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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O estudo das funções orgânicas Funções orgânicas (conceito,


classificação e nomenclatura)

Mateus Elias Thaimo: 708233283

Curso: Lic. em Ensino de Biologia


Ano de frequência: 1º Ano
Turma:
Disciplina: Química Orgânica.
2º Semestre
Docente: dr. Rafael Narciso Amaral

Chimoio, Setembro de 2023


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 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)

Introdução  Descrição dos


1.0
objectivos

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.0
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos

 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação parágrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Recomendações de melhoria

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Índice
Conteúdos págs.
1.0. Introdução ................................................................................................................................ 5
1.1. Objectivos ................................................................................................................................ 6
1.2. Objectivo geral ......................................................................................................................... 6
1.3. Objectivos específicos ............................................................................................................. 6
1.4. Metodologia ............................................................................................................................. 6
2.0. Conceito de funções orgânicas................................................................................................. 7
3.0. Classificação das funções orgânicas ........................................................................................ 7
3.1. Hidrocarbonetos ....................................................................................................................... 7
3.2. Funções oxigenadas ................................................................................................................. 8
3.3. Funções nitrogenadas ............................................................................................................... 8
3.4. Funções halogenadas ............................................................................................................... 9
3.5. Representação do átomo de carbono........................................................................................ 9
3.6. Sulfuradas ................................................................................................................................ 9
3.7. Nomenclatura das funções orgânicas ..................................................................................... 11
4.1. Identificação e classificação dos elementos químicos ........................................................... 11
4.2. De acordo com Salvador (2006), a tabela periódica possui várias classificações, uma ........ 12
4.3. Estrutura da tabela periódica .................................................................................................. 13
5.0. Impacto dos compostos macromoleculares no meio ambiente .............................................. 15
6.0. Estrutura dos polímeros ......................................................................................................... 15
7.0. Reacções dos polímeros ......................................................................................................... 16
7.1. Polimerização por adição ou poliadição ................................................................................ 16
7.2. Polimerização por condensação ou policondensação ............................................................ 17
7.3. Polimerização por rearranjo ou polirrearranjo ....................................................................... 18
8.0. Classificação dos polímeros ................................................................................................... 19
8.1. Polímeros e a quantidade de monômeros............................................................................... 19
8.2. Quanto à natureza do polímero .............................................................................................. 19
8.3. Quanto ao método de obtenção .............................................................................................. 19
8.4. Quanto ao comportamento mecânico..................................................................................... 19
8.5. Classificação quanto ao tipo de cadeia: ................................................................................. 20

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8.6. Classificação quanto a configuração:..................................................................................... 20
8.7. Classificação quanto a conformação:..................................................................................... 21
9.0. Conclusão............................................................................................................................... 22
10. Referências bibliográficas ....................................................................................................... 23

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1.0. Introdução
O presente trabalho da cadeira de Química orgânica visa o estudo das funções orgânicas, tabela
periódica e a estrutura dos polímeros. As funções orgânicas são grupos de substâncias com
propriedades químicas muito semelhantes e que têm estruturas bem comuns. As cadeias
carbônicas são a base principal para entender a química orgânica, mas a existência de grupos
funcionais, que são sequências específicas de átomos, produz diferentes compostos.
Esses compostos são formados por átomos de carbono, motivo pelo qual também são chamados
de compostos carbônicos. As semelhanças dos compostos orgânicos são resultado de grupos
funcionais, que os caracterizam e nomeiam as substâncias de forma específica.
As funções orgânicas são grupos de compostos orgânicos que têm comportamento químico
similar, devido ao grupo funcional característico. Os compostos orgânicos se diferenciam dos
inorgânicos por apresentarem átomos de carbono distribuídos em cadeias ou átomos de carbono
ligados directamente a hidrogênio.
As principais funções orgânicas são: cetonas, aldeídos, ácidos carboxílicos, alcoóis, fenóis,
ésteres, éteres, aminas, haletos e hidrocarbonetos. A diferença entre os compostos orgânicos e os
inorgânicos é que eles apresentam átomos de carbono ligados diretamente a hidrogênio.
Assim, o metano (CH4) é um composto orgânico, mas o ácido carbônico (H2CO3). Os polímeros
são macromoléculas constituídas por unidades menores, os monômeros. Os monômeros ligam-se
entre si através de ligações covalentes.

