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FELICIDADE E

BEM-ESTAR NA
VIDA PROFISSIONAL
Saúde e felicidade
Ana Paula Maurilia dos Santos

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

>> Definir saúde corporal como parte do equilíbrio humano.


>> Explicar os cuidados que se deve ter com a saúde ao longo do tempo.
>> Reconhecer a relação entre cuidados com a saúde e felicidade.

Introdução
O conceito de saúde presente na atualidade está atrelado a um modelo biop-
sicossocial, o qual considera a saúde bem mais do que a mera ausência de do-
ença. A perspectiva que temos hoje de saúde foi exaustivamente debatida ao
longo da história da humanidade, e nesse contexto reside a importância de
aprofundarmos o conhecimento naquilo que torna os indivíduos saudáveis.
Para tanto, a manutenção de um estilo de vida saudável ao longo do processo
de desenvolvimento humano é crucial para a promoção da saúde. Sendo assim,
são necessárias ações individuais para modificar fatores de risco relacionados
às doenças, além de estratégias de saúde coletiva para promover a saúde da
sociedade de maneira geral.
Nesse capítulo, você conhecerá diferentes definições de saúde, cada qual com
suas implicações práticas. Além disso, estudará diferentes ações de cuidado com
a saúde e suas consequências para o nível de felicidade experimentado.
2 Saúde e felicidade

Aspectos gerais da saúde


O paradigma válido na atualidade considera a saúde com sendo mais do
que a simples ausência de doença, e sim um estado de completo bem-estar
físico, mental e social. Tal conceito é amparado pelo Organização Mundial de
Saúde desde 1946 (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1946), mas durante quase
duas décadas muitos questionamentos surgiram em função dessa definição,
considerando que a saúde como estado completo de bem-estar seria algo
utópico (ALMEIDA FILHO, 2011). Porém, na medicina convencional a ideia de
saúde como mera ausência de doença seria limitada.
Como avançar rumo a uma concepção integrada de saúde? Visando supe-
rar o modelo biomédico clássico, à medida que se reconhece que o estado
de saúde implica num processo de múltiplas e complexas determinações,
podemos considerar que critérios tanto biológicos quanto socioculturais
nos aproximam mais do conceito de saúde dos dias atuais. Almeida Filho
(2011, p. 9) relata o contexto histórico pós-Segunda Guerra Mundial em que
emergiu o clássico conceito de saúde (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 1946,
documento on-line):

[...] convocaram publicitários, artistas gráficos, gurus e até mesmo alguns pesqui-
sadores, que contribuíram com logotipos, esquemas e desenhos interessantes,
ampliando cada vez mais o ‘todo completo’, incluindo novas modalidades de bem-
-estar, sempre a garantir que isso nada tem a ver com doença.

Desse período até o final do século XX, discursões foram surgindo, visando
ampliar o conceito de saúde estabelecido pela OMS. Assim como o conceito
de saúde e doença, a discussão da relação corpo–mente também foi objeto
de estudo ao longo da história (CASTRO; ANDRADE; MULLER, 2006). Os pressu-
postos de saúde integral representam esse processo. Na ocasião, o interesse
pelo “todo completo”, representado na mandala totalizante das virtudes e
dos valores humanos (Figura 1), explicitou um conceito ampliado de saúde em
relação ao conceito da OMS.
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Figura 1. Mandala com as dimensões de saúde integral no contexto histórico pós-Segunda Guerra.
Fonte: Almeida Filho (2000) apud Almeida Filho (2011, p. 10).

A ideia de saúde integral foi reforçada com o desenvolvimento das


neurociências, em que o conceito dualístico que separa corpo e mente foi
abandonado em nome de uma perspectiva mais abrangente do ser humano.
Nesse cenário, podemos perceber que a célebre expressão cunhada pelo
poeta romano Juvenal “mente sã em corpo são” atravessou dois milênios
e persiste até hoje como uma maneira resumida de compreender a saúde
amparada em um modelo biopsicossocial, que expressa a coerência entre
corpo e mente como fundamental para a constituição do equilíbrio humano.

