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3.1.1 Resina
É a parte não volátil da tinta, que serve para aglomerar as partículas de
pigmentos e é responsável pela transformação do produto, do estado líquido
para o sólido, convertendo-o em película.
3.1.2 Pigmentos
Material sólido finamente dividido e insolúvel. São utilizados para dar cor,
opacidade, certas características de resistência e outros efeitos.
São divididos em pigmentos activos, que conferem cor/opacidade, e inertes
(cargas), que conferem certas propriedades, tais como diminuição de brilho e
maior consistência.
3.1.3 Aditivos
Ingredientes que proporcionam características especiais às tintas. São utilizados
para auxiliar nas diversas fases de fabricação e conferir características
necessárias à aplicação. Os aditivos são para auxiliar na secagem da tinta.
Os aditivos mais comuns são os secantes, molhados, antiespumantes,
plastificantes, dispersantes, engrossantes, bactericidas, e outros.
3.1.4 Solventes
Líquido volátil, geralmente de baixo ponto de ebulição, utilizado na diluição de
tintas e correlatos.
Os solventes são utilizados em diversas fases de fabricação das tintas, ou seja,
para facilitar o empastamento dos pigmentos, regular à viscosidade da pasta de
moagem, facilitar a fluidez dos veículos e das tintas prontas na fase de
enlatamento. Na obra empregam-se solventes para melhorar a aplicabilidade da
tinta, alastramento, etc. Entre os solventes mais comuns estão a água, aguarrás,
álcoois, acetonas, xilol e outros.
3.3.1 Estabilidade
Ao abrir a lata verificar se não há excesso de sedimentação, coagulação,
empedramento, separação de pigmentos ou formação de pele, de tal maneira
que não se torne homogénea através da simples agitação manual. A tinta nunca
deve apresentar odores pútridos ou vapores tóxicos.
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3.3.2 Rendimento/ Cobertura
Essas características são funções da qualidade e quantidade de resinas e
pigmentos utilizados na formulação da tinta. Essa análise é feita de forma
comparativa, através de amostras, verificando-se ainda a aplicabilidade (se a
tinta se espalha facilmente, com bom alastramento e nivelamento, sem ficar
marcas de pincel ou rolo), a durabilidade (resistência as intempéries, maior ou
menor tempo de sofrer alterações) e a lavabilidade (deve resistir a acção dos
agentes químicos domésticos, tais como, detergentes, água sanitária, etc.).
o Linha PVA
o Látex PVA: produto a base de resina de acetato de polivinila,
pigmentos e solventes. Sobre o reboco rende 10 a 12m 2/ litro/
demão;
o Massa Corrida: também a base de resina PVA, utilizada para
nivelar e corrigir imperfeições da superfície interna de reboco,
rende de 2 a 3m2/ litro;
o Líquido Selador: a base de resina de PVA, aditivos e solventes,
indicado para selar paredes internas de reboco absorvente,
uniformizando a absorção, rende 10 a 13m 3/ litro;
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o Líquido Brilho: aplicado a última demão, para regular o brilho da
parede, incolor após a secagem, melhora as condições de
lavabilidade;
o Corantes: vendidos em frascos plásticos, bisnagas, utilizados
para coloração de látex, acrílico e tintas solúveis em água e outras
em pó e também para colorir rejuntamentos de azulejos e pisos.
o Linha Acrílica
o Látex Acrílico: apresenta semi-brilho e é fosco. A base é de
resina acrílica estirenada, pigmentos, aditivos e solventes,
indicado para pinturas de reboco, blocos de betão, amianto, massa
acrílica, massa corrida e repinturas. Rende 12 a 15m2/ litro/ demão;
o Massa Acrílica: também a base é de resina acrílica estirenada,
pigmentos, aditivos e solventes. Para nivelar imperfeições de
reboco, blocos, betão. Rende 2 a 2,5m2/ litro/ demão;
o Verniz Acrílico: também a base é de resina acrílica estirenada,
pigmentos, aditivos e solventes. Indicado para betão aparente.
