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INSTITUTO POLITÉCNICO LOMAR

Curso: Medicina Geral


Turma: TMG -1

História de Sistema Nacional de Saúde em Moçambique

Chimoio 2021
Discente
Hortência João Bitrosse

Turma: TMG -1

História de Sistema Nacional de Saúde em Moçambique

Trabalho de cadeira de ciências médicas a ser entregue


ao curso de Medicina Geral para fins avaliativos sob
orientação do docente:

Kelvin F. Zinio

Chimoio 2021
i

Índice de conteúdo
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO.................................................................................................. 1

1.0. Introdução ............................................................................................................................ 1

1.1. Objectivos ........................................................................................................................ 1

1.1.1. Objectivo Geral......................................................................................................... 1

1.1.2. Objectivos Específicos ............................................................................................. 1

CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 2

1.0. Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Moçambique........................................................... 3

2.0. História do sistema nacional de saúde em Moçambique ..................................................... 3

2.1. Período Anterior a 1920 .................................................................................................. 4

2.2. Período 1921 – 1945 ........................................................................................................ 4

2.3. Período 1946 – 1960 ........................................................................................................ 4

2.4. Período 1946 – 1974 ........................................................................................................ 5

2.5. Período 1974 – 1992 (pós independência e durante guerra) ........................................... 5

4.6. Período 1992 – a Actualidade (pós guerra) ..................................................................... 5

4.0. Níveis de atenção de saúde .................................................................................................. 6

4.1. Nível Primeiro ................................................................................................................. 6

4.2. Nível secundário .............................................................................................................. 6

4.3. Nível terciário .................................................................................................................. 7

4.4. Nível Quaternário ............................................................................................................ 7

CAPÍTULO III: CONCLUSÃO ................................................................................................. 8

1.0. Conclusão ............................................................................................................................ 8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 9


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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

1.0. Introdução
O trabalho tem como foco falar de História de Sistema Nacional de Saúde em Moçambique,
onde vai se debruçar de níveis e períodos do sistema nacional de saúde em Moçambique.
Sabe-se que O SNS está organizado em quatro níveis. Os Níveis I e II são os mais periféricos,
tendo como missão a prestação de cuidados primários e o encaminhamento dos pacientes com
condições clínicas mais graves - complicações no parto, traumas, emergências médicas e
cirúrgicas, entre outras - para os níveis seguintes. O Níveis III e IV estão basicamente
destinados à prestação de cuidados de saúde curativos especializados (RIBEIRO, 2013).

Em geral, os cuidados primários continuam a ser a estratégia dominante na


intervenção na saúde, tendo como objectivo a redução das altas taxas de mortalidade impostas
por doenças transmissíveis. Os problemas de saúde associados às altas taxas de mortalidade
materna são igualmente áreas de intervenção prioritárias. Todas estas intervenções, no quadro
da estratégia do estado, são componentes de relevo do Plano de Acção para a Redução da
Pobreza Absoluta.

1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


 Debruçar sobre História de Sistema Nacional de Saúde em Moçambique.

1.1.2. Objectivos Específicos


 Falar dos níveis de sistema nacional de saúde em Moçambique.
 Falar dos períodos de sistema nacional de saúde em Moçambique.
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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em 2005, Mo de 19,792,000 e o resultado preliminar do terceiro censo nacional, realizado em


2007, Moçambique tinha uma população estimou a população em 20,530,714, 52.3 por cento
das quais eram mulheres. O Produto Interno Bruto per capita (PIB) era 335US$ em 2005
(OMS, 2006b; Banco Mundial, 2006) citado por (Cumbana, 2010).

Moçambique é um, dois países com o rendimento


mais baixo na África Oriental e Austral. Contudo,
após um período difícil de conflito militar e de
sofrimento, o PIB cresceu significativamente a
partir de 1995. Os índices de crescimento
ultrapassaram 10 por cento em 1997, 1998 e 2001
(CUMBANA, 2010).
Durante o mesmo período, e
particularmente a partir de 1997, outros indicadores
macroeconómicos também melhoraram a medida
em que o governo controlava a inflação e mantinha
a estabilidade da moeda (figura 1).

Fonte: (Cumbana, 2010)


De acordo com Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em 2006, a economia de
Moçambique em si cresceu em 8.5 por cento, uma aceleração de 0.1 pontos percentuais
comparada com 2005 (PNUD, 2008) citado por (CUMBANA, 2010).
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1.0. Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Moçambique


O Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Moçambique compreende o sector público, o sector
privado com fins lucrativos, o sector privado com fins não lucrativos e o comunitário. Destes,
o sector público, ou seja, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), é o principal prestador de
serviços de saúde a nível nacional. Quanto ao sector privado com fins lucrativos, está a
desenvolver-se gradualmente, especialmente nas grandes cidades. Contudo, o crescimento
destes prestadores está condicionado ao aumento dos rendimentos dos agregados familiares
(ALBASINI, 2013).

