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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

1º Trabalho de Campo

Tema do Trabalho
Relação entre Saúde Reprodutivo e HIV/SIDA

Nome do Estudante: Nelson Marques Dos Anjos Daniel


Código do Estudante: 708225631

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Turma: H
Disciplina: Habilidades de Vida, saúde sexual
Reprodutiva
Ano de Frequência: 1º Ano
Docente: Elisa Rafael Sumane Pichem.

Chimoio, Setembro 2023

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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico 2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Capitulo I: Introdução................................................................................................................. 5

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 6

1.2.Geral ..................................................................................................................................... 6

1.3.Específicos ............................................................................................................................ 6

1.4.Aspectos metodológicos ....................................................................................................... 6

Capitulo II: Relação entre saúde sexual reprodutiva e HVI-SIDA. ........................................... 7

2.1.Práticas educativas em saúde sexual e saúde reprodutiva. ................................................... 8

2.2.Anticoncepção em pessoas vivendo com VIH/AIDS. .......................................................... 9

2.3.Causas, medidas de prevenção, sintomas e tratamento do HIV-SIDA. ............................. 10

2.4.Transmissão do HIV. .......................................................................................................... 11

2.5.Manifestações clínicas do SIDA. ....................................................................................... 11

2.6.Diagnóstico do Sida. ........................................................................................................... 12

2.7.Tratamento do Sida............................................................................................................. 12

2.8.O funcionamento do sistema imunológico ......................................................................... 13

2.9.Saúde sexual reprodutiva e HIV-sida em Moçambique. .................................................... 13

2.9.1.Impacto do HIV/SIDA em Moçambique. ....................................................................... 14

2.9.2.Problema de Saúde Sexual e Reprodutiva. ...................................................................... 15

2.9.3.Cuidados de Saúde Sexual e Reprodutiva. ...................................................................... 16

2.9.4.Direitos sexuais e reprodutivos ....................................................................................... 17

Capitulo: Conclusão ................................................................................................................. 18

3.1.Referências Bibliográficas. ................................................................................................. 19

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Capitulo I: Introdução
Apesar do rápido crescimento económico que se regista em muitos países, as disparidades
dentro dos países nas áreas de educação, saúde e nutrição permanecem muito elevadas e na
maioria dos países, subsistem desigualdades significativas nas dimensões não referentes à
renda, tais como em relação ao género e espaço. Histórica e culturalmente, a reprodução e o
cuidado dos filhos e da família foram estabelecidos como actividades inerentes ao papel social
da mulher. Entretanto, mudanças sociais e económicas, como a inserção e participação
expressivas da mulher no mercado de trabalho, reflectiram em mudanças do seu papel na
sociedade e na família. Essas suscitaram espaços para discussões acerca da descentralização
dos cuidados com os filhos como responsabilidade da mulher, ampliando e valorizando a
participação e envolvimento do homem neste processo.
A legislação respalda a presença do pai durante trabalho de parto, parto e pós-parto e garante
a permanência com a mãe e bebé em Alojamento Conjunto, o que favorece e fortalece o
vínculo afectivo entre pai, mãe e filho. Esse contexto remete a discussões acerca da saúde
sexual e reprodutiva e inclui a problemática decorrente do diagnóstico de infecção pelo HIV.
Essa problemática impõe a necessidade de planejamento com a utilização de biotecnologias,
como a reprodução humana assistida (RHA), bem como a forma de protecção da transmissão
sexual e a profilaxia da transmissão vertical do vírus quando a mulher é seropositiva.
Soma-se ainda a necessidade de conhecer a condição sorológica do casal – soro igual, quando
ambos vivem com VIH ou soro diferente, quando apenas um dos parceiros vive com o vírus,
dentre outros fatos. Diante do exercício da autonomia reprodutiva de casais que vivem com
HIV, seja na condição de soroigual ou soro diferente, determinadas questões exigem uma
resposta, uma vez que os casais desejam a gestação, mas têm medo pela infecção do filho ou
do parceiro/a. Tal intenção manteve associação estatística significativa com o fato de querer
ter filhos antes do diagnóstico de HIV. Na conclusão, o estudo evidenciou que a intenção de
paternidade permanece em muitos homens mesmo após o diagnóstico de HIV.

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1.1.Objectivos
1.2.Geral
 Conhecer as causas, as medidas de prevenção e asa formas de tratamento do Hiv-sida.

