Você está na página 1de 9

Anhanguera– Sistema de Educação Superior Sociedade Ltda.

Faculdade Anhanguera de Marabá

DISCIPLINA DE SAÚDE PÚBLICA

Marabá- PÁ
2022
Anhanguera– Sistema de Educação Superior Sociedade Ltda.
Faculdade Anhanguera de Marabá

DISCIPLINA DE SAÚDE PÚBLICA


História da saúde pública no brasil

Prof. Esp. Lucas Altino de Sousa


Acadêmica: Liliane Assunção

Marabá- PÁ
2022
História da saúde pública no Brasil

O documentário “A História da saúde pública no Brasil”, feito pelo


Ministério da Saúde, inicia mostrando a realidade do país no início do século XX:
Sofrendo com as diversas epidemias instaladas e, por isso, tendo seu nome
manchado, ocasionando a falta de imigrantes (e de trabalhadores) e tendo a sua
economia prejudicada.

Além disso, relata a enorme desigualdade social, onde os ricos dispunham de


médicos e tratamentos, enquanto os pobres dependiam somente de atendimento
filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela Igreja. Ao longo do

documentário são mostradas as mudanças no âmbito da saúde no Brasil, a

saúde pública sempre se mostrou um ponto delicado e de extrema relevância.

O documentário também aborda a relação da saúde pública com a


previdência – baseada em uma estrutura seguro-saúde, que balançava em
períodos de crise, quando existem mais pessoas necessitando de atendimento
médico e se aposentando do que entrando para o sistema. A história da saúde
pública no Brasil teve um início conturbado, pois os governantes do país apenas
começaram a pensar na mesma quando o país estava acometido por diversas
epidemias, assim prejudicando a economia.

Foi necessário, nesse primeiro momento, um projeto de saneamento das


cidades e a presença da medicina em um nível administrativo das cidades para
assim obter um controle das epidemias.

Não podem ser ignorados os avanços da saúde pública desde a era colonial,
mas muito ainda deve ser feito para que os brasileiros tenham uma rede de saúde
de qualidade que atenda todas as suas necessidades, atentando-se, além dos
processos de cura de patologias, à preservação da saúde da população e à
prevenção de endemias e epidemias.
 Introdução

O documentário apresenta o processo evolutivo da saúde desde a revolta


da vacina até o surgimento do sistema único de saúde (sus). Tem início com o surto
de várias epidemias, sendo instituída a lei de vacinação obrigatória contra a varíola.

O conceito de saúde sofreu diversas intervenções ao longo dos últimos


anos, pois foi conceituada a partir de diversas visões do mundo, numa construção
social e histórica, saindo do conceito simples de ausência de doença para um
conceito amplo com várias dimensões, tais como biológica, comportamental, social,
ambiental, política e econômica.

Atualmente, o conceito de saúde adotado mundialmente é o da


Organização Mundial de Saúde que define como: “um estado de completo bem-estar
físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou
enfermidade.”

Porém, a saúde não foi sempre assim tratada no decorrer da sua


evolução histórica. A concepção do que é saúde sofreu diversas modificações até
chegar ao atual conceito mais adotado que é o da Organização de Saúde Mundial
de Saúde e busca-se primordialmente a promoção de saúde que se baseia no direito
humano fundamental visando permitir aumentar o controle sobre sua saúde e seus
determinantes, sendo que a saúde de todos os povos é essencial.

Uma vez definido o que é saúde, é de suma importância compreender a


sua evolução histórica no mundo, pois a saúde sofreu também intervenções
religiosas, sociais e econômicas.

