Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Exercício e Saúde
Saúde
Pode parecer óbvio dizer que uma pessoa está saudável quando não está doente. Essa ideia
não está totalmente errada, mas o conceito de saúde pode ser ainda mais amplo.
Principalmente levando em consideração o que pode provocar o surgimento das doenças.
Seguindo essa linha mais abrangente, a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946,
definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas
como a ausência de doença ou enfermidade.
A perceção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comum com a
definição de saúde. Desse modo, percebe-se a necessidade de analisar o corpo, a mente e até
mesmo o contexto social no qual o indivíduo está inserido para conceituar melhor o estado
de saúde.
Assim sendo, antigamente a saúde era vista apenas como biomédica, contudo hoje em dia
apresenta-se como uma visão psico-bio-social (Saúde é uma integridade e globalização de
vários componentes e não apenas da existência ou não de doença, passada pelo físico, pelo
psicológico, pelo social, pela atividade física entre muitas outras componentes.) Veio-se
mostrar que a saúde não é apenas física e o facto de não se estar doente não significa que
estejamos saudáveis ( ou seja não é apenas a ausência de doença), não se deve apenas fugir a
doença, mas sim procurar o máximo de bem estar possível.
Uma pessoa pode não ter uma depressão ou qualquer tipo de outra patologia, contudo não
significa que esteja psicologicamente saudável. Há que ver se temos competências
psicológica para conseguir responder a desafios e obstáculos que se apresentem na nossa
vida, assim estamos perante um bem estar psicológico. Também estarmos bem e sentirmo-
nos bem connosco mesmo, com os outros, resolvidos, com a capacidade de expressar afetos,
mas também conseguirmos expressar o nosso lado menos bom, os nossos problemas e
complicações.
Equilíbrio entre lutar e concretizar os nossos objetivos, mas não manter objetivos demasiado
impossíveis de concretizar de imediato, ou seja, uma das questões da saúde psicologia e o
ajustamento e adaptação e autorregulação ( não perder a nossa linhas, os nossos objetivos,
mas ter em conta que por vezes é necessário ajustar os nossos objetivos, ou percorrer outros
caminhos não planeados, mas que vão de encontro a esses mesmos objetivos) do ser
humano.
É necessário enquanto ser humanos sermos realistas das nossas crenças, capacidades e
competências para não se cair num “abismo” emocional. Todos os dias temos realidades para
nos adaptarmos, por exemplo: enquanto pais tem de haver um ajuste para uma boa saúde
entre os pais e os filhos, pois sabemos que chega a uma determinada idade que eles ganham
assas e saem de casa, e aí os pais tem de ter uma grande ginástica para de adaptarem e essa
nova etapa da sua vida, mas sem perderem o rumo da sua vida e dos seus objetivos.
Qualidade de Vida
O conceito de qualidade de vida é muito abrangente, compreende não só a saúde física como
o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais em casa, na escola e no
trabalho e até a sua relação com o meio ambiente. De facto, existem naturalmente outros
fatores que a influenciam, mas comecemos por ver o que significa qualidade de vida, para a
Organização Mundial de Saúde (OMS).
Para a OMS, a definição de qualidade de vida é a “a perceção que um indivíduo tem sobre a
sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está
inserido e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”. Trata-se de
uma definição que contempla a influência da saúde física e psicológica, nível de
independência, relações sociais, crenças pessoais e das suas relações com características
inerentes ao respetivo meio na avaliação subjetiva da qualidade de vida individual. Neste
sentido, poderemos afirmar que a qualidade de vida é definida como a “satisfação do
indivíduo no que diz respeito à sua vida quotidiana”.
Qualidade de vida e saúde são termos indissociáveis. A Qualidade de vida surge, de tal
forma, associada à saúde que muitos autores não as distinguem uma da outra. Para eles saúde
e qualidade de vida são a mesma coisa. De facto, a saúde não é o único fator que influencia a
nossa qualidade de vida, contudo ela tem uma importância fulcral.
Geralmente, saúde e qualidade de vida são dois temas muito relacionados, uma vez que a
saúde contribui para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e esta é fundamental para
que um indivíduo ou comunidade tenha saúde. Mas não significa apenas saúde física e
mental, mas sim que essas pessoas estejam de bem não só com elas próprias, mas também
com a vida, com as pessoas que as cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em harmonia
com vários factores.
No que diz respeito à saúde, a qualidade de vida é, muitas vezes, considerada em termos de
como ela pode ser afetada de forma negativa, ou seja, a ocorrência de uma doença debilitante
que não constitui risco de vida, uma doença que constitui risco de vida, o declínio natural da
saúde de uma pessoa idosa, o declínio mental, processos de doenças crónicas, etc. Todas
estas situações são castradoras da nossa qualidade de vida. Neste sentido, uma vida saudável
tem um profundo impacto na qualidade de vida das pessoas.
