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UNIDADE I

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FANESE
Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe

Diretor Geral
Prof. Msc. José Edgard da Mota Freitas

Coordenador Acadêmico
Prof. Msc. Ionaldo Vieira de Carvalho

Coordenador do Curso de Administração


Prof. Msc. Paulo

Coordenador do Curso de Ciências Contábeis


Prof. Msc. Mário

Coordenador do Curso de Engenharia de Produção


Prof. Msc. Francisco Lopes

Autor
Marcelo Barcia

Revisor de Educação a Distância


Mário Vasconcelos Andrade

Revisor de Texto
Simone

Ilustrações
Thiago Neumann

Editoração Eletrônica
Fred Paes Barreto
Mário Vasconcelos Andrade
Michele Magalhães de Menezes

Barcia, Marcelo
Empreendedorismo / Marcelo Barcia. Aracaju: FANESE,2005.
38 p.

1. Empreendedorismo - Administração de Empresas


I. Título
CDU 658

TECNED - Tecnologias Educacionais Ltda.


Av. Mário Jorge M. Vieira, 3074A - Coroa do Meio - Aracaju - Sergipe
e-mail: vendas@tecned.com.br - Site: www.tecned.com.br
EMPREENDEDORISMO
Apresentação

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ALUNO


Vamos iniciar nossa jornada no Mundo do Empreendedorismo. É muito importante
a sua ativa participação, considerando os seguintes aspectos:

• Estudo do material disponibilizado no Ambiente Virtual;


• Pontualidade na entrega das Atividades;
• Participação nos Fóruns e Chats;
• Interação com o (a) Tutor (a);
• Atenção especial para as datas das provas.

Lembre-se: Você contará sempre com o apoio da Tutoria para solucionar dúvidas,
discutir o conteúdo da disciplina e orientações sobre as atividades.

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EMPREENDEDORISMO
Apresentação

SÍNTESE DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO


UNIDADE I - CONCEITOS BÁSICOS
1.1. Evolução histórica.
1.2. Conceitos e definições.
1.3. O Perfil e as características do empreendedor.
1.4. Intraempreendedorismo
1.5. Empreendedorismo Social

UNIDADE II - O EMPREENDEDOR E O MERCADO


2.1. Ideias e oportunidades de negócios.
2.2. Princípios fundamentais de marketing.
2.3. Definição de mercado.

UNIDADE III - A CRIAÇÃO DE UM NOVO NEGÓCIO


3.1. O Planejamento de um novo negócio e conceitos estratégicos.
3.2. O Plano de Negócios.

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EMPREENDEDORISMO
Sumário

SUMÁRIO
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O ALUNO..................................................03
SÍNTESE DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO............................................04
SUMÁRIO................................................................................05
UNIDADE I – CONCEITOS BÁSICOS......................................................06
1.1. Evolução histórica..............................................................................06
1.2. Conceitos e definições.....................................................................07
1.3. O perfil e as características do Empreendedor......................................08
1.4. Intraempreendedorismo............................................................09
1.5. Empreendedorismo Social.........................................................12
UNIDADE II – O EMPREENDEDOR E O MERCADO.....................................14
2.1. Ideias e oportunidades de negócios.......................................................14
2.2. Princípio fundamentais em Marketing.....................................................16
2.3. Definição de Mercado....................................................................19
UNIDADE III – A CRIAÇÃO DE UM NOVO NEGÓCIO......................................25
3.1. O Planegamento de um novo negócio e conceitos estratégicos................25
3.2. O Plano de Nogócios.........................................................................28
REFERÊNCIAS.......................................................................................31

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EMPREENDEDORISMO
Unidade I
Conceitos Básicos

CONCEITOS BÁSICOS
OBJETIVOS
Prezado (a) aluno (a),
Ao final desta Unidade, esperamos que você seja capaz de:

1. Compreender o conceito de empreendedorismo e a relevância de um


comportamento empreendedor na sociedade moderna, que permita uma
atuação eficaz em negócios próprios ou como colaboradores de outras
organizações.