1.3.Específicos
 Definir o conceito de reprodução e de HIV-SIDA;
 Descrever os sintomas de HIV-SIDA;
 Identificar as causas, as medidas de prevenção e as formas de tratamento.

1.4.Aspectos metodológicos
Para a concretização do presente trabalho, recorreu-se a leitura o modulo que descreve
conteúdos sobre a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, artigos e manuais que
retratam sobre o HIV, jornais e a pesquisa na Internet.

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Capitulo II: Relação entre saúde sexual reprodutiva e HVI-SIDA.
Na perspectiva do homem, os achados revelaram que vivenciar a sorodiferença para o HIV na
vida conjugal conduziu seus desejos e escolhas reprodutivas, que perpassaram por
comportamentos para reduzir a transmissão do HIV. O planejamento reprodutivo e a opção
feita por mulheres está directamente influenciada por questões psicossociais e culturais. Para
os homens deste estudo, isso implicou na aceitação da gestação e adaptação aos cuidados
necessários na gestação no contexto do HIV (Gonçalves, 2009).
O planejamento de acções no serviço de saúde também perpassa a construção de vínculo e
confiança entre usuários e profissionais, visando minimizar as dimensões relacionadas ao
preconceito e estigma ainda presentes nessa relação. Por vezes, dificulta a revelação do
diagnóstico à equipe de saúde e o acesso ao serviço, e implica na culpabilização, quando os
profissionais interpretam que essa gestação poderia ou deveria ser evitada (Gonçalves, 2009).
Informações acerca dos riscos de transmissão do vírus a partir do conhecimento dos valores
de carga viral (detectável ou não detectável) seriam relevantes para minimizar culpa e medo.
A decisão dos homens em não ter mais filhos vai de encontro ao sentimento de paternidade
vivenciado positivamente nas situações em que não há a infecção pelo HIV e reflecte a
expectativa social de manifestação da virilidade masculina ao cumprir seu papel social de
reprodução da espécie.
A equidade entre homens e mulheres é fundamental para tornar realidade os Direitos
Humanos.
 Sexo refere-se a um conjunto de características genotípicas e biológicas e Género é um
conceito que se refere a um sistema de atributos sociais – papéis, crenças, atitudes e
relações entre mulheres e homens – os quais não são determinados pela biologia, mas
pelo contexto social, político e económico, e que contribuem para orientar o sentido do
que é ser homem ou ser mulher numa dada sociedade.
Portanto, o género é uma construção social e histórica. Na maioria das sociedades, as relações
de género são desiguais.
Para o pleno desenvolvimento de homens e mulheres, é importante a construção de parcerias
igualitárias, baseadas no respeito entre os parceiros e em responsabilidades compartilhadas.
Portanto, é fundamental o envolvimento dos homens com relação à paternidade responsável, à
prevenção de gestações não desejadas ou de alto risco, à prevenção das DST/HIV/Aids,
dividindo também com as mulheres as responsabilidades no cuidado dos filhos e na vida
doméstica.

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2.1.Práticas educativas em saúde sexual e saúde reprodutiva.
O enfoque educativo é um dos elementos fundamentais na qualidade da atenção prestada em
saúde sexual e saúde reprodutiva (Gonçalves, 2009).
Educar é um processo de construção permanente. Segundo o educador Paulo Freire (1996),
ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a
sua construção (Gonçalves, 2009).
Para o educador embora diferentes entre si, quem forma se forma e reforma ao formar e quem
é formado forma-se e forma ao ser formado. É nesse sentido que ensinar não é transferir
conhecimentos, conteúdos, nem formar é acção pela qual o sujeito dá forma, estilo ou alma a
um corpo indeciso e acomodado (Gonçalves, 2009). A partir dessa concepção, recomenda-se
que as práticas educativas façam uso de metodologia participativa, com abordagem
pedagógica centrada no sujeito. Para se obter bom resultado, no que se refere à saúde sexual e
à saúde reprodutiva, é importante considerar o conhecimento e experiência dos participantes,
permitindo a troca de ideias sobre sexualidade, reprodução, relacionamento humano e sobre
os factores socioeconómicos e culturais que influenciam nessas questões.
As acções educativas devem estimular as mulheres e os homens, adultos e adolescentes ao
conhecimento e ao cuidado de si mesmos, fortalecendo a auto-estima e a autonomia,
contribuindo para o pleno exercício dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos. Para que
esses valores e conceitos sejam incorporados, é fundamental que os profissionais aprendam a
acolher o discurso do outro, interagindo sem expressar juízo de valor – escuta activa – e a
reconhecer a subjectividade – que deve ser entendida como um conjunto de características
pessoais, emocionais e culturais que permitem a identidade própria e fazem do indivíduo
sujeito de suas acções (Paiva, 2012).
As estratégias educativas devem ser implementadas a partir da problematização das realidades
dos usuários, o que significa reflectir sobre as situações, questionando os fatos, fenómenos e
ideias, para compreender os processos e construir propostas e soluções no colectivo. E nesse
processo de problematização deve-se buscar envolver todos, ou seja, tanto os usuários quanto
os trabalhadores do serviço de saúde.
É necessário que se considere que cada pessoa envolvida no processo educativo tem
determinado conceito de saúde, visão de mundo, de corpo, de sexualidade, orientação sexual
etc. Além disso, também carrega diversos conhecimentos sobre sua saúde, autocuidado,
doenças e como evitar ou tratá-las. E cada um desses conceitos e conhecimentos deve ser
considerado no processo educativo, pois o reconhecimento e o acolhimento, por parte do