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1.1. Objectivos
1.2. Objectivo geral
 Conhecer as funções orgânicas, tabela periódica e a estrutura dos polímeros.

1.3. Objectivos específicos


 Conceitualizar as funções orgânicas;
 Classificar as funções orgânicas;
 Descrever a nomenclatura das funções orgânicas;
 Explicar a estrutura da tabela periódica e o impacto dos compostos macromoleculares no
meio ambiente.

1.4. Metodologia
Para a realização do presente trabalho da cadeira de Química orgânica, a metodologia usada para
concretização deste trabalho foi a pesquisa bibliografia de várias literaturas relacionada com
Química orgânica e entre outros, e que estão citados na bibliografia todas as literaturas que
consultei para a realização deste trabalho.

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2.0. Conceito de funções orgânicas
As funções orgânicas são grupos de substâncias com propriedades químicas muito semelhantes e
que têm estruturas bem comuns. As cadeias carbônicas são a base principal para entender a
química orgânica, mas a existência de grupos funcionais, que são sequências específicas de
átomos, produz diferentes compostos (Barbosa, 2004).

3.0. Classificação das funções orgânicas


De acordo com Barbosa (2004), as funções orgânicas mais conhecidas, os grupos funcionais que
as identificam e os compostos que participam de cada uma delas:

3.1. Hidrocarbonetos
Para Barbosa (2004), os hidrocarbonetos são compostos orgânicos constituídos somente por
átomos de carbono e hidrogênio. Por isso, sua fórmula geral é CXHY. Nesta categoria estão
incluídos:
 Alcanos - apresentam ligações simples entre os átomos de carbono e as suas cadeias são
abertas, isto é, são saturados, acíclicos e homogêneos (Barbosa, 2004).
 Alcenos - são hidrocarbonetos que possuem uma ligação dupla em sua cadeia carbônica.
Esses elementos praticamente não são encontrados na natureza, sendo a produção feita em
laboratório (Barbosa, 2004).
 Alcadienos - também chamados de dienos, contêm duas ligações duplas entre os carbonos na
mesma cadeia, que é aberta (Barbosa, 2004).
 Alcinos - são compostos químicos insaturados e acíclicos em razão de uma tripla ligação em
sua cadeia carbônica (Barbosa, 2004).
 Ciclanos - são conhecidos também como cicloalcanos ou cicloparafinas, são hidrocarbonetos
de cadeia fechada e constituem-se apenas por ligações simples (Barbosa, 2004).
 Aromáticos - são classificados em monocíclicos e policíclicos, são compostos formados por
um ou mais anéis de benzeno (Barbosa, 2004).

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3.2. Funções oxigenadas
Peruzzo (2006), diz que outra classe que integra as funções orgânicas são as oxigenadas. Como a
sua nomenclatura sugere, são substâncias que têm átomos de oxigênio na cadeia carbônica.
Podem se subdividir em:
 Álcoois - composto cujo grupo funcional é a hidroxila (OH), que fica ligada a um carbono
saturado (que faz quatro ligações). Os principais são o etanol, usado na produção de
combustível, e o metanol - utilizado como solvente (Peruzzo, 2006).
 Fenóis - definem-se pela presença de uma ou mais hidroxilas ligadas a qualquer carbono de
um anel aromático. Eles se dissolvem em álcool e éter, e são corrosivos (Peruzzo, 2006).
 Éteres - altamente inflamáveis, são formados por oxigênio entre duas cadeias de carbono. O
éter etílico é mais conhecido, sendo usado também como anestésico (Peruzzo, 2006).
 Ácidos carboxílicos - caracterizam-se pelo grupo funcional carboxila, que é composto
através da junção dos grupos carbonila (C=O) e da hidroxila (OH). Podem ser encontrados
em vinagres e desinfetantes (Peruzzo, 2006).
 Aldeídos - marcados pela presença da carbonila na extremidade da cadeia. Neste caso, o
carbono faz ligação dupla com um oxigênio e um hidrogênio (Peruzzo, 2006).
 Cetonas - um dos compostos que fazem parte das funções orgânicas, apresenta o grupo
funcional carbonila (ligação dupla com oxigênio) no centro da cadeia (Peruzzo, 2006).
 Ésteres - originam-se a partir da substituição do hidrogênio do grupo hidroxila por outro
radical orgânico (Peruzzo, 2006).

