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Introdução

O direito à saúde é um dos direitos sociais, presente na Constituição


Nacional, sendo assim, um direito de todos e dever do Estado. Se tratando de
saúde o que está em questão é o direito à vida, à sobrevivência do ser, e esse
direito é superior a todos. Pretende-se com o estudo, abordar a questão do
direito fundamental à saúde e sua previsão constitucional, verificando que o
objeto da obrigação assistencial de saúde, não está presente apenas no dever
de fornecer medicamentos, mas como ainda tratamentos, incluindo exames e
cirurgias, necessários à efetivação do direito fundamental à saúde. Elenca-se a
diferenciação entre o Sistema Único de Saúde e os Planos de Saúde, tratando
desde o nascimento, a questão de atendimento hospitalar, exames, prevenção
de doenças, entre outros.

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Fundamentação Teórica

Conceitos Básicos Sobre a Saúde

A saúde é um dos direitos fundamentais do ser humano. Esta é definida


como ausência de doenças, a situação de perfeito bem-estar físico, mental e
social. Pode-se também definir a saúde como qualidade de vida, constando
que essa depende das condições sócias, históricas, econômicas e ambientais
em que vivemos, e de escolhas que fazemos no nosso dia-a-dia.

Verifica-se que vida, a dignidade e a igualdade, são direitos que não


podem ser exercidos plenamente sem que o indivíduo tenha acesso às formas
de proteção de sua saúde e de ter seus direitos reconhecidos.

A definição de saúde possui implicações legais, sociais e econômicas


dos estados de saúde e doença; sem dúvida, a definição mais difundida é a
encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde:
saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
apenas a ausência de doenças.

Quando a Organização Mundial da Saúde foi criada, pouco após o fim


da Segunda Guerra Mundial, havia uma preocupação em traçar uma
definição positiva de saúde, que incluiria fatores como alimentação, atividade
física, acesso ao sistema de saúde e etc.

O "bem-estar social" da definição veio de uma preocupação com a


devastação causada pela guerra, assim como de um otimismo em relação à
paz mundial — a Guerra Fria ainda não tinha começado. A OMS foi ainda a
primeira organização internacional de saúde a considerar-se responsável pela
saúde mental, e não apenas pela saúde do corpo.

A definição adotada pela OMS tem sido alvo de inúmeras críticas desde
então. Definir a saúde como um estado de completo bem-estar faz com que a
saúde seja algo ideal, inatingível, e assim a definição não pode ser usada como
meta pelos serviços de saúde. Alguns afirmam ainda que a definição teria
possibilitado uma medicalização da existência humana, assim como abusos
por parte do Estado a título de promoção de saúde.

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Por outro lado, a definição utópica de saúde é útil como um horizonte
para os serviços de saúde por estimular a priorização das ações. A definição
pouco restritiva dá liberdade necessária para ações em todos os níveis da
organização social.

Christopher Boorse definiu em 1977 a saúde como a simples ausência


de doença; pretendia apresentar uma definição "naturalista". Em 1981, Leon
Kass questionou que o bem-estar mental fosse parte do campo da saúde; sua
definição de saúde foi: "o bem-funcionar de um organismo como um todo", ou
ainda "uma actividade do organismo vivo de acordo com suas excelências
específicas." Lennart Nordenfelt definiu em 2001 a saúde como um estado
físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as
circunstâncias.

As definições acima têm seus méritos, mas, provavelmente, a segunda


definição mais citada também é da OMS, mais especificamente do Escritório
Regional Europeu: A medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um
lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com
o meio ambiente. A saúde é, portanto, vista como um recurso para a vida
diária, não o objetivo dela; abranger os recursos sociais e pessoais, bem como
as capacidades físicas, é um conceito positivo.

Essa visão funcional da saúde interessa muito aos profissionais


de saúde pública, incluindo-se aí os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e os
engenheiros sanitaristas, e de atenção primária à saúde, pois pode ser usada
de forma a melhorar a eqüidade dos serviços de saúde e de saneamento
básico, ou seja, prover cuidados de acordo com as necessidades de cada
indivíduo ou grupo.