Rende 12 a 15m2/ litro/ demão;
o Selador Acrílico: a base é de resina acrílica estirenada,
pigmentos, aditivos e solventes. Indicado para pinturas externas e
internas, dando aparência texturada. Rende 1 a 2m2/ litro/ demão;
o Acrílico para Pisos: a base é de resina acrílica estirenada,
pigmentos, aditivos e solventes, utilizado em pisos de quadras
poliesportivas, áreas de estacionamento, quintais. Rende 4 a 6m 2/
litro/ demão.
o Vernizes
o Verniz Filtro Solar: a base de resinas alquídicas, aditivos e
solventes, indicado para pintura de superfícies internas e externas
de madeira. Rende 8 a 12m2/ litro/ demão;
o Verniz Poliuretano: também a base de resinas alquídicas,
aditivos e solventes, para madeiras internas e externas, com o
mesmo rendimento que a anterior;
o Verniz Copal: também a base de resinas alquídicas, aditivos e
solventes, indicado para interiores, com o mesmo rendimento;
o Selador para Madeiras: a base de resina nitrocelulose, aditivos e
solventes, para preparação das madeiras internas, com o mesmo
rendimento. São utilizados para fechar poros e criar uma base
melhor para a aderência e o acabamento do produto final.
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oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar,
identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter
suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas.
À primeira vista, uma parede interna ou uma fachada bem acabada aparenta
formar a base ideal para receber uma pintura, entretanto, a pintura sobre
superfícies de reboco ou de betão não é assim tão simples como parece,
constituindo-se num problema com muitos riscos e dificuldades. Os materiais de
construção empregados na preparação e no acabamento das paredes são
quimicamente agressivos, podendo, consequentemente, atacar e destruir as
tintas aplicadas sobre elas.
Por exemplo:
o Alcalinidade das paredes pode provocar a saponificação das tintas
formando manchas, com posterior amolecimento ou descascamento do
filme;
o Presença de água pode promover o aparecimento de bolhas e impedir a
aderência das películas, além de favorecer a formação de mofo;
o Porosidade irregular pode causar variações no brilho, na cor ou
prejudicar a aderência da tinta;
o Presença de sais minerais pode causar a formação de depósitos
cristalinos, descascamento, empolamento, etc.
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apropriada ao tipo da superfície. Além desses cuidados, outras considerações
devem ser levadas em conta em relação à superfície a ser pintada.
3.6.2 Pisos
Só podem ser pintados os tipos porosos, pois pisos vitrificados (betão liso,
ladrilhos, etc.) não proporcionam boa aderência. O piso deverá estar limpo e
seco, isento de impregnações (óleo, graxa, cera, etc.). Pisos de betão liso
(cimento queimado) devem ser submetidos a um tratamento prévio com solução
de ácido muriático e água (1:1), que terá a finalidade de abrir porosidade na
superfície. Após esse tratamento, o piso deve ser enxaguado, seco e então
pintado. O tratamento com ácido muriático é ineficaz sobre pisos de ladrilhos
vitrificados.
3.6.3 Madeira
Deve ser limpa, aparelhada, seca e isenta de óleos, graxas, sujeiras ou outros
contaminantes. Madeiras resinosas ou áreas com nós devem ser seladas com
verniz. Procedimento aconselhável é selar a parte traseira e cantos da madeira
antes de instalá-la, para evitar a penetração de humidade por esse lado. Uma
cuidadosa vedação de furos, frestas, junções é necessária para prevenir
infiltrações de água de chuva.
4.6.5 Alumínio
É um metal facilmente atacado por ácidos ou álcalis, e sua preparação deve
constar de uma limpeza com solventes para eliminar óleo, gordura, graxas, ou
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outros contaminantes. Aplicar inicialmente um primer de ancoragem para
garantir uma perfeita aderência do sistema de pintura.
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o Tabuleiros ou formas para espalhar a tinta.
o Saco plástico para lixo.
o Fato-macaco ou roupa confortável e para sujar.
o Boné.
o Luvas.
o Farrapos para limpar pingos de tinta.
A limpeza dos utensílios deve ser feita com o próprio diluente utilizado na tinta.
Para preservar sua saúde aconselha-se o uso de equipamentos de segurança
adequados, como óculos, máscaras e luvas para o manuseio e a aplicação deste
tipo de produto.
o O aço também não deve ser pintado com sua superfície muito aquecida
pelo sol. Isso causará bolhas na tinta aplicada.
