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UNIVERSIDADE PÚNGUÉ

FACULDADE DE GEOCIÊNCIA E AMBIENTE

Emprendedorismo e Situações de Negócio


Curso de Licenciatura em ensino de Geografia com habilitação em Historia

Chimoio
Agosto 2023
Ana Crizalda
Esperança Manuel Jimo
Herdito Filipe Macamo
Raice Baptista
Rainha Chona Jofrisse

Emprendedorismo e Situações de Negócio

Trabalho do caracter avaliativo, em


ensino de Geografia em Habilitações
de Historia 1o Ano, a ser entregue na
Universidade Púngué sob orientação do
docente: dr. Gonçalves Catadinca

Chimoio
Agosto 2023
Índice

1.0. Introdução .............................................................................................................. 3

1.1. Objectivos .......................................................................................................... 3

1.1.1. Objetivo geral ............................................................................................. 3

1.1.2. Objetivo específico ..................................................................................... 3

2.0. Revisão Bibliografica ............................................................................................ 4

2.1. Conceitos de empreendedorismo ....................................................................... 4

2.2. O processo empreendedor .................................................................................. 5

2.3. Tipos de Empreendedorismo ............................................................................. 6

2.3.1. Empreendedorismo Econômico.................................................................. 6

2.3.2. Empreendedorismo Social .......................................................................... 7

2.3.3. Empreendedorismo Social ......................................................................... 8

2.4. Importancia do empreendedorismo.................................................................... 9

2.5. Estratégias Empreendedoras ............................................................................ 10

2.6. Vantagens de ser empreendedor ...................................................................... 11

2.7. Desvantagens de ser empreendedor ................................................................. 12

2.8. Oportunidades de negócio e decisão para fundar um negócio ......................... 12

2.9. Negócios Sociais .............................................................................................. 12

2.9.1. Desafios de Empreender Negócios Sociais .............................................. 13

3.0. Conclusão ............................................................................................................ 14

4.0. Referências .......................................................................................................... 15


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1.0. Introdução

O empreendedorismo tem sido reconhecido como um dos pilares fundamentais para o


crescimento econômico e o desenvolvimento social em todo o mundo. Na sociedade
contemporânea, o empreendedorismo desempenha um papel essencial na criação de
novos negócios, no fomento da inovação, na geração de empregos e na melhoria geral
da qualidade de vida das pessoas.

O termo "empreendedorismo" engloba a capacidade de indivíduos visionários


identificarem oportunidades, assumirem riscos calculados e mobilizarem recursos para
transformar ideias em empreendimentos bem-sucedidos. Essa mentalidade
empreendedora não se limita apenas a empresários, mas também engloba profissionais,
líderes e até mesmo cidadãos comuns que buscam soluções criativas para desafios
cotidianos.

Neste contexto, a importância do empreendedorismo na sociedade pode ser apreciada


sob diversas perspectivas. Primeiramente, o empreendedorismo impulsiona a inovação,
permitindo que novas tecnologias, produtos e serviços sejam desenvolvidos,
revolucionando setores inteiros e contribuindo para o avanço da humanidade.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objetivo geral

Investigar e descrever a relação entre o empreendedorismo e a situação de negócios,


buscando compreender como o empreendedorismo afeta e é afetado pelo contexto
empresarial.

1.1.2. Objetivo específico

 Descrever o panorama actual do empreendedorismo e da situação dos negócios;

 Identificar os principais factores que influenciam o surgimento e crescimento de


empreendimentos em diferentes cenários de negócios.
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2.0. Revisão Bibliografica


2.1. Conceitos de empreendedorismo

Dornelas (2008, p. 22) conceitua empreendedorismo como sendo o envolvimento de


pessoas e processos que, unidos, possibilitam a transformação de idéias em
oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de
negócios de sucesso. O termo “empreendedor” possui muitas definições, mas uma das
mais antigas e que talvez melhor reflita o espírito empreendedor seja a de Joseph
Schumpeter (1949) citado por Dornelas (2008, p. 22): “ O empreendedor é aquele que
destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela
criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e
materiais.”

Kizner (1973) citado por Dornelas (2008, p. 22) também aborda o tema, mas de uma
maneira diferente, pois, segundo este autor, o empreendedor é aquele que gera um
equilíbrio, situando-se em um lugar positivo e claro dentro de um ambiente turbulento e
caótico porque consegue identificar oportunidades na ordem presente. Todos os dois
autores concordam com o fato de que o empreendedor é um indivíduo curioso e atento
às informações, pois está ciente de que quanto mais conhecimento possuir, maiores
serão as suas chances de sucesso.