O modelo biopsicossocial, diferentemente do modelo biomédico,


compreende a saúde e a doença como resultado da interação entre
fatores biológicos, psicológicos e sociais. Os seis princípios desse paradigma
são (BELLOCH; OLABARRIA, 1993):
1) o ser humano é um organismo biológico, psicológico e social;
2) saúde e doença são condições que estão em equilíbrio dinâmico, determinadas
por variáveis biopsicossociais, todas em constante interação;
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3) o diagnóstico, prevenção e tratamento das doenças devem considerar os


fatores biopsicossociais;
4) a etiologia da doença é sempre multifatorial, devendo considerar os vários
níveis etiopatogênicos;
5) os cuidados com a saúde e a doença se dão por ações integradas, realizadas
por uma equipe multidisciplinar;
6) saúde não é responsabilidade exclusiva de uma única especialidade
profissional.

Amparado também pelo paradigma biopsicossocial, Seligman (2011), con-


siderado o pai da psicologia positiva, acredita que caracterizar a saúde sob o
enfoque da ‘saúde positiva’ nos ajuda a entender o conceito. Assim, para o autor,
a definição de saúde positiva “[...] é o grupo de recursos subjetivos, biológicos
e funcionais que efetivamente aumentam os alvos de saúde e doença” (SELIG-
MAN, 2011, p. 93). Segundo ele, tais recursos podem ser compreendidos como:

„„ recursos biológicos: a faixa superior da variabilidade da frequência


cardíaca, o hormônio oxitocina, baixos níveis de fibrinogênio e in-
terleucina-6, fileiras repetitivas de DNA mais longas (telômeros), etc;
„„ recursos subjetivos: otimismo, esperança, sensação de boa saúde,
entusiasmo, vitalidade e satisfação com a vida;
„„ recursos funcionais: casamento excelente, subir rapidamente três
lances de escadas aos 70 anos sem perder o fôlego, amizades ricas,
passatempos envolventes e uma vida profissional próspera.

A definição de saúde positiva é empírica e estamos investigando a extensão com


que essas três classes de recursos efetivamente melhoram os seguintes alvos
de saúde e doença: a saúde positiva amplia o tempo de vida? A saúde positiva
reduz a morbidade? Os gastos com serviços de saúde diminuem para pessoas
com saúde positiva? Existe uma melhor saúde mental e um menor adoecimento
mental? As pessoas com saúde positiva não apenas vivem mais como também
desfrutam mais anos de boa saúde? As pessoas com saúde positiva têm melhores
prognósticos quando a doença de fato eclode? (SELIGMAN, 2011, p. 93)

Diante desse contexto, conclui-se que a noção de saúde positiva visa apro-
fundar o conhecimento daquilo que torna os indivíduos saudáveis, conceito
muito próximo da medicina do estilo de vida (lifestyle medicine). A medicina do
estilo de vida é uma abordagem baseada em evidências científicas, que visa,
por meio de uma equipe multidisciplinar em saúde, orientar a população para a
adoção de um estilo de vida saudável, alimentação balanceada, prática regular
de atividades físicas, saúde do sono, cessação do tabagismo, gerenciamento
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do estresse, manutenção de relacionamentos saudáveis e comportamentos


preventivos (exames regulares de colesterol e outro monitoramentos) (TRILK
et al., 2019). Esses domínios são essenciais para prevenir e tratar doenças
crônicas não transmissíveis (DCNTs).
Vale ressaltar que as DCNTs (doenças cardíacas, respiratórias, diabetes,
cânceres), representam cerca de 75% das causas de morte no mundo (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2013). Nesse sentido, o foco central da promoção da
saúde está no controle desses fatores de risco modificáveis, uma vez que
a adoção de um estilo de vida saudável poderia prevenir 80% das mortes
prematuras ocasionadas por essas doenças.
De acordo com o Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (2020),
o foco deve recair em melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas e da
sociedade, atuando na causa do seu desequilíbrio e oferecendo uma nova
esperança de que enfermidades podem ser evitadas, revertidas e melhor
gerenciadas. Ainda de acordo com a instituição, “[...] a medicina do estilo de
vida não é uma panaceia para todos os desafios de saúde enfrentados pela
humanidade — no entanto, para condições específicas relacionadas ao estilo
de vida, ela deve ser a maior parte da solução” (COLÉGIO... 2020, documento
on-line). Dentro desse contexto, a saúde integral é abordada pelos pilares
apresentados na Figura 2.

Figura 2. Dimensões de saúde integral no contexto atual da medicina do estilo de vida.