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o A exposição da tinta ou do equipamento ao sol, causará uma reacção
muito rápida na catálise do produto, que poderá provocar o entupimento
da mangueira e a perda na qualidade da tinta aplicada.
3.9.1 Descascamento
O descascamento ocorre quando a primeira demão de látex não foi diluída
convenientemente. Ocorre também quando se utiliza sobre caiação, que é uma
camada de pó, quando a pintura é executada directamente sobre superfícies
empoeiradas ou com partes soltas. É necessária a limpeza da superfície,
raspando, escovando e aplicando um selador.
3.9.2 Desagregamento
Caracteriza-se pelo descolamento da tinta da superfície, juntamente com partes
do reboco, esfarelando-se.
Ocorre quando a tinta é aplicada sobre reboco novo, não curado e pode ser
evitado aguardando-se o período mínimo de 30dias entre a sua conclusão e o
início da pintura.
3.9.3 Eflorescência
São manchas esbranquiçadas que surgem se a pintura for aplicada sobre
superfícies húmidas, sejam elas, reboco, novo ou velho, betão, fibrocimento e
tijolos. A secagem do reboco pela eliminação de água sob forma de vapor, que
arrasta o hidróxido de cálcio do interior para a superfície, onde se deposita,
causando a mancha.
O problema persiste enquanto a humidade e os sais solúveis não forem
eliminados e pode ser evitado aguardando-se um período mínimo de 30dias
após a conclusão do reboco para o início da pintura.
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3.9.5 Fissuras
Normalmente ocorre pelo tempo insuficiente de hidratação da cal antes da
aplicação do reboco ou camada muito grossa do reboco ou ainda, excesso de
cimento na mistura com a consequente retracção.
3.9.7 Bolhas
Ocorrem normalmente, quando for utilizada massa corrida PVA em exteriores,
material que é indicado apenas para superfícies internas, quando a tinta não é
correctamente diluída, se for utilizada massa corrida muito fraca, quando a
superfície depois de lixada não é devidamente limpa de poeiras.
Desvantagens
o Demora um pouco mais para secar que a pigmentada;
o Não é resistente a água, borra se entrar em contacto com água.
Desvantagens
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o Custo mais alto;
o Só funciona bem em cartuchos que estão em perfeito estado;
o Por causa dos pigmentos é mais fácil ocorrer entupimento.
Notas:
Metragem da pintura (m2)
Dividida por: rendimento do produto (m2/galão/demão) = quantidade de galões
necessários para efectuar a pintura de uma demão.
Não esquecendo que normalmente se utilizam 2 a 3 demãos de tinta em uma
pintura.
Questionário
7. Suponha que pretende-se pintar uma área igual a 160m2, de uma parede
pintada de Rosa Choque. Nº de demãos = 3; A = 160m 2 e Qte = 20L
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CAPÍTULO V –PLÁSTICOS
5.1.1 Termoplásticos
É um material polimérico sintético (polímero artificial de elevada massa
molecular, resultante das reacções químicas de polimerização), que quando
sujeito à acção de calor, apresenta alta viscosidade e facilmente se deforma
podendo ser remodelado e novamente solidificado mantendo a sua nova
estrutura. Estes materiais são altamente recicláveis.
5.1.2 Termofixos
São plásticos (polímero artificial) cuja rigidez não se altera com a temperatura,
diferente dos termoplásticos que amolecem e fundem-se. A determinadas
temperaturas, o polímero termofixo se decompõe.
Esta impossibilidade de fusão dificulta o desenvolvimento de um processo
adequado de reciclagem destes polímeros.
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5.1.3 Elastómeros
São polímeros, que na temperatura ambiente podem ser alongados até duas ou
mais vezes seu comprimento e retornam rapidamente ao seu comprimento
original ao se retirar a pressão. Possuem, portanto, a propriedade da
elasticidade. Comummente são conhecidos como borrachas.
Este material é de reciclagem complicada pela incapacidade de fusão.
5.2.1 Vantagens
Não se pode generalizar, no entanto, os plásticos apresentam como vantagens
o pequeno peso específico, são isolantes eléctricos (apresentando possibilidade
de coloração), relativo baixo custo, a facilidade de adaptação a produção em
série, estão imunes a corrosão e requerem de manutenção simples.