De acordo com Schumpeter citado por Dornelas 2008, o empreendedor é mais


conhecido como aquele que cria novos negócios e também inova negócios já existentes,
ou seja, ele consegue ser empreendedor dentro de empresas já constituídas. Nesse caso,
o termo que melhor define o papel desempenhado pelo empreendedor é o de
empreendedor corporativo. Outro estudo amplia ainda mais as aplicações do termo
empreendedor, através da definição de 8 tipos possíveis para o empreendedor
(empreendedor nato, empreendedor que aprende, empreendedor serial, empreendedor
corporativo, empreendedor social, empreendedor por necessidade, empreendedor
herdeiro e o empreendedor “normal”/planejado). Dessa forma, o empreendedor é aquele
que enxerga uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ela, assumido
riscos calculados. Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo
menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor:

 Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz;
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 Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente


social e econômico onde vive;
 Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.

O processo empreendedor envolve todas as funções, atividades e ações associadas à


criação de novas empresas. Em primeiro lugar, o empreendedorismo envolve o processo
de criação de algo novo, que possui valor. Em segundo, requer a dedicação, o
comprometimento de tempo e o esforço necessário para fazer a empresa crescer. E em
terceiro, que os riscos calculados sejam assumidos e as decisões críticas tomadas; é
preciso ousadia e ânimo apesar de falhas e erros. O empreendedor é aquele que possui
criatividade o bastante para criar novos mercados, ou seja, criar algo único, um exemplo
disso é Bill Gates, criador da Microsoft, que revolucionou o mundo com o sistema
operacional Windows©. No entanto, a maioria dos empreendedores cria negócios em
mercados já estabelecidos e nem por isso deixam de ser bem sucedidos.

2.2. O processo empreendedor

Segundo Dornelas (2008, p. 24) a decisão de tornar-se empreendedor ocorre devido a


diversos factores que podem ser externos, ambientais, sociais, aptidões pessoais ou a um
somatório de todos esses fatores, que são críticos para o surgimento e o crescimento de
uma nova empresa. O processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador
desses fatores favorece o início de um novo negócio.

Quando se pensa em inovação, a semente do processo empreendedor remete-se


naturalmente ao termo inovação tecnológica. Nesse caso, existem algumas
especificidades que devem ser entendidas para que o processo empreendedor ligado a
empresas de base tecnológica seja entendido. As inovações tecnológicas têm sido o
diferencial do desenvolvimento mundial. E o desenvolvimento econômico é dependente
de quatro fatores críticos, que devem ser analisados, para então se entender o processo
empreendedor.

O talento empreendedor é fruto da percepção, direção, dedicação e muito trabalho


dessas pessoas especiais, que fazem acontecer. Onde existe este talento, há a
oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. Mas talento sem
idéias é como uma semente sem água. Quando o talento se uni à tecnologia e as pessoas
têm boas idéias viáveis, o processo empreendedor está prestes a ocorrer. Mas, falta
6

ainda uma peça essencial para que o negócio vire realidade: o capital. O componente
fundamental é o know – how, ou seja, oconhecimento e a habilidade de fazer convergir
em um mesmo ambiente o talento, a tecnologia e o capital que fazem a empresa crescer,
(Tornatzky et al., 1996) citado por Dornelas (2008, p. 26).

Segundo Dertouzos (1999), citado por Dornelas (2008, p.26), a inovação tecnológica
possui quatro pilares, os quais estão de acordo com os fatores anteriormente
apresentados:

1) Investimento de capital de risco.

2) Infra – estrutura de alta tecnologia.

3) Idéias criativas.

4) Cultura empreendedora focada na paixão pelo negócio.

Ainda segundo Dertouzos, citado por Dornelas (2008, p. 26), esses quatro ingredientes
são raros, pois, em sua concepção, primeiro vem a paixão pelo negócio e depois o
dinheiro, o que contradiz a corrente de análise econômica, a qual pressupõe que deve
haver um mercado consumidor e consequentemente possibilidades de lucro com o
negócio. Dertouzos conclui afirmando que as invenções tecnológicas não ocorrem
assim. Na verdade, o que ocorre é um meio – termo: tanto as empresas buscam nos
centros de pesquisa tecnologias inovadoras que, agregadas ao seu processo ou produto,
promovam uma inovação tecnológica, como os centros de pesquisa desenvolvem
tecnologias sem o comprometimento econômico, mas que posteriormente poderão ser
aplicadas nas empresas.

