocitose e endocitose-mediada-por-um-receptor. A exocitose: transporte de dentro
para fora da célula com gasto de energia. A exocitose é o processo pelo qual uma célula eucariótica
viva liberta substâncias para o fluido extracelular, seja o fluido que envolve as células de um tecido,
nos organismos multicelulares, seja para o ambiente aquático, por modificação da membrana
celular, ou seja, sem ser por difusão. É o oposto de endocitose.

O conhecimento da composição química e da estrutura das moléculas biológicas não é suficiente


para entender o modo como elas se associam formando sistemas complexos, nem como elas
funcionam para manter a vida. É necessário analisar as reações pelas quais as moléculas biológicas
são formadas e degradadas. Assim é torna imprecindivel o conhecimento sobre o metabolismo.

Metabolismo:
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Processo geral por meio do qual os sistemas vivos adquirem e usam energia livre para realizarem
suas funções. Este processo se dividiu em duas partes:

1. Catabolismo ou degradação – é o processo no qual os nutrientes e os constituintes celulares são


degradados para aproveitamento de seus componentes e/ou para geração de energia realizando
oxidação – processo exergônico.

2. Anabolismo ou biossíntese: processo no qual as biomoléculas são sintetizadas a partir de


componentes mais simples - processo endergônico (utiliza a energia liberada durante o
catabolismo). As necessidades nutricionais de um organismo refletem as fontes de energia livre
metabólica de que ele dispõe. Organismos Autotróficos – podem sintetizar todos os seus
constituintes celulares a partir de H2 O, CO2 , NH3 e H2 S.

Há duas fontes de energia possíveis para esse processo:

1. Quimiolitotróficos – obtêm sua energia livre por meio da oxidação de compostos


inorgânicos como NH3 , H2 S ou Fe2+. 2 NH3 + 4 O2 →. 2 HNO3 + 2 H2 O H2 S + 2 O2
→. H2 SO4 4 FeCO3 + O2 + 6 H2 O →. 4 Fe(OH)3 + 4 CO2 Exemplo: Acidithiobacillus
ferrooxidans (Habitat natural água ácida de mina) bactéria acidofílica (pH 1.0 a 4.0), fixa
CO2 através do Ciclo de Calvin.
2. Fotoautotróficos – obtêm sua energia livre por meio da fotossíntese – a energia luminosa
promove a transferência de elétrons de doadores inorgânicos para CO2 , produzindo
carboidratos que serão oxidados para liberarem energia livre. Exemplos: Algas e plantas
Organismos Heterotróficos – obtêm energia livre por meio da oxidação de compostos
orgânicos (caboidratos, lipídeos e proteínas) e dependem de organismos autotróficos para
obterem tais compostos.

Exemplo: animais. Os organismos podem ser classificados segundo o agente oxidante


utilizado para a degradação dos nutrientes.

➢ Aeróbicos obrigatórios: usam O2


➢ Anaeróbicos: usam agentes oxidantes como sulfato e nitrato
➢ Aeróbicos facultativos: crescem na presença e na ausência de O2
➢ Anaeróbicos obrigatórios: são intoxicados na presença de O2 A grande parte do
metabolismo celular está focada em processos aeróbicos.
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Fotoautotróficos – obtêm sua energia livre por meio da fotossíntese – a energia luminosa promove
a transferência de elétrons de doadores inorgânicos para CO2 , produzindo carboidratos que serão
oxidados para liberarem energia livre. Exemplos: Algas e plantas Organismos Heterotróficos –
obtêm energia livre por meio da oxidação de compostos orgânicos (caboidratos, lipídeos e
proteínas) e dependem de organismos autotróficos para obterem tais compostos.

Exemplo: animais. Os organismos podem ser classificados segundo o agente oxidante utilizado
para a degradação dos nutrientes.