Estilos de Vida
O conceito de saúde tem vindo a ser associado ao de estilo de vida. O estilo de vida
individual é descrito através dos padrões de comportamento suscetíveis de serem
observados, os quais podem ter um efeito marcante na saúde do próprio indivíduo e na saúde
de outros.
Estas entidades identificam como principais fatores associados à origem das doenças não
transmissíveis o consumo excessivo de álcool, os erros alimentares, a obesidade, a
inatividade física, o consumo de tabaco e a má gestão do stress. Esta mesma entidade em
2005, incluiu um aumento das doenças não transmissíveis como asma, diabetes, obesidade e
desordens do foro neuropsiquiátrico.
O uso do termo estilo de vida é muito comum e tem uma grande importância quando são
focadas questões relativas à qualidade de vida, pois essa grande área diz respeito ao padrão
de vida que a própria sociedade define e se mobiliza para conquistar, e ao conjunto de
políticas públicas que induzem e regulam o desenvolvimento humano. A condição de
qualidade de vida está intimamente, mas não integralmente, ligada à área da saúde. As
intervenções nesse campo dão-se em primeira instância, nas alterações e melhorias do estilo
de vida das pessoas.
Comportamento de Saúde
Conceptualmente, um comportamento de saúde poderá ser definido como qualquer ação
desenvolvida por cada pessoa, independentemente do seu estado de saúde real ou
percecionado, que tem como objetivo a manutenção, proteção e promoção da saúde. Esse
mesmo comportamento resulta da combinação de conhecimentos, práticas e atitudes que
promovem para motivar as ações que consideramos serem saudáveis, justificando esta
perspetiva que o sujeito que pratica um comportamento saudável é um sujeito que promove e
preserva a sua saúde.
Este tipo de comportamentos de saúde pode também ser definido, segundo Matarazzo como
“comportamentos de proteção da saúde” ou “imunogénicos” ou também identificados como
“comportamentos preventivos” segundo Pender e que correspondia a um conjunto de ações
quer individuais ou coletivas, realizadas de forma voluntaria pelo indivíduo em estado
assintomático em relação a uma doença ou outro tipo de desfecho específico com o objetivo
de minimizar o potencial de ameaça percebido em relação ao mesmo, isto é, produzir um
efeito minimizador de situações de risco.
No entanto, há cada vez mais a preocupação, por parte de cada individuo, para uma crescente
procura de reduzir o risco de doença e melhorar a sua qualidade de vida relacionada com a
saúde. Estas preocupações têm despoletado um conjunto de comportamentos considerados
pelo sujeito como saudáveis que permitem melhorar a sua saúde. Este tipo de
comportamentos vai desde a realização de atividade física, corrida, consumo moderado de
alimentos com altos teores de gordura, açucarados ou salgados, etc.
Comportamento de Risco
O inverso do tipo de comportamento de saúde são designados por comportamentos de risco.
Matarazzo, apelidou os comportamentos de “risco” como “comportamentos patogénicos”
que não são mais do que comportamentos prejudiciais à saúde, isto é, responsáveis de uma
má saúde: tabagismo, maus hábitos alimentares, sedentarismo, ingestão de grandes
quantidades de álcool, consumo de substâncias psicoativas ilegais ou fora de um contexto de
vigilância médica e que estão na base da definição de um estilo de vida com efeitos nocivos
para a saúde.
A atividade física, enquanto definição, traduz-se como qualquer movimento voluntário que
resulte em gasto energético maior do que os níveis de repouso. No entanto, o exercício físico
enquadra-se no âmbito da atividade física associada à regularidade do mesmo, planeado,
quer no tipo quer na duração e frequência, permitindo uma melhor aptidão física bem como
desempenhar melhor as suas funções quotidianas sem que ponha em causa a sua integridade
biopsicossocial.
Segundo a OMS a atividade física regular de intensidade moderada que se carateriza por
desenvolver caminhadas, andar de bicicleta ou fazer desporto apresenta benefícios
significativos para a saúde em geral. Segundo a mesma organização a realização de alguma
atividade física é melhor do que não realizar nada. Uma atividade física insuficiente é
considerada uma das 10 principais causas responsáveis de mortalidade global bem como
associada ao aumento das doenças não transmissíveis com impacto na saúde em geral.
Segundo a OMS o risco de morte é 20 a 30% maior em pessoas que apresentam baixa
atividade física comparativamente às pessoas que realizam atividade física suficiente.
Segundo a OMS, a maior frequência de pessoas com baixa atividade física, pode ser
explicada pelo comportamento sedentário no tipo de trabalho que as pessoas desenvolvem,
quer na sua atividade laboral ou em casa, e com o aumento do uso de transportes (privado ou
público) no quotidiano das populações como também pode ser associado a fatores
ambientais ligados às cidades (urbanização), tais como o medo da violência e criminalidade,
tráfego de alta densidade, baixa qualidade do ar, poluição, falta de parques e outras estruturas
físicas para a prática de desporto.