5.2.2 Desvantagens
Como desvantagens apresenta fraca resistência aos esforços de tracção, ao
impacto, a dilatação, a deformação sob carga, a rigidez, a resistência ao calor e
as intempéries.
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o Poliuretano
Usado para molduras e perfis de acabamento, caixas d'água e
drenagem de solo.
o Poliestireno
Tem superfícies brilhantes e polidas, resiste pouco ao calor e é
quebrado devido à pouca flexibilidade, bastante utilizado em
aparelhos de iluminação mais económicos. Existe o polietileno de alto
impacto, mais resistente, utilizado na fabricação de assentos
sanitários, bancos, e peças hidráulicas (sifões, válvulas e outras).
o Polietileno
Tem baixo custo e é de fácil trabalhabilidade, é flexível e tem fracas
propriedades mecânicas e baixa resistência ao calor. Grande
utilização sob a forma de folhas de rolo, para protecção de paredes,
lajes e materiais contra a chuva, cobertura de equipamentos,
formação de pequenos lagos para represamento, etc.
o Nylon
É um dos plásticos mais nobres e de melhor qualidade. Usado como
reforço de telhas plásticas, em buchas de fixação e como ferragens
para armários (dobradiças, trincos, puxadores, etc).
o Fiberglass
É a combinação de vidro com resina poliéster ou com epóxi e
melaminas. Convenientemente projectado, forma uma estrutura
semelhante ao betão onde a resina seria betão e as fibras de vidro as
armaduras. Pela facilidade de moldagem é bastante utilizado no
fabrico de banheiras, pisos de Box, pias, reforço em conexões de
PVC, reparos em tubulações de ferro fundido, como telhas e também
como camada impermeabilizante em lajes.
o Acrílicos
São plásticos nobres, de qualidade óptica e aparência semelhante ao
mais fino vidro. Podem ser leitosos, utilizados para difusão de luz nos
aparelhos de iluminação, box de banheira, etc.
o Resina Epóxi
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São aplicadas principalmente como revestimento por sua dureza e
resistência para o betão (tintas anti-corrosivas, pintura em pó como
base).
o Hypalon e o Neoprene
São elastómeros ou borrachas sintéticas usadas para
impermeabilização, apresentando boa qualidade de resistência a
intempéries, a luz solar e ao calor.
O hypalon é revestimento aplicado aos rolos, pincéis ou pulverização
sobre vários tipos de superfícies, impermeabilizando.
O neoprene possui diversas aplicações, como gaxetas, para vedação
de paredes e esquadrias, em juntas de expansão e como base
antivibratória.
o Silicones
São obtidos a partir de silício e especialmente indicados para a
protecção de superfícies sujeitas a intempéries. A aplicação do
silicone confere ao azulejo, tijolo, reboco ou betão uma tensão
superficial sensivelmente menor que a água. A silicone sem ter a sua
tensão superficial rompida, escorre a superfície sem encharca-la.
Essa aplicação tem o nome de hidrofugação. Como o betume, as
silicones são utilizados em vedação de juntas as mais diversas.
o Policarbonato
Utiliza-se para coberturas e fachadas em que se deseje efeito de
transparência.
Questionário
1. Defina plásticos.
3. Refira-se as aplicações do
a) PVC
b) Nylon
c) Fiberglass
d) Silicone
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CAPITULO VI - MADEIRAS
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Assim, um corte transversal num tronco de árvore, permite observar que este é
formado por vários anéis circulares concêntricos, que correspondem ao
crescimento da árvore e que organizam a sua estrutura:
o casca: protecção externa da árvore, formada por uma camada externa
morta, de espessura variável com a idade e as espécies, e uma fina
camada interna, de tecido vivo e macio, que conduz o alimento preparado
nas folhas para as partes em crescimento.
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6.2 Propriedades Físicas das Madeiras
6.2.1 Higrospicidade
Capacidade da madeira para absorver humidade da atmosfera envolvente e de
a perder por evaporação (retracção).
Ph − P0
H= 100%
P0
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6.2.2 Flexibilidade
Capacidade da madeira para flectir por acção de forças exercidas sobre si, sem
quebrar.