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grupo, de todos esses conceitos prévios são determinantes na construção da possibilidade de
um diálogo educativo, produtor de novos conhecimentos e novas práticas. As práticas
educativas tradicionais, tais como as “palestras”, não se mostram efectivas por não levarem
em conta as concepções prévias e situações de vida dos sujeitos envolvidos. A aprendizagem
significativa acontece quando aprender uma novidade faz sentido para nós. Geralmente isso
ocorre quando a novidade responde a uma pergunta nossa e/ou quando o conhecimento novo
é construído a partir de um diálogo com o que já sabíamos antes. Isso é bem diferente da
aprendizagem mecânica, na qual retemos conteúdos (Paiva, 2012).

2.2.Anticoncepção em pessoas vivendo com VIH/AIDS.


A orientação em planejamento reprodutivo para pessoas vivendo com o HIV/ AIDS deve
acontecer num contexto de respeito aos direitos sexuais e aos direitos reprodutivos dessas
pessoas e a escolha deve ser livre e informada. Além disso, essa orientação deve ser sempre
acompanhada de informações adequadas sobre a dupla protecção, que é dada pelo uso
combinado da camisinha masculina ou feminina com outro método anticoncepcional, com a
finalidade de promover, ao mesmo tempo, a prevenção de gravidez e a prevenção da
transmissão do HIV e de outras doenças sexualmente transmissíveis. As pessoas que vivem
com VIH/SIDA não precisam deixar de amar e de se relacionar sexualmente. A relação é de
responsabilidade de ambos (as) os (as) parceiros (as), no que se refere à prevenção e
transmissão do HIV e das demais DST (Paiva, 2012).
Viver a seropositividade de forma integral e com qualidade de vida tem sido uma conquista
conjunta da mobilização das pessoas vivendo com HIV/SIDA e de muitos profissionais de
saúde dedicados aos direitos humanos e à saúde. A reflexão sobre os direitos sexuais e os
direitos reprodutivos do portador do HIV, ou mesmo a disposição e capacitação de
profissionais de saúde para promover a saúde sexual e a saúde reprodutivas de portadores do
HIV/Aids, que se pressupõe indissociável da discussão de direitos, precisa ser discutida nos
serviços de saúde (Rodrigues, 2016).
Tanto para as mulheres quanto para os homens que vivem com HIV há o risco de nova
infecção quando se expõem novamente ao vírus, podendo se infectar com cepas distintas do
HIV, por isso é fundamental continuar se prevenindo e usando camisinha, mesmo em caso de
casais soro concordantes (ambos portadores do HIV). É provável que a maioria das mulheres
que contraiu o vírus tenha se infectado em relações sexuais sem protecção (Rodrigues,
2016).Esse dado reforça a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais,

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inclusive para pessoas que vivem com HIV/Aids. No início da epidemia de Aids, o risco de
transmissão vertical do HIV elevado impediu que profissionais de saúde e a sociedade
aceitassem o direito reprodutivo das mulheres infectadas pelo HIV.

2.3.Causas, medidas de prevenção, sintomas e tratamento do HIV-SIDA.