2.3.Tipos de Empreendedorismo
2.3.1. Empreendedorismo Econômico

O empreendedorismo é um fenômeno social de fundamental importância para o


desenvolvimento moderno. Faz parte de um processo de racionalização que marca a
cultura ocidental (Max Weber, 1991). O acto de empreender não é uma característica
apenas do setor econômico de uma sociedade, mas toda forma de organização social é
resultado de um trabalho empreendedor. É por meio do empreendedorismo que todas as
esferas da sociedade como a cultura, a religião, a política e outras são sistematizadas. O
crescimento histórico do aparato burocrático e a necessidade funcional de cargos de
7

gerência e administração são prova disso (Neubert, 2016). O empreendedorismo


empresarial é de fundamental importância para o crescimento econômico de uma
cidade, de uma região e de um país criando riquezas e, consequentemente, gerando
renda para os empreendedores e empregos para os trabalhadores locais.

2.3.2. Empreendedorismo Social

O foco deste trabalho é o empreendedorismo que busca impactar socialmente de forma


positiva à sociedade combatendo a pobreza, a desigualdade e a falta de oportunidades
iguais com as quais nos deparamos todos os dias em nossas relações sociais.

Empreendedores sociais buscam transformar o mundo e melhorar a condição de vida


das pessoas em situação de risco social utilizando métodos presentes no ambiente das
empresas. Novas técnicas de gestão são utilizadas com criatividade, sustentabilidade e
responsabilidade com o propósito de maximizar o capital social de pessoas ou de uma
comunidade. Esse fenômeno surge provocado pela redução do investimento público na
questão social; da participação crescente das empresas no campo social e do
crescimento das organizações do terceiros setor, as outros termos, tais como
responsabilidade social empresarial e o empreendedorismo privado com impacto social,
mas seu alvo é o combate à pobreza e à exclusão social.

Identificamos três formas importantes de empreendedorismo social (Verga; Silva,


2014):

a) Empreendedorismo com impacto social, onde o empreendedor visa o lucro financeiro


para o seu próprio favorecimento, mas provoca certo impacto social onde actua.

b) Negócio Social em que as empresas que têm a única missão de solucionar um


problema social, são autossustentáveis financeiramente e não distribuem dividendos. Os
resultados financeiros (o lucro) são reinvestidos no próprio negócio.

c) Empreendedorismo Social Assistencial que tem por objetivo provocar impactos


sociais e/ou ambientais positivos e não pode ser concebido sem a participação de mais
pessoas e da cooperação das organizações da sociedade. Não tem por objetivo alcançar
lucro financeiro para seus idealizadores e quase todos os envolvidos prestam trabalhos
voluntários.
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2.3.3. Empreendedorismo Social

O conceito de empreendedorismo social é o mais abrangente dentre as diferentes


terminologias que serão abordadas, em função das possibilidades de atuação nos
diversos tipos de organização. Em uma concepção mais ampla, Austin, Stevenson e
Wei-Skillern (2006) afirmam que o empreendedorismo social refere-se a uma atividade
inovadora com um objetivo social podendo ocorrer no setor privado, no terceiro setor
ou em organizações híbridas. A partir dessa concepção, surgem novos termos para
caracterizar iniciativas que operam na lógica de mercado, porém com objetivos de
geração de valor social: negócios sociais, negócios inclusivos e empresas sociais.
Consideram-se os negócios sociais como uma forma de empreendedorismo social, pois
sua missão e características são contempladas em seu conceito. Por outro lado, um
modelo de empreendedorismo social nem sempre é um negócio social, uma vez que este
comporta estruturas de governança e admite a distribuição de lucros entre os acionistas.
Os negócios sociais também se diferenciam das ONGs, que existem para cumprir
objetivos sociais, mas não são autossustentáveis financeiramente e das empresas
tradicionais, que buscam a maximização de lucros (Scherer, 2014).