A saúde mental (ou sanidade mental) é um termo usado para descrever


um nível de qualidade de vida cognitiva emocional ou a ausência de uma
doença mental. Na perspectiva da psicologia positiva ou do holismo, a saúde
mental pode incluir a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar
um equilíbrio entre as actividades e os esforços para atingir a resiliência
psicológica.

A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição bem


clara sobre o que é a saúde mental. Diferenças culturais, julgamentos

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subjectivos, e teorias relacionadas concorrentes afectam o modo como a
"saúde mental" é definida.

Determinantes Da Saúde

O relatório Lalonde sugere que existem quatro determinantes gerais de


saúde, incluindo biologia humana, ambiente, estilo de vida e assistência
médica. Assim, a saúde é mantida e melhorada, não só através da promoção e
aplicação da ciência da saúde, mas também através dos esforços e opções de
vida inteligentes do indivíduo e da sociedade.

O Alameda County Study analisa a relação entre estilo de vida e saúde.


Descobriu que as pessoas podem melhorar a sua saúde através
do exercício , sono suficiente, mantendo um peso saudável, limitando o uso
de álcool e evitando fumar.

Um dos principais factores ambientais que afetam a saúde é a qualidade da


água, especialmente para a saúde dos lactentes e das crianças em países em
desenvolvimento.

Estudos mostram que em países desenvolvidos, a falta de espaços de


lazer no bairro que inclua o ambiente natural conduz a níveis mais baixos de
satisfação nesses bairros e níveis mais elevados de obesidade e, portanto,
menor bem-estar geral. Por isso, os benefícios psicológicos positivos do
espaço natural em aglomerações urbanas devem ser levados em conta nas
políticas públicas e de uso da terra.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os principais


determinantes da saúde incluem o ambiente social e econômico, o ambiente
físico e as características e comportamentos individuais da pessoa. [14] Em
geral, o contexto em que um indivíduo vive é de grande importância na sua
qualidade de vida e em seu estado de saúde.

O ambiente social e econômico são fatores essenciais na determinação


do estado de saúde dos indivíduos dado o fato de que altos níveis
educacionais estão relacionados com um alto padrão de vida, bem como uma
maior renda. Geralmente, as pessoas que terminam o ensino superior têm
maior probabilidade de conseguir um emprego melhor e, portanto, são menos

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propensas ao estresse em comparação com indivíduos com baixa
escolaridade.

O ambiente físico é talvez o fator mais importante que deve ser


considerado na classificação do estado de saúde de um indivíduo. Isso inclui
fatores como água e ar limpos, casas, comunidades e estradas seguras, todos
contribuindo para a boa saúde.

A percepção de saúde varia muito entre as diferentes culturas, assim


quanto as crenças sobre o que traz ou retira a saúde.

A OMS define ainda a Engenharia sanitária como sendo um conjunto


de tecnologias que promovem o bem-estar físico, mental e social. Sabe-se que
sem o saneamento básico (sistemas de água, de esgotos sanitários e
de limpeza urbana) a saúde pública fica completamente prejudicada.

A OMS reconhece ainda que a cada unidade monetária (dólar, euro,


real, etc.) dispendida em saneamento economiza-se cerca de quatro a cinco
unidades em sistemas de saúde (postos, hospitais, tratamentos, etc.) e que
cerca de 80% das doenças mundiais são causadas por falta de água
potável suficiente para atender as populações necessitadas.

Direito Fundamental Á Saúde

Os níveis de saúde da população expressam a organização social e


econômica de um País. No Brasil, a saúde só foi garantida constitucionalmente
como direito universal de cidadania e dever do Estado a partir de 1988.

Estando os direitos sociais localizados em um capítulo que se situa e


que está sob o escudo dos direitos e garantias fundamentais, deixa lógico que
os direitos sociais (como a saúde) são direitos fundamentais do homem e que
possuem os mesmos atributos e garantia destes direitos.