O SIDA é uma síndrome desencadeada pelo vírus HIV. Essa síndrome é o estágio mais
avançado da infecção, no qual o sistema imunológico não consegue mais defender o
organismo, deixando-o fragilizado e susceptível a diversas doenças oportunistas que podem
levar o indivíduo a óbito. A transmissão ocorre pela troca de fluídos corporais, como sémen,
secreções vaginais, sangue e leite materno (Gonçalves, 2009). A infecção por VIH pode ser
dividida em quatro fases: aguda, assintomática, sintomática inicial, Sida/doenças oportunistas
(Gonçalves,2009).
O diagnóstico da infecção por VIH é realizado por meio de exames laboratoriais específicos,
e, quando mais precoce ele for, mais eficaz será o tratamento. No entanto, é importante
destacar que essa infecção não tem cura, sendo o tratamento realizado com o objectivo de
reduzir-se a carga viral no organismo do doente, dando-lhe melhor qualidade de vida.
A aids pode ser prevenida tomando-se alguns cuidados, como uso de preservativos nas
relações sexuais e não compartilhamento de materiais perfurocortantes. No dia 1º de
Dezembro é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Aids (Gonçalves, 2009).

Segundo Gonçalves (2009), o HIV Vírus da Imunodeficiência Humana) é pertencente


à Família Retroviridae e Subfamília Lentivirinae. Os retrovírus, como o HIV, contêm uma
cadeia simples de RNA associada à enzima transcriptase reversa, a qual produz DNA tendo
como modelo o RNA viral. Esse DNA produzido sintetiza o RNA que constituirá o genoma
dos novos vírus formados na célula infectada. O HIV infecta as células de defesa do
organismo, principalmente os linfócitos T-CD4+, nos quais se réplica utilizando a maquinaria
presente nessas células. O vírus recém-formado é liberado da célula hospedeira através de seu
rompimento, podendo permanecer em seguida no meio extracelular ou infectando novas
células.

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De acordo com Gonçalves (2009), existem dois vírus denominados genericamente HIV que
podem causar a aids:
 HIV-1 e HIV-2

O HIV-1 é o mais frequente em todo o mundo, já o HIV-2 é menos comum e produz menor
quantidade de partículas virais no organismo do que o HIV-1. No entanto, o HIV-2
apresenta maior resistência a anti-retrovirais do tipo não nucleosídeos, uma classe de
medicamentos utilizada no tratamento da infecção por HIV no Brasil. É importante destacar
que um mesmo indivíduo pode apresentar uma infecção causada pelos dois tipos de vírus, os
quais se replicam simultaneamente no organismo, causando a chamada infecção conjunta ou
superinfecção (Gonçalves, 2009).

2.4.Transmissão do HIV.
A transmissão do HIV ocorre devido ao contacto com fluídos corporais (Gonçalves, 2009).
 Nas relações sexuais (sémen e secreções vaginais);
 No compartilhamento de materiais perfurocortantes que entram em contacto com o
sangue, como agulhas, alicates de unha, entre outros;
 Na transfusão de sangue, embora, actualmente, o sangue a ser utilizado em transfusões
passe por rigorosos testes para evitar esse tipo de transmissão;
Da mãe para o filho (transmissão vertical) pela gestação, pelo parto ou aleitamento materno;
No manuseio de materiais contaminados e sua possível contaminação por parte dos
profissionais de saúde (transmissão ocupacional).

2.5.Manifestações clínicas do SIDA.


Segundo Gonçalves (2009), a infecção por HIV pode manifestar-se de diferentes formas, as
quais podem ser divididas em quatro fases:

Infecção aguda
Ocorre de cinco a 30 dias após a exposição ao vírus. Nessa fase surgem sintomas que se
assemelham à gripe ou à mononucleose e duram cerca de 14 dias. Entre eles estão: febre,
fadiga, aumento dos gânglios linfáticos (adenopatia), faringite, cefaléia, suores nocturnos,
úlceras orais e genitais.
 Fase assintomática: após a fase de infecção oral, surge uma fase de estabilização, na
qual as manifestações clínicas são mínimas ou ausentes. No entanto, alguns indivíduos
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podem apresentar linfoadenopatia generalizada persistente, “flutuante” e indolor, que é
o aumento dos linfonodos em várias regiões do corpo, podendo ser persistentes ou
desaparecerem e voltarem de tempos em tempos, não causando dor.
 Fase sintomática inicial: surgem sinais e sintomas inespecíficos que podem durar mais
de um mês, os quais são conhecidos como complexos relacionados a aids (ARC), além
de ocorrer um aumento da carga viral e queda na contagem dos linfócitos T-CD4+.

Dentre os sinais e sintomas, podemos citar: sudorese nocturna, perda de peso, diarreia, fadiga,
linfoadenopatia generalizada, candidíase oral e vaginal, herpes simples recorrente, herpes
zóster, úlceras aftosas, gengivite, SIDA/Doenças oportunistas.