Fonte: Marinheiro (2020, documento on-line).
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Esse modelo conceitual nos leva a compreender que uma atitude preven-
tiva frente à identificação e controle dos fatores de risco de doenças tende a
minimizar a ocorrência dessas enfermidades, o que justificaria a redução do
risco de morte prematura, bem como os gastos em saúde pública de maneira
substancial. Já para indivíduos acometidos por doenças como diabetes tipo 2
e hipertensão arterial, por exemplo, alterações no estilo de vida como parte
fundamental do tratamento promoveriam resultados bastante satisfatórios,
como a possibilidade de não depender mais de medicamentos.
Infelizmente, porém, a realidades atual nos mostra que muitas pessoas
não aderem a mudanças de estilo de vida, sendo o autocuidado bastante ne-
gligenciado. O grande desafio dos profissionais da saúde, portanto, é motivar
seus pacientes a mudarem comportamentos que levam a predisposição e/
ou agravamento de doenças crônicas.
Seja como for, nos últimos tempos o estilo de vida passou a ser um dos de-
terminantes mais importantes da saúde de indivíduos, grupos e comunidades.
Para garantir uma vida longa e saudável, esses componentes são essenciais e
estão diretamente relacionados à felicidade. Ao analisar artigos relacionados
à temática da felicidade, podemos perceber que a literatura científica tem se
ocupado com noções correlatas, como a qualidade de vida, a satisfação e a
promoção da saúde (SCORSOLINO-COMIN; SANTOS, 2010). Enfim, o conceito
de saúde não deve se ater a uma oposição à doença, abarcando uma prática
fundamental para a constituição do equilíbrio humano.

Promoção da saúde ao longo da vida


O desenvolvimento humano pode ser entendido como o processo de trans-
formação individual desde o nascimento até a morte. Esse ciclo de vida é
dividido em quatro etapas evolutivas: infância, adolescência, vida adulta e
terceira idade. Cada uma dessas etapas apresenta características e demandas
próprias, que devem ser reconhecidas para se definir as ações de promoção
da saúde necessárias em cada fase.
A partir de uma perspectiva de saúde integral, amparada por um modelo
biopsicossocial, devemos considerar o ser humano dentro do seu ambiente
familiar, comunitário e social. Por esse motivo, compreende-se que a promoção
da saúde, além de envolver uma ação individual, como adoção de um estilo
de vida saudável, também é fruto de uma ação coletiva em prol do bem-estar
global da população. De fato, iniciativas mundiais, nacionais ou regionais visam
combater os principais males que afligem a saúde da população em geral,
mediante a elaboração e a implementação de políticas públicas saudáveis.
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A seguir, vamos examinar as principais ações de promoção da saúde para


cada uma das etapas evolutivas do processo de desenvolvimento humano. Vale
ressaltar que essas ações envolvem tanto o desenvolvimento de habilidades
pessoais e modificações do estilo de vida quanto ações de saúde coletiva que
visam a participação comunitária e a criação de ambientes favoráveis à saúde.

Infância e adolescência
Desde o período gestacional, faz-se necessária a realização de exames pré-
-natais para um acompanhamento detalhado da saúde do bebê. Após o
nascimento, o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil
é de suma importância, uma vez que muitos problemas de saúde são asso-
ciados à fatores genéticos nutricionais e ambientais e se refletem de maneira
decisiva no desenvolvimento da criança.
Nos primeiros anos de vida, o aleitamento materno e a vacinação recebem
atenção especial. Segundo recomendações da OMS, os bebês devem ser ama-
mentados até os dois anos. “O aleitamento materno é a mais sábia estratégia
natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança e constitui a mais
sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade
infantil” (BRASIL, 2015, documento on-line). Por esse motivo, existem diversas
campanhas mundiais e nacionais de incentivo à amamentação, como tam-
bém à vacinação, com o propósito de conscientizar sobre a importância da
imunização, principalmente dos 0 aos 5 anos.
O desenvolvimento motor durante a primeira infância (0–5 anos) e em
idade escolar (6–11 anos) deve ser avaliado constantemente, devido à sua
relação direta com o desenvolvimento cognitivo. Estudos que relacionam
desenvolvimento motor e rendimento escolar têm demonstrado significância
estatística entre o que a criança é capaz de aprender (cognitivo) e o que é
capaz de fazer (motor) (SANTOS; WEISS; ALMEIDA, 2011).
Uma vez que os hábitos adquiridos na infância e adolescência tendem
a persistir na vida adulta, diversas iniciativas mundiais têm surgido para
conscientizar a população sobre os agravos à saúde ocasionados pelo com-
portamento sedentário e a inatividade física nessa população. A grande
preocupação atual é que o tempo gasto em comportamentos sedentários por
parte de crianças e adolescentes em idade escolar contribuirá para o aumento
da propensão à obesidade e diferentes doenças na vida adulta. Diretrizes
atuais da OMS (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2015) recomendam que as
crianças e jovens (5–17 anos) realizem 60 minutos de atividade física diária,
principalmente exercícios aeróbicos de intensidade moderada a vigorosa.
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Porém, uma série de opções tem facilitado e agravado o comportamento