Modelo Biopsicossocial
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde como um estado completo de bem
estar físico, mental e social do ser humano, ao contrário do senso comum, que infere ao
termo a ideia de ausência de doenças. À esta abordagem, que cuida das instâncias biológicas,
mentais e sociais, chamamos de modelo biopsicossocial, que atende diretamente ao conceito
de saúde estabelecido pela OMS, em 1948, pois “os conceitos de saúde e de doença são
analisados em sua evolução histórica e em seu relacionamento com o contexto cultural,
social, político e econômico, evidenciando a evolução das ideias nessa área da experiência
humana”.
A proposta de serviços multidisciplinares em saúde, juntamente com a perspectiva
biopsicossocial mencionada, tem sido considerada desde 1948, uma meta da medicina neste
ultimo século. A atenção integral considera o ser humano e seus componentes envolvendo
um cuidado geral, e aspetos tanto do indivíduo quanto da patologia, desde a prevenção até a
reabilitação, o que implica no processo de tratamento da doença, requerer uma equipe de
saúde que pontue aspetos biológicos, psicológicos e sociais que influenciam um paciente.
A partir desse conceito, a saúde passou a ser mais uma questão coletiva (da comunidade) do
que somente do próprio indivíduo, além de um direito humano fundamental, que deve ser
assegurado sem distinção de raça, de religião, ideologia política ou condição
socioeconómica, usufruído individualmente, e por todos. Entretanto, tal definição reflete
uma meta, um objetivo a ser alcançado, uma vez que todo bem estar físico, mental e social,
sofre oscilações cotidianamente, fazendo com que ‘saúde’ não configure ausência de doença,
mas que seja o bem estar de todas as áreas, apesar de tais oscilações e enfermidades.
Trata-se de uma visão ampla, que visa estudar a causa ou o progresso de doenças utilizando-
se de fatores biológicos (genéticos, bioquímicos, etc), fatores psicológicos (estado de humor,
de personalidade, de comportamento, etc) e fatores sociais (culturais, familiares,
socioeconômicos, médicos, etc).
Sono e Saúde
Adolescentes e Adultos
Em Portugal as crianças e adolescentes dormem, em geral, menos tempo do que é
recomendado, e muitas dormem menos do que os seus pais pensam. Uma boa noite de sono é
determinante para a saúde, desenvolvimento e desempenho escolar de cada criança.
A mudança dos estilos de vida, tanto dos pais como das crianças, tem vindo a favorecer a
mudança do padrão de hábitos de sono. Por um lado, a precariedade do emprego e/ou
múltiplas solicitações dos pais e, por outro, o acesso a uma diversidade de equipamento
eletrónico, são dois dos factores com enorme relevo nesta problemática.
A pequena disponibilidade dos pais para convívio com os filhos pequenos, ao fim do dia,
retira-lhes a firmeza, fundamental, na instituição das regras de higiene de sono. E assim se
enceta muitas vezes o ciclo vicioso das associações inadequadas ao início do sono, que
depois se perpetuam ao longo da noite. As crianças acabam por exigir, vezes sem conta, a
presença da mãe/pai para readormecer. De manhã, criança e pais estão esgotados com
repercussão nas respetivas vidas social, escolar/laboral e por vezes conjugal.
A insuficiência ou a perturbação do sono pode ter efeitos nefastos na criança, não só a curto
como a longo prazo. O défice de sono tem uma importância vital na consolidação da
memória, nos processos de concentração e abstração e, consequentemente no sucesso
escolar. Alterações do comportamento como hiperatividade ou agressividade aparecem
também na sequência da privação de sono e nos adolescentes, uma maior probabilidade de
comportamentos de risco. A longo prazo, têm sido identificados efeitos cardiovasculares,
imunológicos e metabólicos, nomeadamente a obesidade.
A melhor maneira para fazer face a esta “epidemia de comportamento inadequado para o
sono” é através de educação – crianças, adolescentes, pais, educadores, profissionais de
saúde – para a higiene do sono. A insuficiência de sono tem uma importância vital na
consolidação da memória, nos processos de concentração e abstração e, consequentemente,
no sucesso escolar.
Premissas importantes para a higiene de sono em crianças e adolescentes são, entre outras:
rotina consistente da hora de deitar, calma e segurança, promoção de autonomia, evicção de
estimulantes, limitação da utilização de equipamentos eletrónicos, respeitando a
individualidade de cada criança.
Quando as pessoas dormem o suficiente, elas não apenas se sentem melhor, mas também
aumentam as chances de viver vidas mais saudáveis e produtivas.
Hipertensão e outras doenças cardiovasculares - uma noite com poucas horas de sono
pode aumentar os riscos de calcificação da artéria coronária, o que leva ao ataque
cardíaco. Também se associa distúrbios do sono a um risco aumentado de hipertensão
e irregularidade nos batimentos cardíacos.
Resfriados constantes - dormir menos que 7 horas por noite pode aumentar em três
vezes as chances de desenvolver sintomas de resfriado com frequência.