1.1. Evolução histórica

A ideia de uma sociedade centrada no mercado e na livre iniciativa força a criação


e o fortalecimento de aparatos operacionais e estratégicos que permitam a melhor
otimização dos recursos envolvidos no sistema produtivo. Assegurar a competitividade
e a produtividade, o que implica em capacidade de adaptar-se, do ponto de vista ins-
titucional e técnico, às condições variáveis de mercado, passa ser uma necessidade
imperativa em uma economia de empresas em competição.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_Xx0ggIuw72M/THZ0uSU0udI/AAAAAAAAAAk/S_h_4RbksWg/
S380/figura_evolucao.jpg

Todos estes aspectos, consolidados a partir da Revolução Industrial, constituem-


-se em fatores favoráveis para o fortalecimento do ideal capitalista de maximização
dos lucros. Nestas circunstâncias, o empresário é motivado a projetar-se como ator
social que encarna a capacidade de empreender, inovar e assumir riscos.

Por volta de 1800 Jean Baptiste Say considerou o Entrepreneur um dos fatores
de produção ao lado da terra, do trabalho e do capital. Nesta mesma linha de pensa-
mento Schumpeter (1939) destacou o papel do Empreendedor, diferenciando-o do
gerente e ressaltando que sua atividade é condição de êxito, uma vez que “os meios
de produção podem ser substituídos, mas o líder jamais”.

Esta postura ideológica sobre a função social do empreendedor parece enfrentar


a necessidade de produzir uma mudança nos conceitos culturais que persistiam a
6 respeito de seu papel perante a sociedade. A empresa e a cultura empreendedora
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Unidade I
Conceitos Básicos

emergente assumem a centralidade do processo de desenvolvimento econômico na


atualidade.

Neste sentido o papel do empreendedor, enquanto ator social representativo de


uma época, não pode ser reativo, limitando-se a desempenhar exclusivamente uma
função individual, em função das oportunidades de mercado, embora isto constitua
uma parte fundamental de sua atividade. No cenário atual, o Empreendedor terá numa
participação mais efetiva na sociedade, pois as decisões de emprego, renda e flexi-
bilização das condições de trabalho, deslocam-se progressivamente para a empresa.

O que muda na vida de quem passa de empregado para empreendededor

• Horas trabalhadas;
• Insegurança quanto a renda mensal;
• Mudanças nas relações familiares;
• Maior Responsabilidade;
• Novo Estilo de Vida.

1.2. Conceitos e definições

A palavra empreendedor é de origem francesa (entrepreneur) e quer dizer aquele


que assume riscos e começa algo novo. (Dornelas, 2001, p. 27). Schumpeter, consi-
derando o principal teórico do Empreendedorismo, elabora a seguinte conceituação,
em 1939: “O Empreendedor é o ator social que encarna a capacidade de empreender,
assumir riscos e inovar nas sociedades de mercado”.

De forma mais focal, Dornelas (2001, p.38), define três características funda-
mentais para a definição de empreendedor:

1. Iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz


2. Utiliza os recursos de forma criativa transformando o ambiente social e eco
nômico onde vive.
3. Aceita assumir riscos e a possibilidade de fracassar.

Em termos de definição podemos dizer que o Empreendedorismo se constitui em


um conjunto de comportamentos e de hábitos que podem ser adquiridos, praticados e
reforçados nos indivíduos, ao submetê-los a um programa de capacitação adequado,
de forma a torná-los capazes de gerir e aproveitar oportunidades, melhorar processos
e inventar negócios.

Percebam que essa definição é bastante completa.


E, assim, pode-se chegar à discussão que o Empreende-
dorismo não tem relação apenas com vocação, pois pode
ser aprendido e desenvolvido. A partir daí será possível
aumentar a percepção de ideias e da concretização de
oportunidades de negócios.

Fonte: http://2.bp.blogspot.com/_Xx0ggIuw72M/THZ0uSU0udI/
AAAAAAAAAAk/S_h_4RbksWg/S380/figura_evolucao.jpg
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Conceitos Básicos

1.3. O Perfil e as Características do Empreende-


dor

Vivemos numa época em que ser Empreendedor deixou de ser uma opção. É
provável, que todos que estejam atuando no mercado de trabalho na atualidade,
precisem atuar como Empreendedores ou, pelos menos, assumir um comportamento
empreendedor. O desafio de Empreender não é simples como imaginam muitas pes-
soas. Além dos problemas estruturais , ligados ao ambiente social, econômico e legal,
temos que avaliar também a perspectiva pessoal. É comum que muitos executivos
bem sucedidos, com uma sólida trajetória profissional, falhem quando partem para
a abertura de negócio próprio.

A realidade é que nem sempre um bom gerente terá um bom desempenho como
Empreendedor. Além da experiência e capacitação em determinada área de atuação,
um perfil empreendedor exige características especiais. O sonho de um negócio
próprio em muitos casos torna-se um verdadeiro pesadelo, por falta de uma visão
empreendedora por parte daqueles que apostam num projeto empresarial.