sedentário na infância: alimentos industrializados, videogames, televisão,
computadores, fast food. Esses fatores de certo modo justificam a não procura
das crianças por atividade física, como também predispõem à prevalência
de obesidade infantil.
“A adolescência é um período do desenvolvimento humano no qual se
estabelece comportamento, caráter, personalidade e estilo de vida” (BUSS,
2001, documento on-line). O contexto ambiental é um dos fatores que mais
influenciam o comportamento nessa faixa etária e seu estilo de vida no
futuro. Nesse período, os adolescentes em geral se afastam de seus pais,
confiam somente nos amigos, questionam os mais velhos e desejam usufruir
da liberdade do adulto (BUSS, 2001). Além disso, há grande influência da mídia,
de artistas, de drogas, de seitas etc.
Considerando que o suicídio tem sido considerado a segunda principal
causa de morte entre os jovens, ao passo que a depressão é um sério problema
de saúde, relacionada a cerca de 97% dos casos de suicídio (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2017), eleva-se a importância dos cuidados com a saúde mental
nesse período desenvolvimental. A adoção de um estilo de vida saudável,
como a prática regular de atividade física, caracteriza-se como uma atitude
preventiva quanto à depressão, uma vez que no Brasil os sedentários têm duas
vezes mais chances de desenvolver depressão. Se pensarmos que 80% dos
adolescentes no mundo não praticam atividade física regularmente (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2015), esse fator é preponderante na promoção da
saúde na adolescência.
Uma das maneiras mais promissoras de promover a adoção de comporta-
mentos saudáveis e modificar condutas prejudiciais é a educação para a saúde
(GOMES, 2009). Nesse sentido, iniciativas voltadas a crianças e adolescentes,
como as Escolas Promotoras de Saúde, são fundamentais. As Escolas Promo-
toras de Saúde visam desenvolver conhecimentos, habilidades e destrezas
para o autocuidado e a prevenção de comportamentos de risco, buscando
fortalecer o que contribui para a melhoria da saúde e do desenvolvimento
de crianças e adolescentes (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, [201-?]).
A promoção da saúde no âmbito escolar inclui também o enfoque da
saúde integral, que leva em consideração as necessidades de crianças e
adolescentes nas etapas do seu desenvolvimento. Na prática, é encorajado
o desenvolvimento de conhecimentos que contribuam para a adoção de
estilos de vidas saudáveis, sendo abordados, portanto, questões referentes
ao abuso de drogas, orientação sexual, atividade física, alimentação saudável,
prevenção de suicídio, dentre outras.
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Vida adulta
Muitos dos cuidados com a saúde na vida adulta estão relacionados à pre-
venção e ao tratamento das DCNTs. Dentre as principais, destacam-se as
doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e doenças respiratórias crônicas,
responsáveis por cerca de 71% das mortes no mundo. Essas doenças são atri-
buídas em grande parte a quatro fatores de risco em comum e modificáveis:
tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada e consumo de álcool
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009). Assim, se esses comportamentos fos-
sem modificados e substituídos pela prática regular de atividade física, pelo
consumo de cinco porções de frutas e verduras cinco ou mais dias por semana
e pela redução do consumo de alimentos industrializados, o percentual de
mortes seria reduzido de maneira significativa.
Atualmente, os adultos têm vivenciado uma jornada de trabalho com
média de oito horas diárias, associada ao cuidado da casa e a educação
dos filhos. Em função das diversas exigências profissionais impostas pelo
mercado de trabalho, como a produtividade e a competitividade extrema,
é difícil não associar estresse e trabalho. O gradativo aumento das DCNTs
está relacionado, entre outros aspectos, ao acentuado ritmo de trabalho e
à intensidade exigida ado trabalhador na execução de suas funções laborais
(CARDOSO et al., 2017).
Nesse sentido, particularmente na vida adulta, a busca pela compreensão
dos diferentes significados de lazer torna-se fundamental. Apesar do lazer
ser um direito de todos os cidadãos, garantido pela Constituição Federal de
1988, isso não garante o seu usufruto, já́ que não há uma prática deliberada
em nossa sociedade. Existem muitos adultos que não se sentem dignos de
usufruírem momentos de lazer como deveriam, em função da dificuldade
em “se desligarem” e deixarem de ser produtivos. Há uma alienação na
sociedade contemporânea por conceitos de produtividade e isso afeta
de maneira decisiva a saúde. É natural vermos adultos cumprindo tarefas
extenuantes e tendo pouco tempo para relaxar e se dedicar à saúde e ao
seu bem-estar.
Em função dessa problemática, algumas iniciativas mundiais têm sido
criadas, tanto para o enfrentamento das DCNTs quanto para o combate da
inatividade física. O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, 2011–2022, por exemplo,
visa promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas
efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências, para a preven-
ção e o controle das DCNTs e de seus fatores de risco (MALTA; MORAIS NETO;
SILVA JUNIOR, 2011).
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Recentemente, em 2018, a OMS lançou um plano de ação mundial intitulado