6.2.3 Durabilidade
Propriedade que mede a resistência temporal da madeira aos agentes
prejudiciais, sem putrificar.
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se a proximidade de nós ou ao crescimento das fibras em forma de
espiral. A serragem da peça em plano inadequado pode produzir peças
com fibras inclinadas em relação ao eixo. As fibras reversas reduzem a
resistência da madeira.
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6.7.1 Madeiras maciças
o madeira bruta ou roliça: empregada em forma de tronco, servindo para
estacas, escoramentos, postes, colunas.
Estas madeiras, que não passaram por um período longo de secagem,
ficam sujeitas a retracção transversal que provoca rachaduras nas
extremidades. Para evitar rachaduras nas extremidades, recomenda-se
revestir as secções de corte com alcatrão ou outro impermeabilizante.
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o madeira serrada: é o produto natural mais utilizado. O tronco é cortado
nas serrarias, em dimensões padronizadas para o comércio, passando
depois por um período de secagem. Apresenta limitações geométricas
tanto em termos de comprimento quanto em dimensões da secção
transversal.
As madeiras serradas são vendidas em secções padronizadas, com
bitolas nominais em centímetros ou polegadas.
6.8 Produção
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6.8.1 Corte e desdobro
O corte da madeira deve ser feito preferencialmente no período do inverno,
época que a vida vegetativa das árvores é reduzida e a quantidade da seiva que
nutrem fungos e insectos destruidores da madeira é menor.
A madeira cortada neste período seca melhor e mais lentamente, reduzindo o
aparecimento de fendas causadas pela retracção. De seguida, passa-se ao
desdobro, etapa onde são obtidos pranchões com espessura entre 7 e 20cm.
6.8.2 Secagem
A madeira contém quantidades variáveis de água. Logo de derrubada, a
percentagem de água é bastante elevada, que influencia significativamente no
peso da madeira.
O grau de humidade é o peso da água contida na madeira expresso como uma
percentagem do peso da madeira seca em estufa a 103±2ºC ou ainda, seca ao
ar, que consiste em empilhar as madeiras, onde haja perfeita circulação de ar.
6.8.3 Preservação
Os produtos químicos utilizados nos processos de preservação da madeira
devem apresentar toxidez suficiente para afastar organismos xilófagos.
6.8.3.1 Preservativos Oleosos e Óleos Soluveis
o Creosoto de alcatrão da hulha: é um produto destilado do alcatrão
procedente da carbonização da hulha betuminosa, ä altas temperatura.
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o Creosato de lignito: devido a sua reduzida densidade obtém-se boas
penetrações durante o tratamento sob pressão.
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na madeira se contrai e então ocorre a absorção do líquido
preservativo.
o Processo com pressão: os processos de impregnação com
pressões superiores à atmosférica são os mais eficientes em razão
da distribuição e penetração mais uniforme do preservativo na
peça tratada. Há maior controlo do preservativo absorvido,
resultando na garantia de uma protecção efectiva com economia
de preservativos.
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E não é utilizada como estrutura permanente pelos seguintes aspectos:
o material fundamentalmente heterogéneo e anisotrópico;
o Madeira de coníferas: fck = 20 a 30 MPa; ftk = 26 a 45 MPa; peso
específico 5 a 6 kN/m3
o Madeira de dicotiledôneas: fck = 25 a 70 MPa; ftk = 32 a 80 MPa;
peso específico 6 a 10 kN/m3
o pouca durabilidade quando não são tomadas medidas preventivas;
o instabilidade dimensional;
o material combustível;
o ecologicamente incorrecto; porque ela melhora a qualidade do ar pela
fixação do CO2; mantêm da biodiversidade de fauna e flora associadas;
reduz de áreas erodidas e do transporte de sedimentos;
o muito sensível ao ambiente;
o material caro.
Notas:
Considera-se a madeira “comercialmente seca” logo que o seu teor de água
atinja os 20%.
Pelo processo de secagem ao ar, o teor de água pode descer cerca de 18 a
14%, dependendo das condições ambientais.
Para utilizações que requerem teores de água baixos, por exemplo (8 a 12%), é
geralmente necessário proceder a uma secagem artificial.
o Madeira dessecada: 0% < h < 14% (em geral, só por secagem artificial)
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Questionário
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