Mostra-se a importância da proteção desse direito na sociedade atual,


verificando a partir do ordenamento jurídico (principalmente na Constituição
Federal de 1988) diversos artigos relatando sobre o mesmo. Ressalta-se nas
doutrinas que o direito à saúde está conectado com vários outros direitos como
exemplo:

 Direito à moradia,  Direito ao saneamento

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 Direito à educação,  Direito de acesso aos
 Direito ao bem-estar social, serviços médicos e
 Direito da seguridade social,  Direito à saúde física e
 Direito à assistência social, psíquica,

Caso não sejam assegurados esses direitos, estará comprometida a


efetivação e promoção do direito à saúde, verificando que esse direito só é
alcançado por meio de políticas públicas que garanta a população a viver com
dignidade. A partir de tal situação, constate-se que vida, a dignidade e a
igualdade, são direitos que não podem ser exercidos plenamente sem que o
indivíduo tenha acesso às formas de proteção de sua saúde.

O Sistema Único de Saúde

A formação do SUS é dada pelo conjunto de todas as ações e os


serviços de saúde prestados por instituições e órgãos públicos federais,
estaduais e municipais. Este sistema é um dos maiores sistemas públicos de
saúde do mundo. Abrange no mesmo, desde o simples atendimento
ambulatorial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal
e gratuito para toda a população do país.

Planos de Saúde

É um serviço oferecido por empresas particulares, com a finalidade de prestar


serviços médicos ao usuário, para que busquem proteção para sua saúde.

A ANS é a operadora habilitada que comercializa esses serviços, tendo


o fiscaliza mento e regulamenta o setor. Ela disponibiliza um canal de
comunicação para que o usuário esteja a par do seu plano de saúde.

Surgimento dos Planos de Saúde

O Plano de Saúde passa a existir da necessidade do homem em


controlar os riscos a que está exposto, tais como doenças, acidentes. Sua
formação é de um grupo de pessoas que buscam os mesmos intuitos de
colaborar financeiramente para se proteger. Ao contratar um Plano de Saúde,
os valores pagos individualmente não são suficientes para cobrir despesas
médicas como consultas, exames ou internações, mas quando as

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mensalidades de um grupo de clientes formam uma reserva forte o suficiente, a
operadora de saúde tem condições de arcar com os custos da assistência
prestada.

Funcionamento dos Planos de Saúde

Ao contratar um plano de saúde o beneficiário passa a ter direito á


certas coberturas. O seu plano lhe oferecerá em sua rede credenciada
Hospitais, Laboratórios e Clínicas pagos através de uma mensalidade sem
adicionais por uso de acordo com o Plano Escolhido.

Disponibilizam profissionais ou instituições de saúde de sua preferência,


que não fazem parte da rede. Você deve efetuar o pagamento diretamente ao
prestador de serviço e depois solicitar o reembolso à sua operadora mediante
apresentação da documentação necessária, sempre respeitando as coberturas,
limites e exclusões contratadas em seu Plano de Saúde.

PROTEÇÃO

Proteção, do latim protectĭo, é a acção e o efeito de proteger


(resguardar, defender ou amparar algo ou alguém). A protecção é um cuidado
preventivo perante eventuais riscos ou problemas.
Por exemplo: “Uma mãe deve sempre dar protecção ao seu filho”, “A mulher
ameaçada pediu protecção policial”, “Se tiveres relações sexuais com alguma
parceira ocasional, não te esqueças de usar protecção”.

A segurança do trabalho (ou também denominada segurança


ocupacional) é uma ciência que tem o objetivo de promover a proteção
do trabalhador em seu local de trabalho, visando à redução de acidentes de
trabalho e doenças ocupacionais.

É uma das áreas da segurança e saúde ocupacionais (ou também


denominada segurança e saúde no trabalho), cujo objetivo é identificar, avaliar
e controlar situações de risco, proporcionando um ambiente ocupacional
seguro e saudável para as pessoas.