Be Active, o qual estipula como meta reduzir a inatividade física em 10% até
2025 e em 15% até 2030. Adultos são considerados insuficientemente ativos
quando realizam menos que 150 minutos semanais de atividade física de
moderada a intensa. A ideia é que, por meio dessas iniciativas os adultos, e
a população em geral, se conscientizem sobre a adoção de estilos de vida
saudáveis, como a prática de atividades físicas regulares.

Terceira idade
Com o aumento médio da expectativa de vida no mundo, o número de idosos
vem crescendo substancialmente nas últimas décadas. Acredita-se que em
2050 30% da população brasileira terá 60 anos ou mais. Sendo assim, políticas
públicas voltadas para um envelhecimento ativo têm sido muito valorizadas,
em função dos diversos benefícios que o exercício traz na terceira idade, com
a melhoria da capacidade funcional, por exemplo. Além dos benefícios à saúde
física, muitos idosos buscam a prática de atividades recreativas no lazer para
reforçar o convívio social, o que contribui para a saúde, de maneira geral.
Conforme os indivíduos envelhecem, as doenças não transmissíveis tornam-
-se as principais causas de morbidade, incapacidade e mortalidade. Nesse
contexto, eleva-se a importância das políticas públicas destinadas à promoção
da saúde, como o envelhecimento ativo. Este foi o termo adotado pela OMS
no final dos anos 1990 para o processo de otimização das oportunidades de
saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de
vida à medida que as pessoas envelhecem. Uma vida ativa melhora a saúde
mental, promove contatos sociais e ajuda os idosos a serem mais independentes.
Para que haja um envelhecimento de boa qualidade, impõe-se ainda uma
estratégia sistemática de prevenção e tratamento (reabilitação) das doenças
crônico-degenerativas. Essa estratégia deve ser desenvolvida principalmente
por meio da adoção de um conjunto de hábitos saudáveis de vida, que têm
no exercício físico um aspecto fundamental. Isso porque os níveis de ativi-
dade física parecem estar correlacionados com a atenuação do processo de
declínio cognitivo e com melhores índices de qualidade de vida em idosos,
principalmente naqueles com doenças crônicas (CASTRO et al., 2017).
Apesar dos vários benefícios da atividade física documentados na terceira
idade, uma grande proporção de idosos ainda leva uma vida sedentária. Políticas
públicas também têm sido criadas para estimular e garantir que pessoas inativas
se tornem mais ativas à medida que envelhecem, como o envelhecimento ativo,
que contempla a importância da atividade física e do lazer nessa população.
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De acordo com Castro, Lima e Duarte (2016, documento on-line):

Estratégias que envolvem jogos, esportes, recreação e lazer representam ferra-


mentas eficientes da atencão primária no sentido de priorizar o envelhecimento
saudável. Porém, destaca-se a importância de inserir o idoso enquanto coautor
no processo de elaboracão dos programas de exercícios físicos, sugerindo, plane-
jando e executando ações. Tal medida pode promover pró-atividade, autonomia
e capacidade de gerir a própria atividade física, valorizando, assim, o caráter
socioeducativo da intervencão.

