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A ORGANIZAÇÃO DO

SISTEMA DE SAÚDE
NO BRASIL E SUAS
NECESSIDADES

ProfªKarina Guimarães
Relembrando
Os princípios e a estrutura atuais
do Sistema Único de Saúde (SUS)
foram concebidos em 1988, após
a aprovação da nova Constituição três princípios
brasileira, a qual estabeleceu a fundamentam o SUS
saúde como um direito universal
de toda a população e uma
responsabilidade do Estado.
O direito universal à atenção integral à saúde em todos os
níveis de complexidade (primário, secundário e terciário).

A descentralização, com responsabilidades atribuídas aos três


níveis de governo: federal, estadual e municipal

A participação social na formulação e acompanhamento da


implementação das políticas de saúde por meio dos conselhos
de saúde federais, estaduais e municipais.
DESAFIOS ATUAIS DA SAÚDE
transição demográfica

Essas melhorias na saúde da população em geral foram acompanhadas por


uma queda nas taxas de fertilidade, passando de 2,9 nascimentos por mulher
em 1990 para 1,7 nascimentos por mulher (World Bank, 2020[5]), assim como
em muitos países da OCDE.

A queda nessas taxas, junto com o aumento da expectativa de vida, significa


que o Brasil está passando por uma transição demográfica semelhante à das
economias da OCDE; uma base cada vez menor de jovens e um número
crescente de adultos mais velhos na pirâmide populacional.
Uma forte recessão e desafios de governança limitaram o
progresso do Brasil rumo ao desenvolvimento e à melhoria na
saúde
Nas últimas duas décadas, o Brasil teve um forte crescimento
econômico combinado com um notável progresso social, tornando-
se uma das principais economias do mundo. No entanto, a
desigualdade socioeconômica continua sendo um grande problema
e a recuperação econômica após a recessão em 2015 e 2016 tem
sido lenta.
De modo geral, o Brasil avançou na última
década em termos de melhoria da
qualidade de vida de seus cidadãos

Entretanto, de acordo com o Índice


para uma Vida Melhor da OCDE de
2020, o país tem um bom
desempenho em apenas algumas
medidas de bem-estar
O Brasil está acima da média em engajamento cívico (envolvimento na
democracia) e na comunidade (qualidade das redes de apoio social),
mas muito baixo em segurança (assassinato e sensação de segurança),
renda (renda familiar e riqueza financeira) e educação (educação das
pessoas e resultados).

Ele também está abaixo da média em termos de empregos e proventos,


habitação, qualidade ambiental, satisfação de a vida, equilíbrio entre
vida profissional e pessoal, além do estado de saúde.
O IMPACTO DA COVID-19 NA SAÚDE E NA ECONOMIA DO BRASIL

O primeiro caso de Doença por Coronavírus 2019 (COVID-19) no


Brasil foi notificado em 25 de fevereiro de 2020.

A curva de mortalidade epidêmica no Brasil teve um aumento no


início de abril de 2020, atingindo o primeiro pico em julho.

Em seguida, os casos começaram a diminuir, mas permaneceram


em níveis relativamente altos, semelhantes aos de outros países
latino-americanos, como Chile, Colômbia e México.
O IMPACTO DA COVID-19 NA SAÚDE E NA ECONOMIA DO BRASIL

O primeiro caso de Doença por Coronavírus 2019 (COVID-19) no


Brasil foi notificado em 25 de fevereiro de 2020.

A curva de mortalidade epidêmica no Brasil teve um aumento no


início de abril de 2020, atingindo o primeiro pico em julho.

Em seguida, os casos começaram a diminuir, mas permaneceram


em níveis relativamente altos, semelhantes aos de outros países
latino-americanos, como Chile, Colômbia e México.
deficiências na governança do setor de saúde e sua comunicação.

No nível federal, no primeiro ano da pandemia, quatro ministros da


saúde diferentes ocuparam o cargo, o que limita a continuidade no
manejo da resposta.