Segundo Yunus (2014), os negócios sociais adotam posturas das ONGs e empresas
tradicionais, tais como: existem para cumprir objetivos sociais, têm de cobrir os custos
de operação, não dependem de doações, seus proprietários têm o direito de recuperar o
capital investido, e não buscam fins lucrativos para pagamento de acionistas e
finalmente os lucros excedentes são reinvestidos no negócio Os termos negócios sociais
e negócios inclusivos são comumente utilizados nos países emergentes. Suas
características são semelhantes às do empreendedorismo social quando se trata de
visualizar o modelo como um negócio autossustentável, com a premissa básica de
transformação das condições de vida da população de baixa renda. Assim sendo, esses
termos podem ser vistos como tipos de empreendedorismo social, e podem ser
diferenciados do empreendedorismo convencional devido à relativa prioridade dada à
criação de riqueza social em detrimento da econômica (Scherer, 2014). Mas nem todo
negócio inclusivo e negócio social são formas de empreendedorismo social. No negócio
inclusivo, não basta ser autossustentável e gerar lucros aos acionistas, o negócio precisa
inserir a população de baixa renda na cadeia de valor, gerando emprego e renda.
Destacamos ainda que os negócios inclusivos não necessariamente atingem mercados de
baixa renda por ofertar a eles algum produto, ou seja, um negócio inclusivo pode ser
9

composto de pessoas de baixa renda na sua produção ou distribuição e ter como


consumidor final as classes A e B (Scherer, 2014).

2.4. Importancia do empreendedorismo

Gaspar (2009) considera que o empreendedorismo não se torna apenas e somente


importante pela criação e desenvolvimento de uma ideia de negócio, mas também,
porcriar riqueza, por criar mais postos de trabalho e pelo desenvolvimento económico
esocial que gera.

Para Low e MacMillan (1998) e Gartner (2001) o empreendedorismo deveria ser


estudado para explicar e facilitar o papel da nova empresa no desenvolvimento do
progresso económico. Outra razão para justificar mais investigação nesta área reside
naideia de que para além de explicar como funcionam os mercados, também é preciso
perceber porque funcionam e que para tal é necessário entender o papel de um agente
central nesse processo: o empreendedor (in Gaspar, 2009).

A importância do empreendedor e da criação de novas empresas para o


desenvolvimento económico e social de um país é também outro motivo que justifica
um esforço de investigação sobre o fenómeno, como é mencionado no Livro Verde da
Comissão Europeia (2003).

Este mesmo documento aponta algumas razões para se considerar o empreendedorismo


como uma área de extrema importância, contribuindo para a criação de empregos;
crescimento económico; melhoria da competitividade; aproveitamento do potencial dos
indivíduos e exploração dos interesses da sociedade. O aumento significativo que se tem
verificado na publicação de investigação sobre esta área acaba por ser também um
reconhecimento da importância que o fenómeno assumeno desenvolvimento das
economias, algo que Schumpeter já havia referido muitos anosantes.

Henrekson (2002) e Coulter (2003) evidenciam três razões para a importância desta área
de investigação: (i) criação de emprego; (ii) inovação; (iii) criação de riqueza.
Reynolds,Storey e Westhead (1994) acrescentam uma quarta, a constituição da própria
empresa,que se constitui como uma importante escolha de carreira que afecta a vida de
milhões de pessoas no mundo inteiro. Com tudo isto, é importante fazer referência ao
estudo de Praag e Versloot (2007) que sintetizam quatro razões principais para justificar
a importância do estudo do empreendedorismo: (a) criação de emprego, incluindo o
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auto-emprego; (b) a importância das jovens empresas para a inovação; (c) a


contribuição da criação de empresas para a criação de riqueza e para o desenvolvimento
da economia e da sociedade; (c) opção de carreira para uma parte significativa da força
de trabalho (in Gaspar, 2009).

Os empreendedores demonstram uma maior capacidade de gerar valor acrescentado e


de aumentar a produtividade de criar riqueza, no que a criação de empresas que
acompanha quase sempre o crescimento económico. A criação de novos negócios
independentes explica entre um quarto e um terço da variação no crescimento
económico em muitos dos países industrializados, segundo (Carter, Gartner, William,
Shaver & Kelly, 2003 in Gaspar, 2009). Sobre esta temática, Baumol (1990) conclui
que o mais importante para o desenvolvimento de uma sociedade não é a quantidade de
empreendedores existente na economia, mas sim a sua distribuição entre diferentes
actividades, nomeadamente entre economia informal e formal (in Sarkar, 2010).