Diante disso, verifica-se que os cuidados com a saúde na sociedade mo-


derna dependem, em grande parte, da faixa etária em que o indivíduo se
encontra. No entanto, é possível perceber a existência de fatores de risco em
comum modificáveis, aqueles que na prática parecem uma tarefa bastante
difícil de mudar. Nesse contexto, iniciativas mundiais, nacionais e regionais
têm se dedicado a promover a saúde ao combater os principais problemas
de saúde pública que acometem a população em geral.
Nesse sentido, eleva-se a importância do lazer, uma vez que grande parte
dos fatores que nos levam à uma vida plena surgem em momentos de in-
teração social, contato com a natureza, prática de atividade física, ou seja,
bem longe de aspectos relacionados à fama e ao dinheiro, como primazia da
produtividade do isolamento social.
Para resumir, considerando os fatores socioemocionais como de suma
importância à saúde, são descritas a seguir as principais características de
cada etapa do desenvolvimento humano (SILVA; GONÇALVES, 2010).

„„ Primeira infância (3 a 6 anos):


■■ posturas e atitudes egocêntricas concentra a atenção em si;
■■ começa a formar vínculo com as pessoas mais velhas;
■■ participação em jogos compostos por pequenos grupos de indivíduos;
■■ utiliza a linguagem verbal para expressar os sentimentos às pessoas
próximas;
■■ gosta de aventura e de sentir independente;
■■ pode ter ‘’amigos imaginários’’;
■■ gosta de elogios;
■■ forte apego e laço familiar.
„„ Segunda infância (7 a 12 anos):
■■ transição do egocentrismo para a socialização;
■■ influência direta dos amigos, pais, mídia, tendência ao modismo;
■■ necessidade de competir e de apresentar suas habilidades no grupo
de convívio;
12 Saúde e felicidade

■■ disposição à formação de grupos que apresentem os mesmos


interesses;
■■ as meninas estão preocupadas como a imagem social e os meninos
ainda são mais infantis;
■■ necessidade de motivação para o convívio social.
„„ Adolescência:
■■ necessidade de autoafirmação;
■■ conflitos de personalidades;
■■ desprezo por atividades físicas;
■■ maior interesse por assuntos culturais e artísticos;
■■ a estética assume papel de aceitação no grupo social;
■■ plena identificação com o sexo oposto.
„„ Vida adulta:
■■ aceitação do sexo oposto nas atividades;
■■ maior participação em atividades em grupos do que individuais;
■■ dificuldade para conhecer pessoas;
■■ revalorização das atividades físicas e esportivas;
■■ dificuldade de se expor perante um grupo de pessoas;
■■ geralmente entendem e aceitam derrotas e vitórias.
„„ Terceira idade:
■■ apreciam as atividades realizadas em grupo e que favoreçam a
interação social;
■■ necessidade de interação social com pessoas da mesma faixa-etária;
■■ valorização da participação nas atividades, não se importando com
os resultados;
■■ necessidade de elogios em momentos oportunos;
■■ interesse e entusiasmos na prática de jogo, quando envolve outros
idosos;
■■ honestidade com os jogadores;
■■ não gosta de se expor perante o grupo;

A seguir, vamos detalhar as evidências científicas que amparam esses


questionamentos e que estabelecem uma relação entre saúde e felicidade.

A ciência da felicidade relacionada à saúde


A partir dos anos 1990, com o advento da psicologia positiva, a reparação dos
aspectos negativos das doenças deu lugar à promoção da saúde e de aspectos
positivos do ser humano. No âmbito científico, a felicidade tem sido pesquisada
Saúde e felicidade 13

por meio do constructo do bem-estar subjetivo. Segundo Scorsolino-Comin e


Santos (2010), o estudo do bem-estar subjetivo visa compreender a avaliação
que as pessoas fazem de suas vidas, investigando, para isso, os sentimentos,
emoções e comportamentos positivos para a promoção da felicidade humana.
“Essa noção, no entanto, é permeada por outros conceitos que o tangenciam,
como o de satisfação com a vida, afetos positivos, bem-estar psicológico e
qualidade de vida, todas essas noções contempladas pela psicologia positiva”
(SCORSOLINO-COMIN; SANTOS, 2010, documento on-line).