2.6.Diagnóstico do Sida.
O diagnóstico da infecção por HIV é realizado por meio de exames específicos, para realizá-
los, é necessária a colecta de sangue ou fluído oral. Os exames devem ser feitos, no mínimo,
30 dias após a exposição à situação de risco, como sexo desprotegido. Isso se deve ao fato de
que o exame busca detectar anticorpos produzidos pelo organismo contra o vírus, os quais
podem não ser detectados nesse período, denominado janela imunológica, resultando assim
em falso negativo (Gonçalves,2009).
Existem dois tipos de exames que podem ser realizados para o diagnóstico de HIV,
os laboratoriais e os testes rápidos. Os chamados testes rápidos são capazes de detectar
anticorpos contra o HIV em cerca de 30 minutos.

2.7.Tratamento do Sida.
A infecção causada pelo HIV não tem cura, no entanto, o tratamento reduz a carga viral no
organismo portador de forma a garantir uma melhor qualidade de vida e diminuindo também
as chances de transmissão da doença (Barbosa, 2011).
Existem dois tipos de medicamentos, chamados de anti-retrovirais, utilizados no tratamento
da doença no Brasil:
 Inibidores da transcriptase reversa
 Inibidores da protéase
 Os inibidores da transcriptase reversa atuam inibindo a replicação do HIV, bloqueando
a acção da enzima transcriptase reversa, a qual converte o RNA viral em DNA.
Os inibidores da protease inibem a acção da enzima protease, a qual atua na clivagem das
cadeias proteicas, produzidas pela célula infectada, em proteínas virais estruturais e enzimas
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que formarão cada partícula dos novos vírus. O tratamento apresenta melhores resultados
quando utilizados dois ou mais medicamentos de uma mesma classe farmacológica, o que se
denomina terapia combinada (Barbosa, 2011).

Prevenção contra o HIV.


Os usos de preservativos, seringas e agulhas descartáveis são forma prevenir-se contra o HIV.
Para prevenir-se contra o contágio pelo vírus HIV, deve-se tomar algumas precauções, como:
 Uso de preservativos, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais;
 Uso de seringas e agulhas descartáveis;
 Não compartilhar materiais perfurocortantes;
 Controle do sangue e derivados para uso em transfusões;
 Adopção de cuidados na exposição a material biológico;
 Realização de pré-natal adequado para prevenir a transmissão vertical.

2.8.O funcionamento do sistema imunológico


Nosso organismo reage todos os dias a ataques de diversos microrganismos, como os vírus e
as bactérias. Composto por milhões de células de tipos e funções diferentes, esse sistema é
responsável por fazer essa defesa. Principais alvos do HIV, os linfócitos T-CD4+ fazem parte
desse conjunto de células. A presença do vírus faz com que o sistema de defesa do organismo,
pouco a pouco, fique com sua capacidade de acção prejudicada, fazendo com que o corpo
fique mais vulnerável a doenças (Gonçalves, 2009).

2.9.Saúde sexual reprodutiva e HIV-sida em Moçambique.


Ter a informação, o poder e os meios para decidir se, quando e com que frequência engravidar
é um direito humano universal. Foi isso o que 179 governos acordaram na Conferência
Internacional de População e Desenvolvimento em 1994. Direito universal é aquele que se
aplica a todas as pessoas, em todo lugar, independentemente de renda, etnia, local de
residência ou qualquer outra característica (Nweti, 2004).
Poder de exercer os direitos reprodutivos depende, em parte, se a mulher vive na cidade ou
em uma área rural, qual seu nível de escolaridade e se ela é rica ou pobre. Uma mulher que
tenha estudado, vivendo em um domicílio rico em uma cidade, por exemplo, provavelmente:
 Terá acesso a diversas opções modernas de contraceptivos;

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 Terá poder de decidir se, quando e com que frequência engravidar; terá um parto
seguro em um hospital ou clínica sob os cuidados de um profissional de saúde. Por
outro lado, uma mulher pobre, pouco instruída e vivendo em uma área rural
provavelmente terá poucas opções para evitar a gravidez, se manter saudável durante a
gravidez ou dar à luz com a ajuda de um profissional qualificado.