Em muitos países da OCDE, os governos nacionais adotaram


políticas de confinamento e uso de máscaras. No Brasil, coube aos
estados e municípios se responsabilizarem pela tomada de
decisão sobre a aplicação dessas medidas.
A escassez de suprimentos médicos e tecnologia.

o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da


Região Nordeste criou o Comitê Científico de Combate ao
Coronavírus (C4NE) composto por especialistas nacionais para
assessorar o Consórcio e monitorar a pandemia, algo que não
existia no âmbito federal

Plano Nacional de Operacionalização de Vacinas contra COVID-19


De modo geral, as doenças crônicas
não transmissíveis representam a
maior carga de doenças no Brasil e
espera-se que isso continue
O Brasil, assim como muitos países da América Latina, passou por uma rápida
transição epidemiológica em direção ao predomínio das doenças crônicas não
transmissíveis (DCNTs).

Em 1990, as cinco principais causas de morte eram variadas, incluindo duas


DCNTs (doenças cardiovasculares, 27,8% e neoplasias, 11,4%), doenças
maternas e neonatais (7,9%), uma doença transmissível (infecções respiratórias
e tuberculose, 7,8%) e uma lesão (automutilação e violência, 5,1%) (IHME,
2021[22]).

Em 2019, quatro DCNTs dominavam as causas de mortalidade no Brasil:


doenças do aparelho circulatório (27%), neoplasias (17%), doenças respiratórias
crônicas (12%), causas externas (10%) e diabetes (5%) (Figura 2.7).
Nos últimos 30 anos, o Brasil progrediu no bem-estar de seus
cidadãos, incluindo importantes reformas de saúde e a
introdução de um sistema universal que permitiu ao país a
praticamente atingir a cobertura universal de saúde, embora
com desafios significativos em torno das desigualdades, da
qualidade e da sustentabilidade.
O Brasil tem impulsionado diferentes políticas para reduzir as
desigualdades na saúde, principalmente entre grupos
desfavorecidos da população.

adicionar informações sobre cor e raça aos Cartões Nacionais de


Saúde do SUS; fornecer cobertura do SUS para cirurgias de
redesignação de gênero; dar atenção especial à anemia falciforme,
que afeta desproporcionalmente a população negra;
isentar pessoas em situação de rua da necessidade de
comprovação de residência para atendimento no SUS; e
reconhecer o papel dos curandeiros e das parteiras nos cuidados
de saúde.

criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena

A expansão da atenção primária


OS PRINCIPAIS ATORES DO SETOR DE SAÚDE BRASILEIRO

A gestão central do sistema é de responsabilidade do Ministério


da Saúde, enquanto a execução das ações ocorre
principalmente de forma descentralizada, sendo o componente
municipal o principal provedor de saúde.

Considerando as bases legais do Sistema Único de Saúde, o


Ministério da Saúde tem o mandato de formular, definir, auditar,
controlar e avaliar o conjunto de políticas e serviços de saúde
vinculados ao SUS, juntamente com a coordenação de suas
ações nacionais.
As áreas consideradas no mandato do Ministério da
Saúde incluem políticas de alimentação e nutrição;
sistemas de vigilância em saúde; a rede de
laboratórios de saúde pública; a rede de
atendimento à saúde, principalmente de alta
complexidade
ALÉM DISSO, O ACESSO UNIVERSAL A PROCEDIMENTOS
ALTAMENTE COMPLEXOS, TAIS COMO TRANSPLANTES DE
ÓRGÃOS, TECIDOS, CÉLULAS E CORPO HUMANO, VEM
SENDO UMA PRIORIDADE NO BRASIL. COM MAIS DE
400.000 TRANSPLANTES DESDE 2001 (DOS QUAIS 90%
SÃO FINANCIADOS PELO SUS),

A POLÍTICA NACIONAL DE TRANSPLANTES NO BRASIL É


UM DOS MAIORES PROGRAMAS DE TRANSPLANTES DO
MUNDO.

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