2.5. Estratégias Empreendedoras

Segundo Eisenhardt (1999), estratégia é o artifício de tomada de decisão do


empreendimento, reforçado pela sua concepção coletiva. Para Jain (2000) reflete que
estratégia como o regras de políticas e planos para obter finalidades e metas com ponto
de vista de determinar o tipo de negócio que a entidade almeja.

Cavagnili (2010) pensa que a estratégia é um conjunto de alternativas que determina a


natureza, direção e sistema de valores de uma empresa. Portanto, não é um documento.
Pois é uma atitude que carece ser compreendida por todos os indivíduos e usada para
nortear as decisões interna da empresa.

De acordo com Britto; Wever (2003), os empreendedores são utopistas que atribuído de
opiniões verdadeira e inovadora, fundamentada no planejamento de uma empresa,
interferem, esquematiza e sugerem transformações. Sendo assim, este indivíduo
desempenha uma função otimista na empresa, a qual é capaz de enfrentar qualquer tipo
de obstáculo, mas focando sempre objetivo.

Segundo Freitas, (2001, p.2), “a empresa que não se adaptar ao novo modelo
empresarial, em que a competição tende a ser cada vez maior, está com sua
sobrevivência ameaçada. O empreendedorismo é uma estratégia chave para o sucesso de
uma empresa, e envolve a capacidade de mudar e inovar rapidamente”. As estratégias
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empreendedoras é uma ferramenta importância no desenvolvimento empresarial. Porque


as mesmas estão inteiramente ligadas às ações das entidades frente ao mercado. Estas
são usadas para aquisição de benefícios sobre os concorrentes. Pois através das
estratégicas a empresa identifica as ameaças e oportunidades no seu macro espaço
operacionais.

2.6. Vantagens de ser empreendedor

As pessoas estão deixando seus empregos para correr atrás do sonho de ter a sua
própria empresa segundo Dolabela (1999, p. 188) “O futuro será cada vez mais de
prestação de serviço sem vínculo empregatício, e com o surgimento cada vez maior de
empresas de pequeno porte viveremos na era do empreendedorismo”. Quando se está
realizando um sonho nem pensa em vínculo empregatício.

E cada vez mais são maiores os motivos que levam as pessoas a saírem da situação em
que estão, e decidirem empreender um negócio, pois todos estão buscando a chamada
liberdade de ser o dono do próprio empreendimento, e também as vantagens que ele
poderá vir a obter que são lucro, independência financeira, satisfação e realização
pessoal. O lucro é uma das vantagens que levam as pessoas a querer ser empreendedor.
Alguns imaginam que vão ficar rico, mas pra isso acontecer o empreendimento tem ser
bem sucedido e leva algum tempo.

De acordo com Longenecker (2011, p. 8) “O objetivo deve ser enriquecer


gradativamente, a riqueza virá, desde que a empresa seja economicamente viável e o
proprietário tenha paciência e determinação suficientes para permitir que isso
aconteça”. Ainda que demore, mas o empreendedor espera que um dia o retorno venha.

Nenhum empresário enriquece do dia pra noite é preciso trabalho e dedicação e acima
de tudo amor, nada tem qualidade se não fizer com dedicação e amor, em tudo que se
faz só alcança sucesso se persistir no trabalho com eficiência competência e muito
amor.

A vontade de ser independente é outro fator que leva a pessoa a querer ser
empreendedor, pois o novo negócio ira levar a independia, proporcionando horários de
trabalho flexíveis e também de gerenciar a própria empresa da forma que lhe convém.
Segundo Dolabela (1999, p. 188) ”são auto realização, flexibilidade de horário, e maior
motivação para o trabalho”. Uma vez que quanto mais se trabalha mais lucro tem.
12

2.7. Desvantagens de ser empreendedor

De acordo com Dantas (2008, p. 14), ”há casos de sucessos, e esses são mostrados
constantemente em programas de televisão, mas há casos de fracasso, que povoam as
micros e pequenas empresas esse ninguém mostra”. Diferentemente dos países de
primeiro mundo onde existe uma economia que proporciona a criação de novas
empresas e uma cultura de valor que contribui para o empreendedorismo. De acordo
com Mirshawka (2004, p.199) “estamos, portanto muito longe dos países do primeiro
mundo que fazem isso em média em um ano”. Isso contribui cada vez mais para as
pessoas tornar-se receosa quanto a empreender, por medo da burocracia que ira
enfrentar para abrir e fechar um negócio caso não tenha sucesso além do mais, ela ira
demorar ate dez anos de sua vida lembrando-se do fracasso da falência vivendo uma
coisa que não deu certo e gostaria de esquecer.