Saúde Pública é a ciência e arte de prevenir doenças e incapacidades,


prolongar a vida e desenvolver a saúde física e mental, através de esforços
organizados da comunidade para o saneamento do meio ambiente, o controle de
infecções, a educação dos indivíduos nos princípios da higiene pessoal, a
organização de serviços para médicos para melhor diagnóstico e tratamento de
doenças.
 Desenvolvimento

Apesar de todos os esforços para melhoras, os serviços públicos


continuam precários, ainda se formam longas filas nas portas dos hospitais e nos
centros de atendimentos, causa da falta de unidades e de profissionais, muitas
vezes fazendo os pacientes esperar por mais de um ano por uma consulta. Em
resultado, as empresas de planos privados de saúde continuam sendo um dos mais
lucrativos negócios do país.

Percebe-se que a saúde, a doença e o seu tratamento são dependentes de


muitos fatores. As doenças não podem ser entendidas como um fenômeno somente
biológico, explicada pelo meio ambiente físico e o que tem contato com os humanos.
O que pode ser mais importantes que esses fatores, são as características sócio-
históricas da comunidade, como a organização social e as relações entre os
indivíduos no processo trabalho.

Reafirma-se nesse ponto a falta de atribuição de importância à saúde


pública por parte dos governantes e salienta-se que essa não é uma característica
apresentada exclusivamente pelo governo atual; pelo contrário, ocorre desde a
primeira regência edificada em terras brasileiras. Esse fato pode ser comprovado por
bases históricas que demonstram o egoísmo capitalista existente por detrás do início
da “preocupação” em oferecer recursos básicos de saúde à população, que se deu
no momento em que os países que mantinham consolidadas relações mercantis
com o Brasil deixaram de enviar seus navios aos nossos portos por medo de
contaminação e das várias epidemias que se alastravam agilmente pelo país.  

Além disso, a saúde passou a ser levada em consideração com a chegada


da corte portuguesa à colônia. Nesse tempo as únicas formas de acesso à saúde
eram os pajés e os boticários, inexistindo a possibilidade de que o cidadão
ostentasse a ajuda de um profissional capacitado como um médico, vista que no Rio
de Janeiro – nessa época, capital – viviam apenas quatro médicos diplomados.

 Conclusão

Infelizmente, como revela o vídeo em suas partes finais, o investimento


destinado a saúde ainda é pouco e mal utilizado. Temos hoje poucos hospitais para
tamanho contingente nas capitais. No interior então, a situação ainda é mais crítica.
Faltam materiais, profissionais, estrutura adequada, ou seja, mesmo após todos os
avanços na tecnologia para o tratamento e prevenção, ainda é excessivamente
grande a mortalidade advinda da precarização da saúde no Brasil.

Enquanto não tivermos uma nação pautada na saúde e na educação, que não
precise utilizar metade de seu salário-mínimo para o pagamento de plano de saúde
para adquirir o que é seu por direito, não conseguiremos de fato evoluir.

Ao que se refere à saúde pública brasileira, não há, de fato, a atribuição da


relevância necessária pelo Estado, vista que desde a colonização do território
nacional, este faz com que o cidadão limite sua visão do âmbito da saúde como o
tratamento hospitalar de patologias já contraídas.

A legislação declara que é responsabilidade do Ministério da Saúde, além do


tratamento de todo e qualquer problema de saúde dos cidadãos, a prevenção de
doenças passíveis de propagação entre a população, a fim de evitar que as
endemias e epidemias se iniciem por, principalmente, falta de saneamento básico –
também responsabilidade deste setor.
 REFERÊNCIAS:

CARVALHO, A. I., BARBOSA, P. R. Políticas de Saúde: Fundamentos e Diretrizes do


SUS. 3. ed. rev. atual. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; Brasília:
CAPES: UAB, 2014.
http://www.funasa.gov.br/cronologia-historica-da-saude-publica Acesso em 26 de maio de
2018.
http://www.fnepas.org.br/pdf/servico_social_saude/texto1-5.pdf Acesso em 26 de maio de
2018.
Políticas de Saúde no Brasil: um século de luta pelo direito à saúde. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=SP8FJc7YTa0 Acesso em 26 de maio de 2018.

Você também pode gostar