Mas, afinal, o que mantêm as pessoas felizes e saudáveis ao longo


da vida? Para uma resposta plausível, baseada em evidências, vale
ressaltar o estudo longitudinal mais longo da área da saúde, desenvolvido pela
Universidade de Harvard, em que foram acompanhados cerca de 724 voluntários
durante 75 anos. Dentre os diversos achados dessa pesquisa, o mais revolu-
cionário é que, diante das diversas variáveis analisadas (nível socioeconômico,
status, estilo de vida e fatores genéticos e ambientais), as que apresentam maior
impacto na saúde e na longevidade referem-se à interação social e à qualidade
dos relacionamentos. Isso significa que são os relacionamentos íntimos que
mantêm as pessoas felizes e saudáveis ao longo da vida, mais do que fama e
dinheiro (MINEO, 2017; WHAT..., 2015).

Acredita-se que a variável relações sociais afeta em até 50% as taxas de


mortalidade — sendo que aqueles que vivem sozinhos apresentam maior
risco de morte — quando comparada a outras variáveis sociodemográficas,
como consumo de tabaco e obesidade (HOLT-LUNSTAD; SMITH; LAYTON, 2010).
Por sua vez, um estudo de meta-análise conduzido por Diener e Chan (2011)
constatou que as principais variáveis associadas ao bem-estar subjetivo
(emoções positivas, otimismo, satisfação com a vida e ausência de emoções
negativas) apresentam correlação significativa com melhores condições de
saúde e longevidade. Indivíduos sob essas condições apresentam um au-
mento estimado de sobrevida entre 4 e 10 anos, quando comparados àqueles
indivíduos com valores mais baixos de bem-estar subjetivo.
Quanto às vantagens das emoções positivas à saúde, Gaziri (2019) cita que,
diferentemente das emoções negativas, que liberam cortisol, as emoções
positivas liberam ocitocina, conhecida como o hormônio da felicidade: “[...]
a ocitocina diminui os nossos batimentos cardíacos e faz com que mais oxi-
gênio entre no cérebro, aumentando também a nossa capacidade de confiar,
colaborar e nos relacionar com os outros” (GARIZI, 2019, p. 115). Além disso,
a ocitocina aumenta nossa atenção aos acontecimentos positivos da vida,
afirma Gaziri, autor do livro A ciência da felicidade.
14 Saúde e felicidade

A biologia do otimismo
Seligman (2011), autor do livro intitulado Florescer: uma nova e visionária
interpretação da felicidade e do bem-estar, em seu capítulo dedicado à saúde
positiva, relata, amparado por dados de pesquisas, que todos os estudos
sobre otimismo e doença cardiovascular convergem para a conclusão de
que o otimismo está fortemente associado à proteção a essas doenças.
O autor esclarece que essa conclusão é válida mesmo considerando-se a
correção de todos os fatores de risco tradicionais, como obesidade, fumo,
uso excessivo de álcool, colesterol alto e hipertensão. Ele cita também
uma importante meta-análise que compilou 70 estudos, 35 dos quais co-
meçaram com participantes saudáveis e 35 com participantes doentes. Os
resultados evidenciaram que o bem-estar psicológico atua como um fator
de proteção. De acordo com o estudo, pessoas com bem-estar elevado têm
18% menos chances de morrer de qualquer causa do que quem tem baixo
bem-estar. Entre os estudos que iniciaram com pessoas doentes, as que
tinham bem-estar elevado mostraram um efeito menor, mas significativo,
morrendo a um índice 2% menor do que os que tinham baixo bem-estar.
Quanto à causa de morte, a sensação de bem-estar parece proteger as
pessoas contra mortes por doença cardiovascular, falência renal e HIV, mas
não significativamente por câncer.