3.3. Funções nitrogenadas


Para Canevarolo (2002), as funções nitrogenadas são aquelas que possuem pelo menos um átomo
de nitrogênio em suas cadeias carbônicas. Entre elas, encontram-se:
 Aminas - derivam da substituição de um ou mais hidrogênios da amônia (NH3) pelos
hidrocarbônicos (alquilas ou arilas). Elas podem ser primárias, caso somente um hidrogênio
da amônia for trocado; secundária, se o processo ocorrer com dois hidrogênios; ou terciária,
quando todos os hidrogênios são substituídos (Canevarolo, 2002).
 Amidas - também surgem da amônia e apresentam ligação entre um grupo carbonila -
formado pela ligação dupla entre um átomo de carbono e um de oxigênio - e um nitrogênio
(N – C = O) (Canevarolo, 2002).

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 Nitrilas - compostos obtidos por meio da substituição do hidrogênio contido no gás
cianídrico (HCN) por outro radical orgânico. Elas ainda são chamadas de cianetos
(Canevarolo, 2002).
 Isonitrilos - substâncias criadas através da reação entre um hidrocarboneto - composto
gerado apenas por carbono e hidrogênio e o ácido isocianídrico (HNC) (Canevarolo, 2002).
 Nitrocompostos - compostos orgânicos que caracterizam-se pela presença de um ou mais
grupos nitro (NO2) ligados a uma cadeia de carbono (Canevarolo, 2002).

3.4. Funções halogenadas


Salvador (2006), diz que estes são mais conhecidas como haletos orgânicos, são compostos que
mantêm em sua cadeia carbônica pelo menos um átomo que participa do grupo chamado de
halogênios, a exemplo do flúor (F), cloro (Cl), bromo (Br) e iodo (I). Este mesmo átomo
encontra-se ligado a um radical derivado de um hidrocarboneto. As funções orgânicas
halogenadas são classificadas em:
 Haleto de alquila - surge quando o halogênio liga-se a um carbono saturado de um
hidrocarboneto alifático (de cadeia aberta). Por isso, sua fórmula geral é R – X (Salvador,
2006).
 Haleto de arila - é formado no momento que o halogênio une-se diretamente a um anel
aromático. A fórmula geral é Ar – X (Salvador, 2006).

3.5. Representação do átomo de carbono


Configuração do átomo de carbono, elemento responsável pela formação dos compostos que
fazem parte das funções orgânicas (Salvador, 2006).

3.6. Sulfuradas
Barbosa (2004), afirma que as sulfuradas ou tiocompostos são funções orgânicas que possuem
um ou mais átomos de enxofre em sua cadeia carbônica. Os principais deste tipo são:
 Ácido sulfônico - classe de compostos definida pelo grupo funcional sulfônico (SO3H) e
podem ser obtidos através da reação entre um hidrocarboneto e o ácido sulfúrico (Barbosa,
2004).

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 Tioalcoóis - derivam do álcool, pois o oxigênio do grupo hidroxila (OH) é substituído por
um átomo de enxofre (Barbosa, 2004).
 Tioéteres - compostos que se assemelha à estrutura dos éteres, mas apresentam dois radicais
orgânicos ligados a um átomo de enxofre (Barbosa, 2004).

Fonte: Barbosa (2004).

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3.7. Nomenclatura das funções orgânicas
As regras de nomenclatura definidas pela IUPAC:
 Hidrocarbonetos: formado por prefixo (de acordo com o número de carbonos), infixo
(indicando o tipo de ligação) e sufixo (simplesmente “o”) - metano, butano, propeno;
 Álcoois: radical + terminação “ol” (metanol, butanol etc.);
 Fenóis: “hidroxi” + nome do hidrocarboneto aromático (hidroxibenzeno);
 Éteres: radical aldoxi (menor) + hidrocarboneto (metóxi-metano, que é o éter dimetílico);
 Ácidos carboxílicos: “ácido” + hidrocarboneto + “óico” (ácido metanólico, por exemplo);
 Aldeídos: radical + terminação “al” (metanal, butanal);
 Cetonas: radical + terminação “ona” (butanona, propanona);
 Ésteres: radical menor + “ato” + “de” + radical maior + “a” (propanoato de metila);
 Anidridos: “anidrido” + nome dos ácidos que deram origem ao composto, em ordem
alfabética (anidrido butanoico-pentanóico). Se os ácidos forem iguais, não é preciso repetir
(anidrido etanoico, por exemplo, formado por dois ácidos etanoicos);
 Aminas: nome dos radicais + “amina” (metilamina, metilfenilamina);
 Amidas: radical + “amida” (etanoamida).