➢ Aeróbicos obrigatórios: usam O2


➢ Anaeróbicos: usam agentes oxidantes como sulfato e nitrato
➢ Aeróbicos facultativos: crescem na presença e na ausência de O2
➢ Anaeróbicos obrigatórios: são intoxicados na presença de O2 A grande parte do
metabolismo celular está focada em processos aeróbicos

Fontes de Energia
Por leis físicas a energia não pode ser criada, apenas transformada, sem ela não a realização de
trabalho, ou seja, supondo queuma célula não tenha energia, esta perde suas funções vitais
ocasionando a sua morte.

SUBSTANCIAS KCAL/mol
Piruvato 1-3 difosfato 15.960
Gliserato 15.060
Acetil coenzima A 12.000
Fosfocreatina 11.800
Adenozina Trifosfato 10.460
Adenozina difosfato 8.600
D-Glicose-frutosidio 6.570
Glicolise 1-PO4 4.900
Frutose 6PO4 3.000
Glicolise 6PO4 3.000
3-Fosfo-gliserato 3.000
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Essas moléculas fornecedoras de energia trabalham associadas a enzimas, realizando as interações


moleculares na obtenção das mais diferentes e profundas funções biológicas, encontradas nos
diferentes ciclos metabólicos como por exemplo o da uréia, o de Krebs e até nos mais
especializados como da rodopsina.

O ATP é sem dúvida a mais importante molécula fornecedora de energia, formando com o ADP
um sistema importantíssimo no transporte e armazenamento de energia, este é produzido por três
processos comuns “produtores” de energia para a elaboração da mesma:

1 - O sistema ATP-PC ou sistema de FOSFOGÊNIO;

2 - Glicólise anaeróbica;

3 - O sistema aeróbico.

No ciclo de Krebs os três processos aparecem de uma maneira

geral. A energia liberada pela desintegração das substâncias alimentares, e a energia liberada
quando a PC é desfeita são utilizadas

para refazer a molécula de ATP.

Os seres vivos em condições normais apresentam-se sob o ponto de vista termodinâmico como
sistema aberto, quando permite troca de energia como o meio envolvente, e que operam com
transformações cíclicas, onde o estado inicial e final são os mesmos, é irreversível, já que os
estágios iniciais e finais são iguais e os estágios termodinâmicos num sentido e no outro da
evolução não foram os mesmos. O que significa dizer que ao final de cada ciclo ou operação vital,
o organismo encontra-se nas mesmas condições termodinâmicas para repeti-lo. As trocas e
transformações energéticas são regidas pelos três princípios da termodinâmica, os quais presidem
os fenômenos da vida.

1º Princípio o de Meyer (ENTALPIA), estabelece as condições de indestrutibilidade e


impossibilidade de criação de energia, e que qualquer tipo de energia pode apenas ser transformada.
A maioria das reações biológicas ocorre com pressão constante, e a quantidade de energia é
designada por variação de entalpia, H.
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Quando o volume é constante diz-se que a transformação é exergônia, exotérmica e por isso
espontânea, então por convenção a variação de entalpia é representada pelo sinal negativo (-). De
acordo com o tipo de reação, o calor liberado é dito de combustão, de reação, de hidrólise, como
por exemplo na combustão da glicose. C6 H12 O6 + 6O2 ⇒ 6CO2 + H= - 637 Kcal/mol Ao
contrário a transformação é endergônica ou a reação é endotermica, portanto não espontânea, e sua
representação é feita com o sinal positivo (+).

Em todos os seres vivos organizados podem ser identificadas as transformações energéticas; a


energia química (alimentos) transformando-se em energia de calor (elevação térmica); a energia
mecânica (contração muscular) em calor (elevação de temperatura) e eletricidade
(bioeletrogênese); energia luminosa (aparelho visual) em elétrica (estímulo nervoso através do
7.2.3 Aspectos Biofísicos da Bioenergética 84 EaD UFMS BIOQUÍMICA nervo óptico); energia
elétrica (estímulo nervoso) em energia mecânica (contração muscular), energia sonora (audição)
em energia elétrica; energia mental (cálculos e pensamentos) em energia elétrica (ondas
encefalográficas). Ainda podendo ser distinguida como forma de energia a energia de concentração
(difusão por osmose). Todo organismo vivo se empenha em manter sua energia interna e, melhor
ainda, sua entalpia constante. Os gastos efetuados pelo organismo para o funcionamento de seus
órgãos são reparados através da ingestão de alimentos, tendo sempre um equilíbrio entre a energia
obtida dos alimentos e o trabalho realizado pelo organismo.

