Você está na página 1de 60

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I

AULA 13
MARA RÉGIA FALCÃO VIANA ALVES
TINTAS E VERNIZES

 Tinta é uma mistura estável de uma parte sólida (que forma


uma película aderente à superfície a ser pintada) e um
componente volátil (água ou solventes orgânicos).
 Uma terceira parte denominada aditivos é responsável pela
obtenção de propriedades importantes, embora represente
uma pequena percentagem da composição.
 Quando a composição não contém pigmentos é denominada
verniz.
TINTAS X VERNIZES
 Por ter pigmentos a tinta cobre o substrato, enquanto o
verniz o deixa transparente.

Tinta - Verniz
HISTÓRICO
 Pré-História – Função decorativa - decoração de cavernas,
tumbas e corpos.
 Egito antigo – Cores. Pigmentos naturais e sintéticos.
 China - Tinta de escrever. Nanquim.
 Roma - Alvaiade. Ascensão e queda. Técnica perdida.
 Idade Média – Redescoberta. Propriedade do artesão.
 Revolução Industrial - Expansão e produção em larga
escala.
 Século XX - A tecnologia a serviço das tintas. Químicos
desenvolveram novos pigmentos e resinas sintéticas.
 Brasil – Indígenas utilizavam pigmentos orgânicos.
Industrialização no final do século XIX. Tintas Hering e
Usina São Cristóvão.
FUNÇÃO
 Proteção e decoração de objetos ou superfícies.
 Acabamento e Estética: na arquitetura comercial/residencial.
 Imagem e Qualidade: Desempenha efeito na comunicação,
no estado de espírito e resultado de serviços.
 Higiene: Principalmente para hospitais, preparação de
alimentos. Tons mais claros para sinalização de assepsia.
 Sinalização viária e industrial.
 Segurança: Usado em indústrias, convenção de cores.
 Vermelho – Incêndio / Amarelo – Gás / Cinza Escuro – Eletrodutos
 Azul – Ar comprimido / Cinza Claro – Vácuo / Laranja – Produtos Ácidos
 Púrpura – Produtos Alcalinos / Branca – Vapor / Verde – Água
CONSTITUINTES DA TINTA
Componentes básicos: pigmentos, resina, solvente e aditivos.

Veículo da tinta
CONSTITUINTES DA TINTA
 Pigmentos (responsáveis pelo
controle da cor, brilho, poder
de cobertura e pela resistência
e permeabilidade da película).
 Veículos (responsáveis pela
diluição e pela formação do
filme da tinta).
 Não voláteis
 Voláteis
 Aditivos (atuam como
espessantes, agentes
coalescentes, agentes
dispersantes, etc.)
CONSTITUINTES DA TINTA
PIGMENTOS

 Substâncias sólidas,
insolúveis, orgânicas ou
inorgânicas, e que dão ao
filme seco as propriedades de
cor, cobertura, resistência
aos agentes químicos e à
corrosão. (NBR 12554/2013).
PIGMENTOS
 Material sólido finamente dividido, insolúvel no meio.
 Utilizado para conferir cor, opacidade ou poder de
cobertura, além de outros efeitos (como proteção dos
metais ferrosos contra a corrosão).
 A propriedade de encobrir o substrato no qual a tinta é
aplicada está associada às propriedades das partículas
de absorverem ou refletirem a luz.
 Dimensões de, aproximadamente, 0,1µm a 5µm.
 Orgânicos ou inorgânicos.
PIGMENTOS
Responsáveis pelas propriedades mecânicas, de brilho e de
resistência aos produtos químicos e ao envelhecimento.

Propriedades:
 Opacidade.
 Poder corante.
 Estabilidade à luz.
 Estabilidade ao calor.
 Estabilidade aos agentes de corrosão ou propriedades
anti-corrosivas.
PIGMENTOS
Orgânicos - Produtos vegetais e animais. Podem ou não
apresentar solubilidade.
 Solúveis: possuem alto poder de tingimento, são mais caros e
mais tóxicos – também chamados corantes.
 Exemplos: ftalocianinas azuis e verdes, quinacridonas violeta
e vermelha.