Em geral, a falta de uma boa noite de sono pode causar problemas de saúde, diminuir a
expectativa de vida e influenciar no bem-estar diário. Estudos apontam que dormir por
apenas 5 horas ou menos durante um dia pode aumentar cerca de 15% os riscos de
mortalidade de uma pessoa.
Álcool e sono
A relação causal entre os distúrbios de sono e o consumo do álcool parece ser mutuamente
reforçadora: a dependência dessa substância pode causar ou piorar distúrbios do sono,
criando um círculo vicioso. Em uma revisão narrativa da literatura científica, discutem as
interações entre consumo de álcool e sono.
O álcool é uma substância que produz diversos efeitos no cérebro, sendo alguns relacionados
à regulação do sono. O uso crônico de álcool promove o aumento da sinalização do
neurotransmissor GABA (sigla para ácido gama-aminobutírico) e prejudica a sinalização do
neurotransmissor acetilcolina. Logo após esse consumo, o sistema nervoso entra em um
estado de “hiperexcitação”, acompanhado de sintomas de ansiedade, risco de convulsões e
insônia.
Os efeitos que os transtornos por uso de álcool (como abuso e dependência) podem causar no
sono variam conforme a intensidade de consumo e o estado em que se encontra: intoxicação,
privação aguda ou abstinência extensa. Um conjunto de estudos, analisados por Reid-Varley
e colaboradores1, aponta diferentes interações entre álcool e sono em cada um desses
períodos.
Durante a fase aguda de intoxicação por álcool, um dos efeitos imediatos é a facilidade de se
iniciar o sono. Essa maior rapidez em se pegar no sono, contudo, é inicialmente
contrabalanceada por uma diminuição dos estágios mais reparadores e profundos do sono*,
e, depois de algumas horas, por uma maior chance de se acordar no meio da noite. Deve-se
salientar que esses efeitos podem ser observados em qualquer pessoa que fizer uso nocivo de
álcool, e, desse modo, não é necessário um quadro clínico de dependência de álcool para
prejudicar o sono.
Para pessoas com dependência de álcool, o sono pode ser prejudicado mesmo durante a
privação do consumo. As mudanças observadas tendem a ser opostas às que ocorreriam
durante a fase aguda. Dependentes em abstinência demoram mais para pegar no sono e são
mais propensos a ter insônia, muito embora também seja observado uma normalização, ou
aumento, de estágios mais profundos do sono (conhecido como rebote do sono REM).
Mesmo depois de um longo período sem consumir álcool, dependentes podem ainda
apresentar problemas na arquitetura do sono, quando comparados com pessoas sem histórico
de dependência. Isso pode persistir por meses, e até anos, após o início da abstinência.
Sono e tabaco
A principal responsável pela falta de sono nos fumantes é a nicotina. “Essa substância atua
como estimulante, fazendo com que seu consumo em horário muito próximo ao momento de
dormir, cause inquietude. Além disso, estudos já comprovaram que os fumantes demoram
muito mais para adormecer, dormem menos e seu sono ainda é menos profundo. Sendo
assim, possuem uma dificuldade imensa para descansar, pois o momento de dormir se torna
repleto de barreiras impostas pelo cigarro e pela nicotina”, explica.
Sono e cafeína
Além de excitante, por conta da célebre cafeína, a bebida produz alguns efeitos curiosos no
organismo, principalmente quando se fala da sua relação com o sono. Mas afinal, o café tem
mesmo o poder de inibir algumas horas de repouso ou isso já virou um mito?
Pesquisa recente realizada pela Universidade Técnica de Lisboa constatou que o consumo
moderado de cafeína – cerca de cinco cafezinhos por dia – pode sim reduzir o período de
sono. Inclusive, uma observação significativa do estudo é que o tempo de repouso diário dos
voluntários, sob o efeito da substância, foi reduzido em 45 minutos.
Embora muitas vezes se negligencie esta parte, uma noite bem dormida deveria ser
prioritário para quem ambiciona manter uma saúde física e mental exemplar. Noites mal
dormidas, além de reduzirem a concentração e a produtividade, contribuem para uma maior
instabilidade emocional, estados depressivos, irritabilidade e aumentam a probabilidade de
cometer erros ou tomar más decisões.
Contudo, hoje em dia, graças a diversos fatores a que as populações estão sujeitas (contexto
socioeconómico, stress, rotina, etc.), tem-se verificado que a qualidade do sono tem vindo a
diminuir havendo uma crescente procura de ajuda com vista a contornar esta questão
(medicina e outras terapias alternativas).
Apesar do número total de horas dormidas (7 horas, em média) poder ser idêntico,
quer em pessoas sedentárias quer em pessoas fisicamente ativas, a qualidade do sono
das pessoas fisicamente ativas é substancialmente superior à qualidade do sono das
pessoas sedentárias (havendo maior incidência de insónia e apneia de sono,
justificando uma maior utilização de fármacos).