Destacam-se entre as principais atividades de segurança do trabalho:

 Prevenção de acidentes;

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 Promoção da saúde;
 Promoção de cursos e treinamentos;
 Elaboração de documentos técnicos,
 Elaboração de pericias trabalhista;
 Consultoria ou assessoria.

O país tem investido em ações de legislação, fiscalização e a


implantação de preceitos e valores de prevenção na segurança no trabalho. De
acordo com pesquisa realizada pelo Serviço Social da Indústria, entre outubro
de 2015 e fevereiro de 2016, 71,6% das indústrias afirmaram dar alta atenção à
saúde e segurança dos trabalhadores.

Empresas grandes e médias de todo o Brasil que participaram do


levantamento, indicaram que os investimentos em saúde e segurança no
trabalho dão retorno aos negócios. A mesma pesquisa mostrou que o grau de
atenção da indústria brasileira ao tema deve aumentar nos próximos cinco
anos. E desde 2012, o Conselho Superior da Justiça do Trabalho promove o
Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, Contudo, o Brasil
ainda permanece como um dos países com maior índice de acidentes. Este se
concentra em alguns setores, como na construção civil e transportes.

Equipamento De Proteção Individual – Epi

Conforme Norma Regulamentadora – NR, considera-se Equipamentos


de Proteção Individual –EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador sendo destinado a proteção de risco suscetíveis de
ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Diante disto, entende-se como
equipamento conjugado de Proteção Individual, todo aquele composto por
vários dispositivos. Sendo que o fabricante tenha associado contra um ou mais
riscos que possam ocorrer simultaneamente. Contudo, a Lesgilação orienta no
artigo 165 da CLT que as medidas de ordem geral não oferecem completa
proteção contra os riscos do acidente e danos à saúde do trabalhador,
portanto, cabe a empresa fornecer gratuitamente Equipamentos de Proteção
Individual, Tais como:

EPI – EQUIPAMENTO PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA

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→ Capacete

→ Capus

EPI – EQUIPAMENTO PARA OLHOS E FACE

→ Óculos → Protetor Facial → Máscara de Solda

EPI – PARA PROTEÇÃO AUDITIVA

→ Protetor Auditivo

EPI – PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA

→ Respirador purificador de ar

→ Respirador de adução do ar

→ Respirador de Fuga

EPI – PARA PROTEÇÃO DE TRONCO

→ Vestimentas de segurança que ofereça proteção ao tronco contra riscos de


origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade
proveniente de operações com o uso de água.

EPI – PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES

→ Luva

→ Creme Protetor

→ Manga

→ Braçadeira

→ Dedeira

EPI – PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES

→ Calçado

→ Meia

→ Perneira

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→ Calça

EPI – PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO

→ Macacão

→ Conjunto

→ Vestimenta de corpo inteiro.

EPI – PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL.

→ Dispositivo trava queda

→ Cinturão

Com o estudo, verificamos que a necessidade de utilizar os


equipamentos de Proteção Individual – EPI é para proteger a saúde do
trabalhador, onde os mesmos devem ser testados e aprovados pela autoridade
competente para comprovar a sua eficácia.

Pode - se dizer que os Equipamentos de Proteção Individual devem ser


vistos como uma alternativa complementar às medidas preventivas. Portanto,
faz-se necessário que os Equipamentos de proteção Individual só poderá ser
posto a venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – CA,
expedido pelo Órgão Nacional competente em matéria de Segurança e Saúde
no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego. Pesquisas apontam que o
fornecimento e a comercialização do Equipamento de Proteção Individual- EPI,
sem o Certificado de Aprovação é considerado crime, e tanto o comerciante
quanto o empregador ficam sujeitos a penalidades previstas em lei.

A LESGILAÇÃO TRABALHISTA BRASILEIRA através de suas normas


regulamentadoras prevê: “O não cumprimento dos Equipamentos de Proteção
Individual – EPI acarretará em ações de responsabilidade civil e penal, além de
multas aos infratores”. Neste sentido, cabe a empresa fornecer os
Equipamentos de Proteção Individual – EPI, adequado ao trabalho,
subsidiando treinamento ao trabalhador, responsabilizando-se pela sua
utilização, guarda e conservação do equipamento.