Inorgânicos – Terras coloridas. Influem no aspecto da pintura


(cor e textura).
 Inertes ou cargas – funções: enchimento, textura, resistência
à abrasão (carbonato de cálcio, talco).
 Ativos – funções: Promover cor (dióxido de titânio, óxidos de
ferro), Propriedade anticorrosiva (zarcão, cromato de zinco),
Reflexivos: alta reflexão na região do infravermelho (esferas
de vidro).
PIGMENTOS MAIS COMUNS
VEÍCULOS
VOLÁTIL
Solventes e diluentes

NÃO VOLÁTIL
Óleos e resinas
VEÍCULOS
Voláteis – Solventes e diluentes
 Evaporam durante o processo de
secagem.
 Reduzem a viscosidade e facilitam A secagem de uma
a aplicação. tinta não é apenas a
 Concedem homogeneidade à evaporação da parte
película. volátil, mas também
 Melhoram a adesão à base e atuam a cura e o
sobre a secagem. endurecimento dos
óleos ou a sua
Não voláteis – Óleos e resinas polimerização (ou
 Permitem a formação da película ainda a combinação
sólida.
 Responsáveis pela adesão e
dos dois efeitos).
secagem, durabilidade e resistência
química e mecânica da pintura.
ÓLEOS E RESINAS
ÓLEO RESINAS
• Substância termo-
plástica e termo-
• Substância endurecível,
líquida, de • Má condutora de
aspecto eletricidade,
viscoso. • Insolúvel em água,
• Podem ser naturais,
artificiais e sintéticas.
RESINA
 A resina é o aglutinante das partículas sólidas.
 Responsáveis pela maioria das características físicas e
químicas da tinta.
 As resinas são formadoras da película da tinta (filme).
 Determinam as propriedades das tintas como
resistência química e física, secagem, aderência,
brilho, flexibilidade e durabilidade, tornando a resina
o principal componente da tinta.
 As resinas mais usuais são as alquídicas, epoxídica (ou
epóxi), poliuretânicas, acrílicas, poliéster, vinílicas e
nitrocelulose.
RESINA
 Nas tintas imobiliárias, as resinas podem ser
classificadas de acordo com o solvente utilizado.
 Em tintas à base de água, as resinas mais utilizadas são
os látex vinílicos (também conhecida como acetato de
polivinil – PVA) e acrílicos,
 Em tintas à base de solvente orgânico são as resinas
alquídicas, também conhecidas no mercado por
esmaltes sintéticos e tintas a óleo.
SOLVENTES E DILUENTES
SOLVENTES DILUENTES
• São líquidos
voláteis, que
• Líquidos
permitem dissolver
adicionados aos
a resina
solventes com o
possibilitando a
objetivo de
obtenção do
melhorar as
veículo.
características de
• São responsáveis
aplicação.
pelo aspecto
líquido da tinta.
SOLVENTES
 São voláteis e não se tornam parte do filme seco da tinta.
 Utilizados para dissolver a resina, tornar a suspensão fluida
e proporcionar viscosidade adequada para a aplicação das
tintas.
 Facilitam o contato entre as superfícies (suspensão -
substrato), garantindo aderência do filme.
 Ajustam as propriedades de cura permitindo a formação
adequada do filme e influem na aparência final da tinta,
como o brilho.
 Controlam a reologia e as propriedades da aplicação.
 O teor é corrigido conforme a necessidade momentos antes
da aplicação e varia conforme a absorção (porosidade) e
rugosidade do substrato.
SOLVENTES
 Solventes e diluentes mais usados:
 Água
 Hidrocarbonetos (alifáticos, aromáticos, naftalênicos)
 Solventes oxigenados (alcoóis, cetonas éter, ésteres)
 Solventes clorados (cloreto de metileno, tetracloreto,
etc.)