4.0. Tabela periódica


A tabela periódica é uma ferramenta que agrupa todos os elementos químicos, organizados
sistematicamente de acordo com suas propriedades químicas e físicas. A versão mais recente da
tabela, utilizada pela União Internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC), é composta por
118 elementos químicos (Barbosa, 2004).
Actualmente, a tabela periódica é organizada em 7 linhas horizontais (períodos) e 18 linhas
verticais (grupos ou famílias), mas nem sempre foi assim. Até chegarmos a esse modelo, ela
sofreu diversas transformações e contribuições de vários cientistas (Barbosa, 2004).

4.1. Identificação e classificação dos elementos químicos


Cada elemento químico da tabela periódica é identificado por um número atômico, que
corresponde ao número de prótons (carga positiva) do átono do elemento. Quando o átomo
estiver em seu estado fundamental, o número de elétrons (carga negativa) sempre será igual ao
número de prótons (Barbosa, 2004).

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O hidrogênio (h) é o primeiro elemento da tabela periódica porque possui apenas 1 próton. Logo
a direita do hidrogênio vem o hélio (He), com número atômico 2, depois vem o lítio (Li), com
número atômico 3 e assim sucessivamente (Barbosa, 2004).
O hidrogênio também serve como referência para determinar o peso atômico de um elemento,
que é o número de vezes que um átomo de um elemento é mais pesado que um átomo de
hidrogênio (peso 1) (Barbosa, 2004).

4.2. De acordo com Salvador (2006), a tabela periódica possui várias classificações, uma
delas é quanto a natureza física dos elementos químicos:
 Metais: representam a maior parte dos elementos químicos da tabela periódica e possuem
características como boa condução de energia e calor; brilho metálico; solidez em condições
ambientais, exceto o Mercúrio (Hg) e; maleabilidade. Pertencem a categorias dos metais:
prata (Ag), ouro (Au), ferro (Fe), cobre (Cu), sódio (Na) e zinco (Zn) (Salvador, 2006).
 Não metais ou ametais: Os ametais possuem características opostas ao metais como estado
físico variável (podem ser sólidos, gasosos ou líquidos); má condutividade de energia e calor
e; inflexibilidade. São exemplos de ametais: carbono (C), fósforo (P), oxigênio (O), bromo
(Br), enxofre (S), flúor (F), iodo (I), nitrogênio (N) e astato (At) (Barbosa, 2004).
 Semimentais ou metaloides: esses elementos possuem características mistas dos metais e
ametais como condutibilidade elétrica mediana, brilho metálico moderado, alta temperatura
de fusão e possibilidade de fragmentação. São semimetais: Arsênio (As), boro (B), germânio
(Ge), antimônio (Sb) e telúrio (Te) (Barbosa, 2004).
 Gases Nobres: chamados de sangue azul, os gases nobres, possuem apenas uma condição
física, gás, e são e encontrados de forma isolada na natureza. São exemplos: criptônio (Kr),
hélio (He), neônio (Ne), argônio (Uuo) e xenônio (Xe) (Barbosa, 2004). (Peruzzo, 2006).
(Canevarolo, 2002). (Salvador, 2006).
 Hidrogénio: Diferente dos demais elemento da tabela periódica, o hidrogênio não se
enquadra em nenhuma das categorias e são altamente inflamáveis e insolúveis em água.
Ao organizar a tabela periódica em ordem crescente de número atômico, Moseley estruturou
os elementos químicos formando colunas horizontais (períodos) e verticais (famílias ou
grupos) (Barbosa, 2004).

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4.3. Estrutura da tabela periódica
Período - são as sete linhas horizontais da tabela periódica indicam a quantidade de camadas
eletrônicas que os átomos de um elemento possui. Podem existir infinitas camadas eletrônicas,
mas na prática foi identificado que os elétrons ocupam sete camadas, nomeadas pelas letras K, L,
M, N, O, P e Q (Barbosa, 2004).
 1º Período: 2 elementos;
 2º Período: 8 elementos;
 3º Período: 8 elementos;
 4º Período: 18 elementos;
 5º Período: 18 elementos;
 6º Período: 32 elementos;
 7º Período: 32 elementos.
Por exemplo, o boro (B) está no segundo período e possui duas camadas eletrônicas, já potássio
(K) e ferro (Fe) estão no quarto período e possuem quatro níveis eletrônicos (K, L, M, N) e assim
vai.