Vejam abaixo algumas diferenças entre empreendedor e gerente:

O empreendedor: constrói, propõe


O gerente: gerencia

O empreendedor: inova
O gerente: administra

O empreendedor: cria
O gerente: mantém

O empreendedor: foca no negócio, no resultado


O gerente: foca no sistema, na forma

O empreendedor: constrói a equipe


O gerente: controla a equipe

O empreendedor: identifica oportunidades


O gerente: identifica problemas

O empreendedor: faz as coisas certas


O gerente: faz corretamente as coisas

Fonte: http://www.utfpr.edu.br/doisvizinhos/
estrutura-universitaria/diretorias/dirgrad/
8 equipe_hnd.jpg
EMPREENDEDORISMO
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É importante destacar que um perfil não elimina o outro. Existem profissionais


com perfil empreendedor, mas que também podem ter habilidades relacionadas ao
perfil de gerente. Ser empreendedor significa ser motivado pela auto-realização,
pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente. Todo empreendedor
deve se dedicar ao seu negócio com tempo e envolvimento pessoal.

De acordo com o Sebrae (2018), dentre os aspectos fundamentais da persona-


lidade de um (a) empresário (a) de sucesso destacam-se:

• Criatividade: Aceitar desafios e buscar soluções viáveis para o equacio-


namento de problemas.
• Liderança: inspirar confiança, motivar, delegar responsabilidades, formar
equipe, criar um clima de moral elevado, saber compartilhar ideias, ouvir,
aceitar opiniões, elogiar e criticar pessoas.
• Perseverança: Manter-se firme em seus propósitos, sem deixar de enxergar
os limites de sua possibilidade, buscando metas viáveis até mesmo em
situações adversas.
• Flexibilidade: Controlar seus impulsos para ajustar-se quando a situação
demandar mudanças, estar aberto para estudar e aprender sempre.
• Criatividade: Aceitar desafios e buscar soluções viáveis para o equacio-
namento de problemas.
• Vontade de trabalhar: Dedicar-se plenamente e de forma entusiasmada
ao seu negócio.
• Automotivação: Encontrar a realização pessoal no trabalho e seus resul-
tados.
• Formação permanente: Buscar constantemente informações sobre o
mercado e atualização profissional sobre novas técnicas gerenciais.
• Organização: Compreender as relações internas para ordenar o processo
produtivo e administrativo de forma lógica e racional, entender as altera-
ções ocorridas no meio ambiente externo de forma a estruturar a empresa
para melhor lidar com essas mudanças.
• Senso crítico: Antecipar-se aos problemas principais, analisando-os fria-
mente.

É natural que nem todas as pessoas consigam reunir todos estes padrões de
comportamento, porém, como assumir um posicionamento Empreendedor tornou-se
imprescindível na atualidade, é preciso estar atentos a estes fatores, que certamente
serão críticos para o sucesso na atividade empresarial.

De acordo com Maximiano (2012), as vantagens do empreendedorismo são:


autonomia, desafio e controle financeiro. As desvantagens são: sacrifício pessoal,
sobrecarga de responsabilidades e pequena margem de erro.

1.4. Intraempreendedorismo

Intraempreendedorismo (Intrapreneurship) foi um termo criado por Gifford


Pinchot, em 1989 para propor uma cultura corporativa empreendedora dentro das
grandes organizações.

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Segundo ele:

“O Intraempreendedorismo é um sistema revolucionário para acelerar as ino-


vações dentro de grandes empresas, através de um uso melhor de seus talentos
empreendedores. Os intraempreendedores são integradores que combinam os ta-
lentos dos técnicos e dos elementos de marketing, estabelecendo novos produtos,
processos e serviços” (Pinchot, 1989).

De forma mais ampla, o intraempreendedorismo é uma modalidade de empre-


endedorismo praticado por funcionários dentro da empresa em que trabalham. São
profissionais que possuem uma capacidade diferenciada de analisar cenários, criar
ideias, inovar e buscar novas oportunidades para estas empresas.