 A maioria dos solventes orgânicos utilizados nas tintas


é prejudicial à saúde, apresentam COVs/VOCs
(Compostos Orgânicos Voláteis) e apenas um número
limitado destes solventes são adequados para
revestimentos.
ADITIVOS
Substâncias eventualmente incorporadas, em pequena
percentagem, nas tintas e vernizes e produtos similares,
com o fim de lhes alterar acentuadamente determinadas
características.

Os aditivos compreendem uma enorme quantidade de


componentes, que quando incorporados às tintas em
pequenas proporções, normalmente menores que 5%,
conferem-lhe importantes propriedades.
ADITIVOS
 Secantes;
 Catalisadores;
 Antipeles;
 Espessantes;
 Antiescorrimento;
 Surfactantes;
 Dispersantes;
 Antiespumantes;
 Nivelantes;
 Biocidas;
 Estabilizantes de ultravioleta.
ADITIVOS

GUIA TÉCNICO AMBIENTAL TINTAS E VERNIZES - SÉRIE P+L


FORMAÇÃO DO FILME
O filme da tinta pode ser formado:
 Por secagem, onde ocorre apenas a evaporação do
solvente.
 Por cura, que ocorre pela reação da resina com um
agente endurecedor.
TIPOS DE TINTAS
 Os tipos de tintas variam mais do que apenas em cores,
elas podem ser separadas em 2 tipos. Uma de “BASE
ÓLEO OU SOLVENTE” e outra de “BASE ÁGUA”.
 As tintas de Base Óleo ou Solvente possuem o
solvente como parte volátil (Líquido), Resina e
pigmentos como parte não volátil (Sólido).
 As tintas de Base Água (Látex) possuem a água e um
solvente orgânico como volátil, Resina e Pigmentos
como parte não volátil.
TINTA BASE ÓLEO OU SOLVENTE
As vantagens das tintas a base de solvente são:
 Proporciona melhor cobertura na primeira demão.
 Adere melhor a superfícies que não estão muito limpas.
 Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a
tinta pode ser aplicada com pincel antes de começar a
secar).
 Depois de seca apresenta maior resistência à aderência
e a abrasão.
TINTA BASE ÁGUA
As vantagens das tintas à base de água são:
 Melhor flexibilidade em longo prazo,
 Maior resistência a rachaduras e lascas,
 Maior resistência ao amarelecimento, em ares
protegidas da luz do sol,
 Exala menos cheiro,
 Pode ser limpa com água,
 Não é inflamável.
VERNIZES
 Ausência de pigmentos
 Menor durabilidade devido a ausência dos pigmentos
 Usada com mais frequência em madeiras
 Pode ser usada em concreto, deck de piscina, peças de
artesanatos, e outras superfícies.

Verniz Stains ou Seladora


VERNIZ X STAIN
Verniz
 “Poro fechado”
 Cria uma película de proteção
espessa e esconde os veios da
madeira.

Stains ou Seladora
 “Poro aberto”
 Penetram nas fibras da madeira.
 Têm baixa formação de filme.
 Acompanham os movimentos
naturais da madeira sem formar
trincas ou descascar.
CARACTERISTICAS DESEJÁVEIS
 Facilidade na aplicação
 Rápida secagem
 Boa aderência
 Resistência e durabilidade depois de seca
 Proteção duradoura do substrato
 Fraca toxidade
 Boa resistência à lavagem
 Aspecto decorativo agradável à vista.
CARACTERISTICAS E QUALIDADE
 Estabilidade: é a propriedade que o produto deve ter em
manter-se inalterado durante seu prazo de validade. Válido
pra embalagens que não forem abertas.
 Cobertura: é a capacidade que o produto possui em ocultar
a cor da superfície em que for aplicado. A diluição interfere
diretamente nesta propriedade, razão pela qual a diluição
deve ser feita conforme indicado pelo fabricante. Esta
propriedade não se aplica aos vernizes.
 Rendimento: é a área que se consegue pintar com um
determinado volume de tinta. Geralmente é expresso em
m²/galão.
CARACTERISTICAS E QUALIDADE
 Aplicabilidade/pintabilidade: é a característica que se
traduz em facilidade de aplicação, isto, é o produto não
deve oferecer dificuldade em sua utilização.
 Nivelamento/alastramento: é a propriedade que a tinta
possui de formar uma película uniforme, sem deixar
marcas de aplicação.
 Lavabilidade: é a qualidade que a tinta deve ter em resistir
a limpeza com produtos de uso doméstico, tais como sabão,
detergentes, e outros, possibilitando a remoção de manchas
sem afetar a integridade da película.
 Durabilidade: é a resistência que a tinta deve ter sob a
ação das intempéries (sol, chuva, maresia e etc.). Levando
um tempo para sofrer alterações em sua película.
CARACTERISTICAS DESEJÁVEIS
Especialmente para interiores:
 Boa resistência aos agentes agressivos
 Boa resistência ao choque
 Aspecto decorativo pretendido