2º Princípio ou Princípio de Carnot (ENTROPIA), este princípio estabelece as condições


necessárias para que uma transformação possa se realizar e as conseqüências que venham a ocorrer.
Fundamentalmente toda evolução termodinâmica exige que haja um transporte ou transformação
de energia. Qualquer um desses dois aspectos implica na existência de uma fonte rica e outra pobre
de energia, de modo que não haverá transporte de material para a dentro ou para fora da célula se
não houver uma diferença de concentração entre os meios, então chamamos a diferença de energia
disponível para o trabalho (transporte) de energia livre.

Todas as transformações energéticas que ocorrem no ser vivo simbolizam a própria vida, exigindo
necessariamente uma fonte rica e outra pobre em energia. A entropia se manifesta com diferentes
tendências ao longo de ciclo vital. No anabolismo há o armazenamento de energia tendo uma
entropia negativa, no estágio há um equilíbrio no gasto de energia e entropia nula; já no
catabolismo, onde o gasto de energia é maior que a receita, a entropia é positiva.
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3º Principio, o de Wernst (ORDEM E DESORDEM), ressalta principalmente o valor das


estruturas na utilização da energia para que ocorram extensas e intensas transformações
bioenergéticas, com o mínimo de perda energética e com o máximo de rendimento.

A natureza utiliza moléculas tradutoras, transportadoras e transformadoras de energia. Nota-se às


aplicações da bioenergética no estudo de ciclos biológicos, onde sempre há utilização de energia,
alguns ciclos são:

➢ Transporte através de membranas - Por processo de difusão ou osmose, onde o grau de


concentração influi no sentido do ciclo. 7.2.4 Aplicações da Bioenergética EaD • UFMS
Introdução ao Metabolismo e Bioenergética 85
➢ Respiração - Na liberação de energia contida nos alimentos; através das mitocôndrias,
ocorre no hialoplasma a fase anaeróbica (glicólise) formando 2 moléculas de ATP, e na
fase aeróbica (Ciclo de Krebs + cadeia respiratória), ocorre no interior das mitocôndrias a
formação de 36 moléculas de ATP.
➢ Fermentação – É a liberação de energia dos alimentos na ausência de oxigênio. Podendo
ser alcoólica, acética (vinagre) ou láctica.
➢ Quimiossíntese# - Processo através do qual o ser autótrofo obtém energia por oxidação de
várias substâncias: H2 S, NH3 , HNO2 , H2 O, Fe++ dentre outras.

Enzimas
As enzimas são biomoléculas que atuam como catalisadores, sendo fundamentais para a regulação
do metabolismo. A maioria das enzimas são proteínas.

Enzimas são catalisadores biológicos responsáveis por aumentar a velocidade de uma determinada
reação química. Geralmente as enzimas são proteínas, mas existem alguns ácidos ribonucleicos
que atuam como enzimas, sendo chamados de ribozimas.

Para que possam aumentar a velocidade de uma reação, as enzimas devem se ligar a reagentes, os
quais são conhecidos como substratos. Por muito tempo, acreditou-se que essa ligação ocorria de
maneira bastante rígida, um modelo conhecido como chave-fechadura. Atualmente, no entanto,
aceita-se o modelo conhecido como encaixe induzido, o qual admite que leves mudanças ocorrem
na forma da enzima à medida que o substrato entra no sítio ativo.
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Classificação das enzimas


As enzimas podem ser classificadas em seis grupos, utilizando-se como critério o tipo de reação
que catalisam.

➢ Oxidoredutases: enzimas relacionadas com as reações de oxirredução.

➢ Transferases: catalisam a transferência de grupos de um composto para outro.

➢ Hidrolases: catalisam reações de hidrólise.