E, ao buscar exercer seus direitos reprodutivos, ela pode encontrar obstáculos sociais e
institucionais que sua contraparte abastada, instruída e urbana talvez nunca encontre, ou possa
superar facilmente. As desigualdades em saúde sexual e reprodutiva estão relacionadas à
desigualdade económica. Na maioria dos países hoje o acesso à assistência à saúde sexual e
reprodutiva é geralmente menor entre os domicílios dos 20% mais pobres, e mais alto entre os
20% mais ricos. As pesquisas demográficas e de saúde sobre mulheres e homens em países
em desenvolvimento e alguns países desenvolvidos colectaram muitos dados sobre acesso à
saúde sexual e reprodutiva. Esses dados indicam diferentes níveis de desigualdade, embora
em alguns casos o acesso e os resultados tenham melhorado (Nweti, 2004).
As desigualdades regionais descritas anteriormente no que diz respeito à pobreza e ao acesso
à educação interagem claramente com o acesso à saúde, incluindo a saúde reprodutiva. O
acesso e a utilização de qualquer forma de contracepção são comparativamente baixos,
embora o inquérito mais recente revele melhorias em termos de rendimento e região no acesso
e utilização de métodos modernos de controlo de natalidade (Nweti, 2004).

2.9.1.Impacto do HIV/SIDA em Moçambique.


A taxa de infecção continua elevada, com uma estimativa nacional de 13% em 2015. Trata-se
de um aumento desde a realização do inquérito de 2009, que deu um número de 11,5%
(Mattos,2010).Mais uma vez, torna-se claro que a pandemia possui uma forte dimensão
regional. A taxa de infecção no Niassa foi de 7,8%, 5,7% em Nampula e 5,2% em Tete, mas
13,8% em Cabo Delgado, 15,1% na Zambézia e 22,9% em Maputo Província e 16,9% em
Maputo Cidade. De uma maneira geral, está claro que a pandemia está concentrada nas
províncias do sul e do centro e predominantemente nas zonas urbanas. Além do acima
exposto, os números gerais estão ainda mais concentrados no sul do que as taxas de infecção,
com mais de metade dos casos a registarem-se no sul e a infecção concentrada nas zonas
urbanas. Existe igualmente um gradiente claro nas taxas de infecção por idade, sendo que a

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faixa etária mais jovem (15-19) apresenta a taxa de infecção mais baixa de 4,3% (Gonçalves,
2009).
Este número aumenta sucessivamente pelos intervalos etários, atingindo o seu pico de 21,2%
no grupo etário 35-39 anos antes de reduzir lentamente e apresentar uma taxa de infecção de
12% nos da faixa etária de 50-59 anos (Mattos, 2010).
O HIV/SIDA tem uma importante dimensão de género na África Subsaariana, pois as
mulheres apresentam taxas de infecção significativamente mais elevadas. Na verdade, as
mulheres têm taxas de infecção vários pontos percentuais mais elevados que os homens. As
taxas de infecção dos jovens reflectem o mesmo padrão, embora felizmente em níveis de
infecção muito mais baixos. A taxa de infecção das mulheres jovens em 2015 foi de 6,5%,
enquanto para os homens jovens era de 1,5%. Na faixa etária mais seriamente infectada, 35-
39 anos, as taxas de infecção foram de 23,4 para mulheres e 17,5 para homens (Nweti, 2004).
É claro que a questão não é simplesmente a relativa falta de conhecimento das raparigas e
rapazes, mas sim a relativa falta de conhecimento dos pobres e não escolarizados, tanto
rapazes como raparigas. Também é importante notar que em nenhuma categoria o
conhecimento esteve acima dos 50%.

2.9.2.Problema de Saúde Sexual e Reprodutiva.


Situação ou condição relacionada com o sistema reprodutivo e suas funções, processo e
valores culturais das pessoas e seu meio ambiente, medida como riscam, doença, morte ou
incapacidade que persiste no futuro e é considerada indesejável (Nweti, 2004).
 Saúde Reprodutiva: É um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
apenas ausência de doença ou enfermidade, em todas as matérias relacionadas com o
sistema reprodutivo, suas funções e processos (Nweti, 2004).
 Saúde Sexual: É um estado de bem-estar físico, emocional, mental e social
relacionado com a sexualidade; não é meramente a ausência de doença, disfunção ou
enfermidade.
A saúde sexual requer uma abordagem positiva e respeitosa em relação à sexualidade e
relações sexuais, assim como a possibilidade de ter experiências sexuais seguras e que dão
prazer, livres de coerção, discriminação e violência. Para se atingir e se manter a saúde sexual
é necessário respeitar, proteger e satisfazer os direitos sexuais de todas as pessoas (Nweti,
2004).