No entanto, se dorme mal e procura encontrar na atividade física uma “cura saudável” para
as noites mal dormidas, é importante seguir algumas recomendações:
Caso se trate de uma pessoa sedentária, a intensidade dos exercícios deverá ser
ajustada em função da condição física individual.
Alguns autores defendem que atividades físicas intensas devem ser evitadas,
principalmente, ao fim do dia dado que são despertados mecanismos de produção de
hormonas que estimulam o sistema nervoso aumentando o estado de alerta,
atribulando o adormecer.
Outros autores, seguindo novas linhas orientadoras, vieram reforçar que, mediante a
experiência e condição física da pessoa, atividades físicas intensas podem e devem
constar do “cardápio” de treino.
Depois do primeiro ano de idade, a necessidade de sono diminui. Crianças com idades entre
um e cinco anos precisam dormir entre 10 e 14 horas. Dos seis aos treze anos, a quantidade
cai para 9 a 11 horas e adolescentes de 14 a 17 anos precisam descansar entre 8 e 9 horas
diárias. As diretrizes continuam as mesmas para os adultos entre 18 e 64 anos de idade, cuja
recomendação é de 7 a 9 horas de sono. Já acima dessa idade, a quantidade cai para 7 a 8
horas diárias.
Causas da insónia
A insónia pode ser considerada a principal causa ou pode estar associada a outras patologias
(doenças). A insónia crónica é, geralmente, resultado do stress, acontecimentos traumáticos
de vida ou hábitos que perturbam o sono. Tratar a causa subjacente pode resolver o
problema, pode levar anos até que seja possível voltar a ter um sono normal.
4. Comer muito tarde à noite – Comer demasiado, pouco tempo antes de ir para a cama
pode provocar mau estar físico quando está deitado. Muitas pessoas também sentem
azia, um refluxo de ácido e alimentos do estômago para o esôfago depois de comer, o
que pode mantê-lo acordado.
8. Transtornos relacionados com o sono - A apneia do sono faz com que o doente pare de
respirar periodicamente durante a noite, interrompendo o sono. A síndrome das pernas
inquietas causa sensações desagradáveis nas pernas e um desejo quase irresistível de
movê-las, impedindo que adormeça. Saiba, aqui, o que é apneia do sono.
9. Cafeína, nicotina e álcool - Café, chá, cola e outras bebidas cafeinadas são
estimulantes. Beber no final da tarde ou à noite pode impedir a conciliação do sono. A
nicotina nos produtos do tabaco é outro estimulante que pode interferir no sono. O
álcool pode ajudá-lo a adormecer, mas evita estádios mais profundos do sono e,
geralmente, causa o aumento do número de despertares.
Fatores de risco na insónia
O risco de insónia aumenta com os seguintes fatores:
Ser mulher - os desvios hormonais durante o ciclo menstrual e na menopausa podem
desempenhar um papel importante nas perturbações do sono. Durante a menopausa,
suores noturnos e ondas de calor muitas vezes condicionam o sono. A insónia também
é comum na gravidez.
Possuir mais de 60 anos - devido a mudanças nos padrões de sono e na saúde, a
insónia aumenta com a idade.
Possuir doença mental ou problema de saúde física - muitos problemas que afetam a
saúde mental ou física podem condicionar o sono.
Horários irregulares - por exemplo, mudar turnos no trabalho ou em viagens pode
alterar o seu ciclo de sono-vigília.
Estar sujeito a muito stress - tempos e eventos stressantes podem causar insónia
temporária. Estar sujeito a altos níveis de stress ou de uma forma duradouro pode levar
à insónia crónica.
Intervenção - insónia
Ter em conta os fatos e a perceção individual:
Cada situação é um caso
Cada contexto é um caso
Qual é o Problema....para além do problema?
Problema global que tem impacto no desenvolvimento e saúde ao nível físico e psicossocial
Prevenção e educação
Identificação e diagnóstico
Tratamento (abordagem multidisciplinar)
Promove melhor auto-regulação, saúde e satisfação com a vida
Alimentação e Saúde
A OMS define nutrição como a ingestão de alimentos adequada às necessidades nutricionais
do ser humano. A junção de uma dieta equilibrada (boa nutrição) e atividade física regular é
a base da construção de uma vida mais saudável (Wordl Health Organization 2015d).
Os maus hábitos alimentares terão um elevado impacto no estado nutricional do ser humano
influenciando o desempenho intelectual e físico, mas também um dos principais fatores de
risco para a ocorrência de doenças crónicas degenerativas e de menor imunidade. Os homens
revelam ter uma maior predisposição para o desenvolvimento de doenças crónicas
degenerativas comparativamente às mulheres quando estamos perante determinados estilos
de vida, como uma má alimentação.
Os hábitos alimentares segundo Santos et al., têm um elevado impacto nas mudanças
fisiológicas associadas à idade e ao desenvolvimento de doenças crónicas não transmissíveis.
