FACE – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação
CCA – Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais Promoção à saúde
Nome: Ana Beatriz dos Santos Guedes
Matrícula: 200013823
Saúde significa a ausência de doenças?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como "um estado de
completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade. Isso significa que, além de não ter uma doença, uma pessoa saudável também deve ter um bom funcionamento do corpo, uma mente saudável e equilibrada e boas relações sociais e emocionais. Logo, a saúde não é apenas uma questão de não estar doente, mas sim de se sentir bem e ter uma vida plena e satisfatória em todas as áreas da vida.
Entretanto, conforme o livro “O que é saúde”, a definição de saúde é complexa,
pois envolve diferentes perspectivas e pode variar dependendo do contexto cultural, histórico e social. Além disso, a definição de saúde pode mudar ao longo do tempo, à medida que novas descobertas científicas e culturais e sociais apareçam. Por exemplo, em tempos de pandemia, a definição de saúde pode ser diferente do que em tempos normais. Em resumo, a definição de saúde é complexa e multifacetada, envolvendo diferentes perspectivas e fatores que influenciam o bem-estar físico, mental e social das pessoas.
Diante da discussão sobre o que é saúde, cabe o questionamento: numa sociedade
capitalista, saúde está associada à valor econômico? Sim, no capitalismo, a saúde tem um valor econômico, uma vez que os serviços de saúde são uma indústria importante em muitos países e representam uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB).
Os serviços de saúde são comercializados como produtos e são oferecidos aos
consumidores com um preço estabelecido pelo mercado. Os custos dos tratamentos, medicamentos e terapias são valores financeiros que podem ser mensurados e influenciados por diversos fatores, como a eficácia dos tratamentos, o retorno financeiro dos investimentos em saúde e a expectativa de vida da população.
Diante desse contexto, o curta-metragem brasileiro "Ilha das Flores" lançado em
1989, dirigido por Jorge Furtado explora questões sobre a condição humana, a exploração e as relações sociais, além de criticar o sistema capitalista e a falta de igualdade social. UnB – Universidade de Brasília FACE – Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação CCA – Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais Promoção à saúde
No filme, é mostrado como os moradores de um aterro sanitário na Ilha das Flores, no
Brasil, vivem em condições precárias e dificuldades para obter alimentos suficientes para sobreviver.
A falta de acesso a alimentos saudáveis e nutritivos pode levar a uma série de
problemas de saúde, como desnutrição, anemia, obesidade e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Além disso, a exposição a condições insalubres e produtos químicos negativos presentes no aterro sanitário pode levar a doenças respiratórias, gastrointestinais e outras doenças relacionadas ao ambiente.
O documentário também levanta questões sobre o desperdício de alimentos e a
lógica do sistema econômico que prioriza o lucro em detrimento da saúde e do bem-estar da população. A produção em massa de alimentos e a falta de políticas públicas adequadas para a promoção da segurança alimentar podem gerar uma grande quantidade de desperdício de alimentos, enquanto muitas pessoas ainda passam fome.
Portanto, o documentário "Ilha das Flores" destaca a importância da promoção da
saúde por meio do acesso a alimentos saudáveis e nutritivos, da segurança alimentar e da proteção ambiental. Ele também questiona a lógica capitalista que coloca o lucro acima da saúde e do bem-estar das pessoas e levanta a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde e a qualidade de vida da população.
A promoção da saúde é uma responsabilidade fundamental do governo, que deve
atuar para garantir o acesso universal e equitativo aos serviços de saúde e para promover as condições sociais, desencorajadoras e ambientais que favorecem a saúde da população. Entre as responsabilidades do governo na promoção da saúde, destacam-se: garantir o acesso universal aos serviços de saúde; promover a prevenção de doenças e promoção da qualidade de vida; monitorar a saúde da população; regulamentar e fiscalizar a indústria da saúde; promover a equidade em saúde.
Essas são algumas das responsabilidades do governo na promoção da saúde, que
devem ser encerradas de forma integrada e coordenada, com a participação da sociedade civil e de outros atores relevantes, como as instituições de saúde e os profissionais da área.