Especialmente para exteriores:


 Boa resistência à intempéries
 Boa aderência à base
 Estabilidade da cor
 Neutralidade química em relação à base e vice-versa
 Aspecto decorativo pretendido
PRODUÇÃO DE TINTAS
 Proporcionamento de matérias-primas para obter
propriedades desejadas.
 Formulação: aproximadamente 15 substâncias
químicas diferentes.
 Uma fábrica de tinta necessita de 750 a 1000 matérias
primas diferentes.
 Conhecimento da formulação permite prever algumas
propriedades, mesmo assim é necessária a realização
de ensaios de desempenho.

https://www.youtube.com/watch?v=dhA90xKRoqk
Tinta capaz de matar superbactérias
resistentes a antibióticos
 Segundo os pesquisadores, a tinta poderá ser aplicada em
instrumentos cirúrgicos, móveis e mesmo nas paredes dos
hospitais.
 O segredo do aditivo para a tinta está na mistura
de nanotubos de carbono com a lisostafina, uma enzima
natural .
 Ao contrário de outros revestimentos antimicrobianos, a
cobertura é tóxica somente para a MRSA, não depende de
antibióticos e não sofre lixiviação, ou seja, não libera
substâncias químicas no ambiente ao longo do tempo.

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tinta-
mata-superbacteria-mrsa&id=010160101018#.XuAj3kVKjIU
Pele de tubarão vira tinta para revestir
aviões e geradores eólicos
 Os pesquisadores criaram um novo sistema de pintura que
imita a pele dos tubarões, diminuindo a resistência ao arrasto -
do ar ou da água - e, por decorrência, fazendo-os gastar menos
combustível ou gerar mais eletricidade.
 A inspiração para a criação da nova tinta veio das escamas dos
tubarões.
 A principal parte da receita da nova tinta são
nanopartículas especialmente desenvolvidas para dar à tinta as
suas características de resistência à radiação ultravioleta, às
variações de temperatura e à carga a que está submetida toda a
superfície do avião ou do navio.
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=pele-
tubarao-tinta-avioes-navios&id=010170100528#.XuAlaUVKjIU
Tinta autolimpante

 Tinta autolimpante mantém casas e edifícios limpos


e higienizados
 O material, feito à base de nanopartículas de dióxido de
titânio, tem adicionalmente uma propriedade hidrofílica,
que força a água que entra em contato com a superfície a
formar gotas e escorrer, levando junto as partículas de
poeira e sujeira que se acumularam.

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tinta-
autolimpante-casas-edificios-limpos-higienizados&id=010160081204#.XuAnQkVKjIU
Tinta dos ônibus espaciais vira
revestimento térmico para residências
 Quando misturado à tinta, o pó termicamente isolante que
foi desenvolvido pela NASA para proteger os ônibus
espaciais, ajuda a manter a temperatura no interior dos
edifícios, diminuindo o consumo de energia dos aparelhos
de ar condicionado.
 Batizado de MCC-1 (Marshall Convergent Coating-1), o
material contém minúsculas esferas de vidro ocas,
misturadas a partículas de cortiça e epóxi.