Os autores abordam a realidade dos idosos em que afirmam que a condição de saúde e a
qualidade de vida depende não só dos hábitos alimentares, da idade e de outras alterações
biológicas, mas também associada a determinados estilos de vida que podem interferir com a
mesma tais como os hábitos tabágicos e a prática de desporto.
Também não podemos deixar de referir que um mundo cada vez mais global, quer industrial
quer economicamente, e não só, tem um papel determinante nos hábitos alimentares que as
populações adotam. Em especial, nas grandes cidades, onde as pessoas vivem numa
economia de tempo e procuram refeições rápidas com elevado teor de gorduras e hidratos de
carbono e de custo mais barato que pode ter grande impacto na saúde das pessoas, em
especial naquelas que sofrem de determinadas doenças crónicas (diabetes, doença cardíaca,
obesidade, etc.)
Os estilos de vida não saudáveis (hábitos tabágicos, dieta alimentar pouco saudável,
sedentarismo, consumo excessivo de álcool) são, na maioria dos estudos, responsáveis pelas
doenças cardiovasculares, cancro, doenças respiratórias crónicas e diabetes e como
consequência associadas às maiores taxas de morbilidade e mortalidade a nível global.
Também as condições em que as pessoas vivem (habitação e local), trabalham e os seus
respetivos estilos de vida são determinantes da sua saúde e da sua qualidade de vida.
Perturbações alimentares
Todos temos hábitos alimentares diferentes e existem vários tipos de padrões alimentares
saudáveis. Contudo, alguns são tão direcionados/centrados no medo de engordar que podem
prejudicar a nossa saúde. São estes que designamos de perturbações alimentares e que se
podem manifestar em:
Comer demais
Comer muito pouco
Utilizar diferentes estratégias para eliminar calorias.
Uma perturbação alimentar resulta e é mantida por uma combinação de factores (e.g.
familiares, pessoais, culturais...) mas normalmente inicia-se com uma dieta. As pessoas que
desenvolvem uma perturbação alimentar tornam-se bastante preocupadas com a forma
corporal e com o peso, raramente se vêm como estando doentes e tentam esconder o seu
comportamento.
A perda de peso é vista como o único modo de se sentirem bem e de poderem ter controlo
sobre a sua vida, por isso normalmente não procuram ajuda. Num número considerável de
casos a relação com os outros apresenta problemas antes do desenvolvimento da doença, mas
tende a agravar-se com o mesmo. Pessoas com uma baixa auto-estima e perfeccionistas, são
particularmente vulneráveis a uma perturbação alimentar.
Se uma perturbação alimentar não for tratada pode durar vários anos. A anorexia nervosa, a
bulimia nervosa e outras perturbações alimentares mais atípicas afetam entre 2 – 6% das
raparigas adolescentes. No entanto a sua prevalência no sexo masculino tem vindo a
aumentar.
O problema principal advém da repetição destes episódios de ingestão alimentar, sendo que
o prazer e bem-estar associados aos alimentos aquando da ingestão inicial, rapidamente dá
lugar a sentimentos de culpa, perda de controlo e arrependimento, tendendo a repetir-se o
mesmo padrão numa situação futura de tristeza e ansiedade, iniciando-se assim um ciclo
vicioso de crises de gula.
Doenças
Caracterizadas por graves perturbações a nível do padrão alimentar, estas doenças incluem a
Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa, a Perturbação de Ingestão Alimentar Compulsiva e
outras Perturbações do Comportamento Alimentar.
A Anorexia Nervosa caracteriza-se por uma restrição alimentar exagerada, com recusa em
manter um peso mínimo normal para a idade e altura. Muitas vezes a doença inicia-se com
uma dieta inocente, mas a partir de determinada altura existe uma perda de controlo,
atingindo-se um estado de magreza excessiva. Nem sempre existe uma distorção da imagem
corporal, ou seja, muitas vezes a pessoa tem a noção de que tem um baixo peso, mas tem a
ideia persistente de ter de continuar a restringir o que come para não engordar.
A amenorreia (falta de menstruação) é uma consequência dessa magreza, levando muitas
vezes à procura de outras doenças físicas que a possam justificar. Uma das complicações
médicas mais frequentes nos doentes que sofrem desta patologia é a osteopénia ou mesmo a
osteoporose (perda grave da densidade mineral óssea), com aumento associado do risco de
fraturas. Todas estas alterações são reversíveis com o tratamento.
Tratamento
O tratamento do distúrbio alimentar é muito complexo, moroso, com uma grande
especificidade e reconhecidamente difícil. Sendo estas doenças definidas por uma
psicopatologia que condiciona um comportamento alimentar que, por sua vez, provoca
alterações somáticas, a sua avaliação inicial e o plano terapêutico devem ser globais,
compreendendo: avaliação do estado mental, avaliação médica geral, elaboração de um
plano alimentar, estabelecimento de um objetivo ponderal e instituição de terapêutica
farmacológica (quando indicado).