Outro fator de desvantagem que muitas pessoas que desejam empreender não tem o
devido conhecimento e a longa e cansativa jornada de trabalho segundo Degen (1989,
p. 16) “Normalmente, o empreendedor, mesmo aquele muito bem sucedido, trabalha de
doze a dezesseis horas por dia, não raro sete dias por semana”.

2.8. Oportunidades de negócio e decisão para fundar um negócio

O processo de reconhecimento de oportunidades de negócio é uma área de estudo


determinante na investigação em empreendedorismo. Existem diferentes explicações e
teorias sobre oportunidade de negócio, mas uma das mais recentes é a teoria do
reconhecimento de padrões (Baron, 2006 in Gaspar, 2009). De um modo geral, esta
teoria está baseada na investigação sobre cognição humana, que sustenta que os
indivíduos usam estruturas cognitivas que adquiriram ao longo da experiencia de
trabalho para perceberem as ligações entre eventos não relacionados e as tendências no
mundo externo. Tendem a usar estruturas cognitivas para “ligar os pontos” entre as
mudanças na tecnologia, mudanças demográficas, nos mercados, nas medidas
governamentais e em muitos outros factores.

2.9. Negócios Sociais

Yunus define negócio social da seguinte forma: “é a criação e a concretização de uma


ideia para sustentar uma nova forma de capitalismo e um novo tipo de empreendimento
que chamo de negócio social e que se baseia no altruísmo das pessoas” (Yunus, 2010,
13

p.1). Além disso, justifica que é um tipo de negócio dedicado às soluções de problemas
sociais, econômicos e ambientais que há muito tempo afligem a humanidade como a
fome, desemprego, doenças, poluição e ignorância. O negócio social é considerado
como um novo tipo de negócio. Pode-se dizer que o negócio social está entre as esferas
dos negócios tradicionais (segundo setor), que buscam a maximização dos lucros, e as
organizações do terceiro setor (ONGs) que se sustentam por meio de doações. Assim, o
negócio social tem a característica dos negócios tradicionais que é a sustentabilidade
financeira e a característica das ONGS que é o impacto social. Atualmente esses novos
negócios são considerados como setor dois e meio (Scherer, 2014).

2.9.1. Desafios de Empreender

Nesta seção serão identificadas as dificuldades e desafios que os empreendedores têm


para desenvolver um negócio social. Portanto, serão abordadas questões como a
dificuldade de gestão da organização e a capacitação e qualificação de um
empreendedor social, bem como, os desafios de mensurar o impacto social e a
dificuldade de gerá-lo de uma maneira sustentável economicamente. Além disso,
discutem-se também os aspectos jurídicos, de modelo de negócios, conhecimento do
mercado da base da pirâmide, inovação, potencial de escalas e parcerias. Segundo o
estudo “Doing business”, do Banco Mundial (2013), o Brasil está mal colocado no
ranking dos países com as maiores dificuldades de empreender, estando em 130º.
(centésimo trigésimo) lugar, atrás de Bangladesh e Etiópia. Os obstáculos afetam todos
os novos negócios, sejam os negócios sociais ou “tradicionais”.
14

3.0. Conclusão

Diante da análise do tema sobre empreendedorismo e a situação de negócios, podemos


concluir que o empreendedorismo desempenha um papel crucial na economia,
impulsionando o crescimento, a inovação e a criação de empregos. No entanto, o
cenário dos negócios é dinâmico e desafiador, exigindo que os empreendedores estejam
preparados para lidar com obstáculos, se adaptar rapidamente e buscar soluções
criativas para alcançar o sucesso. Além disso, a educação empreendedora e o apoio
governamental são fundamentais para fomentar o espírito empreendedor e promover um
ambiente favorável ao desenvolvimento de novos negócios. Com determinação,
planejamento e resiliência, os empreendedores podem enfrentar os desafios e aproveitar
as oportunidades, contribuindo para o crescimento econômico e a construção de um
futuro próspero.
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4.0. Referências
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 Yunus, Muhammad. Criando um negócio social: como iniciativas


economicamente viáveis podem solucionar os grandes problemas da sociedade.
Tradução: Leonardo Abramowicz. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
 Weber, Max.“Economia e Sociedade. Brasília”: UnB, 1991.

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