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Conforme a Norma do Ministério do Trabalho (NR 6), é responsabilidade
conjunta entre empregador e empregado, a utilização dos equipamentos . Pois
é obrigação da empresa exigir o uso do EPI, é obrigação do trabalhador usá-lo
e cumprir as determinações da empresa sobre o uso adequado. Haja vista, o
Empregador ou Trabalhador que falhar com suas obrigações sofrerá
determinadas sanções tais quais:

→ O Empregador responderá na área criminal ou Cível, além de ser multado


pelo Ministério do trabalho;

→ O trabalhador esta sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido


por justa causa.

Portanto, vale salientar que um dos preceitos da CLT - Consolidação das


Leis Trabalhistas é o de que constitui ato faltoso do empregado a recusa
injustificada ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela
empresa. (Art. 158).

Então, se a empresa não pode forçar fisicamente o uso dos


equipamentos, ela pode e deve aplicar sanções ao trabalhador, por ele não
cumprir a obrigação de usar o equipamento sem justificativa e colocar a
empresa também em situação de descumprimento das normas.

Verifica-se que estas sanções podem ser através da advertência por


escrito e, nos casos extremos, a própria demissão do trabalhador pela prática
contínua de atos faltosos conforme a CLT. É conveniente que tanto os tipos de
sanções como as rotinas de fiscalização estejam descritos nas normas internas
de uso de EPIs. Os Equipamentos de Proteção Individual – EPIS são
destinados a serem utilizados por uma pessoa contra possíveis riscos
ameaçadores da saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada
atividade.

Contudo, compete ao Serviço Especializado em Engenharia de


Segurança e em Medicina do Trabalho – SESMT ou a Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes – CIPA, nas empresas desobrigadas de manter o
SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco existente em
determinada atividade.

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Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao designado,
mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, recomendar o EPI
adequado à proteção do trabalhador.

A IMPORTÂNCIA DO USO DO EQUIPAMENTO

DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI PARA PROTEÇÃO DO


PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM.

Para minimizar os riscos aos trabalhadores de enfermagem faz-se


necessário que as empresas subsidiem Equipamentos de Proteção Individual -
EPI, para assegurar ao trabalhador quanto a possíveis riscos a sua vida. Pois,
apesar de todo avanço tecnológico, qualquer atividade envolve um certo grau
de insegurança.

Contudo, Percebemos que a conduta dos profissionais de enfermagem


na adesão aos EPI, requer medidas que visam proporcionar uma maior adesão
ao uso de EPI e, conseqüentemente, a proteção e segurança destes
trabalhadores. Percebe-se que a falta de eficaz sistema de segurança acaba
causando problemas de relacionamento humano, produtividade, qualidade dos
produtos e/ ou serviços prestados e o aumento de custos.

A pseudo-economia feita não se investindo no sistema de segurança mais


adequado acaba ocasionando graves prejuízos a saúde do trabalhador, pois,
um acidente no trabalho implica baixa na produção, investimentos perdidos em
treinamentos e outros custos. Com a pesquisa, percebe-se que as doenças do
trabalho ou doenças ocupacionais/profissionais, são aquelas decorrentes da
exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais, ergonômicos ou de
acidentes. Elas se caracterizam quando se estabelece o nexo causal entre os
danos observados na saúde do trabalhador e na exposição a determinados
riscos ocupacionais. Por tanto, vale salientar se existir risco presente, a
consequência inicial é a atuação sobre o organismo humano que a ele está
exposto, alterando sua qualidade de vida.

Essa alteração pode ocorrer de diversas formas, dependendo dos


agentes atuantes, do tempo de exposição, das condições inerentes a cada
individuo e de fatores do meio em que se vive. Neste sentido, o

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desenvolvimento da percepção do risco é aliado a um conjunto de informações
de regras básicas, são ferramentas fundamentais para evitar exposição e
assegurar o sucesso das medidas preventivas de proteção e recuperação da
saúde do trabalhador.