A psicoterapia constitui uma abordagem terapêutica essencial nestas patologias, uma vez que
traduzem um enorme sofrimento psíquico. O envolvimento das famílias é fundamental,
estando indicada a realização de reuniões familiares ou de terapia familiar. Nestas doenças o
tratamento é maioritariamente em ambulatório, estando o internamento indicado apenas em
situações mais graves, nomeadamente em casos de desnutrição grave, surgimento de
complicações médicas que o exijam ou presença de ideação suicida estruturada.
Dependência Químicas
Algumas substâncias são as responsáveis por alterar alguns comportamentos em pessoas que
as consomem e isso podem causar danos graves ao organismo. A dependência química
consiste na relação que uma pessoa tem com as drogas e na maneira como ela consome um
determinado tipo de substância. Quando essa pessoa desenvolve comportamentos impulsivos
para aliviar sensações em sua vida, o desenvolvimento de uma dependência pode ocorrer e
afetá-la de uma forma geral.
Reconhecida como uma doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência
química consiste nas consequências físicas e mentais trazidas pelo abuso de substâncias
nocivas ao organismo. Elas podem ser tanto lícitas como o álcool e a nicotina quanto ilícitas
como a canábis, cocaína e heroína, por exemplo.
Muitas pessoas acreditam que a doença não passa de um mero vício ou falta de caráter, o que
não é verdade. A dependência química, além de doença, também é caracterizada como um
tipo de transtorno mental. Isso porque o uso excessivo e descontrolado de drogas acaba por
alterar a perceção do dependente químico, que muitas vezes não tem consciência da sua
situação.
Com a evolução intensa da psicologia e das ciências sociais no século XX, esses dois
campos trouxeram novas compreensões ao fenômeno, mostrando que é necessária uma
compreensão tripartida da dependência, considerando as questões biológicas, psicológicas e
sociais do dependente, de forma a evitar visões unilaterais do seu quadro. A história de Casa-
grande, por exemplo, mostra claramente a importância da questão social, pois o ex-jogador
precisou evitar ficar sozinho para enfrentar o seu vício.
O uso das substâncias não é mais uma questão a ser decidida pelo usuário - ele é um mero
fantoche de seu vício. Existem fatores bioquímicos envolvidos, que fazem com que a droga
seja o principal combustível para a existência do indivíduo.
Biológicos
Quando você consome uma substância, o sistema nervoso central é afetado diretamente.
Afinal, ele é o principal responsável pela liberação da dopamina, neurotransmissor que gera
as nossas sensações de prazer e que é estimulado no uso da droga. Esse processo também
ocorre de maneira natural. Ou seja, produzimos o hormônio do bem-estar quando realizamos
atividades que nos completam.
Em outras palavras, o indivíduo passa a ser impulsivo, desejando mais e mais a substância
em questão, a fim de revisitar sensações de prazer. Acontece que, agora, a produção de
dopamina está comprometida e, para sentir bem-estar, é necessário consumir doses cada vez
mais elevadas e, ainda sim, a duração do feito será menor.
Psicológicos
A falsa noção de que a droga é a razão para o bem-estar acaba fazendo com que os
indivíduos, de maneira equivocada, façam uso de substâncias nocivas para aliviar
preocupações emocionais. Administrados como muletas, os psicoativos representam uma
fuga da realidade. Sendo assim, sempre que o adicto se deparar com uma situação
desconfortável, vai recorrer a esse artifício. A dependência química, nesse caso, vai se
instalando de forma progressiva como um antídoto psicológico contra o medo, as frustrações
e a ansiedade, por exemplo.
Os efeitos de muitas drogas acabam tendo como alvo os centros do cérebro relacionados ao
prazer e a motivação. Elas estimulam essas sensações, sendo responsáveis pelo
desenvolvimento do que chamamos de “dependência psicológica”, definida por uma busca
incessante por sensações prazerosas.
Sociais
Por último, mas não menos importante, temos o aspeto social. Hoje em dia, mesmo que a
legislação promova graves sanções a quem incentiva o consumo ou venda de substâncias
lícitas e álcool para menores de idade, por exemplo, o acesso a eles ainda é muito fácil.
Inclusive, até as drogas ilícitas são acessíveis.
É só observar uma festa rave para atestar isso – a administração de substâncias sintéticas é
quase um “kit balada” obrigatório. Somadas a esses fatores, temos a carência de um suporte
social adequado, a falta de políticas públicas em ações educacionais e preventivas, a
necessidade de aceitação em determinados grupos, a sensação de libertação, contravenção e a
fuga das responsabilidades.
Quando ligados a esses recetores, as substâncias psicoativas podem ter efeitos excitatórios ou
inibitórios no cérebro. Os tipos de dependência química são classificados conforme a droga
administrada. Elas podem ser medicamentos (como ansiolíticos e anticolinérgicos),
repositores hormonais (como os esteroides e anabolizantes), substâncias lícitas (como tabaco
e álcool) e ilícitas de natureza estimulante (cocaína, crack e anfetaminas), opioide (heroína) e
alucinógena (como MD, LSD e ecstasy).
