• Tendo em conta os meios utilizados, torna-se imperioso que se
reflita sobre a relação de ajuda, pois centrada na pessoa e nas suas capacidades, a relação de ajuda fundamenta a noção de confiança. • Convém a este propósito salientar que a relação de ajuda à pessoa não se reduz a uma ajuda relacional ou na satisfação de uma carência ou mesmo necessidade, tende a uma autonomia utilizando uma pedagogia do êxito baseada nas capacidades e potencialidades das pessoas, inclusivamente daquelas que se encontram diminuídas e ainda que recebam ajuda mas sobretudo que participem plenamente com processo de ajuda, na sua definição e na sua realização • A relação de ajuda é um catalisador, um dinamismo capacitador no apoio, crescimento e libertação das energias das pessoas e da motivação face à solução de problemas e ao uso da ajuda • Perlamn entende a relação de ajuda como um vinculo emocional e como meio de ajuda, isto é boa relação de ajuda tem lugar porque promove estímulos e crescimento. Respeita e alimenta a individualidade do outro proporciona um sentimento de segurança e de identidade. • Define a relação de ajuda como • Toda a relação em que pelo menos uma das partes tenta promover no outro o crescimento, o desenvolvimento, a maturação e a capacidade de funcionar melhor e de enfrentar a vida de forma mais adequada (…) Por outras palavras, poderíamos definir a relação de ajuda dizendo que é aquela em que um dos participantes tenta fazer surgir, numa ou em ambas as partes uma melhor apreciação e expressão dos recursos latentes do indivíduo e um uso mais funcional destes. • Mais claramente a relação de ajuda situa-se a três níveis:
• da pessoa em si mesma e envolve a preocupação com o outro com o seu
universo singular, centrada na sua vida quotidiana e na sua própria identidade; • a sociabilidade da pessoa inscrita no seu microcosmos, na sua rede de relações mais ou menos ampla e portanto ao nível das laços sociais, do seu lugar na sociedade; • a articulação com o quotidiano singular com a sua globalidade económica social que caracteriza a sociedade (Robertis, 2003, p. 67 referindo-se a CSTS 1998).. 1º A relação de ajuda tem sentido 2º Na relação de ajuda expressa-se afeto 3º Na relação de ajuda manifesta-se a pessoa total 4º Na relação de ajuda têm lugar todos os indivíduos participantes 5º A relação acontece porque o indivíduo que vai ser ajudado, necessita de informação, conselho, ajuda, compreensão e ou tratamento por parte do outro 6º A relação de ajuda leva-se a cabo mediante comunicação e interação 7º A relação de ajuda é uma situação estruturada 8º O esforço cooperativo é o que caracteriza a relação de ajuda. Supõe que as partes trabalham juntas para chegar a uma meta. 9º A pessoa que ajuda é acessível e mostra-se segura. Aceita os outros e mantem-se estável 10º O objeto da relação é a mudança • A relação de ajuda é caracterizada por 1º Preocupação com os outros 2º Compromisso e obrigação 3º Aceitação 4º Empatia 5º Comunicação clara 6º Autencidade 7º Autoridade e poder 8º Propósito ENTREVISTA DE AJUDA • A técnica fundamental a que se recorre é a entrevista. É através desta que o profissional desenvolve a relação interpessoal com o cliente por forma a oferecer ajuda especializada em ordem a resolver os seus problemas ou satisfazer os suas necessidades. • Segundo Illuera a entrevista é uma situação de comunicação dinâmica estruturada, que se caracteriza por: - estabelecer-se por meio de palavras - por ser assimétrica - estar baseada num rapport - realizar-se num grupo de dois - tem o propósito de dar e obter determinadas informações Para a entrevista confluem aspectos que respeitam: À comunicação seja verbal ou não verbal Ao pedido À expressão de sentimentos Autenticidade e congruência O ambiente e o acolhimento ( atmosfera terapêutica- Carl Rogers) 1. Medos e esperanças do entrevistado 2. Transferência e contra transferência 3. Mecanismos de defesa 4. A Fantasia do cliente • Fases da entrevista 1- fase inicial 2- fase intermédia 3- fase final • Fase inicial começa quando o profissional saúda o cliente e tenta que este se sinta confortável, tenta reduzir as tensões e discutir hostilidades que possam existi. O profissional deve deixar que o cliente manifeste os seus sentimentos (agressividade, medo, rancor, choro….) Quando se considera que o cliente está disposto para realizar o trabalho conjunto muda a fase da entrevista inicia a fase intermédia • Fase intermédia Esta fase prepara o cliente para a ultima fase rumo à autodeterminação. Neste momento o cliente avalia a sua situação, o seu comportamento e as suas relações com os outros. Trata-se de um momento de auto conhecimento e de insight, que permite ao cliente tomar consciencia do problema • Para isso o profissional deve Manter o cliente o mais possível com motivação para resolver problemas Fazer de espelho do cliente para que etse possa conhecer-se a si mesmo, analisar o comportamento, refletir sobre o que disse e fez Ajudar o cliente a individualizar o seu problema os sintomas dos seus problemas, bem como os seus comportamentos face a este Durante esta fase o profissional deve fazer perguntas que estimulem o cliente a fazer a sua própria análise para que chegue a adquirir um insight • Fase final tem lugar quando se cumpriu o propósito da entrevista e poderemos desenvolver a técnica da autodeterminação Elementos principais: A motivação positiva querer mudar e resolver a situação A avaliação justa do comportamento e da situação. A libertação de ansiedades, medos, pre-juízos, sentimentos de culpa; A livre eleição do caminho a seguir com total liberdade sem pressões , manipulações por parte do profissional Duração total de 90 a 45 minutos