Pesquisa aponta que e os trabalhadores da área da saúde


principalmente a hospitalar, estão expostos a múltiplos riscos no seu ambiente
de trabalho, de natureza química, física, biológica, psicossocial e ergonômica.
Onde os riscos biológicos são os principais geradores de periculosidade e
insalubridade para esses profissionais da saúde.

Conforme a norma regulamentadora - NR 32, entende-se por serviço de


saúde qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da
população e 20 todas as ações de promoção, recuperação, assistência,
pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível de complexidade.

Observa-se que a NR 32 tem por objetivo estabelecer as diretrizes


básicas para implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde
dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem
atividades de promoção e assistência à saúde em geral.

Pela importância do assunto verifica-se que o Ministério do trabalho vem


tomando medidas que de forma gradativa, provocando uma melhoria nas
ações preventivas, visando garantia da saúde do trabalhador.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Sabendo-se que a saúde é um direito fundamental e social, aborda-se


que o Brasil é um país de dimensões continentais com amplas desigualdades
regionais e sociais, a partir de tal fato, a criação do SUS visa uma ampliação
para o sistema de saúde do nosso país. Neste trabalho, desenvolvemos um
estudo sobre a saúde e proteção. Assim busca-se proporcionar a igualdade
para com as diversas classes, fazendo com que o individuo seja respeitado e

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tenha uma saúde de qualidade. Nota-se que a saúde é um
direito do cidadão, garantido pela Constituição, que seapresenta como
conceito amplo e muito mais significante que apenas a ausência da doença, e
propõe estratégias de ação para recuperação, proteção e promoção da saúde.
Mas, apesar de ser mencionada a importância do sistema de se responsabilizar
por estas ações, a promoção da saúde, muitas vezes, é tratada de forma
superficial, no entanto em meio ao próprio setor da saúde, como em meios
externos, até mesmo acadêmicos. Dessa forma, continua o desafio de
monitorar e avaliar programas, além da implantação desta Política de maneira
mais incisiva no país, mostrando que a Promoção da Saúde é efetiva na
conclusão dos objetivos a que ela se propõe, auxiliando para a formação de
indivíduos autônomos, capazes de promover mudanças na determinação social
do processo saúde/doença.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa
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2007). «História do conceito de saúde». Physis: Revista de Saúde Coletiva (1):
29–41. ISSN 0103-7331. Consultado em 6 de janeiro de 2021

↑ «Teses - Saúde Pública». portalteses.icict.fiocruz.br. Consultado em 6 de


janeiro de 2021

14
↑ Duarte, Danilo Freire (fevereiro de 2005). «Uma breve história do ópio e dos
opióides». Revista Brasileira de Anestesiologia (1): 135–146. ISSN 0034-7094.
Consultado em 6 de janeiro de 2021

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↑ Millstine, Denise. «Medicina tradicional chinesa». Manuais MSD edição para


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↑ «Rene Descartes e o Legado do Dualismo Mente


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↑ «Moodle USP: e-Disciplinas». edisciplinas.usp.br. Consultado em 6 de janeiro


de 2021

Índice
Introdução........................................................................................................... 1

Fundamentação Teórica..................................................................................... 2

Conceitos Básicos Sobre a Saúde......................................................................2

Determinantes Da Saúde....................................................................................4

Direito Fundamental Á Saúde.............................................................................5

O Sistema Único de Saúde.................................................................................6

15
Surgimento dos Planos de Saúde.......................................................................7

Funcionamento dos Planos de Saúde.................................................................7

PROTEÇÃO........................................................................................................ 7

Equipamento De Proteção Individual – Epi.........................................................8

A IMPORTÂNCIA DO USO DO EQUIPAMENTO.............................................12

DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI PARA PROTEÇÃO DO PROFISSIONAL


DE ENFERMAGEM...........................................................................................12

CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................15

16

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