Como os empreendedores, os intraempreendedores assumem riscos e encontram


formas mais eficazes de realizar tarefas. Um intraempreendedor, no sentido mais bási-
co, é um solucionador de problemas qualificado que pode assumir tarefas importantes
dentro de uma empresa.
Um exemplo desse tipo de situação de intraempreendedorismo aconteceu no Mas-
sachusetts Department of Correction. Um guarda sugeriu uma mudança na forma
como as fotos dos presidiários eram guardadas, tirando as fotos com câmeras digitais
e armazenando-as em um banco de dados. O resultado foi uma economia financeira
e de tempo, deixando mais espaço para as atividades que realmente importam para
a instituição.

O intraempreendedor está em constante observação em seu local de trabalho


e nunca está satisfeito porque sempre acha que é possível encontrar uma maneira
melhor de fazer as coisas acontecerem. É através dele que as melhorias ocorrem, os
custos baixam e a qualidade melhora. O desafio está em fazer aumentar o número
de colaboradores com este tipo de preocupação.

Visando fomentar o Intraempreendedorismo, as empresas devem, primeiramente,


observar quem são os colaboradores que atendem a esse perfil e estimular a continu-
ação desse comportamento, reconhecendo contribuições e reforçando a necessidade
da ação intraempreendedora.

Dentre os benefícios que o intraempreendedorismo pode conceder para as or-


ganizações, está o estímulo à inovação, em virtude do fato de que os colaboradores
intraempreendedores atuarão com a criação de novas ideias que resultem em algo
novo ou em soluções dentro do que já existe na organização.

Ser um funcionário ou, melhor ainda, um profissional intraempreendedor é fator


chave para destacar-se no mercado. Isso porque, hoje, a autonomia é extremamente
valorizada. Os recrutadores buscam profissionais capazes de criar e agir por conta
própria em sincronia com os objetivos da empresa, e não simplesmente atender or-
dens ou repetir tarefas.

Por isso é tão importante saber identificar o empreendedorismo dentro de uma


empresa e como ele se manifesta em cada profissional. As seguintes atitudes podem
ajudar nessa tarefa:
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EMPREENDEDORISMO
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Conceitos Básicos

• Por meio de pesquisa com o time ou autoanálise, tente perceber se os


profissionais na empresa - ou você, caso esteja tentando descobrir-se
como intraempreendedor - se sentem donos de seus papéis e demonstram
autonomia suficiente para atuar em suas posições.
• Estimule debates entre as pessoas em quem você reconhece o intraem-
preendedorismo ou participe você mesmo (a) de conversas com esses
profissionais. Mas tenha cuidado para não gerar desunião no grupo.
• Um intraempreendedor está em constante busca por aperfeiçoamento
e inovação, então profissionais dispostos a aprendizado contínuo e que
costumam apresentar suas ideias abertamente se encaixam na categoria.
• Se o profissional consegue distinguir claramente a diferença entre chefe
e líder e se identifica com o último, significa que ele se considera parte
do time, valoriza todos os membros do mesmo e prática o intraempreen-
dedorismo.
• Objetivos claros e foco nas ferramentas e ações para alcançá-los para a
empresa são fundamentos do profissional que atua como empreendedor
dentro de uma empresa.

Por outro lado, alguns fatores são vilões do pensamento empreendedor em uma
empresa, como profissionais insatisfeitos com o cargo que ocupam, desorganização,
falta de objetivos, baixos salários, excesso de burocracia e falta de preparo ou
abertura para mudanças e novas ideias.

Fonte: http://cpdec.siteseguro.ws/wp-content/uploads/2016/01/Lideranca_intraempreendedora-2.
jpg

Um exemplo de Empreendedorismo:

Um cientista da 3M, o Dr. Spencer Silver, estava tentando criar um adesivo resis-
tente o suficiente para usar na in=dústria aeroespacial. No entanto, acidentalmente,
criou um adesivo muito fino e leve que não deixava restos nas superfícies onde era
colocado, mas que mantinha, de uma forma ou de outra, o seu aspecto inicial. O produto
parecia útil, mas o problema é que isso não respondia ao objetivo principal do projeto.
Como não respondia ao objetivo principal do projeto a ideia foi deixada numa gaveta.

A procura pela inovação estava presente na cultura da organização e por isso co-
municou a outros departamentos essa mesma descoberta e lançou um desafio para
se buscar uma aplicação para aquele novo material. Esse dia chegou quando outro
cientista da 3M, Art Fry, decidiu usar esse novo material como marcador de página
e mais tarde como porta-recados ou transmissores de ideias. É assim que surge o
“Post-It”. Uma ideia levou à outra. Começou numa pessoa que não viu a essência da
ideia mas outra pessoa percebeu a sua aplicabilidade e o seu potencial valor.