O SNS está organizado em quatro níveis. Os Níveis I e II são os mais periféricos,


tendo como missão a prestação de cuidados primários e o encaminhamento dos pacientes com
condições clínicas mais graves - complicações no parto, traumas, emergências médicas e
cirúrgicas, entre outras - para os níveis seguintes. O Níveis III e IV estão basicamente
destinados à prestação de cuidados de saúde curativos especializados.

2.0. História do sistema nacional de saúde em Moçambique


Em Moçambique a organização efectiva dos serviços de Saúde data da Segunda metade
século XIX, 1845 inicio de ensino da pratica medita em Cabo Verde, Angola e Moçambique,
com surgimento das primeiras infra-estruturas sanitárias e normas para o funcionamento,
infra-estrutura essas localizadas nos principais centros de concentração dos primeiros colonos,
em conexão com as primeiras fortificações militares (ALBASINI, 2013).

Este tipo de organização visava, satisfação das necessidades de assistências


sanitária das populações existentes nos principais centros de ocupação colonial,
correspondentes aos centros de concentração militar, integrantes nas chamas campanhas de
petrificação verificadas no último quartel do século XIX.

Resgatando o cunho feito por GULUBE, em seu livro Organização da rede


Sanitária Colonial do Sul do Save o qual faz uma abordagem suscita dos antecedentes
históricos passando pelo período que antecedem a 1960/74, seu período de estudo,
entendendo eu ao período de 1974/19991 período critico do Sistema nacional de Saúde do
qual foi grande motor para todas as implicações consequentes para o sistema actual de saúde
no país
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2.1. Período Anterior a 1920


GULUBE, descreve este período como caracterizado por uma nítida descriminação
decorrente, em grande medida, da natureza de dominação do colonizador em relação ao
colonizado com a característica fundamental concedente a integração dos serviços de saúde da
Colónia no quadro comum português, a passagem dos .S.A, para a juridição civil (1951) e
aprovação em regulamento dos serviços de Saúde em Moçambique colonial (ALBASINI,
2013).

2.2. Período 1921 – 1945


GULUBE, diz ter havido poucas transformações no concerne a organização dos servisos de
saúde, até a aprovação em 1945 do Decreto 34 417 de 21 Fevereiro, tendo repecussoes
directas no sistema global de organização da rede sanitária, com criação dos chamados
serviços especializados, directamente encarregues de valor pela realização de medidas
tendentes a debelar e ou controlar a grandes endemias, bem como a criação dos centros de
investigação científica. Tendo sido clara a redução da capacidade económica do regime, no
sentido de garantir os homens, impossibilitando a realização eficaz das acções sanitárias na
sua globalidade colonial (ALBASINI, 2013).

2.3. Período 1946 – 1960


Este período constituiu o de maiores mudanças em relação aos anteriores, quando ao
desenvolvimento das actividades se sanitárias, salientar a implementação das orientações
sobre criação dos serviços especializados e das instituições de investigação medica, no
contexto do decreto referido em alínea anterior. Resultando de todas essas orientações um
maior impulso no contexto da saúde pública através das acções de imunização, especialmente
em relação as patologias consideradas em alta taxa de morbimortaliade, como caso de varíola,
tuberculose, diferia, tétano, poliomielite, sarampo, tosse convulsa e outras doenças
epidémicas. Também foi reforçada a extensão da rede sanitária com o surgimento de novas
unidades, tanto na zona urbanizada como na rural colonial (ALBASINI, 2013).
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2.4. Período 1946 – 1974


O início da década de 60, foram operadas significativas mudanças e reformas na política
colonial em Moçambique, considerada política e administrativamente uma Colónia
portuguesa, apenas parcela do Portugal ultimamente. A ascensão de como Província a
categoria de Estado de Moçambique, levando a uma tentativa na saúde de reajustamento dos
programas (com a introdução o da componente conhecimento científico do território,
incorporado do programa de saúde Publico), na tentativa de modernizar o sistema de saúde
através da sistematização do conhecimento dos vários problemas do então território colonial
(ALBASINI, 2013).

2.5. Período 1974 – 1992 (pós independência e durante guerra)


Neste período, Moçambique passa por um processo de adaptação inicial após a conquista de
sus independência a 25 de Junho 1975, na tentativa de assumir a direcção do sector de saúde
partindo de directrizes pre estabelecidas, contudo com o conflito armado partir do inicio dos
anos 80 dirigido pela RENAMO (Resistência Nacional de Moçambique), conflito que ceifou
imensas vidas e destruiu muitas infra-estruturas económicas no vários sectores, terminando só
em 1992 com a assinatura do acordo Geral de Paz entre o Governo da Frelimo e Partido
Renamo, acompanhada a crise financeira do pais conduziu a sérios estrangulamentos do
orçamento do MISAU a partir do ano de 1984, obrigando a este s definir prioridades
centrando se com base nos seus recursos por uma melhor gestão do sector (ALBASINI,
2013).