➢ Liases: atuam na adição de grupos a ligações duplas ou remoção de grupos formando uma
ligação dupla.

➢ Isomerases: catalisam reações de isomerização.

➢ Ligases: enzimas que provocam a degradação da molécula de ATP, usando a energia


liberada nessa reação para a formação de novos compostos.

Natureza química das Enzimas


Enzimas são moléculas orgânicas de natureza proteica e agem nas reações químicas das células
como catalisadoras, ou seja, aceleram a velocidade dos processos sem alterá-los. Geralmente são
os catalisadores mais eficazes, por sua alta especificidade. Sua estrutura quaternária é quem
determinará sua função, a que substrato ela se acoplará para acelerar determinada reação.

Nosso corpo é mantido vivo por uma série de reações químicas em cadeia, que chamamos de vias
metabólicas, nas quais o produto de uma reação serve como reagente posteriormente. Todas as
fases de uma via metabólica são mediadas por enzimas.

Quase todas as enzimas são de origem proteica, com exceção de algumas RNA catalíticas. Algumas
funcionam sem adição de nenhuma outra molécula à sua cadeia polipeptídica, outras necessitam se
ligarem a outro grupo, que chamamos de cofator, íons inorgânicos, ou a um grupo de moléculas
orgânicas que chamamos de coenzima (ácido fólico, vitaminas, por exemplo). Em alguns casos,
ela pode se ligar aos dois tipos e em outros podem sofrer alterações por processos como a
glicosilação ou fosforilação.
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Ela também diminui a energia de ativação, sem alterar o equilíbrio desta. A regulação da atividade
enzimática pode ser controlada pela própria célula, na codificação de proteínas, como por ela
mesma, variando de acordo com alguma molécula que se liga a ela.

No feedback negativo, o produto de uma via metabólica se liga a um sítio da enzima que está
catalisando tal reação, inibindo-a. Cada vez que aumenta a quantidade do substrato, ele se liga à
enzima e diminui a velocidade da reação. O inverso pode ocorrer, quando o produto se liga a um
sítio da enzima estimulando-a, por conseguinte aumenta a velocidade da reação. Chamamos de
feedback positivo. Esse tipo de interação muda a conformação da proteína e altera as ligações entre
ela e o substrato. Quem sofre este tipo de alteração, podendo ter duas conformações e sua atividade
modulada são as enzimas alostéricas. Existem outras formas da célula regular a atividade
enzimática, como a fosforilação e a glicosilação de alguns aminoácidos.
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Conclusão
A bioenergética retrata a bioenergia e suas transformações ligadas aos fenômenos biológicos,
utilizando-se de leis e princípios físicos da termodinâmica aplicados aos seres vivos. Ela preside a
todas as manifestações vitais, tudo que exprime trabalho só pode ser realizado mediante as
transformações energéticas.

Nos seres vivos estas transformações são provenientes da degradação metabólica de principalmente
carboidratos e gorduras. Os carboidratos são metabolizados pela glicolise e pelo ciclo de Krebs e
as gorduras apenas pelo ciclo de Krebs.

No que diz respeito aos objectivos específicos deste trabalho foram alcançadas concluindo que Os
catalisadores biológicos, produzidos pelas células, são conhecidos como enzimas. Eles são
altamente específicos e são utilizados para transformar os nutrientes em substâncias que possam
ser usadas pelas células.
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Referencias bibliograficas
Alberts, B; et al. Fundamentos da Biologia Celular. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 145-159 p.

Nelson, D. L; Cox, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5o ed. Porto Alegre: Artmed,


2011.183-233 p.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Enzimas"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biologia/enzimas.htm. Acesso em 03 de junho de 2023.

Silva, D. A. F. et al. Bioenergética do metabolismo celular: ATP e exercício físico. Revista


Brasileira de Fisiologia do Exercício – v.8, n.4 - outubro/dezembro 2009.

D'Angelo, F. S. Bioenergética e química celular. Jaleko Acadêmicos. Disponível em: <


https://www.jaleko.com.br>.

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