Grupo ou famílias - são as 18 linhas verticais da tabela periódica são chamadas de grupos ou
famílias. Os elementos do mesmo grupo possuem propriedades físicas e químicas parecidas e
abrigam a mesma quantidade de elétrons na camada de valência (Salvador, 2006).
De acordo com as regras da União Internacional da Química Pura e Aplicada (IUPAC), as
famílias da tabela periódica devem ser ordenadas de 1 a 18. Mas ainda é possível encontrar
tabelas periódicas que classificam as famílias dos elementos químicos em A (representativos) B
(transição) (Salvador, 2006).
 Família 1A (Grupo 1): metais alcalinos (exceto hidrogênio);
 Família 2A (Grupo 2): metais alcalino terrosos;
 Família B (Grupo 3 à 12): metais de transição;
 Família 3A (Grupo 13): família do boro;
 Família 4A (Grupo 14): família do carbono;
 Família 5A (Grupo 15): família do nitrogênio;
 Família 6A (Grupo 16): calcogénios;
 Família 7A (Grupo 17): halogênios;

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 Família 0 ou 8A (Grupo 18): gases nobres.

Blocos - são os elementos da tabela periódica também podem ser classificados em S, P, D e F,


classificados de acordo com os elementos que possuem o elétron de mais energia no mesmo
orbital atômico (Barbosa, 2004).
 Bloco s: hidrogênio (h) e grupos 1 e 2;
 Bloco p: grupos 13 ao 18;
 Bloco d: grupos 3 ao 12;
 Bloco f: séries dos lantanídeos e dos actinídeos.

Fonte: Peruzzo (2006).

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5.0. Impacto dos compostos macromoleculares no meio ambiente
Os polímeros são considerados os grandes vilões ambientais, pois podem demorar séculos para
se degradarem e ocupam grande parte do volume dos aterros sanitários. Os polímeros,
popularmente chamados de plásticos, são macromoléculas com longas cadeias moleculares,
possuindo unidades químicas ligadas covalentemente e que se repetem ao longo da cadeia
(Barbosa, 2004).
Ademais, a falta de incentivos, de infraestrutura para a reciclagem e a má gestão desse resíduos,
faz com que os polímeros sejam descartados de forma indevida no meio ambiente; contribuindo,
portanto, para a degradação do mesmo. Por conseguinte, o descarte inconsciente destes na
natureza pode provocar entupimentos de valas e bueiros que geram enchentes e desabrigam
pessoas, principalmente os moradores de ruas; em oceanos, os polímeros podem provocar sérios
danos à vida marinha, uma vez que a ingestão do mesmo por animais aquáticos, muitas vezes,
acarreta sua morte e, futuramente, sua extinção (Barbosa, 2004).

6.0. Estrutura dos polímeros


Polímeros (poli=muitos e meros=partes): são macromoléculas formadas pela combinação de
monômeros (mono=um e meros=partes). A combinação entre os monômeros envolve
rompimento e formação de ligações, podendo ou não liberar pequenas moléculas (Canevarolo,
2002).
Os polímeros são considerados como macromoléculas constituídas a partir de monômeros, que
são unidades menores. Estes ligam-se entre si através de ligações covalentes.

Fonte: Canevarolo (2002).

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7.0. Reacções dos polímeros
7.1. Polimerização por adição ou poliadição
Formação de uma macromolécula pela combinação de monômeros, iguais ou diferentes, sem que
ocorra eliminação de átomos ou pequenas moléculas. A reação de adição é caracterizada pelo
rompimento da ligação pi entre carbonos e formação de ligações sigma entre carbonos (Barbosa,
2004).

Fonte: Canevarolo (2002).

Se o polímero for constituído de um só monômero, ele será denominado homopolímero e, se for


constituído de mais de um monômero, copolímero.
Exemplos de polímeros

Fonte: Salvador (2006).