4.6. Período 1992 – a Actualidade (pós guerra)


Segundo (ALBASINI, 2013) Com final da guerra, verificam se algumas mudanças de
comportamento das populações no País, passando por movimentos migratórios intensos, o
regressam destas a partir dos países vizinhos onde viviam refugiados, sabendo das melhorias
das condições de segurança, através do apoio das autoridades dos dois países bem como de
agências internacionais. Os movimentos feitos durante a guerra das áreas rurais para as
grandes cidades (Maputo, Beira, Quelimane e Nampula) tiveram carácter definitivo, não se
prevendo o retorno da maioria dessas populações novamente para as áreas rurais, apesar de
existir terra e meio de produção, pela falta de:
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 Rede comercial na zona não existir, e não estar abastecido;


 As vias de comunicação não permitem o abastecimento da rede comercial e
escoamento dos produtos agrícolas;
 A escola não funcionar;
 A unidade sanitária não estar operativa e não existir uma maternidade perto;
 Não haver água disponível a distância razoável;
 Não haver facilidade de encontrar os materiais de construção necessários para auto
construção da sua habilitação.

4.0. Níveis de atenção de saúde


De acordo com (ALBASINI, 2013) O sistema Nacional de Saúde (SNS) é o principal
prestador de serviços de saúde a escala nacional, fazendo se cumprir através do maior
provedor o Ministério de Saúde, encontra se organizado em quatro níveis de atenção de saúde:

4.1. Nível Primeiro


Com a função de executar a estratégia de cuidados de suade primários (CSP):

Essenciais baseados em método e técnicas praticas, cientificamente validas e


socialmente aceitáveis, tornados universidade acessíveis a todos os indivíduos,
a todas as famílias e a comunidade, com a sua plena participação e a m custo
que a comunidade e país possam assumir em qualquer etapa do seu
desenvolvimento, num espírito de auto- responsabilidade e de
autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema nacional de saúde,
de que são elemento principal, como o desenvolvimento económico e social do
conjunto da comunidade (ALBASINI, 2013).

4.2. Nível secundário


Com função de prestar cuidados de Saúde, constituindo o primeiro nível de
referência para os doentes que não encontram resposta para os seus
problemas de saúde nos Centros de Saúde de Nível Primário, fazem parte
deste nível os Hospitais Distrais (HD), Hospitais Rurais (HR), Hospitais
Gerais (HG). Estes constituem um instrumento de filtragem, solucionando o
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mais próximo possível dos locais onde os problemas de saúde ocorrem


especializas os e permitindo assim que só ocorram aos Hospitais de Nível
Terciário e Quarternário os problemas de Saúde mais complexos (ALBASINI,
2013).

4.3. Nível terciário


Composto unicamente por Hospitais Provinciais (HP) localizados nas capitais
Provinciais, constituem a referência para os doentes provenientes de hospitais
Distritais e Centras de Saúde (da zona de captação) que se situam nas
imediações do Hospital Provincial e que não tem Hospital Rural nem Geral
para onde possam ser transferidos pelas doenças que não achem solução pelos
seus problemas de saúde, nos serviços de nível secundário e primário
(ALBASINI, 2013).

4.4. Nível Quaternário


Composto por Hospitais Centrais (HC) e Hospitais Especializados (HE),

Constitui a referência para os doentes que não encontram soluções ao nível


dos Hospitais Provinciais, Distritais, Rurais e Gerais, bem como, dos doentes
provenientes de Hospitais Distritais e Centrais de Saúde que se situam nas
imediações do Hospitais e que não tem Hospital Geral para onde possam ser
transferidos. Os Hospitais Especializadas (HE) que prestam cuidados muito
diferenciados de um só especialidade, só podem ser criados quando se prova
que essa é a forma mais eficaz de prestação de cuidados dessa especialidade
(ALBASINI, 2013).
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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO

1.0. Conclusão
Chegado ao fim conclui que Moçambique tem um compromisso político e constitucional de
garantir que todo o seu povo tenha acesso universal a cuidados de saúde e que ninguém fica
empobrecido pelo binómio saúde e doença. Dadas as diferenças sociais na população por
regiões, idade, género, diferenças na riqueza etc, o alcance do acesso universal requer um
nível de atenção para a equidade e uma distribuição de recursos que responda às necessidades
em saúde, e que eleve as oportunidades para que haja saúde para todos. Embora Moçambique
tenha ainda um nível elevado de pobreza histórica e de sub desenvolvimento, teve também
uma década de progresso macroeconómico, tendo alcançado novas oportunidades para
concretizar o objectivo de equidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBASINI, N. D. (2013). Saude Publuca em Mocambique no Atendimento Rural. Unidade
Sanitaria Movel. Sao Paulo.

Cumbana, G. M. (2010). Observatório da Equidade, Avaliação do progresso da equidade na


saùde. Ministério da Saùde, Governo de Moçambique, Margo Bedingfield. Maputo e
Harare, Moçambique.

Ribeiro, A. M. (Janeiro de 2013). Atlas de Oportunidades | Ficha de País | Alemanha. AEP –


Associação Empresarial de Portugal. (P. N. Almeida, Compilador) Maputo,
Moçambique.

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