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 Valores Culturais: São os valores que dão sentido à vida individual e colectiva dos
seres humanos de uma determinada sociedade regulando de forma padronizada os seus
comportamentos e relações (Nweti, 2004).

2.9.3.Cuidados de Saúde Sexual e Reprodutiva.


Ao longo de séculos, os cuidados de saúde sexual e reprodutiva foram praticados
tradicionalmente e continuam a ser prática médica curativa ocidental. Em 1976, Moçambique
adoptou a Política de Saúde baseada em cuidados de saúde primários e o grupo “mulheres e
crianças” foi definido como sendo o grupo mais vulnerável. Neste contexto, em 1977 foi
criada, dentro da Direcção Nacional de Saúde, a secção de Protecção à Saúde Materno-
Infantil (SMI) com ênfase para a atenção pré-natal, parto e pós-parto. Em 1978 foi incluída
nesta secção a componente Planeamento Familiar (PF). Em 1981 foi iniciada a formação de
enfermeiras de saúde materno-infantil (ESMI) de nível básico, parteiras elementares e
técnicos de cirurgia, que permitiram a expansão do serviço de SMI às unidades sanitárias
(US) do Serviço Nacional de Saúde (SNS) (Paiva, 2012).
Em 1990 o MISAU realizou a Conferência Nacional sobre a Maternidade sem Risco, que
introduziu o conceito de saúde reprodutiva, que incluiu (para além das componentes já
existentes: pré-natal, parto, pós-parto e PF) prevenção e tratamento das ITS's, infertilidade,
prevenção do aborto e tratamento das suas complicações, informação, educação e
aconselhamento e ainda diagnóstico e tratamento de cancros do sistema reprodutivo. Após a
realização da CIPD/Cairo em 1994 foram redefinidos os diferentes componentes do programa
de SR, que na prática continuava sendo SMI e PF. Nesta fase o MISAU inicia a política de
descentralização, integração e coordenação intersectorial e cria em 1995 o Programa Nacional
Integrado (PNI) de SMI/PF-PAV-SEA, que integra os Programas de Atenção à Mulher,
Criança e Adolescente. O MISAU aumenta também a colaboração com outros Ministérios
(Educação e Cultura, Plano, Juventude, Mulher e Acção Social, Justiça); com o Instituto de
Comunicação Social e com ONGs (AMODEFA, MULEIDE, AMOSAPU e outras). O
funcionamento do PNI desde 1996 permitiu um maior apoio às actividades de Saúde
Reprodutiva, estando ainda em curso o processo de transição dos programas verticais para o
PNI. Em 1997 realizou-se o IDS, e em 1998 foram realizados a avaliação das necessidades em
Maternidade Segura e um estudo de 90 casos de morte materna intra-hospitalar, que
permitiram a revisão e reformulação das estratégias da SR.

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2.9.4.Direitos sexuais e reprodutivos
Segundo Paiva (2012), os direitos sexuais e reprodutivos estão consagrados na Constituição
da República e outra legislação do nosso país e incluem os seguintes aspectos:
 Todos os cidadãos têm direito à assistência médica e sanitária e o dever de promover e
defender a saúde pública (Artigo 89 da Constituição);
 Todos os cidadãos têm direito à igualdade de acesso à assistência médica através do
Serviço Nacional de Saúde, nos termos do artigo 116 da Constituição da República;
 Todos os cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos
aos mesmos deveres, independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de
nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos pais, profissão
ou opção política (artigo 35 da Constituição da República).

Igualdade de Género.
O Homem e a Mulher são iguais perante a lei em todos os domínios da vida política,
económica, social e cultural, nos termos do artigo 36 da Constituição da República (Paiva,
2012).
 A maternidade é dignificada e protegida nos termos da Constituição e demais
legislação ordinária em vigor no Ordenamento Jurídico Moçambicano (artigo 120 da
Constituição da República);
 A Lei do Trabalho e o Estatuto Geral dos Funcionários do Estado, garante a protecção
da mulher trabalhadora nas situações de gravidez e de amamentação, nos termos do
previsto na Lei nº 8/98 de 20 de Julho (Artigos 74 e 75) da Lei do Trabalho; A lei
garante a gratuitidade dos cuidados médicos durante a gravidez, parto, transferência e
internamento (artigo 5, Lei nº 4/87 de 19 de Janeiro e Lei nº 2/77 de 19 de Janeiro -
Lei da socialização da medicina). A lei também garante a gratuitidade dos cuidados
preventivos, que inclui o planeamento familiar e atenção à criança até aos 5 anos;
 Política da população, aprovada pela resolução nº 5/99 de 13 de Abril, que estipula
como objectivo prioritário contribuir para o aumento da esperança de vida ao nascer
dos Moçambicanos, adoptando como estratégia a redução da mortalidade materna e
infantil;
 A Resolução nº 4/96 de 20 de Março do Conselho de Ministros aprovou a Política
Nacional da Juventude, que reconhece o direito dos jovens à informação, educação e
acesso aos serviços integrados de Saúde Sexual e Reprodutiva.