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7.2. Polimerização por condensação ou policondensação
Formação de uma macromolécula pela combinação de monômeros, iguais ou diferentes, que
ocorra eliminação de átomos ou pequenas moléculas. Os grupos funcionais de dois monômeros
reagem formando uma nova função orgânica e contribuem para o aumento da cadeia carbônica
(Barbosa, 2004).

Fonte: Peruzzo (2006).

Amido - é composto pela condensação de milhares moléculas de glicose (C6H12O2), com a perda
de uma molécula de água. Trata-se da principal fonte de energia das plantas e das algas.

Fonte: Barbosa (2004).

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A proteína é a mais importante das macromoléculas biológicas, compondo mais da metade do
peso seco de uma célula. Está presente em todo ser vivo e tem as mais variadas funções. Ela é
um polímero de aminoácidos que pode atuar como enzimas, catalisando reações químicas,
podem transportar pequenas moléculas ou íons; podem ser motoras para auxiliar no movimento
em células e tecidos; participam na regulação gênica, ativando ou inibindo; estão no sistema
imunológico, entre outras centenas de funções. Praticamente todas as funções celulares
necessitam de proteínas para intermediá-las.

Fonte: Barbosa (2004).

7.3. Polimerização por rearranjo ou polirrearranjo


A polimerização por rearranjo se assemelha à polimerização por condensação, que ocorre reação
entre os monômeros e eliminação de átomos ou pequenas moléculas, mas diferem no mecanismo
de reação. As reações de rearranjo são caracterizadas pela mudança da posição dos átomos na
mesma molécula (Barbosa, 2004).
"Os polímeros de rearranjo são aqueles em que pelo menos um de seus monômeros sofre
rearranjos em sua estrutura química à medida que ocorre a reação de polimerização.
O exemplo mais importante desse tipo de polímero é o poliuretano ou poliuretana. O poliuretano
é formado pela reação entre o di-isocianato de parafenileno e o etilenoglicol, conforme a reação
abaixo:"

Fonte: Barbosa (2004).

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8.0. Classificação dos polímeros
Para Barbosa (2004), a classificação dos polímeros pode seguir quanto a quantidade de
monômeros, quanto à natureza, método de obtenção e comportamento mecânico. Assim, temos:

8.1. Polímeros e a quantidade de monômeros


 Homopolímero: polímeros derivados de apenas um mesmo tipo de monômero;
 Copolímero: polímero derivado de dois ou mais tipos de monômeros.
8.2. Quanto à natureza do polímero
 Naturais: são os que podem ser encontrados na natureza. Exemplos: borracha,
polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose) e a proteína;
 Sintéticos: são polímeros artificiais, produzidos em laboratório, geralmente a partir do
petróleo. Exemplos: polimetacrilato de metila (acrílico), polietileno, polipropileno e
policloreto de vinila (PVC). Com eles, é possível produzir inúmeros materiais de origem
plástica, como pneus, isopor, chiclete e silicone (Barbosa, 2004).

8.3. Quanto ao método de obtenção


 De adição: obtidos a partir de adição constante de monômeros. O exemplo tem-se os
polissacarídeos, que são formados por vários monômeros de monossacarídeos. Ainda há
também as proteínas, formadas a partir de monômeros de aminoácidos;
 De condensação: serão obtidos através da adição de dois monômeros diferentes, eliminando-
se uma molécula de álcool, ácido ou água durante polimerização (Barbosa, 2004).
 De rearranjo: são polímeros que resultam de rearranjos em suas cadeias e estruturas. Esse
rearranjo acontecerá durante a polimerização (Barbosa, 2004).

8.4. Quanto ao comportamento mecânico


 Borrachas (ou Elastômetro): podem ser naturais ou sintéticos. A principal característica é a
elasticidade. A natural é obtida da seringueira, no Brasil, através de cortes ao longo do
tronco. Através dos cortes, obtém-se o látex. Por outro lado, as sintéticas são originadas a
partir de dois diferentes monômeros. Mais resistentes, são usadas no comércio para produzir
materiais de vedação e mangueiras (Salvador, 2006).

