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Universidade Lusíada de Lisboa

Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa

• Docente: Prof.ª Doutora Teresa R. da Silva


A relação de ajuda
A relação de ajuda

• Tendo em conta os meios utilizados, torna-se imperioso que se


reflita sobre a relação de ajuda, pois centrada na pessoa e
nas suas capacidades, a relação de ajuda fundamenta a noção
de confiança.
• Convém a este propósito salientar que a relação
de ajuda à pessoa não se reduz a uma ajuda
relacional ou na satisfação de uma carência ou
mesmo necessidade, tende a uma autonomia
utilizando uma pedagogia do êxito baseada nas
capacidades e potencialidades das pessoas,
inclusivamente daquelas que se encontram
diminuídas e ainda que recebam ajuda mas
sobretudo que participem plenamente com
processo de ajuda, na sua definição e na sua
realização
• A relação de ajuda é um catalisador, um dinamismo
capacitador no apoio, crescimento e libertação das energias
das pessoas e da motivação face à solução de problemas e ao
uso da ajuda
• Perlamn entende a relação de ajuda como um vinculo
emocional e como meio de ajuda, isto é boa relação de ajuda
tem lugar porque promove estímulos e crescimento. Respeita e
alimenta a individualidade do outro proporciona um sentimento
de segurança e de identidade.
• Define a relação de ajuda como
• Toda a relação em que pelo menos uma das partes tenta
promover no outro o crescimento, o desenvolvimento, a
maturação e a capacidade de funcionar melhor e de enfrentar
a vida de forma mais adequada (…) Por outras palavras,
poderíamos definir a relação de ajuda dizendo que é aquela
em que um dos participantes tenta fazer surgir, numa ou em
ambas as partes uma melhor apreciação e expressão dos
recursos latentes do indivíduo e um uso mais funcional destes.
• Mais claramente a relação de ajuda situa-se a três níveis:

• da pessoa em si mesma e envolve a preocupação com o outro com o seu


universo singular, centrada na sua vida quotidiana e na sua própria
identidade;
• a sociabilidade da pessoa inscrita no seu microcosmos, na sua rede de
relações mais ou menos ampla e portanto ao nível das laços sociais, do seu
lugar na sociedade;
• a articulação com o quotidiano singular com a sua globalidade económica
social que caracteriza a sociedade (Robertis, 2003, p. 67 referindo-se a
CSTS 1998)..
1º A relação de ajuda tem sentido
2º Na relação de ajuda expressa-se afeto
3º Na relação de ajuda manifesta-se a pessoa total
4º Na relação de ajuda têm lugar todos os indivíduos
participantes
5º A relação acontece porque o indivíduo que vai ser ajudado,
necessita de informação, conselho, ajuda, compreensão e ou
tratamento por parte do outro
6º A relação de ajuda leva-se a cabo mediante comunicação e
interação
7º A relação de ajuda é uma situação estruturada
8º O esforço cooperativo é o que caracteriza a relação de
ajuda. Supõe que as partes trabalham juntas para chegar a uma
meta.
9º A pessoa que ajuda é acessível e mostra-se segura. Aceita os
outros e mantem-se estável
10º O objeto da relação é a mudança
• A relação de ajuda é caracterizada por
1º Preocupação com os outros
2º Compromisso e obrigação
3º Aceitação
4º Empatia
5º Comunicação clara
6º Autencidade
7º Autoridade e poder
8º Propósito
ENTREVISTA DE AJUDA
• A técnica fundamental a que se recorre é a entrevista. É
através desta que o profissional desenvolve a relação
interpessoal com o cliente por forma a oferecer ajuda
especializada em ordem a resolver os seus problemas ou
satisfazer os suas necessidades.
• Segundo Illuera a entrevista é uma situação de comunicação
dinâmica estruturada, que se caracteriza por:
- estabelecer-se por meio de palavras
- por ser assimétrica
- estar baseada num rapport
- realizar-se num grupo de dois
- tem o propósito de dar e obter determinadas informações
Para a entrevista confluem aspectos que respeitam:
À comunicação seja verbal ou não verbal
Ao pedido
À expressão de sentimentos
Autenticidade e congruência
O ambiente e o acolhimento ( atmosfera terapêutica- Carl
Rogers)
1. Medos e esperanças do entrevistado
2. Transferência e contra transferência
3. Mecanismos de defesa
4. A Fantasia do cliente
• Fases da entrevista
1- fase inicial
2- fase intermédia
3- fase final
• Fase inicial começa quando o profissional saúda o cliente e
tenta que este se sinta confortável, tenta reduzir as tensões e
discutir hostilidades que possam existi. O profissional deve
deixar que o cliente manifeste os seus sentimentos
(agressividade, medo, rancor, choro….)
Quando se considera que o cliente está disposto para realizar
o trabalho conjunto muda a fase da entrevista inicia a fase
intermédia
• Fase intermédia Esta fase prepara o cliente para a ultima
fase rumo à autodeterminação. Neste momento o cliente avalia
a sua situação, o seu comportamento e as suas relações com os
outros. Trata-se de um momento de auto conhecimento e de
insight, que permite ao cliente tomar consciencia do problema
• Para isso o profissional deve
 Manter o cliente o mais possível com motivação para resolver
problemas
 Fazer de espelho do cliente para que etse possa conhecer-se a
si mesmo, analisar o comportamento, refletir sobre o que disse e
fez
 Ajudar o cliente a individualizar o seu problema os sintomas
dos seus problemas, bem como os seus comportamentos face a
este
Durante esta fase o profissional deve fazer perguntas que
estimulem o cliente a fazer a sua própria análise para que
chegue a adquirir um insight
• Fase final tem lugar quando se cumpriu o propósito da
entrevista e poderemos desenvolver a técnica da
autodeterminação
Elementos principais:
 A motivação positiva querer mudar e resolver a situação
 A avaliação justa do comportamento e da situação.
 A libertação de ansiedades, medos, pre-juízos, sentimentos de
culpa;
 A livre eleição do caminho a seguir com total liberdade sem
pressões , manipulações por parte do profissional
Duração total de 90 a 45 minutos

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