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Capitulo: Conclusão
Conclui-se com esse trabalho que o Homem e a Mulher são iguais perante a lei em todos os
domínios da vida política, económica, social e cultural, nos termos do artigo 36 da
Constituição da República de Moçambique. Na perspectiva do homem, a ocorrência do
processo reprodutivo na situação de sorodiferença para o VIH mobiliza sentimentos que o
desencorajam e promovem o pensamento de impossibilidade de ter filhos, o que decorre da
desinformação ou informações equivocadas a respeito do tema. O planejamento reprodutivo e
a opção feita por mulheres está directamente influenciada por questões psicossociais e
culturais. Para os homens deste estudo, isso implicou na aceitação da gestação e adaptação
aos cuidados necessários na gestação no contexto do HIV.
O planejamento de acções no serviço de saúde também perpassa a construção de vínculo e
confiança entre usuários e profissionais, visando minimizar as dimensões relacionadas ao
preconceito e estigma ainda presentes nessa relação. Por vezes, dificulta a revelação do
diagnóstico à equipe de saúde e o acesso ao serviço, e implica na culpabilização, quando os
profissionais interpretam que essa gestação poderia ou deveria ser evitada.
As acções educativas devem estimular as mulheres e os homens, adultos e adolescentes ao
conhecimento e ao cuidado de si mesmos, fortalecendo a auto-estima e a autonomia,
contribuindo para o pleno exercício dos direitos sexuais e dos direitos reprodutivos. Para que
esses valores e conceitos sejam incorporados, é fundamental que os profissionais aprendam a
acolher o discurso do outro, interagindo sem expressar juízo de valor – escuta activa – e a
reconhecer a subjectividade – que deve ser entendida como um conjunto de características
pessoais, emocionais e culturais que permitem a identidade própria e fazem do indivíduo
sujeito de suas acções.
É também evidente que Moçambique enfrenta grave epidemia de HIV dado o alto nível médio
de incidência e o fato de factores estruturais, como pobreza, desigualdade de gênero,
condições culturais e altos níveis de mobilidade da mão-de-obra, contribuíram todos para um
rápido e contínuo aumento de infecções de HIV no país.

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3.1.Referências Bibliográficas.
 Barbosa R. (2011).Sida envelhecimento e vulnerabilidades: uma nova agenda no
campo da Saúde Colectiva. In: Belkis T, Rosa TEC, organizadores. Nós e o Outro:
envelhecimento, reflexões, práticas e pesquisa. São Paulo: Instituto de Saúde; p.297-
320.
 Canesqui AM. (2 008).As Ciências Sociais e Humanas em Saúde na Associação
Brasileira de Pós-graduação em Saúde Colectiva. Physis. 18(2):215-250. 7.
 Gonçalves (2009).Vida reprodutiva de pessoas vivendo com HIV/aids: revisando a
literatura. Psicol. Soc.21(2):223-232.
 Mattos RS. (2010).Dimensões qualitativas na produção científica, tecnológica e na
inovação em Saúde Colectiva. Ciência. Saúde Coletiva.15(4):1945-1953.
 Ministério da Saúde (BR) (2008).Secretaria de Atenção à Saúde. Política Nacional de
Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília: Ministério da Saúde.
 Nweti (2004). Análise de Documentação sobre o Estigma e Discriminação
Relacionados com o VIH e SIDA em Moçambique. Maputo, pp. 11 a 16, Disponível
em file//
 Paiva V. (2012).Agentes Comunitárias de Saúde e a Atenção à Saúde Sexual e
Reprodutiva de Jovens na Estratégia Saúde da Família. Saúde Soc. 2012; 21(3):637-
650.
 Rodrigues, C. (2016). Estratégias de Resposta ao VIH/SIDA no Local de Trabalho.
Universidade Politécnica, Maputo. 27. Santos, João dos. 2014. Prevenir a Doença e
Promover a Saúde. Edição Digital Atlântico Press.

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