Por isso, é importante observar que existem diversos níveis de dependência e nem sempre é
preciso que o usuário tenha o seu comportamento totalmente alterado com a substância ou
que ele seja capaz de cometer transgressões para conseguir a droga.
2. Abuso: Nessa etapa, o usuário já está em um padrão de consumo que aumenta o risco
dos problemas e consequências relativos à substância usada. Segundo a classificação
do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na fase do “abuso” já é
possível perceber consequências sociais do consumo da droga.
3. Dependência: Nessa etapa, já não existe mais controle nenhum por parte do usuário
sobre o uso. O consumo se torna uma compulsão e é possível notar os problemas reais
de saúde envolvidos no vício. A vida do usuário passa girar em torno da droga, pois
afinal, não é mais uma questão de desejo de consumir a substância, mas, sim, uma
incapacidade de não a consumir.
A dependência química é uma doença crônica e possui muitos fatores, significando
que sua causa deve ser estudada por um terapeuta qualificado. A dependência química
é muito mais comum do que as pessoas imaginam. Ela é numerosas vezes citadas na
TV, embora noticiada como caso de segurança pública. E a dependência química não é
defeito de caráter e sim uma doença como alertam os médicos e psicólogos.Com a
dependência também se percebe uma tolerância maior aos efeitos da substância,
precisando assim de quantidades maiores para obter o efeito desejado.
Se você é dependente químico ou conhece alguém que está passando pelo processo de
superação do vício, convide a pessoa para participar de atividades sociais divertidas e
saudáveis, para que ele realmente perceba que pode ser feliz sem o uso da substância!
Uma das indicações é a da Terapia Cognitiva Comportamental, por ser uma abordagem
terapêutica estruturada, diretiva, com metas claras e definidas pelo psicólogo e paciente,
focada no momento presente e utilizada para tratar diversos comportamentos disfuncionais.
Os fatores de proteção são aqueles que protegem a pessoa para que ela não seja induzida ao
consumo de drogas. Eles podem envolver habilidades sociais como:
cooperação;
habilidade para resolver problemas;
vínculos positivos com pessoas, instituições e valores;
autonomia e autoestima desenvolvida.
Os fatores de risco são aqueles que aumentam a exposição das pessoas ao uso de drogas,
como a insegurança, a insatisfação com a vida, os sintomas depressivos, a curiosidade e a
busca incessante pelo prazer.
adolescentes;
homens adultos;
pessoas com histórico familiar de alguma dependência.
É aí então que surge uma grande pressão para ser aceito socialmente. Por conta desses
fatores, os jovens e adolescentes entre 15 a 24 anos têm mais chance de desenvolver quadros
de dependência química, principalmente com o álcool.
Homens adultos também têm mais chances de se tornarem dependentes químicos. O risco
aumenta a partir dos 26 anos, sobretudo em função da grande frequência de festas com os
amigos, da necessidade de reforço da masculinidade, além do consumo de drogas como
automedicação para ansiedade ou depressão.
Já as pessoas que têm ou já tiveram algum familiar próximo com histórico de dependência
química também fazem parte dos grupos de risco. Isso porque o ambiente familiar torna-se
hostil e elas podem se deixar até mesmo se influenciar pelos hábitos dessa pessoa. Além
disso, pais que têm uma tolerância genética maior para algumas substâncias podem
transmitir isso para os filhos, então é preciso cautela.
Comorbidades
A presença de perturbações psicológicas associados ao uso de drogas- comorbidade - tem
sido tema de estudos nacionais e internacionais. Indivíduos dependentes químicos possuem
mais chances de desenvolver uma perturbação psicológica, quando comparados a indivíduos
que não utilizam drogas, sendo a identificação desta outra perturbação relevante tanto para o
prognóstico quanto para o tratamento adequado do paciente.
Álcool
Possíveis Efeitos: Efeitos semelhantes aos da maconha, porém mais intensos. Alucinações,
delírios, percepção deformada de sons, imagens e do tacto. Podem ocorrer " más viagens" ,
com ansiedade, pânico ou delírios.
Haxixe
Origem: Substância extraída da planta Canabis.
Possíveis Efeitos: Excitação seguida de relaxamento, euforia, problemas com o tempo e o
espaço, falar em demasia e fome intensa. Palidez, taquicardia, olhos avermelhados, pupilas
dilatadas e boca seca. Prejuízo da atenção e da memória para fatos recentes; algumas pessoas
podem apresentar alucinações, sobretudo visuais. Diminuição dos reflexos, aumentando o
risco de acidentes. Em altas doses, pode haver ansiedade intensa; pânico; quadros
psicológicos graves (paranóia). O uso contínuo prolongado pode levar a uma síndrome
amotivacional (desânimo generalizado).