Você está na página 1de 3

16-11-2020

Contextos de Saúde e Enfermagem


É difícil obter uma definição universalmente aceite para os conceitos de saúde e doença.
Morte → Doença → Condição de saúde normal → Bem-estar → Saúde
Indicadores de estado de saúde de uma população:
→ Percentagem de gravidez na adolescência;
→ Taxa de mortalidade infantil;
→ Esperança média de vida;
→ Taxa de doenças infeciosas;
→ Percentagem de doenças cardiovasculares;
→ Percentagem de obesos;
→ Percentagem de diabéticos tipo 1 e tipo 2.
Doenças (DHS) – um distúrbio das funções de um órgão, da psique de um organismo como um
todo, que está associada a sinais ou sintomas específicos.
Exercício – em termos da sua determinação causal, que o processo saúde-doença representa o
conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam o estado de saúde e doença de
uma população, que variam em diversos momentos históricos e desenvolvimento científico da
humanidade.

Conceito de saúde:
É abstrato e tem várias variantes. Pode ser interpretado numa perspetiva individual, social ou
comunitária.
Saúde é o estado completo de bem-estar físico, psicológico e social. Esta pode ser interpretada
de várias formas dependendo da cultura, meio ou ambiente onde o individuo esteja inserido.
Informação disponível pode influenciar bem-estar.
Uma pessoa pode-se sentir bem, mas, no entanto, isso não significa que esteja bem.
Existem vários tipos de saúde: emocional, física, espiritual, sexual, etc.
Estilos de vida:
Fatores: hábitos, práticas, socioeconómicos, cultura, ambiente.
O conceito de saúde é influenciado pelo estilo de vida.

Determinantes de saúde
Permitem definir ações eficazes para melhorar a saúde das populações.
Existem 5:
• A biologia humana: património genético e envelhecimento;
• Os estilos de vida: comportamentos saudáveis;
• O meio ambiente: qualidade do ambiente físico e do meio social;
• O sistema de saúde: meios disponíveis e acessibilidade aos mesmos.
• Sociais e económicos.
Todos os determinantes influenciam, num ou noutro sentido, o estado de saúde indiv idual,
familiar ou comunitário. Se é certo que o sentido dessa influência é compreensível, já tem sido
difícil ponderar o peso específico de cada um deles, de forma a priorizar aquele que na altura é
considerado o mais importante.

Promoção da Saúde:
O maior potencial para melhorar a saúde reside no que nós fazemos ou não para e a nós
mesmos: Estilo de vida.
É a nossa responsabilidade promover a nossa própria saúde e a dos outros.
Prevenir a doença. Em termos económicos se não prevenir a doença, no futuro não irão existir
recursos suficientes para acudir toda a gente, logo de modo a evitar este cenário, devemos
promover a saúde, através de várias medidas.
Conceito positivo: promoção da saúde; ter saúde é mais que não ter doença, a pessoa tem de
se sentir bem, física e psicologicamente.
Conceito negativo: apenas a ausência de doença.
A Educação para a Saúde deve promover a auto-estima e auto-confiança nas pessoas, por forma
a capacitá-las ("empowering") a terem mais controlo sobre a sua própria saúde
➢ Mudança de comportamentos para estilos de vida mais saudáveis.
➢ Mudança do ambiente físico e sócio-económico para a melhoria da saúde das pessoas.
Estas duas mudanças estão de alguma forma interligadas, já que para haver mudança de
comportamento das pessoas é também necessário fornecer as condições ambientais propícias
a essa mudança de comportamento.

Doenças crónicas não transmissíveis:


→ Doenças cardiovasculares;
→ Cancro;
→ Patologia respiratória clínica;
→ Diabetes melitus;
→ Doenças osteoarticulares;
→ Perturbações da saúde mental.
Trazem mais gastos na saúde.
Principais fatores implicados na origem destas doenças são o conjunto de fatores,
fundamentalmente ligados aos ESTILOS DE VIDA individuais.
Alguns fatores são: Consumo de tabaco, erros alimentares, obesidade, consumo excessivo de
álcool.
A promoção da saúde atua aqui de forma a prevenir e evitar estas doenças.
“A forma como cada pessoa gera o seu próprio capital de saúde ao longo da vida, através de
opções individuais expressas no que podemos entender como estilo de vida, constitui assim uma
questão futura na génese da saúde individual e coletiva”.

Prevenção na saúde e os seus quatro níveis:


Prevenção Primária;
Prevenção Secundária;
Prevenção Terciária;
Prevenção quaternária:
Pretende evitar ou atenuar o excesso de intervenção médica através da detenção de indivíduos
em risco de sobre tratamento – atos médicos desnecessários ou injustificados a pessoas com
doenças irreversíveis e sem cura;
Pretende capacitar a pessoa ao fornecer-lhe a informação necessária e suficiente para tomar
decisões autónomas, sem falsas expetativas, conhecendo as vantagens e os inconvenientes dos
métodos de diagnóstico ou terapêuticas propostos;
Não consigo reverter as complicações, mas neste caso, a evolução é sempre descendente,
minimizando todas as intervenções desnecessárias que só lhe vão causar sofrimento, sem cura.
O objetivo é a pessoa estar conciliada das condições que tem, mas que, no entanto, consiga
viver com elas por algum tempo com o menor sofrimento possível.
Para alguns autores é sinónimo de “prevenção do sofrimento”.
Exemplos:

• Deteção e tratamento precoce de lesões neoplásicas; tratamento, habilitação e


melhorias da sobrevida da pessoa.
Cuidados paliativos: reorientam-se os cuidados de saúde no sentido de proporcionarem uma
melhor qualidade de vida da pessoa incurável, previnem-se as intervenções médicas
desnecessárias ou inapropriadas.
NOTA:
Prevenção primordial – associada às doenças crónicas degenerativas e aos novos estilos de vida.

Você também pode gostar