Em outro estudo, referente ao envelhecimento, Seligman (2011)


descreve que, em 1986, 1.306 militares veteranos participaram de
um estudo de acompanhamento por 10 anos, cujo instrumento de análise era o
Inventário Multifásico de Personalidade de Minnesota. O instrumento apresenta
uma escala de otimismo–pessimismo que prediz confiavelmente os índices
de mortalidade. As variáveis avaliadas e controladas estatisticamente foram
fumo, uso de álcool, pressão sanguínea, colesterol, massa corporal, histórico
familiar de doenças cardiovasculares (DCV) e educação, bem como ansiedade,
depressão e hostilidade.
Durante esse período, ocorreram 162 casos de doença cardiovascular. Os
principais achados do estudo evidenciaram que homens com um estilo mais
otimista (desvio-padrão de um ponto acima da média) tiveram 25% menos DCV
que a média, e homens com menos otimismo (desvio-padrão de um ponto abaixo
da média) tiveram 25 % mais DCV do que a média. Essa tendência revelou-se forte
e contínua, indicando que ter um maior otimismo protegia os idosos do sexo
masculino, ao passo que ter menos otimismo os enfraquecia. Acredita-se que
os otimistas têm atitudes e estilo de vida mais saudáveis; além disso, pessoas
com alto grau de satisfação com a vida, como grande parte dos otimistas, têm
maiores chances de cuidar da alimentação, não fumar e se exercitar regularmente,
do que pessoas com baixo grau de satisfação com a vida.
Saúde e felicidade 15

Se as relações pessoais afetam decisivamente a saúde e a felicidade, em


outro enfoque podemos vislumbrar o impacto negativo do isolamento social
causado pela recente pandemia de Covid-19 sobre a saúde da população. Estu-
dos epidemiológicos que relacionaram as consequências do isolamento social
às taxas de mobilidade e mortalidade verificaram que indivíduos socialmente
isolados têm maior risco de depressão, sentem-se mais tristes e inseguros e
apresentam um padrão de sono fragmentado e de menor qualidade (CACIO-
PPO et al., 2014; HOLT-LUNSTAD, 2018; HOLT-LUNSTAD; SMITH; LAYTON, 2010).
Nesses estudos, foram verificadas alterações fisiopatológicas que reduzem
a longevidade. Já outros estudos que investigaram situações de quarentena
apontam alta prevalência de outros efeitos psicológicos negativos, como
humor rebaixado, irritabilidade, raiva, medo e também insônia (BROOKS et al.
apud LIMA, 2020). Lima (2020) cita ainda que, tendo em vista o caráter inédito
do distanciamento e do isolamento sociais de forma simultânea a milhões
de pessoas, o impacto da pandemia de Covid-19 pode levar também a uma
pandemia de medo e estresse.
Iniciativas globais que visam propor orientações e diretrizes sobre como
lidar com crises humanitárias têm abordado os diversos aspectos da pandemia
que se relacionam com a saúde mental, incluindo a organização dos serviços,
estratégias para grupos vulneráveis do ponto de vista físico e/ou psíquico
(idosos, crianças, pessoas com doenças crônicas, doenças mentais graves
ou deficiências) e recomendações para a população em geral, envolvendo
medidas de promoção e prevenção de saúde visando mitigar os efeitos do
isolamento prolongado (LIMA, 2020).
Sendo assim, os profissionais da saúde devem compreender os aspectos
socioemocionais envolvidos na saúde e na doença, a fim de estruturar suas
práticas para além dos aspectos biológicos geralmente apresentados. É
preciso considerar que cada etapa do processo de desenvolvimento humano
apresenta particularidades que afetam decisivamente a saúde e a felicidade.
Por fim, considerando as evidências científicas, podemos perceber que a fe-
licidade é nitidamente um componente fundamental para uma vida saudável.
Diversas variáveis associadas ao bem-estar subjetivo, como o otimismo e
os relacionamentos pessoais, cumprem um papel tão importante quanto as
variáveis associadas à um estilo de vida saudável, segundo os estudos. Isso
significa que a saúde física e a saúde mental são cruciais para o equilíbrio
humano. ‘’Mente sã em corpo são’’, já dizia o sábio poeta Juvenal.
Felizmente, os paradigmas atuais de saúde, pautados no modelo biopsi-
cossocial, têm levado em consideração também os fatores socioemocionais,
e não podia ser diferente. Na perspectiva da medicina do estilo de vida, por
16 Saúde e felicidade

exemplo, dois dos seis pilares da saúde integral contemplam à saúde mental:
controle do estresse e relacionamentos. O estresse pode levar a estados de
ansiedade e depressão, enquanto a conexão social é essencial para nossa
resiliência emocional e saúde em geral.

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