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EMPREENDEDORISMO
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Conceitos Básicos

1.5. Empreendedorismo Social

O empreendedorismo social uma forma de empreendedorismo que tem como


objetivo principal produzir bens e serviços que beneficiem a sociedade local e global,
com foco nos problemas sociais e na sociedade que os enfrenta mais proximamente.

O empreendedorismo social busca resgatar as pessoas de situações de risco


social e promover a melhora de sua condição de vida na sociedade, por meio da
geração de capital social, inclusão e emancipação social.

O lucro é um dos aspectos que diferenciam o empreendedorismo comum do


empreendedorismo social. Para o empreendedor comum, o lucro é o propulsor do
empreendimento. A proposta do empreendimento comum é atender a mercados que
podem confortavelmente pagar pelo novo produto ou serviço e, portanto, esse tipo
de negócio é projetado para gerar lucro financeiro.

Fonte: http://www.ibccoaching.com.br/portal//wp-content/uploads/2016/10/1-empreendedorismo-
-social.jpg

O empreendedor social, em contrapartida, não tem como prioridade criar lu-


cros financeiros substanciais para seus investidores - organizações filantrópicas e
governamentais na maior parte - ou para si mesmo. Em vez disso, o empreendedor
social busca valor na forma de benefícios transformacionais em grande escala, que
se acumulam em um segmento significativo da sociedade ou na sociedade em geral.

O que diferencia o empreendedorismo comum do empreendedorismo social é


simplesmente a motivação - o primeiro grupo é estimulado pelo dinheiro; o segundo,
pelo altruísmo. Empreendedores sociais não têm intenção, condição e nem capacidade
de substituir o Estado, porém, visam colaborar para que a sociedade tenha mais qua-
lidade de vida, acesso à cultura e educação, saúde e bem-estar e melhores condições
12 ambientais. São, na verdade, agentes da mudança que querem ver.
EMPREENDEDORISMO
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Conceitos Básicos

No entanto, empreender socialmente é um desafio. O setor ainda tem pouca


representatividade por aqui e recebe poucos estímulos se comparado aos investi-
mentos feitos em empresas sociais de outros países. Faltam conscientização do setor
privado e incentivos fiscais por parte do governo. Além disso, culturalmente, o Brasil
ainda não está adaptado aos negócios desse tipo, já que o usual é que os projetos e
programas sociais sejam realizados pelo Estado.

O termo “negócios sociais” ganhou reconheci-


mento com o Nobel da Paz Muhammad Yunus que, em
1976, emprestou US$ 27 para um grupo de mulheres
começarem seu próprio negócio em Bangladesh. A
filosofia de Yunus abrange, entre outros temas, a ne-
cessidade de remunerar quem trabalha em um negócio
social. Negócios sociais não são voluntariado, são
formas de resolver parte dos problemas enfrentados
pela sociedade que contam com profissionais de di-
ferentes áreas para se desenvolverem.
Muhammad Yunus
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/77/Muhammad_
Yunus_%28cropped%29.jpg/220px-Muhammad_Yunus_%28cropped%29.jpg

Em um negócio social, o próprio produto ou serviço causa impacto social,


como cursos para jovens pobres, roupas auto-sustentáveis, próteses de baixo custo,
turismo acessível e comunitário, etc.

Empreendedores sociais são como empresários nos métodos que eles utilizam,
mas eles são motivados por objetivos sociais ao invés de benefícios materiais... Sua
grande habilidade é que eles, com freqüência, fazem as coisas a partir de quase nada,
criando formas inovadoras de promoção de bem estar, saúde, habitação, que são
tanto de baixo custo, quanto efetivas se comparadas aos serviços governamentais
tradicionais.

Pode-se dizer que empreendedores sociais são reformadores e revolucionários


que, em vez de buscarem melhorar sua própria vida financeira, buscam melhorar o
ambiente inteiro por suas ações. Sua ação é concentrada na obtenção de vantagens
para a comunidade e visa a transformar o próprio modo de agir das pessoas envolvi-
das a partir de ações organizadas através do capital social, capital humano e capital
produtivo.

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FANESE
Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe
Travessa Sargento Duque, 85 - Bairro Industrial - CEP 49065-750 - Aracaju - Sergipe
Telefone: 0800-702-6400 / 79 3234 6381 - e-mail: fanese@fanese.edu.br - Site: www.fanese.edu.br

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