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 Plásticos: geralmente usando-se petróleo para sua produção, o plástico pode ser tanto
termorrígidos, como termoplásticos. Os termorrígidos, quanto aquecidos, tornam-se
insolúveis e infusíveis, assumindo forma tridimensional, não retornando à forma antiga. Já os
termoplásticos possuem a capacidade de restabelecimento da forma para tratamento e
moldagem repetidas vezes, bastando reaquecimento (Peruzzo, 2006).
 Fibras: podem ser naturais ou sintéticas. As naturais são obtidas a partir do bicho-da-seda,
folhas, frutos, algodão ou até linho. Já as sintéticas são originadas a partir do poliéster,
poliacrílico ou poliamida (Peruzzo, 2006).

8.5. Classificação quanto ao tipo de cadeia:


Os polímeros podem possui cadeias lineares, ramificados ou reticulados. Os materiais de cadeia
linear são formados por macromoléculas formadas em uma única direção (podemos citar como
exemplo o PEAD), já os que possuem cadeia ramificada são aqueles os quais possuem outras
cadeias “anexas” à cadeia principal (podemos citar como exemplo o PEBD).
Os polímeros que possuem reticulações em suas cadeias são conhecidos como termofixos, neles
há a ligação primária presente na cadeia principal e também nas reticulações, ou seja, a força de
atração entre as moléculas é elevada, fazendo com que esse material não possua a propriedade
que os termoplásticos possuem de ser reprocessado mediante aquecimento e fusão do material.
Caso este tipo de material sofra aquecimento há o rompimento da força de atração entre as
moléculas e o material degrada (são exemplos de termofixos as resinas fenólicas, silicones, entre
outros) (Peruzzo, 2006).

8.6. Classificação quanto a configuração:


A configuração de uma cadeia polimérica diz respeito ao arranjo espacial das moléculas e das
ligações intramoleculares. A configuração dos polímeros é formada durante a reação de
polimerização e não pode ser alterada posteriormente, caso isso ocorra, há ruptura das forças de
atração entre as moléculas que formam o material, causando a degradação do mesmo.
Os arranjos de configuração podem ser, por encadeamento, isomeria cis / trans / vinil e taticidade
(sindiotático, isotático ou atático) (Barbosa, 2004).

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8.7. Classificação quanto a conformação:
A conformação de uma cadeia polimérica diz respeito ao arranjo geométricos espaciais que a
cadeia polimérica pode adquirir. A conformação pode ser dos tipos aleatória ou enrodilhada, zig
- zag planar e helicoidal ou espiral (Salvador, 2006).

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9.0. Conclusão
Para o presente trabalho da cadeira de Química orgânica conclui se que, as funções orgânicas são
agrupamentos de substâncias químicas de acordo com o Grupo Funcional que elas possuem, uma
parte da sua estrutura com características próprias. Essas funções podem ser os hidrocarbonetos,
ésteres, álcoois, cetonas, aminas, ácidos carboxílicos e outros, sendo que cada uma possui sua
utilidade no nosso cotidiano.
Os polímeros são considerados os grandes vilões ambientais, pois podem demorar séculos para
se degradarem e ocupam grande parte do volume dos aterros sanitários. Os polímeros,
popularmente chamados de plásticos, são macromoléculas com longas cadeias moleculares,
possuindo unidades químicas ligadas covalentemente e que se repetem ao longo da cadeia
(Barbosa, 2004).
Ademais, a falta de incentivos, de infraestrutura para a reciclagem e a má gestão desse resíduos,
faz com que os polímeros sejam descartados de forma indevida no meio ambiente; contribuindo,
portanto, para a degradação do mesmo. Por conseguinte, o descarte inconsciente destes na
natureza pode provocar entupimentos de valas e bueiros que geram enchentes e desabrigam
pessoas, principalmente os moradores de ruas; em oceanos, os polímeros podem provocar sérios
danos à vida marinha, uma vez que a ingestão do mesmo por animais aquáticos, muitas vezes,
acarreta sua morte e, futuramente, sua extinção (Barbosa, 2004).

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10. Referências bibliográficas
1. Barbosa, L. C. (2004). Introdução à Química Orgânica. 7ª Edição. São Paulo: Prentice Hall.
2. Peruzzo, F. M. (2006). Química na Abordagem do Cotidiano. 4ª Edição. São Paulo:
Moderna.
3. Canevarolo S. V. (2002). Ciência dos Polímeros: um texto básico para Tecnólogos e
Engenheiros. 6ª Edição. São Paulo, Editora Artiliber.
4. Salvador, E. (2006). Química, volume único. 1ª Edição. São Paulo. Editora Saraiva.

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