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tinta-dos-
onibus-espaciais-vira-revestimento-termico-para-
residencias&id=010160081020#.XuAoGUVKjIU
Tinta pode identificar objetos roubados
e cédulas falsas
 Uma tinta sem cor e sem cheiro, de secagem rápida e capaz
de fluorescer em várias superfícies. Para enxergá-la,
somente com a incidência da luz ultravioleta.
 Esse registro químico, criado na Universidade Federal do
Rio de Janeiro (UFRJ), pode marcar objetos valiosos e
dinheiro e ajudar na identificação em caso de roubo.

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010160041110&
id=010160041110#.XuApgUVKjIU
IMPACTOS AMBIENTAIS
 Os principais impactos ambientais do setor podem
estar associados tanto ao processo produtivo, como à
geração de efluentes, ao próprio uso dos produtos ou
mesmo à geração de resíduos de embalagem pós-uso.

 Emissões atmosféricas
 Efluentes líquidos
 Resíduos
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Compostos Orgânicos Voláteis (VOC)
 A emissão de compostos orgânicos voláteis é resultado de
diversos processos, como por exemplo:
 combustão incompleta;
 emissões durante todas as etapas do processo de fabricação,
especialmente quando realizados em equipamentos abertos;
 emissões fugitivas de silos de matéria-prima;
 limpeza de equipamentos;
 vazamentos de selos, gaxetas e válvulas de tubulações.

 O uso de equipamentos fechados durante o processo


minimiza a emissão de compostos orgânicos voláteis, sendo
recomendável inclusive para reduzir perdas de matéria-
prima.
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Materiais Particulados

 A emissão de materiais particulados no setor está


relacionada, principalmente, aos processos de
pesagem de matérias-primas sólidas (pós) e dispersão.
 Para minimizar a quantidade de material particulado
em suspensão, pode-se tomar algumas medidas, tais
como, enclausuramento da etapa do processo e
instalação de sistema de exaustão.
EFLUENTES LÍQUIDOS
 A composição dos efluentes do setor não varia em
função do tipo de produto elaborado, porém algumas
substâncias normalmente presentes que, de modo
geral, podem ocorrer em concentrações acima das
permitidas em legislação específica para lançamento
sem tratamento prévio, tais como:
 Óleos e graxas
 Solventes
 Pigmentos
 Fosfatos
RESÍDUOS
 A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o
resíduo como qualquer coisa que seu proprietário não
quer mais e que não possui valor comercial.

 A destinação correta dos resíduos sólidos ocorre de


forma a possibilitar a reutilização, reciclagem,
compostagem, recuperação e aproveitamento
energético ou outras destinações permitidas pelos
órgãos competentes, sempre buscando evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e minimizar os
impactos ambientais.
RESÍDUOS TINTA BASE SOLVENTE
 Embalagens de insumos
 Papel: Compactar e encaminhar para reciclagem de papel e papelão ou
retornar ao fornecedor da matéria-prima; no caso de embalagens de
produtos perigosos, por exemplo, pigmentos, cromatos e molibidatos,
recomenda-se somente que estas embalagens sejam retornadas ao
fornecedor.
 Plástico (rígido ou flexíveis): Retornar ao fornecedor de matéria-prima
ou encaminhar para reciclagem.
 Metálicas: Tambores de 50, 100 ou 200 litros, encaminhar para
recicladores de metal. Volumes menores: encaminhar para unidades
de siderurgia para reciclagem como sucata de aço.
 Solvente: Solvente de limpeza deverá ser aproveitado através da
destilação em empresas recuperadores de solventes credenciadas.
 Sólidos em suspensão: Junto ao manuseio de insumos
particulados deverá haver sistema de exaustão com sistema de
filtração adequado.
 Material filtrante: Incineração.
RESÍDUOS TINTA BASE ÁGUA
 Água
 Águas residuais de lavagem dos equipamentos de
tintas ao látex não contem pigmentos de metais
pesados por que há uma incompatibilidade química
entre estes pigmentos e a própria natureza das tintas
aquosas. Portanto encaminhar para tratamento de
efluentes.
 Sólidos em suspensão
 Junto ao manuseio de insumos particulados deverá
haver sistema de exaustão com sistema de filtração
adequado.
RESÍDUOS TINTA EM PÓ
 Sólidos em suspensão:
 Junto ao manuseio de insumos particulados deverá
haver sistema de exaustão com sistema de filtração
adequado.
 O pó proveniente da filtração (filtro de manga) –
moagem:
 Deve ser coletado e utilizado nas fabricações
subseqüentes respeitando-se as devidas
compatibilidades das cores.
DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS
 Embalagens em geral (metálicas, plásticos, papeis, etc)
devem ser encaminhadas para reciclagem;
 Borras de tinta e solvente sujo são aceitos no mercado
como matérias-primas para a fabricação de novos
produtos;
 Sobras de tinta em pó e plásticos contaminados com
tinta em pó, devem ser incinerados, co-processados, e
enviados à aterros industriais.
TINTA ECOLÓGICA
 Ao invés de solvente, as tintas ecológicas são à base de água e
produzidas a partir de pigmentos naturais. Os pigmentos são
retirados da diversidade de solos brasileiros, garantindo uma gama
rica de cores. Há também opções de tintas sustentáveis produzidas a
partir de pigmentos vegetais, como jenipapo e urucum.
 As tintas ecológicas resultam em resinas acrílicas de alta qualidade e
baixo odor. Tem boa funcionalidade na cobertura e aderência de
superfícies em alvenaria, reboco, amianto, divisórias, forro, madeira,
gesso e massa corrida. Tem acabamento fosco, variadas opções de
cores e pode ser aplicada em ambientes internos e externos.
 Embora sejam de 10 a 20% mais caras que as tintas tradicionais, as
tintas ecológicas compensam: não geram poluição da atmosfera, não
destroem a camada de ozônio, não agridem o meio ambiente, não
oferecem risco a saúde do aplicador e nem do usuário da área que
recebeu a pintura.
RECEITA DE TINTA NATURAL
 Ingredientes:
-Uma lata vazia de tinta de 3,6 litros, terra argilosa (seis a
oito quilos), água (dez litros), um quilo de cola branca.
 -Pigmentos como açafrão, urucum ou as diversas
tonalidades da própria argila podem ser usadas para obter a
cor desejada.
 Preparação:
Misture a terra e a água, passe a mistura numa peneira fina,
acrescente a cola e misture novamente. Após fazer isso,
adicione a cor com a mistura de pigmentos escolhido.
Se você quiser obter uma tinta mais fina, passe a mistura
por uma peneira por mais de uma vez. Se quiser uma tinta
grossa, a peneira não é necessária.
 Existem muitas receitas e a alquimia das cores é vasta.

https://jardimdomundo.com/conheca-as-tintas-de-parede-naturais/
www.Jhon Bermond.com
VERNIZ CASEIRO
 Ingredientes:
– 1 kg de própolis bruto de qualidade inferior (sujo e/ou com
cera)
– 1 lt de óleo vegetal (linhaça, soja ou girassol)
– 8 kg de álcool
 Preparação:
 Todos os ingredientes são colocados dentro de um balde ou
tambor. Fechar hermeticamente e estocar por 30 dias. O
conteúdo dever ser mexido 2 X ao dia. Após 30 dias coar o líquido
com uma malha fina.
 O resultado é um verniz marrom que protege a madeira contra
insetos, fungos e a influência do tempo. Representa um custo-
benefício excelente!
 Aplique duas demãos em um intervalo de poucos dias.
 O verniz é totalmente inofensivo, não é tóxico e não agride nosso
meio ambiente. Pode ser usado também para a pintura de
móveis, cercas, etc.
https://jardimdomundo.com/conheca-as-tintas-de-parede-naturais/
maraalves@fanese.edu.br

Você também pode gostar